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 itaunenses

 

 

Artes:

Centro de Arte é destaque em revista

A revista Encontro, de Belo Horizonte, publicou reportagem sobre os trabalhos da instituição.

 

Da Redação*

 Via Fanzine

 

Gláucio Bustamante entre as produções do Centro de Arte.

 

O Centro de Arte e Artesanato Yara Tupynambá, sediado em Itaúna-MG, foi destaque na revista Encontro, de Belo Horizonte. A publicação abordou o trabalho de difusão da arte e as oficinas oferecidas gratuitamente à comunidade.

 

A reportagem trouxe fotos do presidente do Centro de Arte, artista plástico Gláucio Bustamante que explicou a funcionalidade da instituição cultural. Através de recursos da Lei de Incentivo à Cultura do Estado de Minas Gerais, o Centro de Artes tem contratado professores para aplicar oficinas e cursos, sem custos aos inscritos.

 

Alunos se manifestam sobre as oficinas e a reportagem também aborda o fato de as oficinas do Centro de Arte e Artesanato Yara Tupynambá  terem chegado também aos municípios vizinhos de Cláudio, Itatiaiuçu, Itaguara, Pará de Minas, Pitangui, Rio Manso, além de Mateus Leme e seu distrito de Azurita.

 

Para ler a reportagem completa da revista Encontro, clique aqui.

 

* Com informações da revista Encontro (BH).

 

- Foto: Eugênio Gurgel.

 

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Blog:

‘Vergonhas de Itaúna’ entra no ar

Cidade ganha espaço para enumerar o que há de errado.

 

Da Redação

 Via Fanzine

 

“Vergonhas de Itaúna” é um blog que entra no ar a partir desse mês de janeiro e como sugere o nome, tem como proposta, apontar as “vergonhas” da cidade. Os autores do blogse intitulam como “Conjunto de cidadãos, contribuintes, que indignados com a administração de nossa cidade se organizou para tentar mostrar pontualmente o que vai mau em nossa cidade”.

 

O blog estrou as “vergonhas” abordando a precária situação da Praça da Matriz de Itaúna, destruída pelo prefeito Eugênio Pinto, q qual não tem previsão de ser entregue novamente à sociedade.

 

Para ler os posts de “Vergonhas de Itaúna”, acesse:

 http://vergonhasdeitauna.blogspot.com/

 

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Educação:

Conselho Municipal de Alimentação

Escolar elege novos dirigentes

 

No município de Itaúna-MG a  eleição foi realizada em 23/11/2010. O processo eleitoral transcorreu na mais perfeita tranqüilidade, em assembléia ocorrida no espaço do Teatro Silvio de Matos, conduzida por Hernando Fernandes da Silva (Diretor do Depto de Educação), Claudia Carvalho Santos Silveira (Coordenadora de Gestão Educacional) e Juliana Nogueira Rabelo. Os novos membros irão representar o segmento no CMAE quadriênio 2010-2014. A data e local da posse da nova diretoria serão divulgados pela SEMEC. Assim ficou formado o Conselho:

 

Diretoria

 

Conselheiros:

Presidente – João Batista de Oliveira

Vice Presidente – Ana Raquel Ribeiro

 

Representante do Poder Executivo:

Titular: Juliana Nogueira Rabelo

Suplente: Cláudia Carvalho Santos Silveira

 

Representantes da Educação:

Titular: Lúcia Aparecida Fialho Rodrigues (CESU)

Suplente: Naiara Rodrigues Nogueira Ferreira (E.M. Artur Contagem Vilaça)

Titular: Taísa Nogueira Maia (E. M. Sousa Moreira)

Suplente: Maria Ângela Batista Silva (Sindserv)

 

Representante dos Pais de Alunos:

Titular: João Batista de Oliveira (E.M. Dr. Lincoln Nogueira Machado)

Suplente: Sandra Aparecida Fernandes (E.M. Ana Cintra)

Titular: José Antunes Camargos (E.M. José Antunes Ribeiro)

Suplente: Ronaldo Lara (E.M. João Nogueira Penido)

 

Representante de Organizações da Sociedade Civil:

Titular: Ana Raquel Ribeiro (APAE)

Suplente: Geraldo Celestino de Araújo (Comter/Sine)

Titular: Aline Fernandes Parreira (Conselho Municipal de Saúde)

Maria José do Rosário Saldanha Faria (Conselho Tutelar)

 

Atribuições do CMAE

 

Acompanhar a aplicação dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar, zelando pela qualidade dos produtos em todos os níveis até o recebimento da refeição pelos educandos, observando as boas práticas nutricionais, higiênicas e sanitárias.

 

Comunicar à Secretaria Municipal da Educação a ocorrência de irregularidades em relação aos gêneros alimentícios, tais como vencimento do prazo de validade, deterioração, desvios e furtos, dentre outros, para que sejam tomadas as devidas providências.

 

Divulgar em locais públicos os recursos financeiros do PNAE transferidos para prefeitura e analisar e emitir parecer conclusivo sobre a prestação de contas do PNAE.

 

João Batista de Oliveira

 

 

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Confraternização:

Gustavo Mitre recebeu amigos na Draft

Estiveram reunidas autoridades políticas e apoiadores de Mitre.

Da Redação

 Via Fanzine

 

O atuante cidadão Júnior Capanema e o candidato Gustavo Mitre.

 

Na noite da segunda-feira dia (27/09), por volta das 20h, o candidato a deputado federal Gustavo Mitre (PSL), recebeu amigos, familiares, apoiadores, correligionários e funcionários do sei Comitê em Itaúna.

 

Sua esposa e filhos não compareceram, por outro lado, estiveram presentes personalidades de nossa política local tais como, o ex-prefeito Osmando Pereira da Silva, o presidente da Câmara, Antônio de Miranda, Júnior Capanema militante da cultura, Odair Assis, professor Antônio Gontijo, Rafael de Castro Nogueira (neto do Dr. Guaracy) e assessor do deputado federal Rafael Guerra, entre outros.

 

Na boate Draft estiveram presentes cerca de 700 pessoas, que aplaudiram de pé a chegada de Gustavo Mitre. O candidato discursou por alguns minutos ao microfone. A festa foi regrada por muita dança e alegria, ao som de vários ritmos que variaram do sertanejo tradicional ao funk.

 

- Foto: divulgação.

 

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Ardentenses:

Demo Gênio responde perguntas do povo

Comprovando sua DEMOcracia, prefeito de Pedra Ardente responde a populares.

Da Redação

 Via Fanzine

 

Numa iniciativa da TV Arraial de Pedra Ardente, o prefeito dessa ardida cidade vai responder perguntas dos telespectadores. Demo Gênio vem fazendo um governo infernal e conturbado, mas mesmo assim, se abre ao debate das diversas questões que afligem os ardentenses. Todos os cidadãos de Pedra Ardente podem enviar as perguntas ao seu prefeito através do e-mail da TV Arraial: tvarraial@inferno.com.

 

As perguntas e respostas vão ao ar pela TV Arraial toda quarta-feira e Via Fanzine obteve autorização para transcrever as perguntas e respostas do Demo. Falando conosco sobre este novo quadro da TV Arraial, o prefeito de Pedra Ardente afirmou: "Nóis num qué ingalobá u povu, pur issu, vô respondê tudu qui ês perguntá. Quen quizé inviá pirgunta pódi inviá qui nóis tamo prontu pra dá as resposta".

 

- Leia mais Demo Gênio: Via Fanzine entrevista com Demo Gênio

   

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Artigo:

Mediocracia

Por Guaracy de Castro Nogueira*

 

O Aurélio fala no predomínio social do mediano, do sem relevo, comum, ordinário, vulgar, das pessoas medíocres. Cândido de Figueiredo diz que o medíocre não é bom nem mau, ou o que está entre o bom e o mau. Que não é grande nem pequeno, ou que está entre o pequeno e o grande. Insignificante. Pessoa ou coisa que tem pouco merecimento.

 

O momento está tão medíocre que voltei a ler o excelente livro “El hombre mediocre”, que muito me influenciou nos bons tempos de estudante na Faculdade de Direito, na Federal, em Belo Horizonte, em espanhol, do argentino José Ingenieros. Ele diz que em todas as nações os altos ideais não trabalham em ritmo contínuo, há horas de grande euforia, progresso, e as há também de apatia, como há vigílias e sonhos, dias e noites, primaveras e outonos, em cujo alternar-se infinito está dividido a continuidade do tempo.

 

Estamos vivendo no Brasil um período em que a nação está adormecida dentro do país. No município a comunidade dorme o sono da irresponsabilidade sem a menor atenção pelo que está ocorrendo nas esferas políticas. Basta ler na imprensa, falada, escrita ou ver na televisionada como estão sendo medíocres os homens que nos governam, salvo raríssimas exceções. Nos três poderes: no executivo, no legislativo e no judiciário.

 

O organismo vegeta, o espírito se torna apático. Os apetites acossam os ideais, tornando-os dominadores e agressivos. Não se percebe clamor algum do povo; não ressoa o eco de grandes vozes animadoras. Tem-se a impressão de que os grandes líderes desapareceram. Antigamente os verdadeiros líderes se cercavam de pessoas de bom nível cultural, maduras, capazes de dar bons conselhos e evitar que erros sejam cometidos, com nível de independência e autoridade moral para descordar do “patrão”. Hoje o líder é auto-suficiente, verdadeiro autocrata capaz de pronunciamentos “ex-catedra”.

 

Todos se acomodam em torno dos mantos oficiais, para conseguir alguma migalha do poder, da merenda. É triste e desanimador ver como certas lideranças que combateram a atual administração já estão se empoleirando em cargos municipais. Corrupção, falta de caráter, pobreza de espírito e enriquecimento ilícito. É o clima da mediocridade.

 

Os jornais locais são a mesmice. Só publicam matérias que lhes interessam ou que não prejudicam seu faturamento. Principalmente da maior entidade que lhes fornece matéria paga para o “cala a boca”. Algumas notícias importantes recentemente saídas dos tribunais e da imprensa estadual e federal não são levadas ao conhecimento do público local, e se são, por alto, insuficientemente comentadas.

 

O culto da verdade entra em penumbra, bem como o afã de admiração a fé nas crenças firmes, a exaltação dos ideais, a abnegação. Tudo que está no caminho da virtude e da dignidade entra na penumbra. As colunas vertebrais não conseguem ficar eretas todas se curvam diante da prepotência dos audaciosos e dos atrevidos, dos mentirosos, enganadores e dos sem caráter.

 

Platão dizendo que a democracia “é o pior dos bons governos, mas o melhor entre os maus”, definiu a mediocracia, predominância dos espíritos comuns, pobres, incultos e interesseiros. Transcorreram séculos, a sentença conserva a verdade. Há uma decadência moral nas classes governantes e a comunidade aceita tudo, calada, conivente e, para surpresa dos bons, com aplausos e foguetes. Esta gente sem compromisso reúne-se em agrupamentos espúrios que se intitulam partidos políticos, mas verdadeiras legendas de aluguel. Coligações são feitas, disputam-se os cargos acordados, mas na hora das nomeações vale o amigo do peito, do “namoro”, mesmo sendo da legenda coligada, e dá-se uma “banana” para o acordo feito. E é tudo muito natural. Os políticos atuais, na sua maioria, são verdadeiros bandoleiros que procuram a encruzilhada mais impune, para espoliar os cofres públicos e a sociedade. Em todos os tempos e sob todos os regimes, neste e em outros países, houve políticos sem vergonha e desrespeitadores da moral pública e familiar, mas estes encontram o melhor clima no momento em que estamos vivendo.

 

Quando o ignorante se julga igualado ao estudioso, o aventureiro de ocasião ao verdadeiro político, sob o princípio constitucional de que todos são iguais perante a lei, o velhaco ao apóstolo, o falador ao eloqüente e o mau ao digno, a escala do mérito desaparece numa vergonhosa nivelação de vilania e mesquinheza. A mediocridade é isso: os que nada sabem, julgam ser verdadeiro o que pensam e dizem como pérolas do conhecimento, e se tornam donos da verdade. Esta chatice moral está em pleno vigor. Ninguém pode voar onde todos rastejam e os que deviam assumir o controle da situação, sob falsa tolerância, tornam-se cúmplices.

 

*Guaracy de Castro Nogueira é advogado, historiador e genealogista.

 

 

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Desaculturados:

Prefeito nega prestar informações sobre cultura

Governante se nega a prestar satisfações sobre o patrimônio público que sucateou.

 

Júnior Capanema

Cidadão Itaunense

 

Cada vez eu fico mais impressionado com o descanso e desrespeito da administração petista para com a nossa cultura.

 

Sexta-feira, dia 30/01, recebi em meu endereço, correspondência da Secretária do Gabinete do Prefeito Eugênio Pinto, a Sra. Yoná Tupinambás Parreiras, onde a mesma afirma que eu devo pegar os meus pedidos de informações os quais a mesma recebeu e protocolá-los no protocolo da Prefeitura. Lembrete, um cidadão deve pagar média de R$13,00 (treze reais) para protocolar cada oficio. Eu não acho justo pagarmos para obter informações da administração pública, a respeito da cidade onde vivemos.

 

Eu reitero aqui os meus respeito à Sra. Yoná, pois tenho o entendimento que a mesma está apenas cumprindo ordens do Prefeito, uma vez que a referida Secretária do gabinete, me recebeu muito educadamente no dia em que eu fui até a mesma, para protocolar os tais pedidos de informação. Mas seja através do protocolo, seja através de qual órgão for, departamento da Prefeitura ou até mesmo através de quaisquer funcionários da Prefeitura, se houvesse de fato, vontade política por parte desta amaldiçoada administração petista de se fazer algo em prol da cultura, o senhor Prefeito já teria vindo a público explicar porque o mesmo acabou com o nosso calendário cultural, com o teatro Silvio de Matos e outros.

 

Pra mim está claro mais uma vez, que o Prefeito não vai nos responder quando o teatro será reformado e que a única maneira de obtermos o mínimo de atenção às questões culturais, é acionando o Poder Judiciário, o Ministério Público, o Legislativo e os poucos meios de comunicação que não tem o rabo preso com o (dês)governo pintista.

 

Só pra absolutamente deixar claro, não se trata de uma “cartinha qualquer” ao Prefeito, trata-se de pedidos de informação, os quais já foram inclusive publicados em alguns órgãos de impressa, onde eu solicito a prestação de contas do Departamento de Cultura; a data do inicio da reforma do teatro entre outros. Uma vez que o Prefeito não me respondeu, eu já levei as cópias dos mesmos ofícios à Promotora Dra. Sílvia de Lima Soares e pedi a mesma que tomasse as providências legais cabíveis, para que o povo de Itaúna tenha acesso a prestação de contas do Departamento de Cultura e a data do inicio da reforma do teatro.

 

Em anexo seguem cópia da correspondência da Secretária do Prefeito, a Sra. Yoná dirigida a minha pessoa e cópia de meu oficio dirigido a Dra. Silvia Promotora do Patrimônio Público.

 

 

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Mensagem recebida:

Abaixo assinado pela estruturação cultural em Itaúna

 

Na reunião ordinária desta terça feira dia 20/01/2009, eu, Júnior Capanema usei a tribuna livre da Câmara para entregar o abaixo assinado da classe artística onde pedimos ao poder Legislativo:

 

- A ativação do Conselho Municipal de Cultura;

 

- O cumprimento das Políticas Públicas na área de cultura;

  

- Que a Comissão de Educação, Cultura e Assistência Social da Câmara; fiscalize a execução orçamentária da cultura;

 

- A intervenção junto ao Poder Executivo, para que o mesmo cumpra a lei orgânica, no que tange a cultura;

 

 

- Que a Comissão de Educação, Cultura e Assistência Social realize diligências, perícias, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial na Secretaria de Educação e Cultura, bem como, no Departamento de Cultura, no sentido de apurar todos os motivos e interesses que levaram ao fechamento do Teatro Silvio de Matos e a extinção das ações que deixaram de ser exercidas por aquele Departamento;

 

- A notificação ao Prefeito Municipal por parte da Mesa Diretora do Legislativo, com relação ao que se requer no abaixo assinado;

 

- Encaminhamento de ofício ao Promotor de Justiça da Comarca de Itaúna, comunicando-lhe quanto à situação atual de completo abandono da Cultura Itaunense, inclusive dando-lhe conhecimento de como se encontra o Teatro Sílvio de Matos.

 

Pedimos desta forma, que os órgãos de impressa nos ajude a conseguir junto ao Poder Executivo Municipal, aquilo que pedimos no abaixo assinado.

 

Em anexo segue cópia das 4 folhas do abaixo assinado.

 

Cordialmente

Júnior Capanema

 

N.E.: Em anexo recebemos o abaixo-assinado e à parte, uma carta de apoio à luta em prol da Reforma do Teatro Silvio de Matos, assinada pela deputada Gláucia Brandão, presidenta da Comissão de Cultura da Assembléia Legislativa de Minas Gerais a Júnior Capanema.

 

 

 

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VF, 15 anos de Cultura:

Via Fanzine expede certificado

de reconhecimento a itaunenses

Edno e Capanema recebem méritos “Político” e “Cultural”.

Por Pepe Chaves

editor - Via Fanzine

 

José Capanema Júnior e Edno de Oliveira:

"Mérito Cultural" e "Mérito Político" em 2008.

 

No ano de 2004, quando completou 10 anos de fundação, Via Fanzine concedeu a pessoas de Itaúna (cidade em que o jornal é sediado) e outras cidades do Brasil, certificados de reconhecimento de seus respectivos trabalhos e ações sociais.

 

E neste ano de 2009, quando o jornal estará completando 15 anos de funcionamento ininterrupto em 07 de abril, estaremos novamente expedindo certificados que visam reconhecer a atuação de pessoas da comunidade itaunense.

 

Serão expedidos quatro certificados: “Mérito Político”, “Mérito Cultural”, “Mérito Esportivo” e “Mérito Cidadão”. Para decidirmos sobre os escolhidos, ouvimos diversas pessoas de Itaúna e consideramos também, a atuação pública destas pessoas, através de nosso próprio trabalho. Dois deles estaremos divulgando agora, e os outros dois, divulgaremos no final do mês de janeiro, antes de estarmos em Itaúna entregando os certificados aos homenageados. Diferentemente de homenagens “vendidas” por determinados veículos de comunicação de Itaúna que promovem festas badaladas para faturarem às custas de seus homenageados, ou de homenagens sem a menor justificativa e baseadas na hipocrisia e na “média pessoal”, como algumas daquelas oferecidas por esta Câmara Municipal de Itaúna que encerra seu mandato em 2008, esta nossa modesta homenagem se faz unicamente, em um ato de justificável e explícito RECONHECIMENTO, sem festas, excesso de fotos ou demais badalações.

 

“Mérito Político”

 

O principal quesito para o recebimento do certificado expedido por Via Fanzine é o desprendimento e naturalidade da atuação do homenageado. Desta forma, não poderíamos deixar de direcionar o certificado de “Mérito Político” ao vereador e contabilista itaunense Edno José de Oliveira, por sua curta e brilhante atuação frente à Câmara Municipal de Itaúna. Ele que assumiu sua vaga por meio de decisão do Superior Tribunal de Justiça (STF) já no último ano do mandato, em pouquíssimo tempo, prestou relevantes serviços à comunidade, entre eles, a extinção do pagamento de mais de R$ 500,00 para cada vereador em reunião extraordinária da Câmara Municipal, o que representa uma significa economia para os cofres públicos, além da moralização dos serviços legislativos.

 

Além disso, temos certeza absoluta que, independente do partido em que esteja filiado e do grupo político a que supostamente pertença, o cidadão Edno de Oliveira continuará atuando como um dos mais participativos do município, demonstrando sempre sua sensatez e senso de justiça juntos às questões de interesse popular, sobretudo, aquelas em que políticos irresponsáveis e sem a menor transparência procuram maquiar uma real situação da administração pública diante aos olhos populares.

 

“Mérito Cultural”

 

O indicado para receber o certificado de “Mérito Cultural” de Via Fanzine é o ator e psicólogo José Capanema Júnior, por sua desprendida atuação diante os problemas da aniquilada cultura itaunense. O incansável jovem que se opõe ao fechamento criminoso do único teatro público pelo prefeito municipal (durante todo o seu primeiro mandato), recebe nosso modesto reconhecimento por sua tenacidade e sua razão. José Capanema Júnior saiu às ruas e agora procura as vias legais, que obriguem o prefeito administrar um patrimônio conseguido com muito custo pelo setor cultural local e que agora se encontra completamente sucateado pelo prefeito de Itaúna Eugênio Pinto (PT), que deveria zelar pelo mesmo.

 

Apesar de receber ameaças, ligações anônimas e críticas de pessoas (sobretudo, cargos de confiança do prefeito) que defendem um ato da mais declarada improbidade administrativa, Capanema Júnior não teme às represálias e não tem o menor constrangimento de desempenhar sua função de cidadão participativo. Ele procurou os vereadores e, por vezes, bradou na Tribuna Livre da Câmara Municipal contra os absurdos promovidos por um prefeito absolutamente inculto, que fechou a maior casa de manifestação cultural do município. Também coordenou manifestações de ruas e panfletagem custeada por ele, em favor da reabertura do teatro. Em 2009, este jovem cidadão continuará buscando soluções, agora junto à Justiça local, que obriguem o prefeito a reabrir e administrar - como deveria ocorrer naturalmente – o teatro municipal local, fechado irresponsavelmente e sem previsão de reabertura.

 

“Mérito Esportivo” e “Mérito Cidadão”

 

Os homenageados que receberão os certificados que estaremos expedindo para “Mérito Esportivo” e “Mérito Cidadão” serão divulgados ainda neste mês de janeiro de 2009 e, igualmente aos demais, tem como ênfase os trabalhos sociais de pessoas atuantes na comunidade itaunense no ano de 2008. Os quatro certificados serão entregues aos homenageados no dia 31/01/2009, na sede jornal Via Fanzine, em Itaúna-MG.

 

- Foto: Arquivo VF.

 

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Professor de etiqueta social:

O aloprado diretor de 'Curtura' da prefeitura

Além de não fazer nada pela cultura local, senão destruí-la sob patrocínio do prefeito,

Mário Debique mostra também que sabe insultar, mas pode reincidir no crime de “difamação e calúnia”.

 

Por Pepe Chaves

editor - Via Fanzine

 

Anulando a Cultura de Itaúna

 

Em Itaúna, após a posse do prefeito Eugênio Pinto, em 2005, não há como se discutir cultura. Até porque, não há como discutir o que não existe. Mas não era assim antes de ele assumir. Os governos passados levavam à cabo, ainda que com poucos recursos e incrementos, um verdadeiro calendário cultural que incluía a programação de eventos para as várias áreas artísticas, esporadicamente, incluindo oficinas de arte, formando gratuitamente jovens, adultos e idosos, além do projeto criado pelo ex-prefeito Osmando Pereira de aquisição, por parte da prefeitura, de pequenas quantidades da produção de livros e CDs de artistas locais.

 

Tudo isso acabou. E como se não bastasse, o teatro municipal Sílvio de Matos foi também fechado por Eugênio Pinto e assim se encontra por mais de três anos e meio. Nenhuma medida por parte do Judiciário, que assiste a tudo “caladinho” e “ceguinho” não foi tomada e ao que parece, se depender de providências por parte de pessoas de Itaúna, a situação estará daí para pior. Já teve gente nas ruas se manifestando, mas a promotoria local, parece ter outras prioridades que não sejam as culturais.

 

Desde que assumiu o atual prefeito, reportamos aqui todos os seus descalabros culturais, desde a destruição do calendário cultural à destruição física do teatro local, mostrando sua impotência como administrador (não somente quanto à cultura), sua má vontade para com os eventos artísticos e as pessoas que integram a comunidade artística e cultural local.

 

Ele nomeou como secretários de Educação e diretores de cultura, algumas pessoas que jamais haviam ocupado estes cargos antes, alguns, sequer detinham a menor experiência teórica, muito menos prática com a área em questão. Bom exemplo são os atuais que se encontram lá, que já comprovaram sua total impotência: sua irmã Marisa Pinto e o radialista Mário Debique, ex-algoz de Marisa, agora seu cargo de confiança.

 

Insulto e injúria

 

E por denunciarmos essa indecência moral, onde quem processava contratou o agressor, para trabalhar em cargo de confiança, após o tal agressor ser condenado pela Justiça a pagar uma indenização, recebemos um e-mail insultuoso e completamente equivocado do diretor de cultura de Itaúna, senhor Mário Debique.

 

Num tom de superioridade, incapaz de discutir Cultura (a indiscutível...) ou mesmo discordar do que colocamos em nossos escritos, Mário Debique, que garante ser também professor de etiqueta social, me promoveu um ataque pessoal, o qual eu respondi à altura, enviando cópias para cinco pessoas de minha confiança, da área cultural itaunense (para testemunharem), além de cópias para o Gabinete do Prefeito e sua Assessoria de Comunicação para que estejam cientes dessa molecagem de seu servidor.

 

Numa mensagem de e-mail insultuosa, provocativa e cheia de “KKKK”, o senhor Mário Debique me acusa de estar com “inveja dele”. Ou seja, ele disse que lê o que escrevo, mas nem pensa em discutir se estou errado ou não, ele prefere ver isso como um ato de inveja. Decerto, para ele, é bem mais confortável que assumir os seus erros, omissões e até mesmo vir a defender a camisa da administração que veste. Na mentalidade dele, Cultura, deixemos para lá, o que importa é a inveja, é o lado pessoal, não é mesmo? Todo jornalista que escreve verdades deve ser mesmo um grande invejoso! Mas, como terei inveja de alguém que trabalha numa administração como à de Eugênio Pinto, que destruiu completamente a cultura de Itaúna? Como vou ter inveja de alguém que recebe salário público para não fazer nada e nem se envergonha disso? Acha que, apesar de tudo, ainda está "por cima" e pode ser objeto da inveja de alguém... Tenha um pouco mais de profissionalismo e coloque-se no seu devido lugar, senhor servidor público.

 

Se eu um dia tivesse inveja de alguém, certamente seria de alguém exemplar, um homem de verdade, que tivesse, antes de tudo, caráter, hombridade, autenticidade, autonomia e identidade própria. Quem se aceita como é, não precisa sentir inveja de ninguém ou de nada. Inveja é coisa para gente que deseja se auto-afirmar. Que se forma em faculdade de fundo de quintal, mal sabe o português e sai exibindo diploma antes de seu nome, antes de sua capacidade. Gente assim é que sente inveja, gente viciada em rir o dia inteiro, acostumada a alimentar a alma com piadas de mau gosto. Gente que vive assumindo em público suas preferências sexuais. Gente que mais parece gralha, pois quando fala bonito cacareja (KKKK). Pois, que vá cacarejar pra sua turma. Eu não preciso e nem tenho que aceitar estes insultos enviados pelo senhor Mário Debique, e isto, está assegurado legalmente à minha pessoa. Não preciso tolerar este tipo de coisa. Em minha profissão, eu não ataquei ninguém pessoalmente, senão comentei somente assuntos públicos, de ordem cultural e por isso, não admito receber ataques pessoais por parte de quaisquer pessoas dessa administração petista de Itaúna.

 

Ícone da “curtura” de Eugênio Pinto

 

Mário Debique, mais que ninguém, merece mesmo ser o diretor de Cultura do governo Eugênio Pinto. Ninguém pior que ele para tanto. Um ícone da breguice itaunense, dono de um programa breganejo que veicula somente fofocas, música sertaneja, português errado e piadas de mau gosto, é sem dúvida, a pessoa mais correta para ocupar a cadeira da “curtura” de Eugênio Pinto. Somente um “gênio” municipal poderia eleger o símbolo do mau gosto social itaunense como o seu diretor de cultura. Afinal, para ficar de braços cruzados recebendo dinheiro público, tanto faz ter ou não caráter; tanto faz ter ou não hombridade, não é mesmo?

 

Eu tenho dito, homens públicos, pessoas que se sujeitam ao serviço público, seja pelo voto eletivo, por concurso público ou em cargo de confiança, têm que saber aceitar críticas e estar cientes disso. Até porque, a Justiça está aí para todos, que recorram a ela se sentirem lesados. Mas não me venha enviar mensagens agressivas, insultuosas e difamatórias, isso, eu não tenho que aceitar e nem vou permitir. Via Fanzine esteve sempre aberto para discutir cultura e qualquer outro assunto. Temos por ética, conceder direito de resposta, sempre que requisitados por quaisquer que citamos, sejam pessoas físicas ou jurídicas. E sempre estivemos abertos para ouvir esta administração municipal, se ela tivesse capacidade de nos rebater. Portanto, se Debique desejasse discutir, deveria ter enviado uma nota, como diretor de cultura e exposto seu ponto de vista. Isso, se houvesse ponto de vista e se ele não fosse deselegante, baixo e tão moleque como demonstrou ser.

 

E tenho arquivados todos os insultos feitos pelo senhor Mário Debique e, se ele usar meu nome em público, seja por quaisquer vias, ou voltar a me enviar mensagens de e-mails por MAIS UMA ÚNICA VEZ, eu vou acioná-lo judicialmente por suas agressões pessoais. O prefeito já foi avisado. E não vou acioná-lo somente pessoa física, mas também como pessoa jurídica, ou seja, vou responsabilizar à Prefeitura de Itaúna pelos ataques recebidos por ele, além do veículo de comunicação em que ele se expressar. Até mesmo, porque tenho registrado tudo o que escrevi a respeito de cultura em Itaúna e este material está à disposição da Justiça. Jamais menti ou cometi excessos e o que escrevo, se trata de um assunto público e notório; não ataques pessoais. Tenho como provar que, por expor meu pensamento de cidadão, antes de jornalista, de forma digna e ética (claro, senão eles já teriam me processado, como fizeram com outros) eu estou assegurado pela legitimidade legal. Por isso, eu não tenho que tolerar desaforos e nem receber insultos por e-mail de um funcionário cargo de confiança de Eugênio Pinto. Que ele dedique suas molecagens e sua falta de educação à administração municipal que o paga para tanto.

 

Pode reincidir

 

O Mário Debique acabou de ser processado por Difamação e Calúnia pela Comarca de Itaúna, numa representação impetrada pela irmã do prefeito, sua atual chefe. Ele foi julgado e condenado a pagar a ela uma indenização. E, ele vai reincidir na primeira “gracinha” que fizer novamente com minha pessoa, seja me enviando mensagens que não requisitei, seja pronunciado o meu nome – o que não autorizo! – em público. O aviso está dado e não entendam isso como qualquer tipo de “ameaça”. Não sou de ameaçar e na verdade, nem sou de avisar também, mas como esta questão foi aberta e tenho várias testemunhas que presenciaram os ataques que recebi por parte deste servidor público, minha consciência pede para deixar todos cientes que tomarei as providências cabíveis contra o Debique, a prefeitura, e a quem mais vier o caso.

 

Pessoa pública é ele. Ele é que recebe salário da prefeitura de Itaúna. Ele foi quem parou de falar mal do Eugênio, sua irmã e outras pessoas dessa administração no seu programa radiofônico, descaradamente, em troca de um cargo público. O que ele e os seus “agredidos” (Seriam mesmo? Parecem estar todos no mesmo balaio...) ganharam com isso eu não sei. Mas a Justiça de Itaúna é que ficou com cara de boba nesta história: depois de julgar e condenar um indivíduo por crime de difamação, assiste o mesmo ser nomeado “cargo de confiança” da então agredida. Só em Itaúna mesmo. São coisas que acontecem somente nesta cidade desaculturada pelo inculto prefeito municipal, onde pessoas sem a menor capacidade, vocação ou experiência, assumem cargos públicos simplesmente com a intenção de “anulá-los” socialmente; deixá-los às teias de aranhas, enquanto o dinheiro público pinga em suas folhas de pagamentos mensais.

 

Ninguém melhor que Mário Debique para dar o golpe de misericórdia na famigerada cultura itaunense. E assim será, por mais quatro anos, se o próximo mandato do Executivo durar quatro anos. Seja como for, dentro de nossa função social, estaremos de olho em quem estiver lá, seja quem for.

 

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Discurso na tribuna da Câmara Municipal de Itaúna

Por José Capanema Júnior*

 

Excelentíssimo senhor presidente, excelentíssimas senhoras vereadoras, excelentíssimos senhores vereadores, profissionais de impressa, cidadãos aqui presentes, boa noite.

 

Pasmem Senhores e senhoras, infelizmente mais uma vez o assunto “Teatro Silvio de Matos”, nos traz a essa tribuna. Antes e durante o período eleitoral fui acusado por parte de alguns membros do partido dos banqueiros – o PT, de estar apenas patrocinando uma manifestação política nas ruas de Itaúna por causa das eleições, sofri ameaças e outros tipos de aborrecimentos. Mas o carinho e apoio das pessoas honestas que nos paravam na rua para nos dar os parabéns por nossa coragem de panfletar e questionar o descaso em relação a cultura é o que verdadeiramente conta.

 

Ora bolas, o período eleitoral se encerrou anteontem, as próximas eleições para Prefeito são daqui a quatro anos, portanto eu estou mais uma vez ocupando esse espaço público não para fins eleitoreiros e sim para pedir aos atuais Vereadores, aos Vereadores eleitos e reeleitos, mais atenção para a cultura. Estamos aqui para cobrar de Sua Excelência o todo poderoso Senhor Prefeito reeleito, promessas feitas antes e durante a campanha. Quem não se lembra de abrir os jornais da cidade e ver a assessoria de comunicação de Eugênio, divulgando que o Teatro Silvio de Matos seria reinaugurado no aniversário da cidade, quem não se recorda do jornal da campanha do PT no qual consta entre outros, promessas de valorização da cultura a qual não aconteceu até a presente data. Apesar da maioria de Itaúna não estar com Eugênio, apenas 38%, o PT venceu as eleições e eu respeito a decisão das urnas, o que eu não aceito é a mentira e a corrupção da política.

 

Certa vez estava eu lendo uma biografia de um político famoso e não me lembro exatamente das palavras, mas o mesmo disse mais ou menos o seguinte, no final de sua vida: “eu quis mais apoio e espaço para cultura e não consegui, eu quis um país mais justo e não consegui, eu lutei pela educação e perdi, mas também não tenho inveja dos meus opositores que conseguiram vencer e chegar ao poder”. Darcy Ribeiro - antropólogo, escritor e político mineiro.

 

Assim como Darcy Ribeiro, eu tenho muito orgulho de defender meus ideais em prol da cultura e de uma Itaúna mais justa, igualitária e fraterna. Também fiquei muito satisfeito por aquilo que eu considero uma homenagem feita a minha pessoa, uma vez que meu humilde nome está escrito na lista dos políticos em baixa do jornal Brexó. Muito obrigado por constar meu simples nome entre pessoas que eu admiro tanto tais quais: Gláucia Santiago, Dr. Elvio, Palmira Feliciano, Lucia Amaral, Odair Assis, Elina Dirce, Marcinho Hacuna, Neider Moreira, Danilo Lopes e muitos outros. Eu não sou político, sou apenas sou um simples cidadão que luta contra a poderosa maquina do (des)governo anti-cultural do PT. Eu teria que estudar, crescer e evoluir muito ainda, para chegar ao patamar da maioria das pessoas que configuram a lista de políticos em baixa.

 

Infelizmente tenho o humilde entendimento que a única forma de começarmos a fazer algo de bom em prol da cultura, durante esta tenebrosa era petista em Itaúna, sem nos sujarmos na lama da propaganda governista enganosa e das falsas promessas de campanha, é cumprindo a lei orgânica do município, a qual na seção de cultura, artigos 126 ao 133 tratam da criação do Conselho Municipal de Cultura, conselho este composto por vinte e cinco membros de notório conhecimento artístico cultural e que exerçam atividades culturais em Itaúna.

 

Eu não estou pleiteando uma vaga para mim ou para quem é que seja no Conselho de Cultura, mesmo porque eu sou apenas um ator amador, não tenho formação acadêmica em Teatro e talvez eu nem possa fazer parte de tal conselho, mas eu ficaria extremamente satisfeito em ver esse conselho ativado e sendo composto apenas por artistas desvinculados ao Poder Executivo Municipal, para que os mesmos possam ter autonomia para debater os assuntos relacionados a cultura, sem medo de represarias ou perseguições políticas.

 

Portanto deixo aqui minha humilde sugestão, meu apelo a essa casa, para que a lei orgânica do município, no que trata a cultura, seja posta em prática. Peço particularmente ao Senhor Presidente, vereador reeleito, que não meça esforços para que uma eleição democrática seja feita, para a composição das 25 cadeiras do Conselho Municipal de Cultura. E pra finalizar, eu gostaria de perguntar a Vossas Excelências o porque desses artigos da lei orgânica do município que eu acabei de citar, ainda não estão sendo postos em pratica?

 

Muito obrigado pela atenção!

 

* José Capanema Júnior é líder do Movimento em Prol da revitalização do Teatro Sílvio de Matos e ator amador.

 

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Mais de três anos sem um teatro municipal:

Músico se manifesta contra prefeito

O conhecido Marcha Lenta picha o próprio carro para se manifestar

contra o fechamento do único teatro municipal de Itaúna.

Por Pepe Chaves

De Itaúna-MG

Para Via Fanzine

Carro pichado reclama de teatro fechado pelo prefeito de Itaúna.

 

O músico itaunense, conhecido popularmente pelo pseudônimo de Marcha Lenta é mais um a protestar contra o fechamento do teatro Sílvio de Matos (o único público de Itaúna) por mais de três anos. O teatro foi fechado pelo prefeito municipal Eugênio Pinto (PT) em junho de 2005 – no quinto mês de seu mandato - e, até o presente momento, não foi entregue à comunidade. Pior que isso é que não há nem mesmo uma previsão para o restabelecimento do espaço público.

 

Faz alguns meses, Marcha Lenta procurou o Jornal Brexó e se queixou do fechamento do teatro. Mas, agora seu protesto saiu do modo virtual e está nas ruas. Exercendo sua cidadania, ele pintou uma “frase de impacto” no pára-brisa traseiro de seu carro, lastimando o fechamento do teatro pelo prefeito.

 

A frase estampada pelo cidadão é a seguinte: “prefeito de Itaúna fecha teatro Sílvio de Matos por 3 anos. Não vote neles, vote nulo”. Nossa reportagem conseguiu localizar o veículo e fotografá-lo (foto acima). Marcha Lenta é músico em Itaúna há vários anos. É integrante e membro co-fundador da Orquestra de Câmara de Itaúna.

 

Fechamento sem precedentes

 

Vale lembrar que os mais de três anos em que se encontra fechado o teatro Sílvio de Matos, equivale a mais de 15% do tempo de funcionamento deste teatro. A chamada Praça Cívica, com o prédio administrativo e a cúpula da Câmara Municipal, juntamente com o complexo do Espaço Cultural (onde se situa o teatro Silvo de Matos) foram projetados e construídos pelo ex-prefeito Francisco Ramalho. A conclusão das obras e sua entrega à comunidade se deram em 1989, pelo então prefeito Osmando Pereira.

 

Um movimento em prol da reabertura do teatro está em curso em Itaúna, inclusive, nas ruas, através de panfletagens, conscientizando a população sobre o absurdo de um prefeito receber um alto salário público para manter fechado o único teatro público da cidade, por todo o seu mandato. Nesta semana, estaremos entrevistando um dos coordenadores desse movimento, o jovem ator José Capanema Júnior. Ele nos contou que tem sido até ameaçado por se manifestar publicamente contra o fechamento do teatro pelo prefeito Eugênio Pinto e que deverá alertar as autoridades da Segurança sobre o ocorrido. Em breve traremos mais informações.

 

- Foto: Via Fanzine.

 

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Teatro municipal:

Artistas cobram promessa do prefeito

Teatro está fechado desde o início do mandato de Eugênio Pinto.

 

O prefeito de Itaúna, Eugênio Pinto (PT), logo que tomou posse, fechou o teatro “Sílvio de Matos”, no Espaço Cultural de Itaúna. Promovendo um verdadeiro atraso cultural, o administrador parece não se importar com a paralisação do único teatro público da cidade.

 

Faz alguns meses, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, em reunião com uma comissão de artistas, prometeu que o teatro seria entregue novamente à comunidade artística, no dia 16 de setembro de 2008, aniversário da cidade.

 

No entanto, até o momento, nenhuma medida foi tomada pelo prefeito, para que teatro seja mesmo entregue na data prometida. Preocupados com o evidente desleixo de Eugênio Pinto, artistas protocolaram um documento na prefeitura, exigindo uma resposta formal do prefeito sobre a reabertura do teatro.

 

Eugênio Pinto, que se omite claramente da restauração do teatro (que, na verdade estava inteiro e nem necessitava ser restaurado), terá que dar agora, por força da lei, uma resposta formal à comunidade artística de Itaúna.

 

Recentemente o prefeito nomeou a sua irmã Mariza como secretária de Educação e Cultura e o radialista Mário Debique como diretor de Cultura. Nem um, nem outro, se manifestou até agora sobre a “possível” reabertura do teatro.

 

Em verdade, por ordem do prefeito municipal, o setor cultural da administração pública de Itaúna simplesmente depredou um teatro e não teve coragem de reconstituí-lo e, sequer, foi capaz de dar uma satisfação séria a comunidade.

 

Abaixo segue cópia da carta protocolada na prefeitura de Itaúna e encaminhada ao prefeito.

 

Manifestação contra o fechamento do Teatro continua

 

Protocolamos na manhã desta quarta feira, dia 18 de junho de 2008, correspondência (protoc. nº 8341 ) dirigida ao Sr. Prefeito Pinto, com intuito de solicitar ao mesmo que seja respondido “por escrito”, a toda sociedade itaunense, a data tanto de inicio da reforma do teatro Silvio de Matos, quanto a de reabertura do mesmo.

 

Temos o entendimento que os grupos tanto de amadores como o de profissionais, precisam obter uma resposta oficial, clara e objetiva acerca desta reforma, uma vez que o espaço do teatro é muito importante para se programar as agendas de espetáculos dos diversos grupos ligados à arte de Itaúna. É muito difícil proporcionar cultura sem apoio, sem verba, sem condições técnicas adequadas, sob perseguição política e pior ainda, sem um espaço que é nosso, que é do cidadão itaunense, um local tão adequado como o Sílvio de Matos.

 

Informamos ainda que intensificaremos a panfletagem nas ruas de Itaúna, com o intuito de conscientizar a população itaunense, dos prejuízos causados pela 'pseudo-reforma' do teatro a qual foi prometida pelo atual governo, mas até o momento nada de concreto aconteceu.

 

A nossa voz não pode e nem deve se calar!

 

* O documento é assinado por José Alves Capanema Júnior, Palmira Feliciano da Silva e Danilo de Oliveira Lopes, que enviaram em anexo cópia do oficio protocolado pela Prefeitura de Itaúna.

 

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Cultura: 

Biblioteca comemora dois anos de fundação

Biblioteca é particular, mas presta serviço a toda comunidade.

 

Palmira Feliciano

 

A líder comunitária Palmira Feliciano, diretora e criadora da Associação Comunitária “Reciclando com Cultura”, promoveu um evento em comemoração aos dois anos da instalação da biblioteca que a mesma criou.

 

A biblioteca funciona no bairro Murilo Gonçalves e é constituída por milhares de livros e revistas de temas variados. Diversos livros são recebidos através de doações e qualquer cidadão poderá usufruir dos livros da biblioteca “Reciclando com Cultura”. Para fazer o empréstimo dos livros, basta preencher uma ficha cadastral.

 

O evento que comemorou os dois anos de fundação da biblioteca “Reciclando com Cultura”, aconteceu no dia 30/05, às 20h na Escola Estadual “Geralda Magela Leão”, Bairro Aeroporto. Houve sorteio de brindes e uma canja foi servida no local.

 

Por iniciativa do vereador Orlando Eustáquio, foi outorgado voto de congratulações da Câmara Municipal de Itaúna a Palmira Feliciano e a biblioteca criada pela mesma.

 

- Mais informações sobre a biblioteca: 99617416 ou 99453804.

 

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Há vida inteligente no Legislativo itaunense:

Vereador Rosse publica denúncias contra PMI

Algumas das denúncias já foram explicitadas pela imprensa e outras encaminhadas ao MP.

 

Da Redação

Via Fanzine

www.viafanzine.jor.br

 

O vereador Rosse Andrade publicou o nº 001 (abril/2007) do seu informativo, onde traz denúncias contra o governo do prefeito Eugênio Pinto. Atuando como oposição ao prefeito na Câmara Municipal, o vereador destacou seis denúncias graves contra o governo Pinto e ainda redigiu uma carta aos itaunenses.

 

Sob o título “Eu não concordo! E você?”, o vereador apresentou à comunidade, as seguintes denúncias:

 

- Você sabia que Prefeitura de Itaúna pagava mensalmente em 2006, para recolher lixo de nossa cidade, R$ 180.000,00 e hoje paga R$ 354.000,00, sendo este valor 5% da arrecadação mensal? Será que justifica todo esse aumento? Não é demais?

 

- Você sabia que a Prefeitura de Itaúna pagou R$ 1.900.000,00 para que se realizasse estudos e a elaboração de um projeto para uma possível retirada dos trilhos da linha férrea, que até hoje não ficou pronto e, o que é pior, já existia um projeto anterior?! É difícil acreditar, mas é verdade! Você sabia, ainda, que além de pagar R$ 1.900.000,00 pelo projeto, foi contratada uma outra empresa pelo valor de R$ 150.000,00 para analisar o projeto que a primeira contratada fez?

 

- Você sabia que a Prefeitura contratou em 2007 uma empresa de publicidade com uma verba no valor de R$ 1.200.000,00 para gastar com propagandas em rádios, jornais e TV, das obras atuais do governo? Que obras? O Povo pergunta! E o Hospital “Manoel Gonçalves”, o nosso hospital, passando por sérias dificuldades!

 

- Você sabia que entre janeiro e outubro de 2006 a Prefeitura gastou R$ 2.650.000,00 com aluguel de carros, caminhões e máquinas? Você sabia que este dinheiro daria para comprar 100 carros populares ou construir 200 casas populares, ou ainda, 100 mil cestas básicas? Você que paga seu imposto, o que acha deste gasto? É muito dinheiro, minha gente!

 

- Você sabia que o prefeito municipal através dos seus Departamentos competentes, autorizou o aumento na calada da noite do preço das passagens do Transporte Coletivo, pegando de surpresa todos os usuários, que só ficaram sabendo do aumento na hora de passar pela roleta, causando constrangimento e descontentamento em toda a Comunidade?

 

- Você sabia que o SAAE agora está alugando máquinas para prestar serviços particulares nos finais de semana e está deixando de realizar algumas obras com o seu próprio pessoal e contratando outras empresas de fora para realizá-las? Você sabia que um destes serviços é a substituição de uma adutora nas proximidades do Senai e que este serviço, que seria facilmente executado pelos servidores do SAAE, custará R$ 170.000,00 para os cofres públicos?".

 

CARTA - Em uma carta inserida no mesmo informativo, afirma Rosse Andrade que, “Estou tornando público alguns acontecimentos, dos quais vários deles, já foram encaminhados ao Ministério Público. Tenho convicção de que tais fatos são de interesse de todo cidadão. Tal iniciativa, se faz necessária para que possamos ficar de olhos bem abertos. É função e dever do vereador acompanhar, fiscalizar e informar a todos, os atos praticados pelo Poder Executivo, pois, os impostos que o Município arrecada, somos nós que pagamos".

 

Vale lembrar também o fato de que, faz poucos dias, Rosse afirmou na imprensa que “tentaram me comprar”, se referindo às propostas recebidas, segundo ele, do Executivo Municipal, para que passasse a integrar o bloco de apoio ao prefeito na Câmara.

 

*Com informações do "Informativo do Vereador Rosse Andrade", nº 001, abril de 2007, Itaúna-MG.

 

 

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NOTÍCIAS DO ARQUIVO

Itaúna:

MP denuncia Prefeitura de Itaúna

Por Ezequiel Fagundes

Para o jornal O Tempo*

Belo Horizonte-MG

 

O Ministério Público (MP) de Minas Gerais ajuizou, ontem, duas ações civis públicas por improbidade administrativa (mau uso de dinheiro público) contra a Prefeitura Municipal de Itaúna, na região Central, administrada pelo petista Eugênio Pinto.

 

O prefeito do PT, segundo a primeira ação do MP, patrocinou com dinheiro público, mais especificamente R$ 25 mil, uma micareta particular, com a ajuda do produtor de eventos Antônio Augusto Velasco Araújo de Carvalho, no dia 17 de março deste ano.

 

A segunda ação, proposta pelo MP, mira o jornal “Itaúna Viva”, publicação mensal editada com o objetivo de “promover o administrador da cidade”.

 

Segundo o MP, nas últimas dez publicações foram investidos R$ 65 mil. Os dois contratos, da banda de axé e do jornal, foram custeados com o dinheiro do município e o prejuízo total aos cofres da cidade, de acordo com o MP, chega a R$ 100 mil.

 

O prefeito Eugênio Pinto, através do procurador adjunto da prefeitura, Frederico Dutra Santiago, disse que ainda não foi citado oficialmente, mas que pretende recorrer das ações civis movidas pela Curadoria do Patrimônio Público de Itaúna.

 

Segundo ele, “é de praxe na procuradoria recorrer e contestar os processos movidos contra a prefeitura”. A festa carnavalesca aconteceu na rua Bárbara Heliodora, no centro da cidade, e contou com animação da banda de axé Rapazolla, que tocou pela garantia mínima de R$ 25 mil, em uma via pública interditada pela prefeitura.

 

O cidadão que quis participar do evento teve que pagar entre R$ 20 e R$ 198 pelo ingresso. No entanto, mais da metade do cachê da banda, avaliado em R$ 45 mil, foi quitado pela prefeitura.

 

Em seu requerimento, a qual O TEMPO teve acesso, a promotora Sílvia de Lima Soares, da Curadoria do Patrimônio Público, solicita “o ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais e creditícios”.

 

* Fonte: ‘O Tempo’ (BH)

   http://www.otempo.com.br/politica/lerMateria/?idMateria=52603  

 

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Parque Municipal - resposta de Mirinho e nosso comentário, abaixo:

Fraternalmente, de Mirinho  para  Pepe  Chaves

Por Geraldino de Souza*

(Mirinho)

Estou vivo e muito vivo! E fora do Governo.

 

Iniciando a nossa conversa, agradeço humildemente e de coração a você Pepe por me fazer esta cobrança publicamente por que é uma prova de que você ainda me tem como referência de luta em favor do meio-ambiente e  eu não quero perder isso.

 

Acho muito oportuna a sua lembrança e a sua cobrança sobre a criação de um parque na Cachoeirinha e estou com você e com todos aqueles que defendem esse projeto. Estando fora do Governo, tenho muito mais liberdade para intervir nas ações construtivas atendendo as expectativas daqueles e daquelas que confiam em  mim.

 

Entretanto tenho a dizer que você em sua cobrança comete alguns equívocos que precisamos esclarecer.

 

O primeiro deles é quanto à localização da área adquirida pela Prefeitura. A  área deveria ser comprada sim, principalmente por estar cercada de bairros. Da forma que você defende em seu artigo, os parques ecológicos deveriam estar localizados só fora da cidade. Conforme o seu raciocínio, não precisaríamos recuperar o “Lago do Telmo”, a área verde no bairro Morada Nova que o Governo Osmando deixou à mercê da própria sorte, a Lagoa Três Marias, o antigo horto municipal e por aí vai. 

 

Quanto ao preço da área, negociações e etc, se você tem alguma denúncia a fazer é melhor que o faça ao invés de ficar levantando suspeitas.

 

Quanto a mim, você sabe muito bem que eu ocupava cargo de confiança coordenando o Orçamento Participativo. Não tendo sido reeleito Vereador por causa da redução de cadeiras promovidas pelo Tribunal Superior Eleitoral, (lembro-te que tive mais votos que alguns Vereadores que foram eleitos-999 votos) fui convidado pelo Prefeito Eugênio para implantar o Orçamento Participativo em Itaúna. Aceitei por que o OP me fascina pois, se bem “construído” e aplicado pela Administração, produz a cidadania plena e distribuição de riqueza entre a população.

 

Com o Orçamento Participativo de Itaúna em “construção” precisava dedicar diuturnamente como se cuida de uma criança. Como não sou onipotente e nem onipresente, é normal que você tenha dado falta de mim.

 

Mas se o seu objetivo não é me dar um puxão de orelha e sim me desgastar politicamente, não tem problema. Todos nós homens públicos estamos à mercê do julgamento dos cidadãos e cidadãs. E temos que dar graças a Deus e lutar para que seja sempre assim. 

 

Por último, quero lhe informar que o tal sítio na Cachoeirinha não é só meu. Em 1998, ajuntamos 10 colegas (meus e da minha esposa), a maioria professores, que sempre nos reuníamos nos feriados prolongados, cada um contribuiu com R$ 600,00 (seiscentos reais) e compramos uma área de 1.700 m²  com uma casa  de pau-a-pique bem velha e quase caindo a qual estamos tentando preservar com um mínimo de habitabilidade.

 

Ocorre que ultimamente tenho ido pouco à Cachoeirinha por que o entusiasmo dos outros sócios da casa (que são de Divinópolis e Belo Horizonte)  que eram assíduos freqüentadores da cachoeira diminuiu, em parte por que  na cachoeira não há nenhum conforto, sendo que nem carro podemos deixar na estrada sem que sejam arrombados. E olha que o Governo Osmando teve oportunidades de pelo menos fazer algumas intervenções ali para atrair os turistas e segurar aqueles que ali já freqüentavam e nada fez. Ultimamente tenho levado lá a namorada do nosso “Bené do PT” que mora no Rio de Janeiro. Ela adora o local e tem divulgado a nossa cachoeira no Rio.

 

Quando ainda era Vereador gastava muito dinheiro com gasolina e com outras ações monitorando e denunciando as agressões ambientais, enquanto que outros só embolsavam o salário mensal e faziam discursos. Fazia a minha obrigação e ia muito além, mas não me arrependo.

 

Quanto ao mutirão de limpeza, não foi você quem organizou. Foi a ONG Anjos da Natureza  (da qual tenho orgulho de ter participado), juntamente com a COOPERT e outras entidades, as quais não me lembro agora!

 

Terminando, reafirmo que estou fora do Governo e gostaria de me encontrar pessoalmente com você para ouvir quais são as suas propostas e o que juntos podemos fazer para que o nosso tão sonhado parque da Cachoeirinha seja preparado para receber turistas, preservando o meio ambiente, gerando trabalho e renda para as pessoas que moram no povoado mantendo o homem do campo em suas origens e proporcionando aos itaunenses uma opção de lazer  saudável.

 

* Geraldino Souza (Mirinho) é ex-vereador, filiado ao PT/Itaúna. Cargo de confiança no gabinete do atual governo municipal, encontra-se afastado por pleitear candidatura a deputado estadual.

 

 Comentário de Pepe Chaves*

 

Prezado Senhor,

Geraldino Souza (Mirinho)

 

É com prazer que recebo do amigo a manifestação sobre nossa queixa referente a possível aquisição de um terreno com dinheiro público, por parte da Prefeitura Municipal de Itaúna (PMI), gestão de Eugênio Pinto (PT), a qual passo a comentar abaixo. Vosso nome foi lembrado em meu texto porque realmente, o senhor é dos poucos itaunenses que parecia se importar com o meio ambiente local, pelo menos quando era ativista do meio ambiente, enquanto vereador da oposição ao governo municipal passado. Inclusive, chegamos a investigar juntos – leia-se: espontaneamente - certa denúncia que recebemos à época, relacionada a “pocilgas irregulares” que contaminam um ribeirão na zona rural de Itaúna, além ainda, de termos recebido outras denúncias acerca da degradação ambiental no município.

 

Então, de maneira nenhuma quis criar ao amigo algum embaraço ou como cita, possível “desgaste” dentro da política local. Mesmo porque, sinceramente, havia me esquecido de seu afastamento para pleitear vaga a candidatura a deputado estadual pelo PT itaunense, quando o citei em meu texto, o qual redigi tomado por indignação e contrariedade com os últimos “desígnios itaunenses”. Como o senhor sabe, Via Fanzine não é um veículo notadamente de cunho político, mas pelas diversas questões sociais que consideramos em nosso trabalho, muitas delas acabam vindo a tanger diretamente com os meios e figuras políticas e até politiqueiras de nossa terra. E no mais, diria que, a história, a arte e o meio ambiente de Itaúna sempre foram matérias primordiais para o jornalismo isento que publicamente praticamos, agora através do jornal digital Via Fanzine, após 12 anos consecutivos de profissão. E levar Itaúna ao mundo e trazer  o mundo à Itaúna é hoje nossa função profissional. No entanto, não vamos nos fantasiar de “cidade maravilhosa” ao resto do mundo, tampouco, nos curvar diante de disparates e barbáries politicosas, algumas das quais, armadas debaixo dos nossos narizes e que, muitos fingem não ver, e as quais não vêm justificar, de forma alguma, o gasto de recursos públicos para o custeio das mesmas. Acredito que, dentro da prática democrática, como cidadãos, temos o direito de concordar ou discordar da opinião daqueles que elegemos para nos governar, os quais, detém diante da sociedade, uma “performance pública”, sendo que são remunerados para tanto. Então, fique claro, que a citação e a lembrança de vosso nome se deu, antes de mais nada, por acreditarmos se tratar de um homem público aplicado; por termos acesso a vossa pessoa; pelo fato do senhor ter estado a par da situação da Cachoeirinha, bem antes de o local se tornar patrimônio municipal; por ter acompanhado o processo de nossa vitória para isso, e, sobretudo, porque acredito que ainda possa haver pessoas justas, descomprometidas e de bom senso, militando entre aqueles que nos governam o nosso município na atualidade. Infelizmente, o senhor informa que está fora do governo (pelo menos, temporariamente), mas creio, ainda deverá estar em sintonia com aqueles que governam Itaúna já que detinha cargo de confiança desde o início desse governo, podendo, portanto, vir a exercer algum tipo de influência benéfica às “sagradas” mentes destes senhores que regem o destino municipal, mostrando a eles as reais necessidades de Itaúna e não de seus interesses e comprometimentos políticos.

 

Não tenho nenhuma denúncia a fazer sobre os promotores do citado negócio ou sobre a transação comercial do sabido terreno em si, por parte da prefeitura com um cidadão itaunense, proprietário do terreno situado no bairro Pio XII. Quanto à denúncia, se eu a tivesse já teria a feito, pode crer nisso! Inclusive, desconheço os valores, forma de pagamentos, tamanho físico da área, e maiores detalhes da citada transação comercial. Porém, pessoalmente, conheço bem a área a ser adquirida e, lamentavelmente, não consegui ver na mesma, nenhum incremento natural ou característica que justifique “transformá-la” num parque municipal. E como profissional da imprensa, não cabe a mim (ou ao tipo de jornalismo que pratico) vir me inteirar de detalhes técnicos e financeiros das transações municipais, no intuito de fiscalizá-los, mas sim, quanto aos aspectos informativos da questão; até porque, não sou perito no assunto agrário e tampouco percebo para tal. Este é o dever dos bons profissionais do Direito Público, do Legislativo Municipal e, nosso dever, como profissional da imprensa é tão somente o de vir alertá-los daquilo a que bem conhecemos (no caso, até vivenciamos, como já bem descrevemos) e que podem estes, desconhecerem de forma natural. Afinal, poucos itaunenses sabem que o município detém um terreno de grande valor ecológico na zona rural. Isso por um lado, até ajuda a preservar tal terreno da nocividade humana, que teima em levar lixo para lá.

 

Porém, a bem do município e de todos que nele residem, pagam impostos, enfrentam problemas ou usufruem de benesses sociais, o panorama que temos (e não fui eu quem fez!) é o seguinte: enquanto o poder público Executivo pretende adquirir um terreno “pobre em natureza”, que somente por processos artificiais irá se adequar a um parque ecológico por outro lado, temos um terreno municipal, adquirido por um ex-prefeito que já é um parque municipal naturalmente, apenas por suas características geográficas. O que se passa é que tal terreno público é “jogado a escanteio”, quando a Administração planeja a criação de um parque urbano no município, sendo que o terreno municipal já possui diversos aspectos positivos (como descrevi no citado artigo) que tornam viável o investimento no terreno da Cachoeirinha. Inclusive, ao meu ver, mesmo se este terreno que está sendo adquirido fosse doado ao município, mesmo que sua aquisição não gerasse nenhum ônus aos cofres públicos (assim como foi o da Cachoeirinha), ainda assim, não se justificaria investir num parque municipal no centro da cidade, onde não temos a mínima qualidade ambiental para tanto, enquanto há uma área propícia aguardando para isso já por quase 6 anos na zona rural, a 12 quilômetros do centro da cidade com linha de ônibus passando em frente a sua entrada. Aquela área é detentora de um ecossistema completo à sua volta, eu mesmo já pude ver dentro da área pública: lontras, teiús, tucanos e diversos outras espécies de animais em extinção e plantas originais do cerrado. Se o poder público municipal deseja instituir em parque, ao meu ver, seria racional investir no terreno que já pertence a PMI e que reúne diversas características para tanto, mas precisa receber melhoramentos, entre eles um extenso e abrangente trabalho de educação ambiental a nível municipal.

 

Penso, que esta questão seria elucidada apenas através de bom senso administrativo, de desprendimento e boa vontade política. A compra de terreno para criação de parque público no centro da cidade (a qual o senhor defende em sua resposta), ao meu ver, trata-se de um desperdício de recursos públicos. O metro quadrado em regiões urbanas (que muitas das vezes nem possui água corrente natural) são muitas vezes mais caro que o da zona rural - geralmente, cortados por nascentes e ribeirões despoluídos. O senhor informa que em 1998 adquiriu 1.700m² na região da Cachoeirinha em parceria com mais 9 amigos, ou seja, pagaram R$ 6.000,00. Assim, cada 170m² (mais que um lote do bairro Morada Nova e quase um lote do bairro Cidade Nova) que vocês adquiriram em 1998 teria custado R$ 600,00 na região da Cachoeirinha. Pois eu lanço ao senhor um desafio. Faça as contas: veja quanto custou o metro quadrado que o senhor e amigos pagaram na região da Cachoeirinha, acrescido de juros e demais encargos anuais de 1998 até 2006 e saberá quanto deve custar hoje o metro quadrado de lá. Depois, verifique por quanto a prefeitura está comprando o metro quadrado na região central citada. Aproveitando, se puder, calcule também o valor dos 10 hectares adquiridos pelo município naquela região rural em 2001. Todos estes dados, até mesmo para esclarecimento público, podem ser levantados dentro da própria PMI. Após se inteirar dos valores me informe da diferença por metro quadrado. Como disse, meu interesse maior não é por estes detalhes, mas a título de curiosidade e porque o senhor citou valores, eu até que gostaria muito de saber!

 

Com os recursos que vai se gastar com a compra de um terreno no centro, poder-se-ia comprar outro terreno, vezes maior, na zona rural, muito mais rico ecologicamente e ainda sobraria dinheiro para investir em sua estrutura - como a compra da margem oposta da Cachoeirinha, criação de área de camping, lanchonete e estacionamento no terreno da Cachoeirinha - como citou em vossa resposta e que concordo plenamente. Além disso, não se justificaria criar um parque ecológico no centro (antes de se ter um na zona rural) pelo fato de que o ar na região central de Itaúna, conforme já foi constatado cientificamente ser de péssima qualidade, devido às explosões realizadas há décadas, por empresas de britagem de rochas monazíticas instaladas próximas ao centro da cidade. E, finalmente, ao meu ver, estas compras de terrenos centrais podem vir a privilegiar proprietários de tais terrenos, pois geralmente, como já comentamos, são de valores consideráveis, enquanto que os verdadeiros fundamentos que justifiquem tal compra são deixados em segundo plano, ou mascarados de forma artificial, no caso do parque: abusando de jardinagem e outros meios artificiais, como água canalizada, etc, em vez de criar a estrutura mínima de alvenaria dentro de um ecossistema já constituído há milênios e onde reinem, naturalmente, os 4 elementos - terra, água, fogo (sol) e ar (puro) -, diga-se. Isto na minha opinião! Não sou ambientalista, paisagista, secretário municipal, prefeito ou engenheiro e nem sou eu que percebo do erário público para tanto. Mas como cidadão, expresso-me, guiado pelo senso próprio que é baseado justamente em tudo aquilo a que detenho de informação, de conhecimento e até de vivência própria a despeito do assunto ora abordado.

 

Quanto ao vosso comentário dirigido ao governo do ex-prefeito Osmando, onde diz, E olha que o Governo Osmando teve oportunidades de pelo menos fazer algumas intervenções ali para atrair os turistas e segurar aqueles que ali já freqüentavam e nada fez”. Não cabe a mim comentá-lo, mas sim, jornalística, testemunhal e justamente, devo vir lembrar que, não fosse Osmando, Itaúna não teria seu primeiro parque municipal, como bem sabemos, numa área de rara beleza e completamente despoluída, como o senhor bem sabe. Conforme descrevo no citado artigo, nem Osmando, nem Eugênio, de fato, comprometeram até então, um centavo do município com algum benefício ao chamado Parque Municipal da Cachoeirinha, que ainda nem existe oficialmente. Há uma escritura, dando ao município posse do terreno. No mais, creio que eles (prefeito e ex), pessoalmente, talvez nem devam conhecer o terreno direito! Jamais devem ter entrado por aquelas trilhas, ter seguido o ribeirão ou subido aquelas montanhas, a pé ou de bicicleta, como fiz por vezes, desde minha infância – e diga-se numa terra que era então propriedade particular! Eu era um invasor, esta era a verdade. Mas agora, não! Agora qualquer um pode entrar lá e usufruir da natureza do lugar, mesmo que o local não receba a merecida atenção de quem administra o meio ambiente municipal. A única coisa que foi feita pela PMI, ocorreu na administração Osmando: tão logo o terreno passou-se para o poder do patrimônio municipal,  o então secretário de Urbanismo e Meio Ambiente, arquiteto Fábio Dimas Braz de Matos, mandou colocar lá, três latões para recolhimento de lixo na entrada do terreno que, pouco tempo depois foram “saqueados” por populares... Contudo, se Itaúna for uma cidade de homens gratos, deverá reconhecer historicamente que Osmando Pereira da Silva, usando de sua habilidade política como prefeito, ouvindo uma sugestão nossa e sem gastar nenhum centavo, a bem da verdade, presenteou Itaúna com um terreno de 10 hectares (não é muito, mas foi o primeiro), com grande parte de mata natural fechada e preservada, com parte considerável de fauna e flora preservadas e por onde passa, sem poluição (segundo analises feitas nas águas do ribeirão pelo SAAE em 2002) um dos principais afluentes do nosso rio São João, que é o ribeirão dos Escapotos. Este foi sem dúvida, um grande feito político, tal como seria da parte de qualquer administrador que o efetivasse. Há outras áreas, como aquela, que podem vir a pertencer ao município, se não houver “olho grande” dos administradores e se eles se portarem de forma desprendida e honesta, assim como fez o ex-prefeito Osmando numa feliz negociação. Isso, devemos reconhecer. O que ele “conquistou” para Itaúna, cabe a quem está no poder agora, levar adiante. E, particularmente, acredito que o ideal agora seria que a PMI investisse o dinheiro que pretendia gastar com compra de terreno na região central, na compra da margem oposta do ribeirão, onde há um terreno particular que foi descampado para pasto e que poderia vir a ser reflorestado, pois o mesmo já que perdeu considerável parte de sua mata ciliar. Se fizesse isso, o atual prefeito receberia total apoio da comunidade e poderia estar integrando ao município, o terreno que compõe outra margem do ribeirão, somando ainda mais para a totalidade da área de tombamento daquela região ao povo de Itaúna. Se se portasse assim, o atual prefeito prestaria um grande serviço ao meio ambiente, ao turismo municipal e estaria deixando, também, a sua participação eternizada naquele belo patrimônio natural do município. Caso resolva assim proceder, o governo municipal passa a contar com nosso modesto, mas irrestrito apoio para a efetivação de um parque municipal dentro dos melhores moldes possíveis, pois, acredite, já detemos um completo projeto estrutural para aquele local, que pode ser doado ou sugerido (sem custos) ao município.

 

Em certa parte de vossa missiva o senhor cita Quanto ao mutirão de limpeza, não foi você quem organizou. Foi a ONG Anjos da Natureza  (da qual tenho orgulho de ter participado), juntamente com a COOPERT e outras entidades, as quais não me lembro agora!”. Muito bem lembrado! Contudo, venho também lembrar que a ONG Anjos da Natureza, conforme é notório em Itaúna, foi fundada por mim no ano de 2001, que a “batizou” com este nome e que também criou sua logomarca, além de propostas de atuação, que incluíam denúncias ambientais e os mutirões de limpeza aos moldes deste executado na Cachoeirinha – lembro que planejávamos, levar tais mutirões também a outros locais públicos. O senhor foi o único vereador à época que aceitou o convite de participar de nossa proposta e a levou a sério. Sim, realmente o mutirão foi feito através de um impulso desta citada ONG que, por alguns meses coordenamos lado a lado, inclusive, promovendo diversas reuniões no Sindicato dos Metalúrgicos ao lado de outros companheiros itaunenses, sempre abordando interesses do meio ambiente municipal. Somados neste único mutirão de limpeza realizado na Cachoeirinha, realmente, estiveram a COOPERT (Cooperativa da Usina de Lixo), diversos cidadãos voluntários e alguns alunos participantes do trabalho social desempenhando pela educadora Ida Lavandosky, à época. Ainda sobre os “Anjos da Natureza”, lembro também que, devido às diversas atribuições que me impossibilitavam militar efetivamente em prol do meio ambiente em Itaúna naquela época, entreguei a coordenação dessa ONG de minha criação, justamente, ao senhor e à nossa amiga em comum e hoje cargo de confiança do atual governo municipal (diretora do Departamento de Relações Internacionais-DRI), Guanayra Tupinambás. Infelizmente, não tive mais notícias sobre os desígnios da citada ONG ou de alguma de suas ações em prol do meio ambiente itaunense, após meu afastamento, sobretudo, depois que os amigos da coordenação da mesma passaram a integrar o governo municipal de Eugênio Pinto, já que eram, naturalmente, filiados ao PT local. Sempre pensei que muitas ONG não deram certo na prática porque tiveram que, por algum motivo ou momento, de se sucumbirem ao poder. Contudo, como verdadeiro “crente ambiental” que sou, espero não ser este o caso da nossa Anjos da Natureza, pois ainda anseio para que esta entidade ambiental possa ressurgir “das cinzas” com o intuito que sempre teve, que é o de defender questões de interesse do município e jamais questões de interesses de quaisquer administrações municipais.

 

Prezado Mirinho, desculpe-me pela delonga, mas ela se fez pela urgência e pendência de assuntos relativos ao meio ambiente municipal. Para maiores conversações a respeito de tudo o que aqui tratamos, coloco-me inteiramente à disposição do amigo, através do endereço e do telefone que constam em vossa agenda. Da mesma forma, e dentro de minhas limitações, me coloco ao dispor dos poderes constituídos, cidadãos, entidades e demais autoridades municipais que, de alguma forma se interessem pelo assunto tratado.

 

Alerto a todos aqueles que realmente desejem fazer alguma coisa em prol do Parque Municipal da Cachoeirinha e por uma política ambiental decente para o município: a hora sempre foi agora!

 

“Pois, não posso, não quero, não devo aceitar sossegado qualquer sacanagem ser coisa normal”. (Fernando Brant).

 

Manifesto sinceros votos de sucesso a vossa candidatura ao legislativo estadual.

 

* Pepe Chaves é editor do jornal digital Via Fanzine e cidadão itaunense.

 

- Para ler o artigo de Pepe Chaves citado acima, acesse:

  http://www.viafanzine.jor.br/itauna_ambiente.htm 

 

 

     

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