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Em órbita baixa: Satélite da Nasa está prestes a cair Uma grande área do globo entre 57 graus ao norte e 57 ao sul do equador, poderá receber os destroços.
Da Redação* BH-23/09/2011
O satélite que está se precipitando.
Entre os países que podem ser atingidos pelos fragmentos do satélite norte-americano UARS (Satélite de Pesquisa da Atmosfera Superior ou SRVAS, na sigla portuguesa) está Portugal, cujas chances aumentam, caso a reentrada ocorra no sábado.
Naquele país, diversos veículos da imprensa têm destacado o fato. Apesar de a Nasa não ter divulgado o local provável, o satélite deverá começar a reentrar na atmosfera sobre a Polinésia Francesa, no oceano Pacífico, por volta das 18h (Brasília) dessa sexta-feira, 23/09. Pelo menos é o que indicam os dados apurados pelo Comando Estratégico de Operações Espaciais da Base Aérea de Vanderberg, na Califórnia.
Uma grande área do globo entre 57 graus ao norte e 57 ao sul do equador, poderá receber os destroços. De acordo com a Nasa, as chances de que destroços do satélite acertem algum ser humano são de uma em 3,2 mil. Pode haver mortos, caso destroços pesando mais de 100kg não se queimem na entrada da atmosfera e atinjam regiões habitadas.
No momento de sua desintegração, o UARS deverá se transformar uma bola de fogo que poderá ser visível durante a luz do dia. Nem todos os artefatos espaciais vão se queimar quando reentrarem, no entanto, de acordo com um Relatório de Avaliação de Risco da Nasa, existem 26 peças potencialmente perigosas que poderiam ser espalhadas ao longo de uma esteira com cerca de 500 quilômetros de comprimento.
Detritos que terão cerca de um quinto do peso total do satélite deverão cair na superfície da Terra, além de uma peça de titânio pesando cerca de 150kg. O UARS, que foi lançado em 1991 para pesquisar a atmosfera superior e a camada de ozônio, se tornou inativo em 2005.
O UARS saiu de sua órbita original de 550 quilômetros, baixando drasticamente nos últimos meses. Ao se tornar inativo, um comando foi disparado para ele baixar de sua altitude original para 370 quilômetros, o que adiantou em muito a sua reentrada. Sem este comando, o UARS poderia se manter no espaço por até 20 anos, antes de reentrar naturalmente.
Se adiantando à Nasa, que ainda não precisou os pontos do globo que receberão os fragmentos do satélite, dados divulgados pelas Tropas Espaciais da Rússia, mostram que os fragmentos cairão no oceano Índico, ao norte das ilhas de Kroze.
De acordo com a Nasa, somente com apenas duas horas de antecedência da queda, o local exato para a queda poderá ser previsto pelos engenheiros.
O problema da queda do UARS remete engenheiros e autoridades às reflexões de um futuro ainda pior, no qual estarão reentrando à atmosfera, outros artefatos ainda mais pesados que este satélite. Entre eles, o maior de todos: a atual Estação Espacial Internacional (ISS), mantida por um consórcio de 15 países e que consiste numa imensa plataforma espacial.
Assim como as suas antecessoras, bem menores, da série Salyut, lançadas pela URSS; depois a MIR, pela Rússia e ainda a norte-americana Skylab, em questão de alguns anos, também a ISS irá se despencar sobre a superfície da Terra.
* Com informações da Nasa e agências.
- Imagem: Nasa/JPL.
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- Extra: - Relatório de riscos na reentrada UARS - Nasa
- Produção: Pepe Chaves ©Copyright, Pepe Arte Viva Ltda. Brasil.
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