Exoplanetas
Bioassinatura: JWST detecta possíveis assinaturas de vida James Webb (JWST) detecta molécula que indica assinatura de vida em um exoplaneta oceânico. Se confirmada, esta seria a primeira bioassinatura conhecida fora do nosso planeta, sugerindo a possibilidade de vida biológica extraterrestre.
Da Redação* 28/03/2025
K2-18b tem cerca de 8,6 vezes a massa da Terra e orbita dentro da zona habitável da sua estrela anã vermelha, onde as temperaturas poderiam permitir a existência de água líquida.
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Molécula que indica presença de vida biológica
O Telescópio Espacial James Webb (JWST) fez uma descoberta histórica, detectando a molécula de sulfeto de dimetila (DMS) na atmosfera de um exoplaneta. Este é um grande avanço porque, na Terra, o DMS é produzido exclusivamente por organismos vivos, principalmente pelo fitoplâncton marinho nos oceanos.
Se confirmada, esta seria a primeira bioassinatura conhecida fora do nosso planeta, sugerindo a possibilidade de vida extraterrestre.
A descoberta foi feita no exoplaneta K2-18b, um mundo Hycean (planeta oceânico, rico em hidrogênio) localizado a 120 anos-luz de distância, na constelação de Leão.
K2-18b tem cerca de 8,6 vezes a massa da Terra e orbita dentro da zona habitável da sua estrela anã vermelha, onde as temperaturas poderiam permitir a existência de água líquida – um ingrediente essencial para a vida.
Dióxido de carbono e metano detectados
Juntamente com o DMS, o JWST também detectou dióxido de carbono (CO₂) e metano (CH₄), sugerindo atmosfera estável e uma potencial atividade biológica. A presença destes gases reforça a hipótese de que K2-18b poderia suportar um oceano sob a sua espessa atmosfera, semelhante ao ambiente inicial da Terra.
Os cientistas acreditam que, se existir um oceano, ele poderá estar repleto de vida microbiana. No entanto, embora o DMS seja uma bioassinatura conhecida na Terra, os investigadores alertam que são necessárias mais observações para descartar fontes não biológicas desconhecidas.
Os estudos futuros do JWST se concentrarão na análise mais detalhada da atmosfera do planeta para determinar se essas moléculas realmente indicam vida alienígena naquele ambiente.
Se confirmada, esta descoberta poderá redefinir a nossa compreensão da vida no universo e aproximar-nos da resposta à velha questão: estamos sozinhos?
Relações de K2-18b com a Terra
O K2-18b, um planeta sub-Netuno, está dentro da zona habitável de uma estrela anã vermelha. É um corpo celeste que fascina os astrônomos desde sua descoberta pelo telescópio Kepler da NASA em 2015. O que tornou K2-18b particularmente intrigante foi a revelação do telescópio Hubble da NASA em 2018, afirmando que ele abriga água em sua atmosfera.
Em um estudo inovador carregado no servidor de pré-impressão arXiv, pesquisadores aproveitaram as capacidades do JWST para examinar a luz que passa pela atmosfera de K2-18b.
Mas, deixando de lado a distância absurda de 120 anos-luz (impraticável para ser coberta com a atual tecnologia), dificilmente K2-18b seria um planeta adequado para habitação humana. Sendo 8,6 vezes mais massivo que a Terra, sua gravidade seria absolutamente esmagadora para humanos e animais como os da Terra.
Além disso, atualmente, não temos espaçonaves que possam gerar impulso suficiente para neutralizar a gravidade para um pouso seguro nesse ambiente. Se tivéssemos tal nave, seria uma viagem só de ida porque a velocidade de escape para deixar o planeta seria tão grande (por conta da alta gravidade) que incineraria qualquer nave que pudesse atingir tal velocidade devido ao atrito atmosférico, mesmo que pudéssemos desenvolver uma nave com impulso suficiente.
A descoberta é interessante de uma perspectiva puramente científica, mas não é útil para nós no sentido prático da vida humana.
Descoberta da Universidade de Cambridge
A detecção foi feita por astrônomos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. A descoberta foi feita analisando a luz que passa pela atmosfera do planeta, que contém a assinatura química de moléculas.
A detecção do DMS é considerada menos robusta e por isso, requer mais dados para confirmar a sua presença. K2-18b, que pode conter vida
* Com informações das agências, com tradução e edição de Pepe Chaves, para ASTROvia.
- Imagem: VF/OpenAI.
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