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 Poemas

 

ANA LUÍZA, A MENINA-MELODIA

 

Ana toca sua viola

Ana encanta, Ana encanta...

 

Seus sons se tranformam em pétalas

De flores, de belas flores...

 

Seus sons se tranformam em preces

E os anjos cantam amores.

 

Seus sons se tranformam em rio,

Depois, se transformam em mar...

 

Ana mergulha no azul

Das ondas livres do mar.

 

Ana mergulha em sonho,

E em sonho segue a tocar.

 

Poema de Sérgio Souza

21/02/2025

 

- Imagem: divulgação.

 

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INGRID, A MENINA-PASSARINHO

 

 

Ingrid não é uma menina,

É um passarinho

Pessoas tristes acham seu canto triste.

Pessoas mudas acham seu canto mudo...

 

Ingrid segue em frente – não importa o que pensem.

Seu destino é voar,

Conhecer outros mundos,

Voa-sonhar, sonha-voar...

 

E quando Ingrid estiver bem alto,

Tocando as nuvens do céu,

Vai emitir novo canto.

O Céu estará sorrindo.

 

Pessoas doces acharão seu canto doce;

Pessoas lindas acharão seu canto lindo.

 

Poema de Sérgio Souza

21/02/2025

 

- Imagem: divulgação.

 

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Cordel da Banana

Para Daniel Alves

 Por Gustavo Dourado*

 

 

Respeitem nossa banana:

E o povo brasileiro...

Coisa feia o racismo:

Aqui ou no estrangeiro...

Que as raças se misturem:

Em um grande bananeiro...

 

Banana é pra se comer:

Vitamina de primeira...

A Europa oprimiu:

Rainha da roubalheira...

Assaltou nossas riquezas:

Em uma grande bandalheira...

 

Mentalidade fascista:

Idiotice brejeira...

Descasquemos a banana:

Chega de tanta sujeira...

Nossa banana alimenta:

A humanidade inteira...

 

Daniel Alves tem fibra:

Tem a verve da Bahia...

Brasileiro se sacode:

No carnaval, na folia...

No futebol e na arte:

Desperta a fantasia...

 

Chega de opressão:

Que se acabe o racismo...

Foi um tempo muito triste:

Na Espanha do Franquismo...

O Fascismo na Itália:

O Holocausto do Nazismo...

 

É tempo de união:

Combater o egoísmo...

Mais solidariedade:

Para que tanto cinismo?!

Viva a cidadania:

Chega de proselitismo...

 

Que o mundo viva em paz:

Com melhor mobilidade...

Que se acabe a fome:

Mais amor, fraternidade...

Que a banana prevaleça:

E viva a nossa liberdade...

 

* Gustavo Dourado é colunista de Cronópios. Divulga o Cordel na Internet. Poeta e cordelista.

Letras(UnB).Pós-graduação em artes, literatura, teatro, gestão e linguagens artísticas.

 

*  *  *

 

8 de março - nossa tradicional homenagem:

Algumas Mulheres

 (Arnaldo Brandão/Tavinho Paes)

Interpretação: Hanoi-Hanoi

 

Clique aqui para assistir o clipe da música.

 

Mulheres lutam boxe, viram freiras

Decidem eleições e pedem paz

As perfumadas cheiram como princesas

As loucas são tão boas como as que são más

 

Mulheres querem mel, mesmo sendo abelhas

E de tão vaidosas querem muito mais

Se entregam ao prazer, possuídas

E todas ficam lindas quando bem amadas

 

Mulheres podem ser

A lua cheia

Serpentes nos jardins de Allah

São deusas quando dão luz às estrelas

E à vida que um dia, veio do mar...

 

Algumas mulheres amam outras mulheres

Melhor do que alguns homens conseguem amar

As belas têm poder

As noivas sorte

Prostitutas viram santas quando gozam

 

Mulheres têm mistérios e se entendem

E uma vez por mês se deixam sangrar

Nos salões de beleza, feiticeiras

Se enfeitam simplesmente para se apaixonar

 

Mulheres podem ser

A lua cheia

Serpentes nos jardins de Allah

São deusas quando dão luz às estrelas

E à vida que um dia, veio do mar...

 

Clique aqui para assistir o clipe da música.

 

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Poemas banais

 

 

São as folhas frias do inverno,

Em galhos secos, nada mais,

Que escondi em um caderno

Entre poemas tão banais.

 

Foi na aurora amarga e fria

Entre torpores e segredos

Que cada letra se escondia

Na frigidez entre meus dedos.

 

São folhas frias e pequenas

Em galhos secos e eu somente

As escondi, foi isso apenas

Não mão casada desta mente.

 

F.T.Oliveira

Guarará-MG

http://cataventoevento.blogspot.com/

 

*  *  *

 

Idílio Invernal

 

E de repente...

a bela contente, serena e sutil

vê- se engolida pela terra partida

no furacão do Corcel;

Tão negra escuridão

em plena primavera

surge um hálito quente...emergente...

da mais densa e profunda esfera...

  

Um porte viril de olhar enrubrecente

Envolve lascivo em meio ao ardor

a inocência desfalecida

pela cena do horror...

que em meio aos narcisos

com as ninfas a jogar,

poderia de súbito e inepto,

seu véu dilacerar...

 

 

Lágrimas enperoladas

no contraste abissal;

Rolando fervente...

reluzente/angelical!

o Rei vaticina a Proserpina sua sina,

em frêmitos de calor:

És a Rainha Invernal

dou-te a jóia de penhor!

Como tu, não haja igual!...

 

A bela adormecida,

vive horas de mil vidas;

Rodopiando sem parar...

num ritmo compassado.

o seu Mestre e legado

sorvendo os "eus" pelo ar...

 

Erguendo-a nos braços

com ímpetos e deslaços...

labaredas em mormaços

sob o véu do luar...

 

A alquimia majestosa

desvelada e sibilante,

fecundou na doce bela

dessa hora e doravante

sementes crepitantes

de Dragão Hierofante!

 

Janaína B. Oliveira

Poetisa e escritora

São Paulo-SP

Seu blog é:

http://drullmagic.blogspot.com/

 

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Homenagem de VF ao

Dia das Mães - 08/05/2011

 

Mãeterna...
 
 
Por Gustavo Dourado*
 

Mãe é uma divindade:

Fraternidade, harmonia...

É Poesia à flor da pele:

Majestade em sinfonia...

É multiverso aqui na Terra:

Diamante... Estrela-Guia...

Relembro de minha mãe:

Dia, noite, madrugada...

 

Nossa mãe é luz eterna:

Estrela da Alvorada...

Salve a mãe de todo mundo:

Mãe é natureza amada...

Mãe é flor da fantasia:

Que perfuma a realidade...

Multiestrela da poesia:

No universo da saudade...

 

Dádiva... graça de Deus:

Luz... Solidariedade...

Maeterna consciência:

Alicerce do Amor...

Encanto da natureza :

Divindade que é flor...

Bom sonho de noite-a-dia:

Remédio que cura a dor...

 

Louvores às mães do mundo:

Mãeterna universal...

Dádiva do dia-a-dia

Arte do transcendental:

Infinita natureza:

Quintessência sideral...

Mãe é luz na plenitude:

É virtude cristalina...

 

É bênção do criador:

Que a beleza ilumina...

Sapiência que transmuta:

Eternidade feminina...

 

* Gustavo Dourado é colunista de Cronópios. Divulga o Cordel na Internet. Poeta e cordelista.

Letras(UnB).Pós-graduação em artes, literatura, teatro, gestão e linguagens artísticas.

 

- Visite seu site:

www.gustavodourado.com.br

- Foto: Arquivo VF.

 

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Cordel para José Saramago

 Por Gustavo Dourado*

 

José Saramago

 

José de Sousa Saramago

Foi mecânico...serralheiro

Desenhista, funcionário

Comunista timoneiro...

Um ateu que crê na vida:

Romancista, joalheiro...

 

Mestre José Saramago:

Dramaturgo e Escritor

Poeta e jornalista

Grande realizador...

De Portugal para o Mundo:

Romancista...Criador...

 

Em Azinhaga, nasceu:

No Ribatejo,Portugal

A 16 de novembro:

Deu-se o ato natal

Em 1922:

Tornou-se um ser real...

 

Ganhou o Prêmio Nobel

Por sua Literatura...

Prosador experiente

Transmutou a escritura

Buscou a Revolução:

Sem perder sua ternura...

 

Exerceu o Jornalismo

Ao Pessoa sempre leu

Romanceou o Poeta:

Sua arte bem teceu...

Muitos nele acreditam:

Mesmo sendo ele ateu...

 

Em 1946:

Publica "Terra do Pecado"

O seu primeiro romance:

Aos 25...foi editado...

Teve início a carreira:

De um escritor consagrado...

 

"Flor silvestre dos escombros":

Mago da Literatura

Leu Camões, Eça, Vieira

De Machado fez leitura

"Poética dos Cinco Sentidos":

Verve de poesia pura...

 

Gil Vicente...Fernão Lopes:

Saramago estudou...

Camilo, Almeida Garret

Sempre leu e pesquisou

A boa prosa portuguesa:

Saramago consultou...

 

"Don Giovanni ou O Dissoluto Absolvido":

O Canto da Ilha Desconhecida

Cadernos de Lanzarote

Nas artimanhas da vida

Ensaios Sobre a Lucidez:

Uma obra destemida...

 

Manual de Pintura e Caligrafia

Tem boa elaboração

Memorial do Convento

E "Levantado do Chão"

Ensaio Sobre a Cegueira:

Clareia a nossa visão...

 

O Ano da Morte de Ricardo Reis

E "O Homem Duplicado"

Todos os Nomes...A Caverna:

Tenho sempre consultado...

História do Cerco de Lisboa:

Na estante está guardado...

 

O Evangelho Segundo Jesus Cristo

Toca o meu coração...

Viagem a Portugal

Desperta-me a criação

Com "A Jangada de Pedra":

Fiz longa navegação...

 

Fez "Os Poemas Possíveis":

"Provavelmente Alegria"...

"Deste Mundo e do Outro":

Fez da prosa a poesia

"As Opiniões que o D.L teve":

"In Nome Dei"...Fantasia...

 

Que farei com este Livro?

"Objecto Quase"...Adiante

A Noite...Os Apontamentos:

"A Bagagem do Viajante"...

"A Segunda Vida de Francisco de Assis":

Saramago sempre avante...

 

"O Ano de 1993":

Saramago empreendeu...

No Partido Comunista

Ele nunca arrefeceu...

Crítico do Capitalismo:

Ao Homem não esqueceu...

 

Preocupa-se com a Língua:

É firme em sua mensagem

Quer um Mundo bem melhor:

Além da Terceira Margem...

Saramago nos encanta:

Com os mistérios da linguagem...

 

* Gustavo Dourado é colunista de Cronópios. Divulga o Cordel na Internet. Poeta e cordelista.

Letras(UnB).Pós-graduação em artes, literatura, teatro, gestão e linguagens artísticas. Autor de 12 livros.

Premiado na Áustria. Selecionado pela Unesco. Tema de teses de mestrado e doutorado

 

- Visite seu site:

www.gustavodourado.com.br

 

- Foto: Arquivo VF.

 

*  *  *

 
A Passagem
Por Rita Shimada Coelho
 

Tudo,

Absolutamente tudo,

Tem seu fim.

Tudo o que tem início,

Um dia terá seu término...

Passa.

 

Apegados que estávamos

Na individualidade,

Nos pedidos insistentes

De nosso Ego,

De nossa carne fraca,

De nosso Orgulho...

Só percebemos

Perto de um fim,

Que a coletividade

Existe,

E ela também se findará.

 

Transformaram o 'tudo',

Num sinônimo ambicioso...

Transformaram o 'nada',

Em vazio e mesquinhez...

Transformaram

Solidão,

Em depressão.

Transformaram dor,

Em doença.

A Morte,

Em fim.

E no fim,

Término do caminho.

 

O 'tudo',

Não possuí todas as coisas...

O 'nada',

Nem é tão vazio assim...

A Solidão,

É nosso único recurso

Para nos ouvirmos

A nós mesmos...

A Dor,

É mestra que nos guia

A compreensão completa...

A Morte,

Não é o fim...

É nascer...

Mas, em outro lugar.

 

Nenhum começo

Pode existir,

Se não houver

O fim.

Nenhuma nova história

Surgirá,

Se outra não terminar.

 

O mundo,

Não vai acabar.

Acabarão os mundos individuais.

O mundo

Já acabou e recomeçou

Tantas vezes...

O mundo também sabe,

Que há um determinado momento,

Em que é hora de recomeçar.

 

Sobreviveremos então?

Não... E sim.

Deixemos que este mundo,

Siga seu curso,

Atento ao chamado que ouve,

Para que se renove...

Pois o mundo,

É coletivo.

O mundo,

Está estagnado,

Manchado de sangue,

De destruição,

De morte,

De ganância...

E nada disso pertence a ela.

 

Nós abrimos covas,

Para nosso lixo...

Para nossos mortos...

Para nossas conquistas...

Para nossas montanhas de concreto...

E não percebemos o quanto

Ferimos este chão.

 

O mundo,

Que segue seu curso

Não esquecendo nunca,

Que é todos os que nele vivem,

Que é cada ser, donos desta terra,

Quer vomitar o que não lhe pertence...

Quer se mexer e expulsar

Os corpos estranhos nele fincados.

 

O mundo não vai acabar...

Sempre foi dito:

'Estamos de passagem!'

Somos nós que estamos passando...

Somos nós que iremos alcançar um fim...

Para encontrarmos nosso novo começo,

No lugar que realmente nos pertença.

Passemos então...

E entreguemos a este mundo

O que a ele pertence.

 

Este nosso corpo,

É pó e água: Somos lama!

Essas coisas são a parte desta terra...

Nos foi concedido generosamente,

Para que aqui pudéssemos ficar.

Este mundo,

Pede de volta o que lhe pertence.

 

Devolvamos...

E quanto a nós...

Que nos revelemos assim como

Realmente somos.

Que manifestemos nossa real imagem...

E sigamos nosso caminho...

Pois o que realmente somos,

Na verdade,

Não tem fim.

 

*  *  *

 

Geladeiras Cemitério

Por Rildo Silveira

 

Gélidos, nas gavetas dos necrotérios

jazem corpos que já morreram

aguardando a sua vez

de serem remetidos aos cemitérios.

 

Gélidos, nos congeladores das geladeiras

jazem corpos que já morreram

esperando a sua vez

de chegarem às bocas devoradeiras.

 

Nos congeladores dos necrotérios

essa idéia me deixa confuso

nas gavetas das geladeiras

geladeiras feitas de cemitérios.

 

Transformou-se num grande cúmulo

pessoas buscarem a saúde,

a vida, o vigor e a juventude

fazendo seu estômago de túmulo.

 

*  *  *

 

Crise do poder

 Por José João Bosco Pereira*

 

Encruzilhadas

interesses subterrâneos.

Em nome de quem?

 

Para quê?

Sou apenas visionário!

Um homem com visão de futuro!

Como sofro por saber demais...

Não me enquadro neste cenário...

Estou como contramão.

Olhos de atalaia,

há tanta panaceia.

Não se confundem

liderar e chefiar.

Os olhares estreitam

e jogam nos meus ombros culpas

 

apenas sou um cidadão

que paga impostos

os direitos estão sofrendo cortes

Querem um salvador da pátria

 

Se fracassarem,

meus Deus, os lideres vão ser culpados.

Onde estão eles?

A ditadura os abortou!

E vejo jovens - muitos - alienados,

não sabem sobre políticas...

Fanatizados estão com mulheres e futebol.

Idolatrias mil,

 

enquanto poucos têm tudo,

 

muitos nada têm.

Enquanto, jogadores e políticos ganham fortunas,

meu caro, confidente,

crianças se drogam e portam já

armas a mão!

Eu choro e lamento - que crise!

Ficaremos a olhar, sem nada fazer?

 

* José João Bosco Pereira é professor e reside em Divinópolis-MG.

 

*  *  *

 

Glauberiana

Homenagem aos 70 anos de Glauber Rocha...

14/03/2009

 

Por Gustavo Dourado*

 

 

Glauber Rocha é arquétipo:

Do Cinema Brasileiro...

Crítico, ator, jornalista:

Cineasta por inteiro...

Porta-voz do Cinema Novo:

Consagrado no estrangeiro...

 

Nasceu em Vitória da Conquista:

No alto sertão baiano...

Tinha verve condoreira:

Cinema em primeiro plano:

Castro Alves em sualma:

Foi poetás soberano...

 

Ano 1939:

14 de março o dia...

Glauber de Andrade Rocha:

Iluminou-se na Bahia...

Mahatma do pensamento...

Gênio da cinemagia...

 

Melhor Direção em Cannes:

Com o filme 'O Dragão'...

Glauber Rocha condoreiro:

Vate da trans.mutação...

Deus.Diabo trialético:

Deu voz ao nosso Ser tão...

 

Pátio, A Cruz na Praça:

Terra em Transe, Barravento...

Leão de Sete Cabeças:

Câncer, Claro, sentimento...

História do Brasil constante:

Eldorado em moviemento...

 

Movimento do Cinema Baiano:

Cine-realizador...

Performático-dramaturgo:

Roteirista e escritor...

Atuou na produção:

Brilhou como diretor...

 

Deus e o Diabo na Terra do Sol:

Marco do Cinema Novo:

Glauberrantencantador:

Traduz a língua do Povo...

Revôolução Quinematográfica:

Glauber Rocha sempre novo...

  

Revisão Crítica do Cinema Brasileiro:

Cinemais literatura...

Politíca... econhecimento:

Lutas, conflitos, ternura,

Glauber falava com Deus:

A lingua.gen da Lou-cura...

 

Letícia e Mossa no Marrocos:

Super-Paloma; Tatu-Bola...

Vento D´Este... Rei dos Milagres:

Jorjamado fez escola...

Viagem com Juliet Berto:

Cabeças Cortadas, degola...

 

Cangaço, ser-sub.ver.são:

Crítica ao Neocolonialismo...

Oralidade. Imagetica:

Folclore-Nacional ismo...

Manifesto Estética da Fome:

Anti-imperialismo...

 

CineCiência...Cordel:

Riverão Sussuarana...

Rosa, Graça e Rosselini:

Religiosidade baiana...

Flui em Idade da Terra:

A viagem glauberiana...

 

Colonial ismo cultural hollywoodiano:

Estética do Sonho, perman ente...

Descolonialismo tecnológico:

Glauber críticonsciente...

Lampião-CorisConselheiro:

Em Glauber clarievidente...

 

In fluência de Getúlio Vargas:

Multis, nacionais em cena...

A corrupção da mídia:

Captou com a sua antena...

Cordel-Kinema-poiesis:

Desde o tempo de Helena...

 

Lúcia, mãe ambilíssima:

Deu luz ao grã diretor...

A verve glauberiana:

Ela com Adamastor...

Deus asas ao criativo:

Glauber vate sol condor...

 

Paloma seguiu  o pai:

Faz cinema de primeira...

Daniel, Padro Paulo, Erik:

Cineaerte candeeira...

Ava Pátria Índia Yracema:

Quintessência brasileira...

 

Glauberrando quinemagia:

Glauber ser clarivivente...

Glaubespírito antropicarte:

Glaubeletro-louconsciente...

Criautor de Pyndorama

Socyal Kaosmovidente...

 

Glaubrilhante primaverão:

Lampião Nordestern oxente...

Universol do Sertão

Universer reiluzente...

Glaubaianagô - Oxossi:

Glaubebendo o solardente...

 

Glaubeternu vanguartista:

GlauBrasilibert.ação...

Cangaceiro - repentista:

Cinema novo em ação...

Internacionarte plena:

Glaubérrima Revôolução...

 

Glauber Rocha fez a síntese:

Trans.posição da linguagem...

Cinemagia sertânica:

Cosmo.visão da mensagem...

Deus e o diabo presentes:

Na alquimia da imagem...

 

* Gustavo Dourado é colunista de Cronópios. Divulga o Cordel na Internet. Poeta e cordelista. Letras(UnB).Pós-graduação em artes, literatura, teatro, gestão e linguagens artísticas. Autor de 12 livros. Premiado na Áustria. Selecionado pela Unesco. Tema de teses de mestrado e doutorado

 

- Visite seu site:

www.gustavodourado.com.br

 

- Foto: Arquivo VF.

 

 

*  *  *

 

Intempestuosa

Shimada Coelho

 

Vai-te ser errante...

Inoportuna nesta data.

Vai-te aqui insignificante...

Pela tua luz ingrata!

 

Intempestiva onda de emoção...

Que deste abismo profundo emana.

Cauterizando o coração...

De sentimento que não engana!

 

Existência imprevista...

Imprópria neste tempo.

Que debate-se artista...

De tudo experimento!

 

Extemporâneo ser...

Galga diante do mar de percepção...

Inexperiente em viver...

Vaga sem direção!

 

Vai-te súbita existência!

Mágica livre é viver!

Inopinada carência...

De para aos átrios volver!

 

Cordel da Mãe

 

Mãe é flor da fantasia:

Que perfuma a realidade...

Multiestrela da poesia:

No universo da saudade...

Dádiva...graça de Deus:

Luz...Solidariedade...

 

Maeterna consciência:

Alicerce do Amor...

Encanto da natureza:

Divindade que é flor...

Bom sonho de noite-a-dia:

Remédio que cura a dor...

 

Gustavo Dourado

www.gustavodourado.com.br

 

*  *  *

 

 Vou-me embora pra Pasárgada*

Por Manuel Bandeira

 

Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

 

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca da Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive

 

E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d`água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada

 

Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcalóide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar

 

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

-Lá sou amigo do rei-

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.

 

* Estrela da vida inteira, cit., p. 127-8, M. Bandeira.

 

Notas:

Rosa: mulata que serviu de ama-seca a

Manuel Bandeira e a seus irmãos quando

meninos.

 

alcalóide: substância química encontrada

Nas plantas que, entre outros fins, serve

para a fabricação de drogas.

 

Pasárgada: [Nota desde editor: Antiga cidade grega e atual sítio arqueológico. Nome adotado pela Polícia Federal (Brasil) para designar a operação que prendeu mais de uma dezena de prefeitos em Minas Gerais e na Bahia, em março de 2008. Os prefeitos presos pela Operação Pasárgada da PF foram acusados da autoria de um golpe superior a R$ 200 milhões sobre o Fundo de Participação do Municípios (FPM) e poderão responder por diversos crimes].

 

Manuel Bandeira explica seu poema:

 

“Vou-me embora pra Pasárgada” foi o poema de mais longa gestação em toda minha obra. Vi pela primeira vez esse nome de Pasárgada quando tinha os meus dezesseis anos e foi num autor grego. [...] Esse nome de Pasárgada, que significa “campo dos persas”, suscitou na minha imaginação uma paisagem fabulosa, um país de delícias [...]. Mais de vinte anos depois, quando eu morava só na minha casa da Rua do Curvelo, num momento de fundo desânimo, da mais aguda doença, saltou-me de súbito do subconsciente esse grito estapafúrdio: “Vou-me embora pra Pasárgada!”. Senti na redondilha a primeira célula de um poema [...].

 

Fonte: www.brasilescola.com.

Wikipedia: Clique aqui para saber mais sobre Pasárgada

 

*  *  *

 

Mulher

Por Lúcia Amaral*

 

Nas asas de um anjo

Em plumas suaves...

Doce e terna segue a mulher.

Abraça forte...

Busca do nada, o tudo,

Cria com emoção

E sempre é a razão...

Razão de viver...

Dar de tudo um pouco,

Do carinho um enorme coração.

Mulher...

Simbolo do amor,

Da paixão ao êxtase...

Das manhãs, o sol,

Das noites, as estrelas...

Mulher...

Apenas mulher...

Simplesmente mulher.

Eleva o mundo,

Ainda que profundo,

A suave ternura de amar.

Mulher...

Você é anjo...

você é fortaleza,

Grande como o oceano,

Em pleno luar.

 

* Lúcia Amaral é artista plástica e poetisa.

- Visite seu site: www.viafanzine.jor.br/lucia.htm

 

*  *  *

 

Brasília:

Cordel das Bol$a$ Literária$

e outras mamatas...

Gustavo Dourado

 

É golpe de todo tipo:

Na internet e no real...

Fantasmagoria literária:

Assombram o textual...

Mamam nas tetas da Viúva:

Nepotismo leiteral...

 

Tem muita gente sabida:

Surrupiantes do Erário...

Clientelismo, malandragem:

Para além do dicionário...

A maracutaia é surreal:

Corrompe o vocabulário...

 

 

Premiam de qualquer jeito:

No emundo da lixeratura...

Doam bolsas do E$tado:

Nem precisa de leitura...

Jogo de cartas marcadas:

Do nascer à sepultura...

 

Julgam-se iluminados:

Pervertem a comunicação...

Komunicólogos - arrivistas

Chega de descaração....

Os "deputados" literais:

Sugam as mamas da Nação...

 

Ressucitaram João Grilo:

Macunaima e Cancão...

Pedro Malazartes ataca

No Planalto da Nação...

30 mil dobrões de ouro:

Na lítera-corrupção...

 

 Mais um escândalo literário:

Tem ares de Mensalão...

Sanguessugas sequiosas

Chupam o nosso coração...

Lá na Redação do Céu:

Foi notícia de plantão...

 

 Concursos, prêmios, medalhas:

Perdem credibilidade...

Nem precisa fazer prova:

Ganha-se com facilidade....

Têm malandros premiados:

Nos palácios da cidade...

 

A velha ação entre amigos:

Julgadores sem moral...

Falta ética, compostura:

Etc e coisa e tal...

A comídia esconde o fato:

Não aparece no journal...

 

Falcatruas, bandalheiras:

Parecem tudo normal...

Salve São Graciliano:

Façam um pelo sinal...

Vade Retro Satanás:

Eta gente sem moral...

 

Brincam com nosso dinheiro:

O imposto é escorchante...

Leio Finnegans - Ulisses:

Rosa, Machado e Dante...

O povo quer pão-cultura:

Não ser mais signorante...

 

Fabricam mi(n)tologias:

Ídolos de pés de barro...

PHdeuses de araque:

Amam caviar e karro...

Júri que nos desengana:

Tão bisonho, tão bizarro...

 

Será coisa de quadrilha?!:

Prefiro a de São João...

Em Drummond, me inspiro:

Chega de conspiração...

Respeitem a Coisa Pública:

Basta à Corrupção...

 

30 moedas de ouro:

Judas também ganhou...

Por aqui esse preço:

Muito se multiplicou...

Chafurdam-se na lama podre:

A arte se emporcalhou...

 

Eu vou mudar de toada:

Pôr a Ética no enredo...

Cultivar a boa Estética:

Esse é um bom segredo...

Ficar de orelha em pé:

Essa gente mete medo...

 

É preciso ter vergonha:

Para que se enganar?!

Ética e eqüidade:

No processo de julgar...

Que a Justiça prevaleça:

A coisa tem que mudar...

 

Visite  o site do escritor Gustavo Dourado:

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                *  *  *                  

 

 

Hoje

Lúcia Amaral

Ao acordar...
Lembrei do seu sorriso
Da sua boca
Dizendo me amar.
Saudade...
Foi a palavra que encontrei
Para lhe falar.
Se eu tivesse você hoje,
Teria o céu aos meus pés.
E as estrelas testemunhando
Um grande amor, ao invés
De me ver chorando.
Hoje...
O tempo parou,
Para cuidar de um coração
Que já amou...
Que já sofreu...
E não lhe esqueceu.
Hoje...
Eu...
Você...
Sempre.
 

*  *  *

 

Cordel do Plágio...

Gustavo Dourado

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Plágio...Multiplicação

Clone...Intertextualidade

Fazem mil reproduções

Copiam sem piedade

Roubam textos sem pretexto:

Castram a criatividade...

 

Samplear... Reproduzir

Pirateiam à vontade

O contexto é muito triste

Imprensaram a verdade

É a Idade do Plágio:

Desfaçatez...Duplicidade...

 

Caras-de-pau sem caráter

Pinóquios... Camaleões

Enriquecem com mentiras

Imagens... Tele.visões

Salafrários... Picaretas:

Maracuteiam as ações...

 

Crápulas copiadores

Canalhordas sem mensagem

Metralhas da recriação

Demônio$ da rapinagem

Vão pros reinos dos infernos:

A$$e$$orar a diabagem... 

 

*  *  *

 

Poema:

 Um Novo Grito de Liberdade

Por Elizabete B. da Silva*

 

Já fui moça sedutora

Meiga, linda, encantadora

Fui cantada e proclamada

Terra doce, mãe gentil!!!

 

Já fui berço de palmares

Onde me lembra zumbi negro guerreiro

Onde o galo cantou alegre no terreiro

Para meus filhos despertar.

 

Já ouvi o grito de liberdade

De muitos negros escravizados

Que a redentora Izabel libertou

Gritos de dor e alegria

Que nos confins se ecoou.

 

E hoje nos meus 500 anos

Já não sou mais moça bela

Já não abrigo em meu seio senzalas

De escravos negros não.

 

O que hoje abrigo em meu seio

São senzalas cheias de frutos maus,

 Frutos da miséria que gerou a violência

Que eu mesma vi nascer e crescer.

 

São pessoas escravizadas pela dor

Lutam, mas não conseguem libertar

Não sabem a quem recorrer

E o porquê de tanta confusão.

 

Hoje, procuro desesperadamente

Uma pessoa com a coragem de Izabel

Para que novamente, eu possa escutar

Um novo grito de liberdade

Dizendo assim:

 

Estão extintas as drogas no Brasil!

Drogas, violências, imprudência, miséria,

Serão queimadas imediatamente

E suas cinzas jogadas

Em um abismo sem fim.

 

Que este grito de liberdade

Possa ecoar, feito ecos da noite

Que brotam do oculto e se faz verdade

Para um real e veraz porvir.

 

* Elizabete Batista da Silva é escritora e reside em Itaúna/MG.

 

*  *  *

 

Cordel:

A saga de João Guimarães Rosa...

 

  Por Gustavo Dourado*

 Guimarães Rosa

 

João Guimarães Rosa:

 

Romancista universal

 

Nas veredas do infinito

 

Encantou o regional

 

Sua aldeia é o sertão:

 

Travessia natural...

 

 

 

Magma, a primeira obra

 

Pela ABL premiada

 

Seleta de poesia:

 

Post-mortem foi publicada

 

Natureza primitiva:

 

Tradição localizada...

 

 

 

Magma... 1936:

 

Depois veio Sarapalha

 

Li "O Burrinho Pedrês":

 

Gosto de chapéu de palha

 

Augusto Matraga em Contos:

 

A vida é uma navalha...

 

 

 

Bem à maneira de Rosa:

 

Contos vira Sagarana

 

Belas estórias orais

 

Que ouvi de uma cigana...

 

Vaqueiros na longa estrada:

 

A vida nos desengana...

 

 

 

Campeio em Corpo de Baile

 

Pelas Noites do Sertão

 

Manuelzão e Miguilim:

 

Miguilim e Manuelzão...

 

No Urubuquaquá do Pinhém:

 

Às Veredas da Solidão...

 

 

 

Sonhos no Campo Geral

 

Uma Estória de Amor

 

Luta e consagração

 

Perda, alegria e dor

 

Pobreza e encantamento:

 

Transnatureza a flor...

 

 

 

A Estória de Lélio e Lina

 

Em busca da iluminação

 

Moço e velha: amizade..

 

Pelas plagas do Sertão

 

Grivo em eterna viagem:

 

Cara de Bronze em ação...

 

 

 

Pedro Orósio em desafio:

 

A morte sempre de tocaia

 

Ouvir "O Recado do Morro":

 

Não posso fugir da raia...

 

Cundalini é a serpente:

 

Em luta com a lacraia...

 

 

 

Foi-se Grivo, Pedro e Dito:

 

Agora é Dão-lalalão...

 

No meretrício da vida

 

Reina a prostituição

 

O ciúme é uma foice:

 

Que decepa o coração...

 

 

 

Duas cunhadas urbanas

 

Em drama de identidade

 

Guardadas por fazendeiro

 

É privação da liberdade...

 

Buriti brota novela:

 

De grande vitalidade...

 

 

Política e mitologia

 

Dor...Vingança pessoal

 

Metafísica e poesia:

 

Deus...diabo, bem e mal

 

No Grande Sertão: Veredas...

 

Epopéia universal...

 

 

 

O jagunço Riobaldo

 

Atua como narrador

 

Encanta-se com Diadorim

 

Por quem morre de amor

 

Anota um diálogo mágico

 

Na voz do interlocutor...

 

 

 

O interlocutor não fala:

 

O narrador registra o ato

 

Bandos se digladiam

 

Pelos mistérios no mato

 

Paralelismo e sonhos:

 

Nos enigmas do fato...

 

 

 

"Sorôco, sua mãe, sua filha"

 

Nada e a nossa condição

 

O Espelho...Famigerado

 

Uma cidade em construção

 

A Terceira Margem do Rio:

 

Darandana no Sertão...

 

 

 

No meio do rio:o homem

 

Na canoagem da vida

 

Primeiras Estórias ouço:

 

A desilusão é comprida

 

Nas margens do coração:

 

Vive a alma destemida...

 

 

Tutaméia: tuta e meia

 

São as Terceiras Estórias

 

Linguagem e narrativa

 

Desenredo nas histórias

 

Reinvenção do passado:

 

Às futuras promissórias...

 

 

 

Perdas e reconquistas

 

Traição, peleja e dor

 

Variação de enredos

 

A velha trama do amor

 

Umas Segundas Estórias:

 

Vou pedir ao narrador...

 

 

 

Tantas histórias eu conto:

 

Meu tio o Iauretê...

 

Tem onças na trajetória

 

Relembro-me do Pererê...

 

Poemas e pensamentos:

 

Bom pra mim e pra você...

 

 

 

Ave, Palavra...Ave, Maria:

 

Crônicas e ficções

 

Rosa fez alquimagias:

 

Cadernos de anotaçãoes...

 

Pelas minas do universo:

 

Mundo das transmutações...

 

 

 

No Grã SerTao:Veredas

 

Presença do Pentagrama

 

Terceira Margem do Rio

 

Romance,Poesia e Drama

 

Riobaldo- Diadorim...

 

Bis coito mia na trama ...  

 

Coragem, amor, oração

 

Délivrance e destemor

 

Não é nada e é tudo...

 

Árdua epo.peia da dor

 

Atravessia do destino:

 

Vida e morte mais amor.

 

 

 

Indecisão e coragem

 

Medo e determinação

 

Anagrama: Alchemia

 

Processo de Iniciação

 

De Barbazu a Siruiz

 

Presente de Seô Habão...

 

 

 

São Francisco Urucuia

 

Trilhas do Grande Sertão

 

A Canção de Siruiz

 

Mexe com meu coração

 

Realidade fantaseia

 

Sonhos e caosmovisão...

 

 

 

Joca Ramiro Zé Bebelo

 

Hermógenes e Ricardão

 

Medeiro Vaz jagunceia

 

Garimpa veias do Sertão

 

TetragrammAton: Osiris

 

E o Signo de Salomão...

 

 

 

Siruiz bem gateado

 

Cavalga fenomenal

 

Galopeia pela vida

 

Com ares de maioral

 

Cavalo bom é difícil:

 

É cavalo magistral...

 

 

 

Conquista existencialma

 

Rio Baldio no Caminho

 

Redenção...Conhecimento

 

Luz alquímica do vinho

 

Renascimento Travessia

 

Encontro do eu sozinho...

 

 

 

Osiris enfrentou a Morte

 

No Hades esteve Orfeu

 

Riobaldo em seu cavalo

 

No cosmos de Prometeu

 

Odisséias pelos mundos

 

De Pã...Ulisses...Teseu...

 

 

 

Medeiros Vaz quer Justiça

 

Joca Ramiro: Amizade

 

Zé Bebelo na Política

 

Do Sertão para a cidade

 

A vida é um rio baldo

 

Que impõe dificuldade...

 

 

 

Diadorim é fascínio

 

Mistério dual idade

 

Dia-dor-(z)-im(ha) é luz

 

Símbolo de afetividade

 

Dia dóron Travessoa

 

Veredas da Eternidade...

 

 

 

Rosa travessia o tempo

 

Nos buritis da mensagem

 

Nos papiros da saudade

 

Fez um Magma na linguagem.

 

Transmutador das veredas:

 

Além da Terceira Margem...

 

 

* Gustavo Dourado. Bahiano de Recife dos Cardosos-Ibititá (Irecê)-Chapada Diamantina, Gustavo Dourado(Amargedom).No DF há 30 anos atua/atuou nos movimentos poéticos, ecológicos, populares, estudantis(UnB), socioculturais. www.gustavodourado.com.br

 

- Foto: Arquivo ViaFanzine.

- Outras referências do autor: 

www.gustavodourado.com.br/cordel.htm

www.gustavodourado.ebooknet.com.br

http://cordel.zip.net

 

*  *  *

 

 

 

*  *  *

 

Encontro

Graça Villas

No vale,


o vento soprou no meu rosto,
aroma de flor,
O êxtase então brotou no meu corpo
Tão leve, tão breve, senti o amor

Como o Sol, que brilha e aquece
Grande mãe,
que ilumina e envaidece
Energias a fluir

A emoção de sentir
O amor de um ser (o acontecer)
O encontro se deu, o encanto aconteceu
A magia, o amor...o amor e a magia
São Thomé das Letras e eu
...

 

 

 

*  *  *

 

Poesia:

o país que não conheço deu-me um bisavô

 

o país que não conheço deu-me um bisavô,

navegante simples em seu barco cheio

de peixes, que sempre volta à terra firme.

o país que não conheço deu-me um bisavô,

encantador de histórias do céu, fogo e ar.

lá no meio da baía vislumbra um castelo.

lá no meio da baía vislumbra um cardume.

o país que não conheço deu-me um bisavô,

bisavô dourado feito sol em ondas extensas,

bisavô que tarda e não falha a içar às velas,

bisavô que cedo madruga: que faz despertar

o mar que em mim se agita, me embarca

em tamanha travessia e liberta imagens

que chegam num turbilhão de norte a sul...

 

* A poesia “O país que não conheço deu-me um bisavô”, de autoria de José Aloise Bahia,

faz parte da antologia “O Achamento de Portugal” (anomelivros, 2005),

que reuniu 40 poetas mineiros e portugueses contemporâneos.

- Objeto de arte: sem título, Jayme Reis, Brasil, 1995.

 

*  *  *

   SCRIPTORE    

Por Gustavo Dourado

 

Inscreve a alma no texto
Reescreve o palimpsesto
Escrevive o sonho de cada dia...

Escrevício
Prosa&Poesia
Off.e.Cio...

Cria e recria a Escritura
Feito Deus
Concebe a Criatura...


Escreverte lágrimas.desejos
Parodia a fotossíntese
Transmuta-se em metamorfose

 

Reelabora a sua tese
Da pros.ó.dia faz Poiesis
Na Práxis constrói antítese
E da Mímesis: Exegese...
 

Professa na Alchemia
Nuniversa o Euniverso
Nas asas da Phantasia...

 

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