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Poemas
ANA LUÍZA, A MENINA-MELODIA
Ana toca sua viola Ana encanta, Ana encanta...
Seus sons se tranformam em pétalas De flores, de belas flores...
Seus sons se tranformam em preces E os anjos cantam amores.
Seus sons se tranformam em rio, Depois, se transformam em mar...
Ana mergulha no azul Das ondas livres do mar.
Ana mergulha em sonho, E em sonho segue a tocar.
Poema de Sérgio Souza 21/02/2025
- Imagem: divulgação.
* * *
INGRID, A MENINA-PASSARINHO
Ingrid não é uma menina, É um passarinho Pessoas tristes acham seu canto triste. Pessoas mudas acham seu canto mudo...
Ingrid segue em frente – não importa o que pensem. Seu destino é voar, Conhecer outros mundos, Voa-sonhar, sonha-voar...
E quando Ingrid estiver bem alto, Tocando as nuvens do céu, Vai emitir novo canto. O Céu estará sorrindo.
Pessoas doces acharão seu canto doce; Pessoas lindas acharão seu canto lindo.
Poema de Sérgio Souza 21/02/2025
- Imagem: divulgação.
* * * |
Cordel da Banana
Para Daniel Alves
Por Gustavo Dourado*
Respeitem nossa banana:
E o povo brasileiro...
Coisa feia o racismo:
Aqui ou no estrangeiro...
Que as raças se misturem:
Em um grande bananeiro...
Banana é pra se comer:
Vitamina de primeira...
A Europa oprimiu:
Rainha da roubalheira...
Assaltou nossas riquezas:
Em uma grande bandalheira...
Mentalidade fascista:
Idiotice brejeira...
Descasquemos a banana:
Chega de tanta sujeira...
Nossa banana alimenta:
A humanidade inteira...
Daniel Alves tem fibra:
Tem a verve da Bahia...
Brasileiro se sacode:
No carnaval, na folia...
No futebol e na arte:
Desperta a fantasia...
Chega de opressão:
Que se acabe o racismo...
Foi um tempo muito triste:
Na Espanha do Franquismo...
O Fascismo na Itália:
O Holocausto do Nazismo...
É tempo de união:
Combater o egoísmo...
Mais solidariedade:
Para que tanto cinismo?!
Viva a cidadania:
Chega de proselitismo...
Que o mundo viva em paz:
Com melhor mobilidade...
Que se acabe a fome:
Mais amor, fraternidade...
Que a banana prevaleça:
E viva a nossa liberdade...
* Gustavo Dourado é colunista de Cronópios. Divulga o Cordel na Internet. Poeta e cordelista.
Letras(UnB).Pós-graduação em artes, literatura, teatro, gestão e linguagens artísticas.
* * *
8 de março - nossa tradicional homenagem:
Algumas Mulheres
(Arnaldo Brandão/Tavinho Paes)
Interpretação: Hanoi-Hanoi
Clique aqui para assistir o clipe da música.
Mulheres lutam boxe, viram freiras
Decidem eleições e pedem paz
As perfumadas cheiram como princesas
As loucas são tão boas como as que são más
Mulheres querem mel, mesmo sendo abelhas
E de tão vaidosas querem muito mais
Se entregam ao prazer, possuídas
E todas ficam lindas quando bem amadas
Mulheres podem ser
A lua cheia
Serpentes nos jardins de Allah
São deusas quando dão luz às estrelas
E à vida que um dia, veio do mar...
Algumas mulheres amam outras mulheres
Melhor do que alguns homens conseguem amar
As belas têm poder
As noivas sorte
Prostitutas viram santas quando gozam
Mulheres têm mistérios e se entendem
E uma vez por mês se deixam sangrar
Nos salões de beleza, feiticeiras
Se enfeitam simplesmente para se apaixonar
Mulheres podem ser
A lua cheia
Serpentes nos jardins de Allah
São deusas quando dão luz às estrelas
E à vida que um dia, veio do mar...
* * *
Poemas banais
São as folhas frias do inverno,
Em galhos secos, nada mais,
Que escondi em um caderno
Entre poemas tão banais.
Foi na aurora amarga e fria
Entre torpores e segredos
Que cada letra se escondia
Na frigidez entre meus dedos.
São folhas frias e pequenas
Em galhos secos e eu somente
As escondi, foi isso apenas
Não mão casada desta mente.
F.T.Oliveira
Guarará-MG
http://cataventoevento.blogspot.com/
* * *
Idílio Invernal
E de repente...
a bela contente, serena e sutil
vê- se engolida pela terra partida
no furacão do Corcel;
Tão negra escuridão
em plena primavera
surge um hálito quente...emergente...
da mais densa e profunda esfera...
Um porte viril de olhar enrubrecente
Envolve lascivo em meio ao ardor
a inocência desfalecida
pela cena do horror...
que em meio aos narcisos
com as ninfas a jogar,
poderia de súbito e inepto,
seu véu dilacerar...
Lágrimas enperoladas
no contraste abissal;
Rolando fervente...
reluzente/angelical!
o Rei vaticina a Proserpina sua sina,
em frêmitos de calor:
És a Rainha Invernal
dou-te a jóia de penhor!
Como tu, não haja igual!...
A bela adormecida,
vive horas de mil vidas;
Rodopiando sem parar...
num ritmo compassado.
o seu Mestre e legado
sorvendo os "eus" pelo ar...
Erguendo-a nos braços
com ímpetos e deslaços...
labaredas em mormaços
sob o véu do luar...
A alquimia majestosa
desvelada e sibilante,
fecundou na doce bela
dessa hora e doravante
sementes crepitantes
de Dragão Hierofante!
Janaína B. Oliveira
Poetisa e escritora
São Paulo-SP
Seu blog é:
http://drullmagic.blogspot.com/
* * *
Homenagem de VF ao
Dia das Mães - 08/05/2011
Mãeterna...
Por Gustavo Dourado*
Mãe é uma divindade:
Fraternidade, harmonia...
É Poesia à flor da pele:
Majestade em sinfonia...
É multiverso aqui na Terra:
Diamante... Estrela-Guia...
Relembro de minha mãe:
Dia, noite, madrugada...
Nossa mãe é luz eterna:
Estrela da Alvorada...
Salve a mãe de todo mundo:
Mãe é natureza amada...
Mãe é flor da fantasia:
Que perfuma a realidade...
Multiestrela da poesia:
No universo da saudade...
Dádiva... graça de Deus:
Luz... Solidariedade...
Maeterna consciência:
Alicerce do Amor...
Encanto da natureza :
Divindade que é flor...
Bom sonho de noite-a-dia:
Remédio que cura a dor...
Louvores às mães do mundo:
Mãeterna universal...
Dádiva do dia-a-dia
Arte do transcendental:
Infinita natureza:
Quintessência sideral...
Mãe é luz na plenitude:
É virtude cristalina...
É bênção do criador:
Que a beleza ilumina...
Sapiência que transmuta:
Eternidade feminina...
* Gustavo Dourado é colunista de Cronópios. Divulga o Cordel na Internet. Poeta e cordelista.
Letras(UnB).Pós-graduação em artes, literatura, teatro, gestão e linguagens artísticas.
- Visite seu site:
- Foto: Arquivo VF.
* * *
Cordel para José Saramago
Por Gustavo Dourado*
José Saramago
José de Sousa Saramago
Foi mecânico...serralheiro
Desenhista, funcionário
Comunista timoneiro...
Um ateu que crê na vida:
Romancista, joalheiro...
Mestre José Saramago:
Dramaturgo e Escritor
Poeta e jornalista
Grande realizador...
De Portugal para o Mundo:
Romancista...Criador...
Em Azinhaga, nasceu:
No Ribatejo,Portugal
A 16 de novembro:
Deu-se o ato natal
Em 1922:
Tornou-se um ser real...
Ganhou o Prêmio Nobel
Por sua Literatura...
Prosador experiente
Transmutou a escritura
Buscou a Revolução:
Sem perder sua ternura...
Exerceu o Jornalismo
Ao Pessoa sempre leu
Romanceou o Poeta:
Sua arte bem teceu...
Muitos nele acreditam:
Mesmo sendo ele ateu...
Em 1946:
Publica "Terra do Pecado"
O seu primeiro romance:
Aos 25...foi editado...
Teve início a carreira:
De um escritor consagrado...
"Flor silvestre dos escombros":
Mago da Literatura
Leu Camões, Eça, Vieira
De Machado fez leitura
"Poética dos Cinco Sentidos":
Verve de poesia pura...
Gil Vicente...Fernão Lopes:
Saramago estudou...
Camilo, Almeida Garret
Sempre leu e pesquisou
A boa prosa portuguesa:
Saramago consultou...
"Don Giovanni ou O Dissoluto Absolvido":
O Canto da Ilha Desconhecida
Cadernos de Lanzarote
Nas artimanhas da vida
Ensaios Sobre a Lucidez:
Uma obra destemida...
Manual de Pintura e Caligrafia
Tem boa elaboração
Memorial do Convento
E "Levantado do Chão"
Ensaio Sobre a Cegueira:
Clareia a nossa visão...
O Ano da Morte de Ricardo Reis
E "O Homem Duplicado"
Todos os Nomes...A Caverna:
Tenho sempre consultado...
História do Cerco de Lisboa:
Na estante está guardado...
O Evangelho Segundo Jesus Cristo
Toca o meu coração...
Viagem a Portugal
Desperta-me a criação
Com "A Jangada de Pedra":
Fiz longa navegação...
Fez "Os Poemas Possíveis":
"Provavelmente Alegria"...
"Deste Mundo e do Outro":
Fez da prosa a poesia
"As Opiniões que o D.L teve":
"In Nome Dei"...Fantasia...
Que farei com este Livro?
"Objecto Quase"...Adiante
A Noite...Os Apontamentos:
"A Bagagem do Viajante"...
"A Segunda Vida de Francisco de Assis":
Saramago sempre avante...
"O Ano de 1993":
Saramago empreendeu...
No Partido Comunista
Ele nunca arrefeceu...
Crítico do Capitalismo:
Ao Homem não esqueceu...
Preocupa-se com a Língua:
É firme em sua mensagem
Quer um Mundo bem melhor:
Além da Terceira Margem...
Saramago nos encanta:
Com os mistérios da linguagem...
* Gustavo Dourado é colunista de Cronópios. Divulga o Cordel na Internet. Poeta e cordelista.
Letras(UnB).Pós-graduação em artes, literatura, teatro, gestão e linguagens artísticas. Autor de 12 livros.
Premiado na Áustria. Selecionado pela Unesco. Tema de teses de mestrado e doutorado
- Visite seu site:
- Foto: Arquivo VF.
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A Passagem Por Rita Shimada Coelho
Tudo, Absolutamente tudo, Tem seu fim. Tudo o que tem início, Um dia terá seu término... Passa.
Apegados que estávamos Na individualidade, Nos pedidos insistentes De nosso Ego, De nossa carne fraca, De nosso Orgulho... Só percebemos Perto de um fim, Que a coletividade Existe, E ela também se findará.
Transformaram o 'tudo', Num sinônimo ambicioso... Transformaram o 'nada', Em vazio e mesquinhez... Transformaram Solidão, Em depressão. Transformaram dor, Em doença. A Morte, Em fim. E no fim, Término do caminho.
O 'tudo', Não possuí todas as coisas... O 'nada', Nem é tão vazio assim... A Solidão, É nosso único recurso Para nos ouvirmos A nós mesmos... A Dor, É mestra que nos guia A compreensão completa... A Morte, Não é o fim... É nascer... Mas, em outro lugar.
Nenhum começo Pode existir, Se não houver O fim. Nenhuma nova história Surgirá, Se outra não terminar.
O mundo, Não vai acabar. Acabarão os mundos individuais. O mundo Já acabou e recomeçou Tantas vezes... O mundo também sabe, Que há um determinado momento, Em que é hora de recomeçar.
Sobreviveremos então? Não... E sim. Deixemos que este mundo, Siga seu curso, Atento ao chamado que ouve, Para que se renove... Pois o mundo, É coletivo. O mundo, Está estagnado, Manchado de sangue, De destruição, De morte, De ganância... E nada disso pertence a ela.
Nós abrimos covas, Para nosso lixo... Para nossos mortos... Para nossas conquistas... Para nossas montanhas de concreto... E não percebemos o quanto Ferimos este chão.
O mundo, Que segue seu curso Não esquecendo nunca, Que é todos os que nele vivem, Que é cada ser, donos desta terra, Quer vomitar o que não lhe pertence... Quer se mexer e expulsar Os corpos estranhos nele fincados.
O mundo não vai acabar... Sempre foi dito: 'Estamos de passagem!' Somos nós que estamos passando... Somos nós que iremos alcançar um fim... Para encontrarmos nosso novo começo, No lugar que realmente nos pertença. Passemos então... E entreguemos a este mundo O que a ele pertence.
Este nosso corpo, É pó e água: Somos lama! Essas coisas são a parte desta terra... Nos foi concedido generosamente, Para que aqui pudéssemos ficar. Este mundo, Pede de volta o que lhe pertence.
Devolvamos... E quanto a nós... Que nos revelemos assim como Realmente somos. Que manifestemos nossa real imagem... E sigamos nosso caminho... Pois o que realmente somos, Na verdade, Não tem fim.
* * *
Geladeiras Cemitério Por Rildo Silveira
Gélidos, nas gavetas dos necrotérios jazem corpos que já morreram aguardando a sua vez de serem remetidos aos cemitérios.
Gélidos, nos congeladores das geladeiras jazem corpos que já morreram esperando a sua vez de chegarem às bocas devoradeiras.
Nos congeladores dos necrotérios essa idéia me deixa confuso nas gavetas das geladeiras geladeiras feitas de cemitérios.
Transformou-se num grande cúmulo pessoas buscarem a saúde, a vida, o vigor e a juventude fazendo seu estômago de túmulo.
* * *
Crise do poder Por José João Bosco Pereira*
Encruzilhadas interesses subterrâneos. Em nome de quem?
Para quê? Sou apenas visionário! Um homem com visão de futuro! Como sofro por saber demais... Não me enquadro neste cenário... Estou como contramão. Olhos de atalaia, há tanta panaceia. Não se confundem liderar e chefiar. Os olhares estreitam e jogam nos meus ombros culpas
apenas sou um cidadão que paga impostos os direitos estão sofrendo cortes Querem um salvador da pátria
Se fracassarem, meus Deus, os lideres vão ser culpados. Onde estão eles? A ditadura os abortou! E vejo jovens - muitos - alienados, não sabem sobre políticas... Fanatizados estão com mulheres e futebol. Idolatrias mil,
enquanto poucos têm tudo,
muitos nada têm. Enquanto, jogadores e políticos ganham fortunas, meu caro, confidente, crianças se drogam e portam já armas a mão! Eu choro e lamento - que crise! Ficaremos a olhar, sem nada fazer?
* José João Bosco Pereira é professor e reside em Divinópolis-MG. * * *
Glauberiana Homenagem aos 70 anos de Glauber Rocha... 14/03/2009
Por Gustavo Dourado*
Glauber Rocha é arquétipo: Do Cinema Brasileiro... Crítico, ator, jornalista: Cineasta por inteiro... Porta-voz do Cinema Novo: Consagrado no estrangeiro...
Nasceu em Vitória da Conquista: No alto sertão baiano... Tinha verve condoreira: Cinema em primeiro plano: Castro Alves em sualma: Foi poetás soberano...
Ano 1939: 14 de março o dia... Glauber de Andrade Rocha: Iluminou-se na Bahia... Mahatma do pensamento... Gênio da cinemagia...
Melhor Direção em Cannes: Com o filme 'O Dragão'... Glauber Rocha condoreiro: Vate da trans.mutação... Deus.Diabo trialético: Deu voz ao nosso Ser tão...
Pátio, A Cruz na Praça: Terra em Transe, Barravento... Leão de Sete Cabeças: Câncer, Claro, sentimento... História do Brasil constante: Eldorado em moviemento...
Movimento do Cinema Baiano: Cine-realizador... Performático-dramaturgo: Roteirista e escritor... Atuou na produção: Brilhou como diretor...
Deus e o Diabo na Terra do Sol: Marco do Cinema Novo: Glauberrantencantador: Traduz a língua do Povo... Revôolução Quinematográfica: Glauber Rocha sempre novo...
Revisão Crítica do Cinema Brasileiro: Cinemais literatura... Politíca... econhecimento: Lutas, conflitos, ternura, Glauber falava com Deus: A lingua.gen da Lou-cura...
Letícia e Mossa no Marrocos: Super-Paloma; Tatu-Bola... Vento D´Este... Rei dos Milagres: Jorjamado fez escola... Viagem com Juliet Berto: Cabeças Cortadas, degola...
Cangaço, ser-sub.ver.são: Crítica ao Neocolonialismo... Oralidade. Imagetica: Folclore-Nacional ismo... Manifesto Estética da Fome: Anti-imperialismo...
CineCiência...Cordel: Riverão Sussuarana... Rosa, Graça e Rosselini: Religiosidade baiana... Flui em Idade da Terra: A viagem glauberiana...
Colonial ismo cultural hollywoodiano: Estética do Sonho, perman ente... Descolonialismo tecnológico: Glauber críticonsciente... Lampião-CorisConselheiro: Em Glauber clarievidente...
In fluência de Getúlio Vargas: Multis, nacionais em cena... A corrupção da mídia: Captou com a sua antena... Cordel-Kinema-poiesis: Desde o tempo de Helena...
Lúcia, mãe ambilíssima: Deu luz ao grã diretor... A verve glauberiana: Ela com Adamastor... Deus asas ao criativo: Glauber vate sol condor...
Paloma seguiu o pai: Faz cinema de primeira... Daniel, Padro Paulo, Erik: Cineaerte candeeira... Ava Pátria Índia Yracema: Quintessência brasileira...
Glauberrando quinemagia: Glauber ser clarivivente... Glaubespírito antropicarte: Glaubeletro-louconsciente... Criautor de Pyndorama Socyal Kaosmovidente...
Glaubrilhante primaverão: Lampião Nordestern oxente... Universol do Sertão Universer reiluzente... Glaubaianagô - Oxossi: Glaubebendo o solardente...
Glaubeternu vanguartista: GlauBrasilibert.ação... Cangaceiro - repentista: Cinema novo em ação... Internacionarte plena: Glaubérrima Revôolução...
Glauber Rocha fez a síntese: Trans.posição da linguagem... Cinemagia sertânica: Cosmo.visão da mensagem... Deus e o diabo presentes: Na alquimia da imagem...
* Gustavo Dourado é colunista de Cronópios. Divulga o Cordel na Internet. Poeta e cordelista. Letras(UnB).Pós-graduação em artes, literatura, teatro, gestão e linguagens artísticas. Autor de 12 livros. Premiado na Áustria. Selecionado pela Unesco. Tema de teses de mestrado e doutorado
- Visite seu site:
- Foto: Arquivo VF.
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Intempestuosa Shimada Coelho
Vai-te ser errante... Inoportuna nesta data. Vai-te aqui insignificante... Pela tua luz ingrata!
Intempestiva onda de emoção... Que deste abismo profundo emana. Cauterizando o coração... De sentimento que não engana!
Existência imprevista... Imprópria neste tempo. Que debate-se artista... De tudo experimento!
Extemporâneo ser... Galga diante do mar de percepção... Inexperiente em viver... Vaga sem direção!
Vai-te súbita existência! Mágica livre é viver! Inopinada carência... De para aos átrios volver!
Cordel da Mãe
Mãe é flor da fantasia: Que perfuma a realidade... Multiestrela da poesia: No universo da saudade... Dádiva...graça de Deus: Luz...Solidariedade...
Maeterna consciência: Alicerce do Amor... Encanto da natureza: Divindade que é flor... Bom sonho de noite-a-dia: Remédio que cura a dor...
Gustavo Dourado
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Vou-me embora pra Pasárgada* Por Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura De tal modo inconseqüente Que Joana a Louca da Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive
E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a mãe-d`água Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcalóide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar -Lá sou amigo do rei- Terei a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada.
* Estrela da vida inteira, cit., p. 127-8, M. Bandeira.
Notas: Rosa: mulata que serviu de ama-seca a Manuel Bandeira e a seus irmãos quando meninos.
alcalóide: substância química encontrada Nas plantas que, entre outros fins, serve para a fabricação de drogas.
Pasárgada: [Nota desde editor: Antiga cidade grega e atual sítio arqueológico. Nome adotado pela Polícia Federal (Brasil) para designar a operação que prendeu mais de uma dezena de prefeitos em Minas Gerais e na Bahia, em março de 2008. Os prefeitos presos pela Operação Pasárgada da PF foram acusados da autoria de um golpe superior a R$ 200 milhões sobre o Fundo de Participação do Municípios (FPM) e poderão responder por diversos crimes].
Manuel Bandeira explica seu poema:
“Vou-me embora pra Pasárgada” foi o poema de mais longa gestação em toda minha obra. Vi pela primeira vez esse nome de Pasárgada quando tinha os meus dezesseis anos e foi num autor grego. [...] Esse nome de Pasárgada, que significa “campo dos persas”, suscitou na minha imaginação uma paisagem fabulosa, um país de delícias [...]. Mais de vinte anos depois, quando eu morava só na minha casa da Rua do Curvelo, num momento de fundo desânimo, da mais aguda doença, saltou-me de súbito do subconsciente esse grito estapafúrdio: “Vou-me embora pra Pasárgada!”. Senti na redondilha a primeira célula de um poema [...].
Fonte: www.brasilescola.com. Wikipedia: Clique aqui para saber mais sobre Pasárgada
* * *
Mulher Por Lúcia Amaral*
Nas asas de um anjo Em plumas suaves... Doce e terna segue a mulher. Abraça forte... Busca do nada, o tudo, Cria com emoção E sempre é a razão... Razão de viver... Dar de tudo um pouco, Do carinho um enorme coração. Mulher... Simbolo do amor, Da paixão ao êxtase... Das manhãs, o sol, Das noites, as estrelas... Mulher... Apenas mulher... Simplesmente mulher. Eleva o mundo, Ainda que profundo, A suave ternura de amar. Mulher... Você é anjo... você é fortaleza, Grande como o oceano, Em pleno luar.
* Lúcia Amaral é artista plástica e poetisa. - Visite seu site: www.viafanzine.jor.br/lucia.htm
* * *
Brasília: Cordel das Bol$a$ Literária$ e outras mamatas... Gustavo Dourado
É golpe de todo tipo: Na internet e no real... Fantasmagoria literária: Assombram o textual... Mamam nas tetas da Viúva: Nepotismo leiteral...
Tem muita gente sabida: Surrupiantes do Erário... Clientelismo, malandragem: Para além do dicionário... A maracutaia é surreal: Corrompe o vocabulário...
Premiam de qualquer jeito: No emundo da lixeratura... Doam bolsas do E$tado: Nem precisa de leitura... Jogo de cartas marcadas: Do nascer à sepultura...
Julgam-se iluminados: Pervertem a comunicação... Komunicólogos - arrivistas Chega de descaração.... Os "deputados" literais: Sugam as mamas da Nação...
Ressucitaram João Grilo: Macunaima e Cancão... Pedro Malazartes ataca No Planalto da Nação... 30 mil dobrões de ouro: Na lítera-corrupção...
Mais um escândalo literário: Tem ares de Mensalão... Sanguessugas sequiosas Chupam o nosso coração... Lá na Redação do Céu: Foi notícia de plantão...
Concursos, prêmios, medalhas: Perdem credibilidade... Nem precisa fazer prova: Ganha-se com facilidade.... Têm malandros premiados: Nos palácios da cidade...
A velha ação entre amigos: Julgadores sem moral... Falta ética, compostura: Etc e coisa e tal... A comídia esconde o fato: Não aparece no journal...
Falcatruas, bandalheiras: Parecem tudo normal... Salve São Graciliano: Façam um pelo sinal... Vade Retro Satanás: Eta gente sem moral...
Brincam com nosso dinheiro: O imposto é escorchante... Leio Finnegans - Ulisses: Rosa, Machado e Dante... O povo quer pão-cultura: Não ser mais signorante...
Fabricam mi(n)tologias: Ídolos de pés de barro... PHdeuses de araque: Amam caviar e karro... Júri que nos desengana: Tão bisonho, tão bizarro...
Será coisa de quadrilha?!: Prefiro a de São João... Em Drummond, me inspiro: Chega de conspiração... Respeitem a Coisa Pública: Basta à Corrupção...
30 moedas de ouro: Judas também ganhou... Por aqui esse preço: Muito se multiplicou... Chafurdam-se na lama podre: A arte se emporcalhou...
Eu vou mudar de toada: Pôr a Ética no enredo... Cultivar a boa Estética: Esse é um bom segredo... Ficar de orelha em pé: Essa gente mete medo...
É preciso ter vergonha: Para que se enganar?! Ética e eqüidade: No processo de julgar... Que a Justiça prevaleça: A coisa tem que mudar...
Visite o site do escritor Gustavo Dourado:
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Hoje
Lúcia Amaral * * *
Cordel do Plágio... Gustavo Dourado
Plágio...Multiplicação Clone...Intertextualidade Fazem mil reproduções Copiam sem piedade Roubam textos sem pretexto: Castram a criatividade...
Samplear... Reproduzir Pirateiam à vontade O contexto é muito triste Imprensaram a verdade É a Idade do Plágio: Desfaçatez...Duplicidade...
Caras-de-pau sem caráter Pinóquios... Camaleões Enriquecem com mentiras Imagens... Tele.visões Salafrários... Picaretas: Maracuteiam as ações...
Crápulas copiadores Canalhordas sem mensagem Metralhas da recriação Demônio$ da rapinagem Vão pros reinos dos infernos: A$$e$$orar a diabagem...
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Poema: Um Novo Grito de Liberdade Por Elizabete B. da Silva*
Já fui moça sedutora Meiga, linda, encantadora Fui cantada e proclamada Terra doce, mãe gentil!!!
Já fui berço de palmares Onde me lembra zumbi negro guerreiro Onde o galo cantou alegre no terreiro Para meus filhos despertar.
Já ouvi o grito de liberdade De muitos negros escravizados Que a redentora Izabel libertou Gritos de dor e alegria Que nos confins se ecoou.
E hoje nos meus 500 anos Já não sou mais moça bela Já não abrigo em meu seio senzalas De escravos negros não.
O que hoje abrigo em meu seio São senzalas cheias de frutos maus, Frutos da miséria que gerou a violência Que eu mesma vi nascer e crescer.
São pessoas escravizadas pela dor Lutam, mas não conseguem libertar Não sabem a quem recorrer E o porquê de tanta confusão.
Hoje, procuro desesperadamente Uma pessoa com a coragem de Izabel Para que novamente, eu possa escutar Um novo grito de liberdade Dizendo assim:
Estão extintas as drogas no Brasil! Drogas, violências, imprudência, miséria, Serão queimadas imediatamente E suas cinzas jogadas Em um abismo sem fim.
Que este grito de liberdade Possa ecoar, feito ecos da noite Que brotam do oculto e se faz verdade Para um real e veraz porvir.
* Elizabete Batista da Silva é escritora e reside em Itaúna/MG.
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Cordel: A saga de João Guimarães Rosa...
Por Gustavo Dourado*
* Gustavo Dourado. Bahiano de Recife dos Cardosos-Ibititá (Irecê)-Chapada Diamantina, Gustavo Dourado(Amargedom).No DF há 30 anos atua/atuou nos movimentos poéticos, ecológicos, populares, estudantis(UnB), socioculturais. www.gustavodourado.com.br
- Foto: Arquivo ViaFanzine. - Outras referências do autor: www.gustavodourado.com.br/cordel.htm www.gustavodourado.ebooknet.com.br
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Encontro
Graça Villas
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Poesia: o país que não conheço deu-me um bisavô
o país que não conheço deu-me um bisavô, navegante simples em seu barco cheio de peixes, que sempre volta à terra firme. o país que não conheço deu-me um bisavô, encantador de histórias do céu, fogo e ar. lá no meio da baía vislumbra um castelo. lá no meio da baía vislumbra um cardume. o país que não conheço deu-me um bisavô, bisavô dourado feito sol em ondas extensas, bisavô que tarda e não falha a içar às velas, bisavô que cedo madruga: que faz despertar o mar que em mim se agita, me embarca em tamanha travessia e liberta imagens que chegam num turbilhão de norte a sul...
* A poesia “O país que não conheço deu-me um bisavô”, de autoria de José Aloise Bahia, faz parte da antologia “O Achamento de Portugal” (anomelivros, 2005), que reuniu 40 poetas mineiros e portugueses contemporâneos. - Objeto de arte: sem título, Jayme Reis, Brasil, 1995.
* * * SCRIPTORE Por Gustavo Dourado
Inscreve a alma no texto
Reelabora a sua tese
Professa na Alchemia
visite: www.gustavodourado.com.br
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