Porto Alegre:
Hiram
Reis lança livro da série ‘Desafiando o Rio-mar’
A obra ‘Desafiando o Rio-mar – Descendo o
Solimões’ descreve um
pouco das aventuras do autor em suas viagens
ao Norte do país.
Por
Coronel Soriano
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O Coronel Hiram Reis e Silva, brilhante Oficial de
Engenharia do Exército, Professor do Colégio Militar de Porto Alegre, é
possuidor de muitas e invejáveis titulações civis e militares. Em seu
apostolado cívico em prol da Amazônia, contabiliza vários trabalhos
escritos, a par de inúmeras palestras proferidas, etc.
Entretanto, ele se fará conhecido, historicamente, pela
concretização do Projeto-Aventura ‘Desafiando o Rio-Mar’. E este precioso
livro traz a lume o que foi tal aventura, desde o rigoroso treinamento no
lago Guaíba, até o hercúleo desafio em arrostar mais de 1700 km (!) do rio
Solimões e seus afluentes, de Tabatinga a Manaus, em caiaque, e por quase
dois meses. Este fantástico documento é uma verdadeira joia histórica, pois
riquíssimo em valiosos ensinamentos. Ao perlustrarmos as suas páginas, somos
conduzidos para a fruição de uma empolgante travessia, não em águas
procelosas como as singradas, a remo, pelo autor, mas em um rio sereno, de
encantadoras narrativas acerca de aspectos fisiográficos, sociais e humanos,
referentes a ‘brasis ainda sem Brasil’. Tal como Orellana e Pedro Teixeira,
no heroico pretérito, o Cel Hiram, pela epopeia há pouco realizada, acaba de
consagrar, galhardamente, o seu ilustre nome em nossa historiografia, ‘ad
perpetuam rei memoriam’. Mas a obra não trata apenas da descrição do
memorável percurso aquático, eis que relevantes questões históricas
(‘Pirara’, Reservas Indígenas, etc) são muito bem abordadas no memorial,
como um brado de alerta à cobiça de Nações hegemônicas sobre a nossa
Amazônia. Aduza-se, por derradeiro, que as belezas e lições entesouradas
neste livro têm, outrossim, o condão de robustecer, de forma superlativa, o
sentimento de brasilidade, o apreço à nossa Soberania e a relembrança de
nossos avoengos portugueses - ‘De nada a forte gente se temia’ -, mote que
se adapta, perfeitamente, à saga tão bem narrada, prenhe de audácia e
coragem...
Que o excepcional lavor deste belo historial, de forte
conteúdo cívico-patriótico, da fecunda produção literária do bravo e
renomado escritor, Cel Hiram, sirva de luzeiro àqueles que amam, de fato, a
Terra em que nasceram, na inspiração do poeta-soldado Luiz Vaz de Camões:
‘Não me mandas contar estranha História. Mas mandas-me louvar dos meus a
glória’. É imperioso que além do depósito bancário nos enviem os dados por
e-mail (hiramrs@terra.com.br)
confirmando-o para que possamos agilizar a entrega, alguns depósitos não
trazem o nome do correntista.
Aquisição:
O preço de cada exemplar,
com as despesas de correio, é de R$ 50,00 e o depósito deverá ser feito na
conta bancária de:
Hiram Reis e Silva
Banco do Brasil: Agência:
4848-8
Conta Corrente: 117 889 -
X
CPF: 415 408 917 04
* * *
Lançamento E-book:
Manoel Amaral lança 'Osvandir e Lua Cheia'
Obra de Manoel Amaral reúne vampiros,
lobisomens & assombrações.
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Será numa noite de lua cheia, sexta-feira, 13 de agosto.
São combinações planetárias e astrais altamente favoráveis para o lançamento
de “Osvandir e Lua Cheia” (Divinópolis-MG, 2010), mais um livro digital do
historiador e escritor mineiro Manoel Amaral.
O lançamento será às 19h30, do dia 13/08, na Biblioteca
Pública A. Lago, em Divinópolis-MG. O evento inclui bate-papo informal com o
autor. Não haverá venda de livros e o encerramento está previsto para 20h30.
“Osvandir e Lua Cheia”
tem prefácio de Pepe Chaves, editor do diário digital
Via Fanzine, que
reproduzimos a seguir.
Osvandir e Lua Cheia -
prefácio:
Ajeitem suas mochilas e alforjes...
Por Pepe Chaves
Osvandir é uma figura inusitada que saltou das realidades
dos contos fictícios para nossas vidas reais. Suas aventuras aqui e acolá o
colocam como um autêntico “inspetor da verdade”. Sempre atrás dela, ele
passa por outros personagens não menos excêntricos e complicados, seja no
Brasil, no exterior ou de outros mundos.
Amante de casos contundentes, o pesquisador busca
solucionar – e nem sempre consegue – diversos mistérios que no percalço humano. Assim, ele mergulha no mundo da ufologia, mas também de
produções longas metragens recheadas de mistérios e dos contos
fantasmagóricos, agindo com a mesma versatilidade e inteligência tão
peculiares.
Seus inimigos são, mormente, monstros descarados e
cientistas mal intencionados, isso quando encontra pelo caminho algum espião
que, como ele, deseja desvendar as misteriosas ações a que está
metido e procuram dar um nó em nossa cabeça. E seu objetivo primordial é
desfazer este nó.
Objetos que caem do céu, mãe do ouro, abduções e até
viagens pelo tempo são coisas comuns na vida de Osvandir, que não se cansa
de averiguar fatos e descalabros que desafiam os mais experientes
cientistas, céticos e ateus.
As aventuras desse personagem saído do interior de Minas
Gerais para o resto do universo é uma criação do escritor
Manoel Amaral, residente em Divinópolis e
nascido em São Gonçalo do Pará. O autor embalou o personagem na internet,
dedicando a ele um blog exclusivo, além de seus livros digitais, recheados
de seus altos e baixos aventureiros.
Em determinados momentos, o personagem se transforma no
autor e vice-versa. São personalidades que se fundem para dar vida à única
importância desses trabalhos: a veracidade da ficção. A realidade de
Osvandir permeia os campos do cotidiano mundano, mas também se estende às
grandezas universais, onde reinam astros que fariam nosso sol parecer uma
ínfima bolinha de gude cósmica.
Com tanto lugar para viajar, ser e estar, Osvandir, ou
melhor, Manoel, descasca as estradas a serem
seguidas por pés ágeis e acostumados a correr atrás do mistério, embalados
pelo seu personagem. Assim, ele
faz a poeira voar para a craição passar. E neste amontoado de partículas
poeirentas e flutuantes levantadas pelo Osvandir, pode se abrir um novo portal cheio de
novidades ou até aportar em sua frente um ser inteligente vindo de uma
outra galáxia distante.
Enfim, o mundo de Osvandir não é o nosso mundo; ou melhor, o nosso
mundo é
apenas um ínfimo detalhe do palco imenso em que ele costuma atuar. Como mágica,
suas moléculas vitais parecem estar entoadas com as vibrações celestiais,
considerando aí, tudo aquilo o que a nossa ciência ainda não identificou do
universo externo e por nossa ignorância, quais podem se passar por “simples
assombrações”.
Apesar das intempéries vividas por este irrequieto
“inspetor da verdade”, é um prazer distinto estar com ele nessas aventuras
infindáveis e que nem sempre, têm um desfecho o qual estamos acostumados a
esperar.
Ajeitem suas mochilas e alforjes e sejam bem vindos aos
mundos fantásticos de Osvandir.
* Pepe Chaves
é
jornalista, escritor, músico e editor diário digital Via Fanzine
(www.viafanzine.jor.br)
em Minas Gerais.
- Foto: divulgação.
- Mais informações:
mfamaral10@yahoo.com.br
- Visite o blog do Osvandir:
http://osvandir.blogspot.com/
* * *
Lançamento:
Ex-petista escreve livro contra partido e era
Lula
Livro revela detalhes do mensalão, escândalo
que abalou o governo.*
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O ex-petista Ivo Patarra, 47, compilou, organizou e editou
todo o material produzido sobre o PT durante os 13 meses do escândalo do
mensalão, o maior esquema de corrupção governamental de que se tem notícia
no Brasil.
Com o resultado desse trabalho de pesquisa, escreveu "O
Chefe", livro que traz os inquéritos, relatórios, sindicâncias,
investigações e reportagens da época. O título é uma produção independente.
Os documentos contidos no volume sintetizam as
investigações realizadas pelo Ministério Público, pela Polícia Federal,
pelas Comissões Parlamentares de Inquérito e outras fontes, como as
apurações da imprensa brasileira.
Nascido em São Paulo, Patarra é jornalista e foi assessor
de comunicação social da ex-prefeita, e também ex-petista, Luiza Erundina,
durante a gestão 1989-1992. Trabalhou nos jornais Folha de S.Paulo, "Folha
da Tarde", "Diário Popular" e "Jornal da Tarde". Leia um trecho.
Capítulo 1
'O governo Lula é o
mais corrupto de nossa história'
Qual a justificativa para o presidente da República nomear
como ministro e integrante de seu primeiro escalão de auxiliares o homem que
publicara, num dos jornais mais importantes do País, que ele, o presidente,
era o chefe do governo "mais corrupto de nossa história"?
Pois Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, nomeou o filósofo
Roberto Mangabeira Unger no primeiro semestre de seu segundo mandato, em
2007, ministro da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, especialmente
constituída para abrigá-lo. E não adiantou nem o PMDB (Partido do Movimento
Democrático Brasileiro) inviabilizá-la tempos depois, durante uma rebelião
para obter mais cargos no governo e proteção para o senador Renan Calheiros
(PMDB-AL), o então presidente do Senado, acusado de corrupção. Apesar de o
PMDB derrotar a Medida Provisória que criara o posto para Roberto Mangabeira
Unger, Lula deu um jeito na situação, nomeando-o novamente, desta vez como
ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos. A posição do detrator
estava garantida.
"Pôr fim ao governo Lula" é o título do artigo de Roberto
Mangabeira Unger publicado na Folha de S.Paulo em 15 de novembro de 2005, no
sugestivo dia da Proclamação da República. O ano de 2005 havia sido marcado
pela eclosão do escândalo do mensalão. Este é o parágrafo de abertura do
artigo:
"Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa
história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de
congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras,
ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer
instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos."
O que poderia ter levado o presidente da República a nomear
como ministro o autor dessas acusações? E Roberto Mangabeira Unger não
estava brincado, a julgar pela defesa que fez do impeachment de Lula. Ao
denunciar "a gravidade dos crimes de responsabilidade" supostamente
cometidos pelo presidente, o então futuro ministro afirmou em seu artigo que
Lula "comandou, com um olho fechado e outro aberto, um aparato político que
trocou dinheiro por poder e poder por dinheiro e que depois tentou comprar,
com a liberação de recursos orçamentários, apoio para interromper a
investigação de seus abusos".
Alguém poderia argumentar que a nomeação de Roberto
Mangabeira Unger seria um mal necessário. Coisa da política. E tentar
explicá-la pela importância do filósofo, um professor da prestigiada
Universidade de Harvard, das mais importantes dos Estados Unidos, por quase
40 anos. O Brasil, portanto, não poderia prescindir da experiência e do
prestígio de Roberto Mangabeira Unger, que teria muito a contribuir com o
País.
Será mesmo? A cerimônia de posse do filósofo não demonstrou
isso. Poucos ministros, cadeiras vazias, menos de uma hora de solenidade. E
mesmo antes da criticada viagem de Roberto Mangabeira Unger à Amazônia, em
2008, na qual defendeu o desvio de águas da região para abastecer o
Nordeste, sem considerar que centenas de milhares de amazonenses ainda não
dispunham de água encanada, o ministro já era considerado, em âmbito do
governo, "café-com-leite". Ou seja, não lhe era atribuída importância, nem
de seu trabalho haveria algo para se aproveitar.
Outro trecho do artigo de Roberto Mangabeira Unger: "Afirmo
ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do
presidente. As provas acumuladas de seu envolvimento em crimes de
responsabilidade podem ainda não bastar para assegurar sua condenação em
juízo. Já são, porém, mais do que suficientes para atender ao critério
constitucional do impedimento. Desde o primeiro dia de seu mandato o
presidente desrespeitou as instituições republicanas. Imiscuiu-se e deixou
que seus mais próximos se imiscuíssem, em disputas e negócios privados".
Talvez, então, a razão para a nomeação de Roberto
Mangabeira Unger tenha sido de ordem político-partidária. Ou seja, o
filósofo traria para o governo a base social representada por seu partido,
ampliando o número de legendas que davam sustentação à administração Lula no
Congresso. Como vimos, no entanto, Roberto Mangabeira Unger passou a maior
parte da vida nos Estados Unidos, o que o forte sotaque não deixava
desmentir. Não possuía qualquer base social, nem traria consigo qualquer
força orgânica da sociedade.
Quanto a seu partido, o minúsculo PRB (Partido Republicano
Brasileiro) tinha menos de 8 mil filiados quando Roberto Mangabeira Unger se
tornou ministro e era um dos menores partidos políticos do País. Não
agregava praticamente nada à base aliada de Lula. Por apoio
político-partidário não faria sentido nomear Roberto Mangabeira Unger.
Afinal, o PRB, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, possuía apenas
três deputados federais, um senador e o vice-presidente da República, José
Alencar (MG), que saíra do PL (Partido Liberal) em decorrência do escândalo
do mensalão e foi o grande incentivador da nomeação do filósofo.
Em outro trecho do famoso artigo, Roberto Mangabeira Unger
afirmou que "Lula fraudou a vontade dos brasileiros", ameaçava a democracia
"com o veneno do cinismo" e tinha um projeto de governo que "impôs
mediocridade". E mais: "Afirmo que o presidente, avesso ao trabalho e ao
estudo, desatento aos negócios do Estado, fugidio de tudo o que lhe traga
dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostrou-se
inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou".
Para fazer a vontade de seu vice José Alencar, um homem
leal e doente, Lula só precisaria ter dito que gostaria muito de nomear
alguém indicado por ele, mas não poderia ser o homem que o acusara de
chefiar o governo mais corrupto da história. Poderia ser qualquer um, menos
aquele que conclamara o Congresso a derrubá-lo da Presidência da República,
por corrupção. Por que Lula nomeou Roberto Mangabeira Unger, autor de
acusação tão séria? Nas páginas deste livro, o leitor será convidado a
encontrar a resposta.
* Informações da
Livraria da Folha
- Foto: divulgação.
"O Chefe"
Autor: Ivo Patarra
Páginas: 460
Quanto: R$ 49,90
Onde comprar: pelo
telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha.
* * *
Fazendo música, curtindo bola:
Wilson Sideral lança livro ‘Meu Pequeno
Atleticano’*
Livro teve lançamento no dia 17 de maio, na
Bienal do Livro de Minas.
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Sideral e o filho Igor
na Bienal do Livro de Minas.
O cantor e compositor Wilson Sideral lançou “Meu Pequeno
Atleticano”, seu livro de estreia, no dia 17/05, na Bienal do Livro de Minas
Gerais, nos pavilhões da Expominas (Av. Amazonas, 6030, Gameleira, Belo
Horizonte – MG). A sessão de autógrafos aconteceu no estande da editora
Belas-Letras (Rua L 14, pavilhão 2).
No livro, Wilson Sideral utilizou como protagonista seu
filho, Igor, para contar uma história mágica, tendo como cenário justamente
a primeira vez em que ele leva o filho para assistir a um jogo do Galo no
Mineirão. Não se trata de um jogo qualquer. Eles vão acompanhar a grande
final do Campeonato Mineiro de 2010. E é durante esse jogo que o pequeno
atleticano de Sideral, em meio à emoção da partida, vai descobrir um pouco
sobre a história do Galo e se emocionar roendo as unhas, torcendo, ouvindo o
jogo com o radinho colado ao ouvido e testemunhando um final apoteótico.
“Foi um desafio delicioso criar uma história que, em
primeiro lugar, falasse da grandeza do Atlético e sua história, suas grandes
conquistas, sua torcida apaixonada e a importância do Galo no futebol
brasileiro”, explica Sideral. Para ele, o mais importante era transmitir, no
texto, a magia e emoção que fizeram dele próprio um reconhecido torcedor
atleticano.
As ilustrações são assinadas pelo mineiro André Fidusi,
que, apesar de usar a imagem para mostrar momentos históricos e os maiores
ídolos do clube, optou por transmitir na parte artística do livro um
sentimento muito forte no Atlético, que é o espírito de equipe. “Procurei
passar uma idéia lúdica com traços mais simples, porém marcantes. Fiz os
esboços à mão livre e finalizei com técnicas digitais”, explica Fidusi.
O livro faz parte de uma coleção editorial de sucesso,
chamada “Meu Time do Coração”. Em cada livro, um torcedor famoso de cada
clube e um ilustrador tentam mostrar, com seus argumentos, por que o leitor
deve torcer para aquele time. Já foram lançados os livros Meu Pequeno
Corintiano (Serginho Groisman), Meu Pequeno São-Paulino (Nando Reis), Meu
Pequeno Palmeirense (Soninha), Meu Pequeno Rubro-Negro (Gabriel o Pensador),
Meu Pequeno Tricolor (Evandro Mesquita), Meu Pequeno Vascaíno (Fernanda
Abreu), Meu Pequeno Botafoguense (Helio de La Pena), Meu Pequeno Coxa-Branca
(Guta Stresser), Meu Pequeno Gremista (Humberto Gessinger) e Meu Pequeno
Colorado (Luís Augusto Fischer). São todos livros oficiais, licenciados
pelos clubes.
A editora decidiu esperar pela Bienal do Livro de Minas
Gerais para lançar oficialmente os dois livros dos times mineiros. O livro
“Meu pequeno Cruzeirense” é de autoria de Marco Túlio Lara, guitarrista da
banda J. Quest.
“A Bienal é o momento ideal para lançar o livro. O livro do
Atlético é muito interessante porque tem um foco muito importante
principalmente no futebol, que é condicionar as nossas conquistas ao
espírito de equipe, à união. Sem contar que a narrativa usa muito da emoção,
o livro todo se passa durante uma partida muito marcante, a final do Mineiro
deste ano”, comenta o editor da Belas-Letras, Gustavo Guertler.
- Preço de capa do livro: R$ 19,90
- Mais informações:
www.belasletras.com.br
* Informações e imagens
fornecidas pela editora Belas-Letras e Assessoria de Wilson Sideral.
* * *
Brasília:
Gustavo Dourado lança livro alusivo à Brasília
Obra será lançada na Biblioteca Nacional de
Brasília.
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Novo livro de Gustavo Dourado.
A Biblioteca Nacional de Brasília, o Sindicato dos
Escritores do Distrito Federal, a Art Letras promovem o lançamento do livro
de autoria de Gustavo Dourado, "Brasília 5.0 - Antologia de Cordel", alusivo
aos 50 anos de Brasília.
Na ocasião serão comemorados 31 anos do Sindicato dos
Escritores do DF. O evento acontece no Auditório da Biblioteca Nacional de
Brasília, na Esplanada dos Ministérios em 23 de abril de 2010, sexta-feira,
19h.
O livro pode ser baixado gratuitamente através
do link:
http://www.gustavodourado.com.br/Livro%20final%20Brasilia%205.0.pdf
-
Contato:
gustavodourado@yahoo.com.br.
- Mais
informações:
www.gustavodourado.com.br.
* * *
Lançamento:
Bastidores
da 'invasão' feminina do jornalismo
Livro apresenta 70 perfis de pioneiras no jornalismo.
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“Mulheres
Jornalistas – A grande invasão”, obra co-editada pela Imprensa Oficial e
Fundação Cásper Líbero,
traz ricos
depoimentos de profissionais que foram responsáveis pela mudança de perfil
das redações dos grandes
veículos
de comunicação. Carmen da Silva, Judith Patarra e Lyba Fridman estão entre
as dezenas de jornalistas ouvidas
por Regina
Helena de Paiva Ramos, no jornalismo desde 1952. O lançamento aconteceu no
dia 8 de março, no Teatro Gazeta.
Há pouco mais de cinco
décadas algumas ousadas profissionais iniciaram uma escalada que mudaria o
perfil do jornalismo brasileiro, enfrentando preconceitos dentro e fora das
redações até então dominada pelos homens. Já nos anos 70, a participação
feminina na Imprensa ganhou novo impulso, vieram os primeiros cargos de
chefia até a transformação do jornalismo em profissão híbrida, onde as
mulheres já ocupam perto de 50% dos postos. Aracy Amaral, Alik Kostakis,
Maria Lucia Fragata, Cecília Prada, Carmem da Silva, Edy Lima, Patrícia
Galvão (a famosa Pagu), Cecília Thompson e mais recentemente Nair Suzuki,
Regina Guerreiro e Rose Nogueira integram este time agora registrado em
“Mulheres Jornalistas – A Grande Invasão”. Produzida por Regina Helena de
Paiva Ramos, pioneira na profissão desde 1952, a obra traça um retrato da
Imprensa, sobretudo paulista, nessas seis décadas, e traz depoimentos
imperdíveis de mais de 70 jornalistas. O lançamento está marcado para o dia
8 de março (segunda-feira), Dia Internacional da Mulher, no Teatro Gazeta –
Av. Paulista, 900, às 19 horas.
Além dos depoimentos e
números sobre a participação feminina no jornalismo, Regina Helena faz um
relato de sua própria inserção na profissão, após a formação pela quarta
turma da Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, revela os bastidores da
Imprensa nos anos 50 e descreve o ambiente de uma cidade ainda romântica
onde o centro era ainda o ponto de encontro de intelectuais e artistas.
Regina atuou em diversos veículos, como o Jornal A Gazeta, Fatos e Fotos,
revistas Construção, Visão, Casa e Jardim, TV Bandeirantes, foi ghost
writer de Ofélia Anunziato, tornou-se secretaria de Meio Ambiente de São
Sebastião e atua também como autora de peças teatrais e literatura.
Hubert Alquéres,
presidente da Imprensa Oficial, resume a importância do livro em sua
apresentação: “A partir de sua história pessoal, Regina Helena nos dá um
retrato do cotidiano das redações, ainda masculinas com raras e honrosas
exceções, e dos principais protagonistas – homens e mulheres – que ao longo
das décadas seguintes mudaram e revolucionaram a Imprensa, no conteúdo e na
forma”.
O livro tem também uma
cronologia com a história das publicações femininas e as primeiras mulheres
que trabalharam na profissão. Revela ainda alguns dados que mostram uma
abissal diferença entre a quantidade de homens e mulheres nas redações há
algumas décadas: nos anos 40, eram cerca de 10 ou 15 mulheres; nos anos 50,
eram entre 20 e 30; só na década de 1960 esse número começou a aumentar, e
os primeiros cargos de chefia para elas surgiram, fora das chamadas páginas
femininas.
A idéia do livro nasceu no
início dos anos 2000, quando Regina ouviu pelo rádio do carro uma jovem e
ofegante repórter narrar uma manifestação. “Naquele momento, pensei o quanto
aquela menina era corajosa, como esse pessoal de hoje não tem medo de nada.
Imagine isso no meu tempo, na década de 1950, quando poucas mulheres faziam
isso. Eu tinha de contar essas histórias, ouvir as mulheres que abriram o
caminho”.
A autora lembra também
como foi a sua primeira cobertura de manifestação: “Era começo dos anos 50,
eu trabalhava em O Tempo, e o chefe de reportagem queria que eu me desse
mal. Ele me mandou cobrir uma manifestação na Praça da Sé, onde estava
acontecendo um grande quebra-quebra. Fomos eu, o fotógrafo e o motorista do
jornal. No meio da confusão, com balas sendo disparadas para todos os lados,
me escondi num bar. Quando acabou o corre-corre, voltei para a praça. E nada
de achar o fotógrafo e o carro. Voltei a pé para o jornal, que ficava no
Bairro da Luz, morrendo de medo que meu chefe, Hermínio Sacchetta, me desse
uma bronca por ter me perdido da equipe. Quando cheguei, ele estava
preocupado, colocou a mão na minha cabeça e perguntou se eu estava bem. E
falou para eu ir para casa, descansar. Não aceitei, resolvi ficar e fazer a
matéria. No dia seguinte, saiu a minha primeira manchete no jornal”.
Regina quase desistiu de
escrever o livro no meio do caminho pela dificuldade em localizar e
conversar com algumas homenageadas e pela morte de outras. O resultado final
prova que a insistência valeu a pena, pois trata-se de um valioso documento
histórico, que ajuda a entender um pouco do desenvolvimento da profissão no
País.
* Mais
informações para a imprensa com Fábio Bahr e Ivani Cardoso (Lu Fernandes
Comunicação e Imprensa) pelo telefone (11) 3814-4600.
* * *
Literatura na Bahia:
Cidade de Juazeiro sedia a 1ª FLIJBA
A primeira edição da Feira Literária
Internacional de Juazeiro da Bahia
chega à cidade trazendo cultura, literatura e
responsabilidade social.
Nos dias 26 a 30 de outubro de 2010, o Instituto Aquidabam
(Juazeiro/BA) e a União Brasileira de Escritores de Petrolina realizam a
primeira edição da FLIJBA – Feira Literária Internacional de Juazeiro da
Bahia. O evento tem como tema A presença da cultura africana na literatura
brasileira do século XX e homenageará o escritor baiano João Ubaldo Ribeiro,
desde já presença confirmada na feira, além de Jorge Dias Cortes (espanhol),
Domingos Carlos Pedro (moçambicano), José Maria Merino (espanhol), também já
confirmados. A UBE, a convite do Instituto Aquidabam, participa como
colaboradora dando suporte na área de literatura, buscando o contato com
escritores renomados regionais, nacionais e internacionais que ministrarão
conferências sobre sua obra, cadeia produtiva do livro e mídia digital. Ao
todo serão 30 escritores e vários expositores das cinco regiões do
território nacional e de países da América Latina, África, América do Norte
e Europa que participarão de mesas redondas, conferências e coletivas.
A 1ª FLIJBA contará com uma estrutura de 136 stands
distribuídos numa área de 30.747 m² na Orla Nova de Juazeiro, às margens do
Rio São Francisco, onde também estarão dispostos a Oca da Conferência, a
Tenda do Cordel, a Tenda da Literatura Infantil, a Tenda da Prosa, 11
fast-foods, um palco para shows e rampas de acesso em diversos pontos do
local. O Instituto Aquidabam estimando a relevância social do livro e da
leitura como atuantes facilitadores da inclusão social através da obtenção
da cidadania, e compreendendo que o prazer pelos mesmos se adquire com
incentivos dessa natureza, direciona a FLIJBA ao universo das crianças,
jovens e adultos dos diversos segmentos sociais e enfoca os estudantes e
professores da rede pública municipal e estadual de ensino fundamental e
médio, alunos e professores das universidades do Vale do São Francisco.
O evento começará às 8h e se estenderá até às 22h. Durante
cinco dias, a FLIJBA disponibiliza um número extenso de ações, tais como:
lançamentos de livros, saraus poéticos, oficinas de poesia, conto, e
crônica, concurso literário, conferências, apresentações de teatro, música e
dança, e manifestações folclóricas. Além disso, a ação de cunho social que
contempla: a campanha de arrecadação de livros para criação de bibliotecas
comunitárias.
FLIJBA –
Feira Literária Internacional de Juazeiro da Bahia.
Entrada:
gratuita.
Data: 26
a 30 de outubro
Horário:
de 8h às 22h
Local:
Orla Nova de Juazeiro - BA
Outras
informações sobre o evento:
Jaquelyne A. Costa
Curadora
da Assessoria de Comunicação e Marketing da FLIJBA
(87)
8803-9311 / (87) 3861-6948
Sida
Pinheiro
Curadora
de Literatura da FLIJBA e Administradora do Instituto Aquidabam
(74)
8819-0457 / (87) 3861-0050
* Informações fornecidas por
Jaquelyne A. Costa.
* * *
São Paulo:
Dedo de Moça - Uma
Antologia das Escritoras Suicidas
Obra que reúne 30
escritoras tem lançamento em São Paulo.
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O livro Dedo de Moça - Uma Antologia das Escritoras
Suicidas, tem solenidade de lançamento no dia 19/12, de 15h30 às 18h30,
na Livraria Martins Fontes (Av. Paulista, 509, São Paulo).
O livro traz apresentação do músico, compositor e escritor
Guttemberg Guarabyra (do trio Sá, Rodrix & Guarabyra), texto de orelhas do
escritor Nelson de Oliveira e ilustrações de Eliége Jachini.
A obra reúne contos e poemas de 30 autoras brasileiras, com
exceção de Dominique Lotte e Romina Conti, pseudônimos, respectivamente, dos
escritores Iosif Landau e Rodrigo de Souza Leão, falecidos em 2009. Os
demais autores da antologia não revelam sua identidade masculina ou
feminina.
A antologia Dedo de Moça - Uma Antologia das Escritoras
Suicidas foi organizada por Silvana Guimarães e Florbela de Itamambuca.
Esta nova versão comemora os quatro anos de duração do projeto. A primeira
versão foi criada em outubro de 2005, quando o site Escritoras Suicidas foi
lançado na internet.
- Mais
informações:
www.escritorassuicidas.com.br
www.germinaliteratura.com.br
* * *
Literatura:
Escritora de Lagoa da Prata
é
homenageada em Brasília
Por
Jacinto Guerra*
De
Brasília-DF
Para
Via Fanzine
www.viafanzine.jor.br
A escritora mineira Thereza Hilcar, que é natural de Lagoa
Prata, conquistou seu espaço na literatura e no jornalismo em Campo Grande,
Mato Grosso do Sul. Projetou-se, depois, noutras regiões do País e, agora,
recebeu homenagem especial, em Brasília, nas comemorações do 10º aniversário
da Casa de Cultura T-Bone.
Na oportunidade, Thereza fez palestra de apresentação de
seu novo livro de crônicas – Trem da Vida – e recebeu homenagem do
empresário Luiz Amorim com um certificado e o registro de seu nome numa
placa da instituição. Com isto, a escritora lagopratense integra-se numa das
iniciativas mais arrojadas já promovidas no Brasil em benefício do livro e
da leitura. Amorim ficou conhecido em todo o País ao fundar uma biblioteca
em seu açougue, para emprestar livros gratuitamente aos fregueses.
A idéia deu certo, conquistou outros apoios e, hoje,
transformou-se numa experiência única no mundo: a instalação de pequenas
bibliotecas públicas, que funcionam 24 horas por dia, em diversas paradas de
ônibus de Brasília. Sem burocracia nenhuma, o leitor chega, escolhe o seu
livro, leva para casa – e, depois, o traz de volta à biblioteca. Alguns
países desenvolvidos, como a Espanha e a França interessaram-se pela
experiência brasileira e querem levá-la para a Europa.
Ainda na festa de aniversário de seu empreendimento
cultural, Luiz Amorim prestou homenagem a diversos artistas de Brasília: os
escritores Dad Squarisi, José Jerônimo Rivera e Romeu Jobim, mestres da
literatura, em gêneros diversos; depois, o poeta Luís Turiba, com seu
recital; Miquéias Paz, com a arte da mímica – e, em seguida, encerrando a
festa, o músico Salomão de Pádua interpretou sucessos de Cartola, Nelson
Cavaquinho e Noel Rosa: tudo isto, numa bela noite, sob o céu de Brasília,
cidade que, em 2008, é a Capital Americana da Cultura.
*
Jacinto Guerra,
professor e escritor mineiro, é autor de vários livros, entre os quais O
gato de Curitiba - crônicas de viagem e JK – Triunfo e Exílio –
Um estadista brasileiro em Portugal, editados em Brasília pela
Thesaurus.
* * *
O
rei do cordel:
Nordestino é destaque no Brasil e na Europa
Trabalho de Gustavo Dourado é reconhecido internacionalmente.
Por
Joelma Rodrigues
De Milão/Itália
Para
Via
Fanzine
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Gustavo Dourado
Depois de ter encantado o Brasil com seus
cordéis e poesias, agora está levando o seu talento para o conhecimento do
mundo, o professor, escritor e jornalista Gustavo Dourado. Que já publicou
11 livros.
Foi premiado na Áustria e recomendado pelo World
Poetry Day e World Portal Libraries, ambos da Unesco. Vem enchendo o povo
Brasileiro e nordestino de orgulho, de origem baiana, mas 31 anos que vive
em Brasília, é de verdade um mestre da palavra.
Suas obras já foram discutidas em varias
universidades do Brasil e do mundo, faz parte do Grupo da Memória da
Educação do DF (UnB/SEEDF).
+ Gustavo Dourado em
Via
Fanzine:
http://www.viafanzine.jor.br/poemas.htm
- Conheça melhor o perfil e obra desse grande nome da literatura brasileira:
http://www.gustavodourado.com.br
* * *
Do
amor, demônio e despontuações
José Aloise Bahia*
1996:
Encontram-se por acaso num cinema. Belas Artes. Observam os cartazes
duma mostra sobre o amor, trocam olhares e, ao mesmo tempo, perguntam um ao
outro: “Qual filme vai assistir?” A coincidência da escolha, digna de uma
simples cumplicidade, foram as poltronas da primeira fila, pois são míopes
e usam lentes de contato. No primeiro encontro, embalados pelo Tema de
Lara, concordam em quase tudo, até no filme, Dr. Jivago de David
Lean. Ambos somam dois pontos.
1997:
Pacto com a lua. Comemoram um ano
de namoro com vinho italiano e lasanha verde. Algo inédito aumentam as
expectativas, pois ele deu pra ela um anel cravejado de esmeraldas. Terminam
a noite fazendo amor, mas antes como sobremesa assistem Midnight Cowboy
de John Schlesinger. Formam um casal cult e reticente...
1998:
No começo do verão, a barriga já está enorme. E o dia ensolarado convida
para um mergulho. Na praia, recordam o primeiro encontro, o primeiro beijo,
os filmes e os momentos sublimes que passaram juntos. No final das férias,
tomam uma decisão. A partir dali somente películas inglesas. Casam-se
grávidos: a exclamação que faltava na vida dos dois.
1999:
A primeira tempestade: os nomes das crianças. Apareceu um desacordo mal
resolvido durante o namoro, pois ele é da umbanda e ela do candomblé. Após o
DVD Gêmeos, mórbida semelhança do canadense David Cronenberg – não
resistiram e apelaram para diretores de outros países - entram num acordo,
Cosme e Damião. Pertinência do detalhe: também foram batizados na Igreja
Católica Apostólica Romana para dar uma satisfação aos avós. Ficou um ponto
e uma vírgula no ar...
2000:
Final da amamentação. Todas as
vezes que Paulo retorna do escritório – era advogado -, Cosme pula de
alegria. Damião, chora. Por outro lado, Paula volta a trabalhar na clínica
fisioterápica. Contratam uma babá. Morgana. Feito uma fada, além de cuidar
das crianças, faz quitutes que são uma delícia. Uma pessoa plural. Limpa,
passa, abre e fecha portas, janelas e parênteses.
2001:
Paula descobre camisinhas nos bolsos de Paulo. Fica calada e começa a ler
Florbela Espanca. Os filmes ficam em segundo plano. No inverno, a família
viaja para a serra Gaúcha. Na volta, uma surpresa: uma carta anônima. Eis a
vírgula que faltava nessa história.
2002:
O ano começa com um ar de quem comeu e não gostou. Determinadas coisas não
devem ser ditas, muito menos comentadas. Quer dizer, cometidas.
Arrependimento também se faz sentir. Abafam o caso. 2002 foi um ano de
amargura, suor, desafetos, convivência difícil, prelúdio de raiva e
interrogações.
2003:
Menino ou menina. Menina. A babá
reaparece com uma criança no colo. Veio ao mundo para semear a separação.
Rosemary é o nome dela, escolha de dona Cleusa, mãe de Morgana. Tem a cabeça
chata, orelhas grandes, cabelos pretinhos, sobrancelhas grossas e olhos
azuis. É a cara de Paulo, pois o sinal de nascença é uma pinta cabeluda na
testa no formato de um travessão.
2004:
Dormem em camas separadas. Vão tocando o barco, mas reaparecem os desajustes
espirituais. Paula começa os trabalhos no candomblé e tem o primeiro ataque
pra valer de raiva, que acaba virando ódio. Deseja matar o marido. Paulo
rebate com a umbanda. É macumba pra todos os lados. Morre o avô materno, de
desgosto. Paulo cai da escada e quebra a perna. No final do ano, uma briga
mais feia acaba na polícia. Separação de corpos e pedido de divórcio. Parece
um ponto final. Será!?
2005:
O processo dura 180 dias. O fruto da discórdia - um demônio para a família -
cresce, e cresce também a desarmonia, qualquer tentativa de entendimento.
Paula fica com a casa, carro e imóveis. A situação agrava-se para o
ex-casal. Paulo coloca três pontes de safena. Cosme e Damião adoecem.
Rosemary vai com a mãe Morgana, nascida em Valadares, para a Flórida tentar
uma nova vida. O carro da ex-mulher de Paulo despenca de um viaduto.
Fratura Exposta. Reencontram-se no hospital da cidade do interior. “A
vida é um inferno”. O ódio, de ambos os lados, só aumentava em pontos e
vírgulas.
2006:
Continuam separados até hoje...
“Cada um sabe do seu destino”.
Agora é aguardar 2007, com os olhos fixos em carnes trêmulas, pois
Paulo piorou. Depressão crônica. Paula de tanto ver os filmes de Pedro
Almodóvar namora um enfermeiro, que cultiva um belo jardim na casa do ex.
Moral da história, se é que existe uma: o diálogo e o desejo murcham com o
tempo, só depende do casal, e a linguagem requer novos sinais gráficos,
articulações, fantasias e pontuações. Sem falar nas palavras verbalizadas,
as omitidas e os contextos. Enquanto isso, Paulo compra uma arma...
*
José Aloise Bahia
(Belo Horizonte/MG/Brasil).
Jornalista e escritor. É colecionador de artes plásticas, apropriador
neoísta e trabalha pelos caminhos e malhas da estética comunal. Articulista
e colunista da revista PQN Notícias, Belo Horizonte, MG, Brasil.
Articulista, colunista e correspondente do site de literatura e arte
Cronópios, São Paulo, SP, Brasil. Autor de Pavios Curtos (poesia,
anomelivros, 2004). Participa da antologia O Achamento de Portugal
(poesia, anomelivros, 2005), que reúne 40 poetas mineiros e portugueses
contemporâneos. Tem dois livros no prelo...
josealoise@terra.com.br.
* * *
Lançamento:
O Graal
Poético - a busca de si
O Graal, a peça mítica que dá continuidade na vida de forma
harmoniosa e feliz, ou seja, a verdadeira amorosidade.
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Esta
peça-objeto, existe em várias culturas e de várias formas: como pedra,
como livro, como conhecimento e dentro da tradição católica –
como cálice.
Cálice
este que, José de Arimathéia (possuidor da cripta, que Cristo ascendeu)
coletou o sangue vertente de Jesus, o Cristo no seu lado direito, do peito,
ao estar na cruz.
Sangue
este, sagrado. Sendo assim, esta taça (receptáculo) tornou-se sacro.
Olívio
Guedes, se envolveu na história do Graal, em suas viagens e palestras sobre
o tema “Os Símbolos, nas obras de arte”, desde a década de 80.
Este
livro tem sua escrita poética na origem da formação do universo, passando
por várias culturas humanísticas e por possibilidades iniciatórias (A Busca
de Si).
O livro
está escrito de forma cronológica, uma linha do tempo. Passa pelo espaço
sideral, percorre as grandes civilizações humanas, sendo assim: pessoas
(filósofos, religiosos, cientistas, músicos, etc); cultos (judaico,
católico, islâmico, hinduísta, budista, etc); artes (antiga, gótica,
renascentista, moderna. etc); povos (sumério, egípcio, grego, romano,
chinês, etc) e etc.
'Este
livro está direcionado a uma visão poética-histórica,
onde seu caminhar transdisciplinar
servirá para as pessoas que buscam,
um conhecimento mais profundo e verdadeiro dos mitos'
Esta
história escrita em poesia é uma novidade. Guedes assim o fez pelo motivo de
ser as poesias emocionais, diretas e iniciatórias.
Sua
escrita poética é simples e ao mesmo tempo complexa.Chegando a ser, em
alguns momentos, apenas a repetição de palavras e terminações primárias.
Mas, esta
regência, foi desenvolvida cabalisticamente, ou seja: a quantidade de
poemas, de versos, a quantidade de determinadas palavras e de uma
determinada palavra e mais a quantidade de letras, no livro, é totalmente
calculada. Caminhando assim para a qualidade da forma, trazendo uma
informação ‘oculta’.
“(...)Para aquele que não tem pálpebras”, está escrito na introdução do
livro.
Além de
estar escrito, como um caminho histórico (cronológico), as palavras são
explicadas etimologicamente em sua seqüência, por exemplo:
(...)Planeta,
Tu és
errante,
Estes
versos, já explicam que a palavra planeta significa errar.
As
poesias seguem os caminhos das orientações tradicionais, pois, o aprendizado
dos antigos, nos fará reconhecer o caminho iniciatório dos seguidores do
Graal (templários, filósofos, músicos, etc).
Hoje, o
livro “O Código da Vinci”, nos apresenta um Graal como o útero
(receptáculo) de Maria Magdalena, ou seja, uma linhagem sanguínea, o Santo
Graal como Sangue Real, que também é desenvolvido no O Graal Poético.
Este
livro está direcionado a uma visão poética-histórica, onde seu caminhar
transdisciplinar servirá para as pessoas que buscam, um conhecimento mais
profundo e verdadeiro dos mitos.
O Graal
Poético
A busca de
si
de Olívio
Guedes
Marco
Editora (Universidade São marcos)
Gráfica
Palas Athena
MuBE
(lançamento)
110 páginas
R$ 20,00
*
Olívio Guedes
é graduado em física e doutorando em semiótica, curador de arte, Diretor do
MuBE e sócio da Slaviero e Guedes Galeria de Arte.
* * *
Cartas:
Nelson Tangerini fala
de
seu contato com
Drummond
Por
Nelson
TANGERINI*
Em setembro de 1980, iniciei uma pequena
correspondência com o modernista Carlos Drummond de Andrade. A princípio,
estava mais interessado em Mário de Andrade, em Oswald, em Manuel Bandeira e
em assuntos ligados ao Modernismo. Nem me passou pela cabeça "tietar" o
poeta itabirano. sou desorganizado, um péssimo missivista, e não sei
precisar o dia em que lhe escrevi minha primeira carta. Nem guardei cópia da
referida missiva.
Sei apenas que enviei a Drummond alguns sonetos
do meu pai e alguns poemas meus. Como não consigo lembrar-me dos meus poemas
enviados ao "poeta maior", publico apenas os dois sonetos de Nestor
Tangerini, meu pai. "Cenas do Rio" foi o primeiro trabalho de Tangerini
publicado em letra de forma e lançado por Humberto de Campos, a 18/3/1922,
em centro de página da revista "A Maçã", que o magnífico e saudoso Acadêmico
e beletrista maranhense dirigia sob o pseudônimo de Conselheiro XX.
O soneto dedicado ao amigo Luiz Leitão, um poeta
satírico de Niterói, mostra-nos claramente uma poesia parnasiana com
intenções modernistas.
"CENAS DO RIO
Certa dama estava em paz,
a um poste, esperando o bonde,
quando se chega um rapaz,
a quem, zangada, responde:
Deixe-se, moço, de graça!
Insiste o moço: - onde mora?...
- Meu Deus! Que horror! Que desgraça!
Se vem meu marido agora!...
E a dama, que o caso teme,
diz-lhe, logo, ansiosamente:
- "Me" deixe... Moro no Leme...
"Me" deixe!... Sou dona Ivete...
moro à rua São Vicente...
"Me" deixe... No trinta e sete...".
"QUANDO ELA PASSA
Quando Ela passa, de sombrinha clara,
essa da Moda, esplendorosa Estrela,
pára o automóvel, pára o bonde, pára
o mundo inteiro: todos querem vê-la...
E todo mundo, estático, escancara
os olhos grandes, que se aumentam pela
vontade de envolver-lhe a forma rara
num desejo malvado de comê-la...
E a deusa passa... E passa - indiferente,
sem medo de que o mundo se desabe -
bailando as curvas, desmanchando a gente...
E a gente fica a interrogar-se, à-toa,
como, em dois dedos de vestido, cabe
uma porção de tanta coisa boa!...".
Dias depois, sem que eu esperasse, uma cartinha
de Carlos Drummond de Andrade repousava em minha caixa postal. Jamais pude
imaginar que o poeta me escreveria. Não me contive. Ali mesmo, na Agência
Central Av. 1o. de Março, afoito, abri o envelope e li sua amável missiva:
"Rio, 28 de setembro, 1980.
Ao prezado Nelson Tangerini.
Com um abraço, meu agradecimento pela remessa de seus poemas e de alguns
textos poéticos de seu pai, tão justamente lembrado pelo carinho filial.
Carlos Drummond de Andrade".
*
Nelson
TANGERINI
é professor, escritor e correspondente de
Via
Fanzine
no Rio de Janeiro.
* *
*
Literatura:
Cartas de
Drummond a um professor carioca*
Por
Marcelo
Paolinelli
para o
Diário da Tarde
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Nelson Tangerini: Acredito
que a literatura, e as artes em geral,
têm o papel de humanizar o
mundo, torná-lo menos agressivo e violento
Na década de 80, o jornalista
e professor de Língua Portuguesa e Literatura carioca Nelson Tangerini
enviou a Carlos Drummond de Andrade poemas de sua autoria e de seu pai,
iniciando uma troca de correspondências breves que se estendeu ao longo de
vários anos.
Tiete assumido de Drummond,
Tangerini conta que teve o cuidado de não abordá-lo como tal, uma vez que já
sabia da aversão do poeta a esse tipo de comportamento. Optou por buscar
junto a Drummond informações sobre literatura, relacionadas principalmente
ao Modernismo.
As cartas e bilhetes, além de
um livro com dedicatória de Drummond, foram cuidadosamente guardados por
Nelson Tangerini, que, no ano do centenário do poeta desejou divulgá-los
como uma forma de homenagear o ídolo, incentivando sobretudo estudantes a
conhecer melhor a sua obra.
Tangerini esteve em Itabira,
terra natal de Drummond, onde deixou cópias dos documentos na Fundação
Carlos Drummond de Andrade. "Acredito que a literatura, e as artes em
geral, têm o papel de humanizar o mundo, torná-lo menos agressivo e
violento. As pessoas que lidam com elas, têm seus dons, devem estar
engajadas nesse sentido, de defesa política, ecológica, de questões
humanistas".
Para Tangerini, Carlos
Drummond de Andrade tinha esse compromisso. "Um exemplo disso está em A
Rosa do Povo. Drummond se mostra bastante politizado, preocupado com os
rumos do mundo, com tudo o que estava à sua volta. Ele retratou seu tempo".
O professor destaca também o escritor Affonso Romano de Sant´Anna como outro
exemplo desse engajamento social.
Apesar de ter-se encontrado
pessoalmente somente uma vez com Drummond, no lançamento de um livro da
filha do poeta, o professor Tangerini conta que através das correspondências
escritas e das conversas por telefone que manteve com ele, descobriu uma
pessoa sensível, bastante atenciosa, embora muito reservada. "O que mais
admiro nele
é o exemplo de retidão; ele
era bastante honesto, uma virtude rara no homem".
Nelson Tangerini mora em
Piedade, subúrbio do Rio. Carlos Drummond de Andrade morava em Copacabana.
Foi depois de o poeta ter sido patrono da turma de Jornalismo de Nelson que
iniciou-se a correspondência entre eles. O material que Nelson considera
mais raro é um livro do poeta português Alexandre O´Neill, que ganhou de
presente
de Drummond. "Nele, há dois
autógrafos, de Alexandre e de Drummond". Há também uma carta em que o
poeta fala sobre o fazer da poesia, e outra na qual parabeniza o professor
pela iniciativa de desencadear uma campanha contra a demolição da casa de
Cruz e Sousa, localizada no bairro do Encantado, no Rio. Apesar do esforço,
a casa foi ao chão.
Nelson Tangerini espera que o
centenário de Drummond não passe praticamente despercebido, como aconteceu
com o da poeta Cecília Meirelles, no ano passado. "Espero que não só
Itabira, mas todo o país, se mobilize e os órgãos competentes invistam na
divulgação de Drummond". Entre as obras do poeta preferidas por Nelson
Tangerini estão
os poemas Confidências do
Itabirano, José e Poema de Sete Faces, além do
livro A Paixão Medida..
(*) Texto
publicado na pág. 5 do Caderno 2, do Diário da Tarde,Belo Horizont-MG,
Segunda-feira, 14/01/2002.
* * *
Experimento literário:
Você Conhece o jourNow?
Uma experiência bem original caminha pelos
passeios do Rio.
Por
José Aloise Bahia*
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Tavinho:
mais literatura para as noites cariocas.
Rondando a orla, quase todos os dias, o
aquariano, escritor e letrista Tavinho Paes vai de mesa em mesa pelos bares
da cidade. Além de autografar os livretos, troca idéias com os leitores.
Aceita até sugestões. Interatividade plena. Pois bem, o carioca Tavinho Paes
é o inventor do jourNow, um casamento do jornalismo com a literatura.
Ou melhor: “uma experimentação poética sobre a linguagem jornalística”. O
diferencial é o humor com que trata assuntos de amplo conhecimento da
opinião pública. Tom Wolfe com certeza deve estar rindo à toa no túmulo.
O experimento está disponível em booklet
de 40 páginas. E já tem dois volumes circulando. Um “Primeiro Caderno”
com foco em temas políticos atuais. E o “Segundo Caderno” no estilo
de colunas sociais e revistas de fofocas. Nestes primeiros números aparece
um polêmico subtítulo (Jornalismo Ridículo), uma “homenagem adequada”
ao jornalista Joaquim Ferreira dos Santos e sua coluna (Gente
Boa) publicada diariamente no O Globo. Neste trânsito textual, em
coluna publicada com destaque, o nome do jornalista do “O Globo” foi
parodiado para Mme. Juju Ferrér de Saint-Hilaire, e a coluna
renomeada com o tìtulo de Gente Boba. Uma brincadeira, segundo
Tavinho Paes, uma subversão e licenciatura literária do noticiário à luz de
métodos nada ortodoxos do experimento. Textuações embaralhadas, humor de
primeira qualidade. Gargalhadas na certa.
Infelizmente o jourNow só circula, em
edições mínimas, no Baixo Leblon. Mas vale conferir o saite:
www.totalmentedemais.com.br.
A seguir, pérolas das primeiras edições. Dão o que falar e refletir tais
perguntas e afirmações. E são de uma atualidade:
“EDITORIAL:
quem realmente quer ler as notícias publicadas nos jornais que só foram
frescas... ontem? A quem interessa o que disseram e noticiaram os jornais
que, hoje, embrulham os peixes na feira? A quem interessa certas notícias e
quem deseja que elas sejam lidas? Para que servem? A quem servem? E quem se
serve? Do que sai publicado com destaque nos jornais? Jornalistas que se
tornam mais importantes do que as notícias que escrevem... Colunistas, cujas
famas excedem a dos mais consagrados ídolos populares... Todos produzindo
notícias ao sabor de seus humores e preferências, incluindo as políticas e
as sexuais... Além de uma manchete que confirme uma vacina eficiente contra
o câncer, você sabe o que quer realmente ler nos jornais?”
“GENTE
BOBA, par
Mme. Juju Ferrér de Saint-Hilaire - CPMF: você confere os cálculos
dos bancos que te cobram CPMF? E como confere se o que eles enviam para o
governo é o mesmo que te cobraram? Como nas contas tem sempre uma dízima,
você acha que os bancos arredondam o valor pra baixo? E se for ao contrário?
Quem você acha que fica com o troco? AVISO AOS FUMANTES: a nova tática do
Ministério da Saúde para combater o tabagismo pretende substituir as atuais
fotos dos maços de cigarros por imagens de corruptos, calhordas e
assassinos. Todos pitando um cigarrinho! EMPREGO BOM: artistas famosos estão
copiando caciques políticos e contratando aspones. FOME ZERO: o
sucesso deste programa tem tudo a ver com as bocas-livres que os ricaços
estão promovendo. Os convidados, inclusive, já adotaram o novo slogan da
campanha: meu pirão primeiro! LACAN NA BAHIA: em Salvador, o método
lacaniano está sendo revolucionado. Lá, só os psicanalistas falam durante as
sessões. Os pacientes, que passaram a participar dos problemas do médico,
adoraram! MST & FUTEBOL: fontes dos serviços de Inteligência Artificial do
Planalto asseguram a articulação de uma grande ofensiva dos Sem-Terra para
as próximas horas. Segundo informações secretas, a terra improdutiva
escolhida para o ataque é o gramado do Maracanã.”
*
José Aloise Bahia
(Belo Horizonte/MG). Jornalista e escritor. Pós-graduado em jornalismo
contemporâneo.
Autor
de Pavios Curtos (anomelivros, 2004). E-mail:
josealoisebahia@aol.com.
- Foto:
www.totalmentedemais.com.br
- Leia mais
jourNow em Via Fanzine:
http://www.viafanzine.yan.com.br/journow.htm
* * *
Cordel:
O Cordel e a
atualidade
Gustavo Dourado apresentou
palestra na Feira do Livro de Brasília.
"Cordel e
experimentalismo na literatura" foi o tema da palestra do escritor Gustavo
Dourado (Amargedom) no dia 07/09/2005, das 18h às 19h, na sala Oficina de Idéias,
da Feira do Livro de Brasília, no Pátio Brasil Shopping. O escritor
falou da influência da literatura de cordel na obra de grandes mestres da
literatura: Camões, Gil Vicente, Castro Alves, Gregório de Matos, Jorge
Amado, Guimarães Rosa, Ferreira Gullar, Rachel de Queirós, Dias Gomes,
Ariano Suassuna, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Luiz da Câmara
Cascudo, João Cabral de Melo Neto, Bandeira, Drummond, Mário de Andrade,
Cora Coralina e outros.
Gustavo
Dourado é autor de nove livros e de centenas de cordéis. Seu trabalho de
cordelista tem forte presença na Internet través de seu portal
www.gustavodourado.com.br/cordel.htm que é objeto de pesquisa em
universidades do Brasil e do exterior. O trabalho de cordel de Gustavo Dourado é
recomendado pela Unesco no Portal Mundial de Poesia.
O Cordel
influenciou os principais ritmos nordestinos e a obra de grandes músicos e
compositores como Luiz Gonzaga, Raul Seixas, Zé Ramalho, Gilberto Gil,
Fagner, Elomar, Xangai, Alceu Valença, Belchior, Ednardo, Lenine, Zeca
Baleiro, Chico Science, Geraldo Vandré e Sérgio Ricardo. É marcante ainda a
influência do cordel na televisão e no Cinema Novo e nas criações de Glauber
Rocha, Vladimir Carvalho e de Nelson Pereira dos Santos. E nas artes
plásticas tem presença significativa nas obras de Portinari, Gilvan Samico,
Adelmir Martins, J.Borges, Toninho de Souza, Abraão Batista, e de outros
nomes de destaque das artes visuais.
Origem
De origem
medieval, de Provença, França, o cordel ganhou projeção e maior importância
no Nordeste do Brasil com Leandro Gomes de Barros, João Martins de Athayde e
Patativa do Assaré, três de nossos maiores cordelistas. Hoje, está presente
em todo o Brasil e é estudado em universidades dos Estados Unidos e da
Europa.
Durante a
palestra, Gustavo Dourado recitou o Cordel do Men$alão e o Cordel para Érico
Veríssimo, patrono da Feira do Livro de Brasília, em 2005.
Mais informações
sobre a literatura de cordel:
www.gustavodourado.com.br/amagiadocordel.htm
www.cronopios.com.br/site/poesia.asp?id=80
Contatos:
gustavodourado@yahoo.com.br
Apoio:
Sindicato dos Escritores/União Brasileira dos Escritores.
- Leia o
Grande Cordel da Ufologia Brasileira (UFOCORDEL).
de Gustavo
Dourado atualizado em Via Fanzine:
www.viafanzine.yan.com.br/cordel.htm
* * *
João Dornas Filho:
Continua
vivo e em cores
Falar de João Dornas Filho
é para mim, sempre um grande prazer.
E ao completar no dia 07 de
agosto de 2005, 103 anos de nascimento deste escritor mineiro falecido
em 1962, não podemos deixar de
lembrar a importância de seu nome na contemporaneidade.
Por
Pepe CHAVES*
João Dornas Filho é
considerado um dos maiores historiadores brasileiros de todos os tempos
e desempenhou em sua época, importantes levantamentos acerca das
efemérides, atos públicos, comportamentos, comemorações e fatos
inusitados da vida do povo mineiro e, conseqüentemente, brasileiro.
Foi com espanto e prazer
que ao pesquisar o Google (o maior buscador de dados da Internet)
constatei que o nome de João Dornas Filho é dos itaunenses mais citados
pelo buscador internacional.
Ou seja, mesmo após 43
anos de sua morte, seu trabalho continua vivo e lembrado por todo o
país, assim como deve ser "clássico" o trabalho de todo bom historiador.
Como se ainda estivesse
vivo, os estudos de Dornas Filho ainda
trafega nos meios acadêmicos e
históricos. Em verdade, este escritor itaunense continua sendo lido
(talvez, agora ainda mais) por diversos alunos, professores e historiadores
da língua portuguesa.
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Historiador
João Dornas Filho_ |
Seus livros, nos tempos
atuais, básicos que sempre foram, continuam tendo seus conteúdos citados em
questões de provas de vestibulares de algumas universidades do Brasil, conforme
pudemos constatar. Dornas é bastante citado também, por sua participação no
Movimento Modernista de Mário de Andrade. Teve ativa participação no
"Modernismo" belorizontino, ao ser um dos
editores do panfletário “Leite Crioulo”, órgão alternativo da imprensa
modernista, que tinha por mania criticar o "clichesismo" e a imbecilidade da
década de 40. Na rede Mundial de Computadores, o trabalho de
João Dornas Filho é citado em sites e blogs
de conteúdos históricos, de literatura em geral e regionalismo, todos sediados em distintas cidades brasileiras.
Mulherengo, apesar de
seu amor pela “branquinha”,
não dispensava também
uma “pretinha”...
Entre seus principais 25 trabalhos, que
começaram a ser publicados na década de 30, os mais citados são “Os Andradas
na História do Brasil” (Gráfica Queiroz Breiner – Belo Horizonte, 1937);
“Bagana Apagada” – contos (Editora Guairá, Curitiba, 1940); “A Influência
Social do Negro Brasileiro” (Caderno Azul nº 13 – Editora Guairá, Curitiba,
1943) e “Os Ciganos em Minas Gerais” (Movimento Editorial Panorama – Edições
João Calazans – Belo Horizonte, 1949), entre outros.
Sabedor dos valores históricos
e da importância de tais registros, Dornas legou à sua cidade dois
importantes e básicos livros da História local: “Itaúna, Contribuição para a
História do Município” (Gráfica Queiroz Breiner; BH-MG, 1936) e “Efemérides
Itaunenses” (Coleção Vila Rica – Edições João Calazans – Belo Horizonte,
1.951). Somente pela importância histórica do conteúdo destes livros,
sobretudo, o de efemeridades, já bastaria para colocar João
Dornas Filho como o mais expressivo escritor da literatura de Itaúna em
todos os tempos.
Em seu tempo, Dornas Filho foi
visto pela maioria das pessoas de sua cidade, como um excêntrico
intelectual, some-se a isso, o fato de ter residido em Belo Horizonte e ter tido contato
com pessoas influentes na política e nas artes daquela época. Mas quem o conhecia, sabia muito bem
que o “Záu” (como era chamado), se tratava de uma das pessoas mais humildes
e acessíveis que poderiam existir. Mulherengo, apesar de seu amor pela
“branquinha” (cachaça), não dispensava também uma “pretinha”... Segundo registra a
história, era um típico contador de
causos, com seu jeito mineiro e meio matuto de ser. O nome de
João Dornas Filho não deixa de ter para a
cultura mineira o mesmo valor histórico que tiveram os de outros imprescindíveis
pilares da literatura nacional do Brasil, dentre eles, o do médico e escritor
e também mineiro de
Cordisburgo, João Guimarães Rosa, que foi contemporâneo, co-cidadão e
amigo pessoal do grande historiador itaunense.
A Cachaça
Poema de João
Dornas Filho.
“A cachaça no
folclore de Minas Gerais”.
Estado de
Minas.
Belo
Horizonte, 24 junho de 1962, 2º Caderno, p.3-4).
A cachaça é minha prima,
o vinho é meu parente.
Não há festa nem festejo
que meus parentes não entre.
Vou mandar fazer um bicame
de madeira de canela,
pra passar toda cachaça
dos quintos pra minha goela.
No fim da minha vida
quero morrer de fartura
O quinto será meu caixão,
o alambique a sepultura.
A cachaça é moça branca
filha de homem trigueiro;
quem tomar amor por ela
não pode ajuntar dinheiro
Minha caninha verde
que veio de Montevidéu,
veio engarrafada
na capa do meu chapéu.
Vinho de cana é cachaça,
concha pequena é colher,
língua de velha é desgraça,
bicho danado é mulher.
*
Pepe Chaves
é editor
de Via Fanzine.
- Ilustração:
Pepe Chaves.
Visite a
página oficial
de João Dornas Filho.
* *
*
Belo Horizonte:
César Vanucci
lança Um Certo Dom
A
OBRA - O
jornalista e pensador mineiro César Vanucci lançou através da
Academia de Letras do Triângulo Mineiro e a Academia Mineira de Leonismo
o livro Um certo dom.
A obra
traz flagrantes da vida de Alexandre Gonçalves Amaral, o bispo mais moço
da história à época da sagração.
Alexandre Gonçalves Amaral é também o bispo com maior tempo de presença
eclesial no mundo na face outonal da existência. |
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O lançamento aconteceu no dia
10 de novembro de 2004, às 19h30, no Centro de Cultura "Nancen Araújo" –
SESIMINAS, à rua Álvares Maciel, 59 – 1º andar Santa Efigênia – Belo
Horizonte-MG. O evento sfoi em benefício da “Manjedoura”, obra dedicada a
prestar assistência a gestantes e bebês carentes.
O AUTOR -
César Vanucci é jornalista e colaborador de diversos jornais do Brasil. Após
uma extensa lista de serviços prestados, Vanucci se aposentou como
superintendente da FIEMG, e como tal foi o criador do “Ação Global”, projeto
de cunho social, desenvolvido em parceria pelo SESI e Rede Globo de
Televisão.
O jornalista é irmão do
ex-diretor artístico da Rede Globo, Augusto César Vanucci e trabalhou como
assessor do vice-presidente da República, José de Alencar, em Minas Gerais.
- Fonte:
informações fornecidas pelo autor.
- Foto:
divulgação. |