UFOVIA - ANO 5 

   Via Fanzine   

 

 

 Drones

 

 

DRONES NO ESPAÇO AÉREO

 

DRONE, O QUE É ISSO? - Passada a febre dos discos voadores de formato tradicional como, por exemplo, o de Adamski, nem bem exploramos os “discos” triangulares e uma nova espécie de UFO nos chama à atenção: os drones.

 

Os drones representam o que há de mais moderno em aeronaves não tripuladas de finalidade estratégica militar em países cujas forças armadas utilizam os recursos de tais artefatos. Basicamente, a diferença entre um drone e uma aeronave não tripulada, é que o drone possui toda uma sistemática envolvendo robótica e funções de hardware e softwares capazes de garantir elevada autonomia para as mais diversas missões, com a menor intervenção humana.

 

Os fabricantes de drones - a maioria localizada nos EUA - e alguns países da Europa transformaram-se em potências bilionárias, pois para se construir um drone voador é fundamental dominar tecnologias caras e complexas envolvendo robótica avançada, engenharia de aeronaves, física de materiais, computação, telecomunicações, criptografia de dados, aerodinâmica e, principalmente, nanotecnologia, muito em voga nos jargões científicos de hoje. Em termos de tecnologias interconectadas, podemos sintetizar um drone como a reunião em um único hardware, de tudo que foi criado isoladamente até os dias de hoje, seja no campo armamentista, das aeronaves de ponta e da instrumentação para espionagem.

 

Brevemente, devemos nos habituar com termos como UAV (Unamed Aerial Vehicles) ou VANT, significados para Veículos Aéreos Não Tripulados. As grandes potências estão apostando todas as suas fichas nestes projetos, levando a crer que, milhares e até milhões deles estarão cruzando os céus nos próximos anos.

 

Atualmente existem milhares de drones executando tarefas científicas como observação e medição atmosférica, estudos de navegação aérea, observação de vulcões, áreas de tragédia, pesquisas de meio ambiente. Por outro lado nos segmentos militares existem drones em diversos países espionando atividades de grupos terroristas, narcotraficantes, concorrentes, segredos nacionais e até lançando bombas inteligentes sobre bunkers do Oriente Médio.

  

Tudo isso, sem a necessidade de um piloto embarcado, pois, neste caso, o piloto estará baseado em algum quartel militar secreto, operando remotamente o pequeno veículo voador, basicamente em formato de aeroplano. Depois a aeronave entra em modo automático, através de um plano de voo previamente programado, incluindo os alvos para o lançamento de bombas ou para a tomada de fotografias. A partir daí o drone que normalmente tem autonomia extra-longa de serviço pode atravessar o mundo silenciosamente e praticamente invisível de radares até chegar ao seu alvo.

 

Devido ao custo relativamente baixo, alguns drones são auto-destrutíveis, após executarem sua missão, pois não há necessidade para que retornem à base de lançamento que, geralmente, está situada a longa distância. Existem drones auto-suficientes, como alguns modelos usados pela NASA, que podem voar em grandes altitudes usando energia solar. Experimentos bem sucedidos revelam a existência de aeronaves capazes de voar por até três anos ininterruptamente.

 

É incrível imaginar que tal tecnologia - que até poucos anos atrás, seria vista como um delírio de ficção científica -, tenha nascido a partir do humilde e inocente “aviãozinho de controle remoto”, o aeromodelo. Mas como toda grande invenção, esta também possui sua origem envolta a mitos duvidosos, pois sabemos que o primeiro drone foi criado por um adolescente dos EUA, que instalou uma câmera de vídeo desengonçada sob um aeromodelo de controle remoto para “espionar” sua vizinha em topless durante idílicos banhos de sol. Tal idéia contagiou seus colegas que meses mais tarde estavam apresentando seus pequenos aviões-câmera para militares da força aérea.

 

'UFOs' NA TELA DO RADAR - A realidade é que os drones foram a miniaturização do projeto Black Aircraft que, desde os anos 50 criou super aviões, como o U2, o Blackbird SR-71,  passando pelo F117 Nighthawk, o lendário e belo B2, vindo a terminar nos polêmicos aviões Aurora, Brilliant Buzzard e outras aeronaves portadoras de siglas repletas da letra X (experimental).

 

Os primeiros drones projetados pelos EUA nasceram através de cooperação científica entre a NASA, USAF, laboratórios de ciências e fabricantes, como Lockheed Martin e Northrop. Começaram a voar no final da década de 1980. Protótipos tripulados em escala maior foram criados para teste de comportamento aerodinâmico e estiveram presentes em locais cheios de “glamour conspiracionista”, tais como, a Área 51 no deserto de Nevada e a base de Edward no Estado da Califórnia, suscitando as mais bizarras histórias de ETs junto às testemunhas locais, que se espantavam com aeronaves em formatos exóticos executando manobras impossíveis perante os nossos limitados conhecimentos sobre física e gravidade.

 

É claro que os militares apreciavam tal subterfúgio, afinal, histórias de ETs eram o que eles precisavam para despistar sua tecnologia de ponta e esconder embaixo do tapete o que a opinião pública não poderia sequer imaginar. Para tanto, grandes esforços foram feitos em todo o mundo, inclusive no Brasil, no sentido de criar personagens fictícios e até uma imprensa de fachada composta por “ufólogos” e “jornalistas” capazes de manter em ação o teatro da atividade extraterrestre que tanto envolve e apaixona as pessoas.

 

Os drones necessitam de grande autonomia de voo, por isso, é importante frisar que muitos deles possuem propulsão de conceito desconhecido, como motores magnéticos de atração e repulsão quase motocontínuos, sistemas Stirling de conversão de energia, energia solar e até baterias nucleares compactas. Visando o aproveitamento da energia motriz, é necessário reduzir o atrito da fuselagem contra a atmosfera, com isso, alguns drones foram projetados em formatos estranhos, os quais, muitos especialistas afirmam como "impossíveis de voar". Alguns possuem três asas em formatos e tamanhos distintos, outros, não possuem asas. Alguns parecem cortadores de grama e muitos foram projetados em formatos de insetos e pássaros. O fato de possuírem um desenho exótico visa não só o aproveitamento de energia, mas serve também como camuflagem para disfarçar sua atividade, afinal a mente humana é presa dentro de um padrão de formas geométricas definidas com grande tendência de considerar absurdo aquilo que ainda não visualizou.

 

Durante o desenvolvimento dos drones militares, a maioria deles ainda não era equipada com sistemas de camuflagem eletrônica para despistar radares e sistemas TCAS anti-colisão. E assim, milhares de casos relatados por pilotos e operadores de tráfego aéreo que acusavam objetos voadores não identificados em suas telas, eram na realidade, drones em operação, inclusive, vários deles utilizavam uma programação de voo retirada de cartas de navegação aérea, pois muitos trafegaram dentro das rotas da aviação comercial no mundo.

 

Nesta fase, alguns drones se chocaram com grandes aeronaves e foram confundidos com impactos causados por pássaros ou até por outros objetos desconhecidos. Isso explica porque durante um certo período de tempo, foi comum observar relatos de UFOs seguindo aviões de passageiros em rotas aéreas de uso comum, pois na época, tais drones se orientavam através de intersecções NDB (espécie de rádio faróis de solo), usadas por aviões para encontrar sua localização, pois o uso de GPS na aviação ainda não era padrão. Com a massificação da navegação por GPS, que não utiliza rádios faróis de solo, o uso do NDB virou coisa do passado e desapareceram também os “UFOs” que trafegavam por rotas comerciais, pois eles também adotaram o GPS e criaram suas próprias rotas, vez que não dependiam mais de uma antena no solo para dizer “ao captar meu sinal de 210khz vire 30 graus para esquerda ou vire 90º para a direita”, por exemplo.

 

Com a certeza de que os drones eram confiáveis, uma nova fase de desenvolvimento se iniciou, desta vez visando aperfeiçoar mais o software do que a máquina. Com a crescente necessidade de espionagem e estratégia, os drones precisam voar seguramente, sem afetar a aviação comercial e tampouco chamar a atenção de observadores atentos e, para tanto, receberam tecnologias que os transformaram em verdadeiras wokstations voadoras, equipadas com sistemas anti-colisão, navegação GPS a nível militar de alta precisão, sistemas de telemetria de solo, comunicações e principalmente, capacidade de se tornarem invisíveis aos radares, bem como a possibilidade de embaralhamento do radar, ou seja, projetar imagens falsas na tela do radar de maneira a confundir o tráfego de diversas aeronaves, voos em formação, falsas altitudes, localização e até ruptura e black-out na comunicação de outros aviões que estejam em seu raio de ação.

 

O Futuro Dirigível Híbrido Multimissão DHM Pz-72 (100 ton.)

do Exército Brasileiro e da Marinha Brasileira.

Arte: Edilson Moura Pinto para o DEFESA BR.

 

DRONES NACIONAIS - Muita gente considera que as forças armadas brasileiras são compostas por velhos tanques de guerra vazando óleo e quartéis silenciosos, vestígios de um processo de sucateamento moral e técnico imposto pelos últimos majoritários de nossa fracassada classe política. Engano, apesar do fantasma da falta de verbas e o descaso do Governo Federal, militares engajados e comprometidos com seus ideais investem tempo e conhecimento em interessantes projetos de grande valor para nosso país.

 

Sim, nós também temos drones. Talvez com verba e apoio sério, nossos drones poderiam ser melhores que os dos EUA. O mesmo que ocorre com a Embraer, que produz excelentes aeronaves reconhecidas mundialmente pelos maiores especialistas em aviação do mundo e, se não são superiores, guardadas as respectivas categorias, estão em nível de igualdade com a Boeing e Airbus.

 

Recentemente foi divulgado o projeto Drone Brasileiro, liderado pela FAB em parceria com departamentos acadêmicos de pesquisas, que revela aeronaves incríveis para aplicações na segurança nacional, logística e para serem operadas na região Amazônica. Um pouco diferente do projeto Drone dos EUA, no Brasil é mais correto utilizar o termo VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado), pois, a princípio, não estão sendo aplicadas funções robóticas de auto-sustentabilidade móvel e operacional, itens capazes de caracterizar uma aeronave não tripulada como ‘robotizada’ e ‘autônoma’.  Nosso drone apesar de não tripulado foi projetado para ser pilotado à distância por um comandante posicionado em uma cabine de voo virtual, semelhante a um simulador de voo usado por fabricantes de aeronaves. O piloto enxerga na tela aquilo que o drone transmite através de uma câmera posicionada na dianteira da fuselagem. O piloto tem a mesma visualização se estivesse dentro da aeronave, desfrutando dos mesmos comandos e possibilidades em termos de manobras e controles manuais.

 

Incrível mesmo é imaginar - sem nos apegarmos às velhas algemas mentais de conceitos antigos e desgastados - que os drones brasileiros possuem seu “habitat” principal na Amazônia, região destinada a testes técnicos e de viabilidade operacional desses veículos. Por coincidência, não seria em tal região que a população tem acentuado contato visual com aeronaves voadoras desconhecidas de formato exótico?

 

Seriam os avistamentos do Norte do Brasil, incluindo a faixa litorânea, manobras de drones e Uavs oprados por militares brasileiros?  

 

* Fábio Bettinassi é publicitário, pesquisador e co-editor do portal UFOVIA.

- Leia também: FAB regulamenta notificações de OVNIs e fala com VF

 

 

Apêndice:

Drones brasileiros

Os dirigíveis híbridos na Amazônia e os projetos da FAB.

Matéria do portal DefesaBR

www.defesabr.com

 

Gráfico mostra o mapa do Brasil e sua “dupla Amazônia”, a Amazônia Verde, composta

pelas florestas centrais e a Amazônia Azul, formada pela costa marítima brasileira.

 

Na Amazônia, região de difícil acesso por terra e mesmo por rios, repleta de áreas úmidas, quentes e hostis a grandes equipamentos como tanques, o diferencial é a qualidade do equipamento pessoal do soldado, somado ao seu treinamento e impecável conhecimento do terreno, mesmo com cartas e bússolas.  

 

Além desse aspecto, o único fator que realmente importa para o sucesso de suas variadas missões é uma boa estrutura de logística. Nesse ponto, o DIRIGÍVEL é o meio ideal para esse sucesso (e ainda melhor combinado com outros).

 

Na atual simulação do DEFESA BR, será utilizada a nova tecnologia dos DIRIGÍVEIS HÍBRIDOS MULTIMISSÃO (DHM), com versões de aeronaves pesadas (300 ton de carga) e médias (100 ton), as quais terão a capacidade de realizar pousos e decolagens verticais, em VTOL, em terra ou dentro d’água (rios e oceanos).

 

Discretos pela altitude de operação e sempre silenciosos, os dirigíveis híbridos multimissão poderão operar tanto em pistas mínimas ou heliportos, quanto em locais desprovidos de infra-estrutura terrestre.

 

Poderão mesmo pousar e decolar de praticamente qualquer local, inclusive, atrás dos NAVIOS-PATRULHA (de 1.000 toneladas) da Marinha Brasileira (MB) nos rios e afluentes da Amazônia, quando poderão intercambiar pessoal, suprimentos, equipamentos e veículos pelas rampas elevadas interligadas de ambos, conforme seus projetos conjuntos.

 

Como excelentes plataformas multimissão, poderão executar diversas tarefas, simultaneamente e serão o principal apoio às Unidades do Exército Brasileiro (EB) na Amazônia, auxiliando ainda os seus pares da MB no forte apoio aos Meios Distritais da MB, Navios e Lanchas de Patrulha.

 

Os dirigíveis do EB e da MB serão a plataforma ideal persistente e vantajosa para participarem com as aeronaves da FAB em um esquema intermodal com larga vigilância aérea, fluvial e marítima, patrulhamento geral e operação com enlace em redes.

 

Junto a uma Frota da MB, podem atuar como busca e resgate, reconhecimento e análise eletrônica, AEW, comando e controle, ataque de míssil de precisão, guerra aérea, de superfície, submarina, anfíbia, OTHT, missões de suporte à frota etc.

 

O Futuro Dirigível Híbrido Multimissão DHM CD-300

(Pesado, de 300 ton) do EB e da MB.

Arte: Edilson Moura Pinto para o DEFESA BR.

 

O Brasil tem 7.491 km de fronteira marítima. Em toda essa extensão, existe a gigantesca área Marítima Jurisdicional que é a soma da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) com a Plataforma Continental (PC). Juntas representam uma área econômica brasileira de 4.451.766 km², que vem a ser maior que a metade (52%) do território continental, de 8.511.965 km². Essa fabulosa área é conhecida hoje como a AMAZÔNIA AZUL, estando destacada em azul claro e escuro no mapa acima. Os rios da AMAZÔNIA VERDE (região continental amazônica) também são indicados.

 

Trata-se de uma plataforma superior, operando a altas velocidades (acima de 150 mph em cruzeiro), por horas ou dias a fio, grandes altitudes (acima de 20.000 metros) e com fantástico alcance superior a 20.000 km. Opera também com grande capacidade de detecção, transmissão de dados e mesmo de aquisição de alvos a centenas de quilômetros (até 500 km).

 

Possuindo armamentos modernos e atuando em grande número, eles poderão ajudar a formar um sistema único no mundo, capaz de alavancar em muito a ainda distante proteção oferecida pelos sistemas SIVAM/SIPAM na AMAZÔNIA VERDE e SIDM/ASAT na AMAZÔNIA AZUL.

 

Os discretos DIRIGÍVEIS HÍBRIDOS MULTIMISSÃO, ou DHMs, eventual ou permanentemente, serão até mesmo BASES MÓVEIS AVANÇADAS, em que UM dirigível híbrido médio com capacidade de 100 toneladas de carga poderá estar configurado para manter ou mover de/para UM NAVIO-PATRULHA MULTIFUNÇÃO todo um PELOTÃO MÓVEL do EB (70 tropas) e seus equipamentos, inclusive, veículos especiais.

 

O efetivo normal de uma brigada é de aproximadamente três mil homens. Na área amazônica, ela é constituída por três batalhões de infantaria de selva (cada um com cerca de 600 homens), e o restante da brigada se divide entre as tropas de apoio (Artilharia, Engenharia, Comunicações e Logística) e o Comando do efetivo.

 

Portanto, apenas dois dirigíveis híbridos pesados para 300 toneladas de carga terão a incrível capacidade, agilidade e economia logística de transportarem com segurança um batalhão inteiro de infantaria de selva (600 homens) e seus equipamentos - simultaneamente - a um só tempo, por longas distâncias em poucas horas, sem 1/10 do alarde que navios, aviões e helicópteros fariam em muitos dias de árduos e anti-econômicos esforços, com somente 5 % dos custos operacionais destes.

 

Tais dirigíveis em rede poderão beneficiar e alavancar ainda mais uma parceria firmada em 2004 entre o EB e a EMBRAPA para a construção do Centro Nacional de Pesquisa de Monitoramento por Satélite - em Campinas -, a qual permitirá o avanço do setor de Inteligência do Exército no uso de imagens e sinais de guerra eletrônica - SIGINT - no monitoramento da fronteira. Para a agricultura, o monitoramento permitirá vantagens como a antecipação da safra.

 

Para uso civil, os dirigíveis híbridos serão a plataforma ideal, veloz e barata para o transporte de passageiros e cargas no Centro-Oeste e Norte, e entre o Brasil e os demais países da América Latina voltados para o Pacífico e seus portos. Isso irá baratear em muito a logística voltada para o Oriente.

 

Grandes florestas e a Cordilheira dos Andes não serão mais barreiras. As indústrias não terão mais necessidade de desmontar grandes equipamentos para as longas e custosas viagens rodoviárias, favorecendo tremendamente a logística e seus custos.

 

Walrus Air Vehicle Project - U.S. Army - Millennium Airship Inc. Encomendado pelo DARPA, o WALRUS

será capaz de transportar uma grande Unidade de Ataque, uma brigada menor e mais letal.

Com a capacidade total de carga em 500 ton, todo o pessoal e equipamentos chegariam

ao mesmo tempo no destino, ao contrário do atual uso descompassado e caro de navios

para carga e aeronaves para tropas (vide a primeira operação brasileira para o Haiti).

 

Seguem algumas aplicações em que os DHMs são mais versáteis e econômicas que os outros meios nos - hoje quase intransponíveis - problemas logísticos da ocupação civil e da operação militar em regiões como a Amazônica, mas atuando sempre com ações integradas entre órgãos civis e militares:

 

A) EMPREGO MILITAR - Bases móveis avançadas; Operação em esquema de C4ISR; Vigilância aérea (AEW); Patrulha, proteção e segurança de fronteiras e extensas áreas; Patrulha e vigilância fluvial e marítima (ASW); Missões de busca e salvamento; Guarda Costeira; Apoio em combate: busca e resgate, reconhecimento e análise eletrônica, AEW, comando e controle, ataque de míssil de precisão, guerra aérea, de superfície, submarina,  anfíbia, OTHT, suporte à frota, etc; Suprimento e interconexão das diferentes unidades e operações realizadas pelas 3 Forças Armadas; Transporte de tropas e armamentos pesados para as unidades; Transporte de pessoal, veículos, embarcações, equipamentos e materiais diversos para construção, implantação e operação de pequenas comunidades, pelotões, quartéis, bases aéreas, navais e fluviais; e Socorro em situações de emergência (desastres, enchentes, incêndios e outras calamidades públicas).

 

B) EMPREGO CIVIL - Levantamento geográfico, topográfico e pesquisas biológicas e minerais;Desbravamento, transporte de passageiros e cargas, colonização racional e aproveitamento econômico com respeito ecológico de novos espaços; Transporte de recursos e produtos do agronegócio (com uso intermodal intensivo);          Monitoramento de safras, reservas ambientais, linhas de transmissão de energia, etc; Transporte de pessoal, veículos, equipamentos e materiais para construções pesadas e operação de obras de engenharia, como estradas, pontes, portos, aeroportos, usinas, canais, saneamento, escolas, hospitais, reservatórios de combustíveis, etc; Assistência governamental a núcleos isolados na forma de Ação Cívico-Social, com atendimento público móvel de diversos tipos : desde pequenos postos de saúde a hospitais, correios, escolas, bibliotecas, cartórios, polícia, justiça, etc; e Programas turísticos, excursões e até hotéis móveis voltados ao eco-turismo, para o desenvolvimento econômico local.

 

O grande objetivo estratégico nacional de empregar-se DHMs é permitir que a atuação conjunta de tantos órgãos militares e civis possa levar a muitas amplas regiões hoje quase vazias a presença do Estado brasileiro.

 

No caso da Amazônia, entende-se a necessidade da criação de eixos de desenvolvimento integrados, onde se possa operar telecomunicações, informática, telemática, logística e energia, sempre com o objetivo de capacitar a fundo as suas muitas vocações - agrícola, mineral, energética, e turística - para que todas se reflitam com o tempo em seu amplo desenvolvimento e integração ao Brasil. Com isso, será preservada a nossa soberania na AMAZÔNIA e os DHMs serão fundamentais no processo.

 

 

VANTS E O PROJETO AURORA - Há no mundo atual, vastas pesquisas e desenvolvimentos sobre VANTs - Veículos Aéreos Não-Tripulados (Unmanned Aerial Vehicles - UAVs), que podem ser baseados em diversos tipos de aeronaves, como aviões, helicópteros e até dirigíveis.

 

Em Defesa, os VANTs podem ter aplicação em reconhecimento tático, apoio operacional e execução de missões; patrulhamento e monitoramento de regiões fronteiriças e/ou remotas, além de enormes áreas costeiras e marítimas.

 

Para uso civil, há ainda um vasto leque de empregos. Servem para a realização de missões de monitoramento ambiental, de inspeção de grandes estruturas (tubulações, linhas de transmissão, estradas, obras em locais de difícil acesso, etc.), de prospecção arqueológica e mineral, de levantamento urbano, de monitoramento de tráfego e vigilância.

 

Entre as aplicações de monitoramento ambiental climatológica e de biodiversidade, estão o sensoriamento e monitoramento de florestas e de regiões de interesse ecológico, levantamentos agrícolas e agropecuários, medição da composição do ar e de níveis de poluição em cidades e centros industriais, e estudos limnológicos em rios, lagos e regiões costeiras.

 

No Brasil, atualmente, são conduzidos projetos de desenvolvimento de VANTs autônomos pelo CTA e pelo CenPRA - Centro de Pesquisas Renato Archer, pela USP, USC, UNB, UFMG, UFRN e pelas empresas AEROMOT, FITEC e Prince Air Models.

 

Para o desenvolvimento de sensores (inerciais e GPS) para essas aeronaves, destacam-se a empresa NAVCON e os centros de pesquisa CTA e INPE em São José dos Campos.

 

O Ministério da Defesa estabeleceu suas diretrizes para o setor através da Portaria Nº 606/MD de 11/06/2004, publicada no DOU Nº 112 em 14/06/2004. Atualmente, os Ministérios da Defesa e da Ciência e Tecnologia comandam uma Comissão de Coordenação Nacional do Programa VANT.

 

Em 1996 o CenPRA propôs o PROJETO AURORA (Autonomous Unmanned RemOte monitoring Robotic Airship), ou seja, um dirigível robótico autônomo, não-tripulado, para monitoramento remoto.

 

Seu início deu-se em 1997, tendo como objetivos principais estabelecer tecnologia para a operação autônoma de veículos aéreos não tripulados, usando dirigíveis como plataforma, e desenvolver aplicações de dirigíveis robóticos autônomos em áreas como sensoriamento remoto, monitoramento ambiental e inspeção aérea.

 

O Projeto Aurora foi planejado para ser um programa de longo prazo e de múltiplas fases, prevendo uma evolução gradual em termos tanto de capacidade de voo, através de dirigíveis de maior porte, quanto ao de nível de autonomia de operação.

 

O objetivo do programa é alcançar dirigíveis robóticos autônomos e aptos a realizar aplicações de grande duração, cobrindo grandes áreas - como sensoriamento e monitoramento da Amazônia, inspeção de milhares de km de dutos de óleo, gás e de linhas de transmissão, etc.

 

Atualmente, os esforços de pesquisa visam estender as estratégias de controle automático para incluir as fases de decolagem, aterrissagem e voo pairado, procedimentos que nenhum dirigível no mundo é ainda capaz de fazer de forma automática.

 

Outro domínio de pesquisa consiste em navegar o dirigível por visão computacional, ou seja, capacitar o dirigível a desenvolver trajetórias seguindo alvos visuais, indo além das coordenadas geográficas atualmente em uso.

 

Os principais colaboradores do CenPRA são o Departamento de Engenharia Aeronáutica da Escola de Engenharia da USP/SC, o Departamento de Ciências da Computação da UFMG, o INPE e a UNICAMP. Os voos experimentais são realizados na área da 2ª Companhia de Comunicação Leve do Exército, em Campinas, que presta o seu apoio ao projeto.

 

Há ainda forte participação de pesquisadores do Instituto Superior Técnico (IST) de Lisboa, Portugal, e do Instituto Nacional de Pesquisa em Informática e Automação (Inria) em Sophia Antipolis, França. A cooperação internacional envolve também o Instituto de Sistemas e Robótica em Coimbra, Portugal, e a Universidade de Carnegie Mellon em Pittsburgh, nos EUA.

 

Como valor estratégico, o projeto se insere no esforço de estabelecer no País um programa de VANTs, articulando de forma estruturada os centros de pesquisa, universidades, empresas desenvolvedoras, setores privados e governamentais como usuários, e o Governo como responsável central pelo programa.

 

- Leia também: FAB regulamenta notificações de OVNIs e fala com VF

 

Imagens: Arte de Edilson Moura Pinto / DefesaBR.

 

Fontes:

http://www.defesabr.com/Eb/eb_dirigiveis.htm#Videos

 

http://www.defesabr.com/Eb/eb_dirigiveis.htm

 

- Produção: Pepe Chaves.

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