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cinema ufológico:
Lançamento: ‘Distrito 9’: um verdadeiro apartheid alienígena Enredo inovador propõe que uma nave alienígena libere extraterrestres sobre uma grande cidade do globo, forçando a convivência social entre as espécies. Filme estreia nos próximos dias nos cinemas de todo o mundo.
Da Redação*
'Distrito 9': a favelização das favelas pelos alienígenas.
Geralmente vistos como vilões, os ETs que figuram nas produções cinematográficas sempre causaram problemas para os terráqueos. Alguns querendo invadir a Terra através de seu poderio bélico ou tecnológico; outros dispostos a destruir o planeta azul.
Mas, no longa “Distrito 9”, a questão se inverte, quando uma das maiores cidades da Terra é subitamente invadida por ETs, não com ideais de conquistas, mas por um mero acidente.
Em "Distrito 9", uma nave alienígena procura refúgio sobre a cidade sul-africana de Johanesburgo. Incapazes de retornar ao seu planeta natal, os visitantes alienígenas são incorporados à rotina local e mantidos confinados em condições precárias em uma região da cidade onde sofrem constantes violências e sujeitos à hostilidade da população humana.
Trama
O começo de "Distrito 9" é conduzido de maneira documental, com depoimentos e todos os elementos do gênero. O espectador demora a saber o que está acontecendo. E é assim, aos poucos, que Blomkamp conquista a atenção de seu público, criando um clima de tensão que chega a ser palpável. Os alienígenas, apelidados de "camarões", têm uma aparência que lembra um inseto. Não à toa, em dado momento o filme dialoga com "A Mosca", clássico do terror dirigido por David Cronenberg em 1986. São assustadores e completamente convincentes, especialmente pela forma documental como são mostrados.
Surpreendentemente parada sobre Johannesburgo - e não em Washington ou Nova York, como em outras produções de ficção científica -, uma gigantesca nave espacial despeja milhares de seres extraterrestres na maior cidade da África do Sul e permanece 20 anos pairando sobre o Distrito 9, como ficou conhecida a área onde os aliens permanecem isolados, em meio a impossibilidade de voltar para casa.
Os humanos passam duas décadas sem saber o que fazer com os novos habitantes da cidade que, com o tempo, constroem barracos - como as favelas que tão bem conhecemos - e partem para a marginalidade, roubando tênis e celulares dos humanos - verdadeiros trombadinhas num apartheid intergaláctico. Até que a Agência MultiNacional Unida, criada para "cuidar" desses alienígenas, tem a "brilhante" ideia de realocá-los, construindo tendas a mais de 100 quilômetros de Johannesburgo para isolar mais ainda os visitantes intergalácticos. A situação, que já se encontrava à beira do caos, torna-se incontrolável quando o improvável líder do processo de locomoção, o atrapalhado Wikus Van De Merwe (Sharlto Copley), sofre um acidente.
O filme extrapola seu gênero por construir a tensão social espelhada no real clima de intolerância que tomou conta de Johannesburgo durante o apartheid. Mesmo sendo seres de outro planeta, as criaturas acabam sendo corrompidas pela precária sobrevivência que conseguem levar no Distrito 9, não somente isoladas, mas também reprimidas por uma violenta gangue de imigrantes nigerianos que dominam o local, não bastando o fato de não poderem voltar para casa. É, portanto, uma ficção com fortes raízes na realidade, o que a torna única em seu gênero.
Produção
Quando o sul-africano Neill Blomkamp se desligou do projeto de dirigir a adaptação cinematográfica do videogame "Halo" - que ainda existe, previsto para 2012 -, o cineasta e produtor Peter Jackson (a mente por trás de "O Senhor dos Anéis") ofereceu US$ 30 milhões para Blomkamp fazer o que quisesse. O que seria o sonho de qualquer cineasta em início de carreira (este é o primeiro longa de Blomkamp) nada mais era do que sexto sentido cinematográfico do experiente Jackson. O resultado é "Distrito 9", um dos mais novos fenômenos de bilheteria dos Estados Unidos, onde faturou US$ 114 milhões. Isso porque dificilmente um filme com indicação R (para maiores de 17 anos) atinge um grande faturamento nos cinemas, como é o caso.
Combinando uma boa dose de ironia, drama, excelentes efeitos especiais e um protagonista forte, "Distrito 9" faz o quase impossível: tornar convincente uma ficção científica.
* Com informações Angelica Bito, do Cineclick.
- Imagem: Divulgação.
- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).
- Leia também: Distrito 9: Depois do fim da infância vem a segregação
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Cinema: 'Eram os Deuses Astronautas?' ganhará longa metragem Obra do escritor suíço que vendeu quase 70 milhões de exemplares ganhará versão cinematográfica.
Por Pepe Chaves De Contagem-MG Para UFOVIA
Um dos livros mais vendidos no mundo vai para as telas.
Antigas visitas de povos espaciais
A mais famosa obra do escritor suíço Erich von Däniken, Eram os Deuses Astronautas? (originalmente 'Chariots of the Gods', que ao pé da letra seria “Carruagens dos Deuses”) vai dar origem a um longa metragem que aborda a passagem de vida inteligente extraterrestre nos primórdios do planeta Terra – como sugere a obra.
A Paradox Entertainment adquiriu os direitos de Eram os Deuses Astronautas?, o mais famoso livro de Erich von Däniken, escrito em 1966. Contestado por alguns e amado por outros, o livro sugere que a Terra foi visitada por alienígenas em seu passado longínquo.
Nesta obra, Däniken analisa e comenta o que seriam grandiosos vestígios deixados por diversos “povos do espaço” que teriam passado por nosso planeta e que eram chamados e entendidos como “deuses” pelos nativos dessas longínquas e respectivas épocas.
O longa metragem será uma obra de ficção científica baseada no original e será produzida por Fredrik Malmberg para a Paradox's, associado a Mark Ordesky da Amber Entertainment's.
Erich von Däniken: um autor bem sucedido.
O autor: polêmicas e sucesso
O suíço Erich Von Däniken, autor do best-seller Eram os Deuses Astronautas?, se tornou mundialmente famoso quando este seu livro foi demasiadamente vendido nos anos 1970. Ele descreve a hipótese da suposta visita de seres extraterrestres em tempos passados da Terra. Däniken ganhou respeito como autor e passou a ser considerado um dos escritores mais reconhecidos mundialmente. Lançou 28 livros, todos traduzidos para 32 idiomas e que venderam mais de 68 milhões de exemplares.
Seu interesse em desvendar enigmas históricos teve início quando Däniken começou a ler antigas escrituras indianas que dissertavam sobre seres descidos do céu em suas “máquinas de fogo”, em meio a muita fumaça e ruídos. A partir daí ele começou a questionar: se os nossos antecedentes mencionavam esses seres espaciais que nos visitavam como sendo "deuses", o que estes seriam de fato?
Mas, somente depois de lançar Eram os Deuses Astronautas? foi que Däniken passou a estudar de forma autodidata, a visitar diversos locais da Terra e a coletar informações sobre os antigos mistérios que intrigam a humanidade.
Atualmente, sob a ótica de alguns dos mais apurados estudos acadêmicos, diversas das alegações que constam no citado livro de Däniken podem ser consideradas como “ultrapassadas” do ponto de vista científico. Não existe nenhum dado científico que corrobore com muitas de suas afirmações, o que não as abomina de vez, tendo em vista que, quiçá, se constatadas um dia como verdadeiras, seriam um fato sem precedentes para a nossa atual ciência.
Até recentemente Däniken coordenava grupos de viagens para locais “sagrados” como Stonehenge, na Inglaterra, a região de Nazca, no Peru, as pirâmides do Egito, entre outros. Para ele, estes antigos monumentos, construídos em épocas sem a menor tecnologia, jamais poderiam ser obras dos homens da Terra.
Contudo, sua obra, vista hoje mais pela perspectiva da ficção do que pela ciência, não deixa de fascinar os mais curiosos e existencialistas. Além disso, veio a inspirar diversos outros autores e produções que também abordam a possibilidade das visitas de inteligências extraterrestres no passado humano. Inclusive, no cinema, onde o tema se tornou um filão muito bem explorado e que tem rendido bons frutos financeiros a Hollywood. Bom exemplo disso é esta recente produção de Eram os Deuses Astronautas? em longa metragem pela Paradox Entertainment.
* Com informações de Wikipedia e www.variety.com. - Tradução: Pepe Chaves. - Imagens: Wikipedia/divulgação.
- Produção: Pepe Chaves. © Copyright, 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.
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Remake de um clássico: A volta de ‘O dia em que a Terra parou’ Para os fãs do gênero, este é mais um remake do clássico de Robert Wise, que sobreviveu às décadas e vem nos contar a sua versão do porque de inteligências extraterrenas virem até o nosso planeta.
Por Márcio R. Mendes* De Dois Córregos-SP Para UFOVIA
Fotografia da nova versão do clássico "O dia em que a Terra parou".
A nova versão
A nova versão de The day the Earth stood still (O dia em que a Terra parou, de 1951) é estrelada por Keanu Reeves, um dos maiores astros do cinema contemporâneo. A direção é de Scott Derrickson e o roteiro é assinado por David Scarpa. O clássico teve lançamento em 12/12/2008 nos cinemas dos EUA.
O longa estreou em primeiro lugar nas bilheterias norte-americanas e arrecadou US$ 31 milhões em seu final de semana de lançamento, segundo informações do site Cienema Cafri. A produção de Derrickson foi de longe a mais aclamada e deixou a comédia romântica “Surpresas do Amor” na segunda colocação, com US$ 13,3 milhões arrecadados. O filme estava sendo muito aguardado, sobretudo, por ser remake de um ícone da ufologia e da Sci-Fi (Ficção Científica).
The day the Earth stood still (O dia em que a Terra parou), produzido originalmente em 1951, tem um glamour especial e perpetuou a imagem do garboso e simpático extraterrestre, Klaatu (Michael Rennie). Ele é o ET que vem nos oferecer ajuda em troca de cooperação na não proliferação de armamento nuclear, além de alertar para os perigos que esta prática traz para a própria espécie e para "outros", como os de sua raça.
Para aquele distante ano de 1951 o enredo é bem engendrado; o mundo acabava de assistir a um dos piores conflitos de todos os tempos, a Segunda Guerra Mundial. Os horrores de Hiroshima e Nagasaki estavam bem frescos ainda, assim como outras barbáries do homem para com os seus semelhantes. Parecia que a única forma de colocar a humanidade novamente nos trilhos de sua caminhada à evolução seria uma intervenção externa, sob a ameaça de sofrermos com aqueles que têm o poder de controlar o meio ambiente. Talvez, o filme de 1951 não esteja tão desatualizado para os dias de hoje, no sentido de pensarmos que não há a necessidade de intervenções extraterrestres em nosso meio-ambiente, se nós mesmos já as fazemos a níveis catastróficos e alarmantes.
Naqueles tempos, Klaatu chega a Terra, em seu disco voador reluzente, pousa em praça pública, mas, não sem antes ser detectado pelos radares de todo o mundo, que assiste impotente à sua chegada. Enquanto o disco manobra para pousar, há pânico, que logo é substituído pela curiosidade de muitos que se aglomeram em torno da nave silenciosa. Militares a isolam e a ansiedade do público presente se transforma em impaciência por causa da imutabilidade daquele aparelho.
Depois de muito tempo, uma abertura se faz, onde não havia nenhum orifício ou indício de que ali haveria uma porta. E de tal abertura surge o gigantesco e ameaçador autômato Gort. De formas robustas e definitivamente humanóide, ele segue a passos mecânicos e pára. Seu rosto é desprovido de qualquer elemento, exceto uma espécie de viseira que, quando aberta, mostra uma faixa escura por onde oscila um pulso luminoso e ameaçador.
O ameaçador autômato Gort.
Embaixador extraterrestre
Logo em seguida, com uma compleição bem mais humana, surge Klaatu, o embaixador de uma avançadíssima civilização, cujos primeiros gestos são de paz. No entanto, ele acaba sendo mal interpretado, o que leva um militar a disparar contra o visitante extraterreste. Automaticamente, o atento robô abre sua viseira e dispara raios que desintegram imediatamente todas as armas apontadas para os alienígenas, sejam elas portáteis ou dos carros blindados. Com isso, o pânico se instala, a multidão deixa o local e o filme evolui para um quarto de Hospital, onde Klaatu já aparece sendo tratado, tendo seu capacete removido.
Começa então o desenrolar de uma trama que conta o desastrado primeiro contato entre a nossa humanidade e seres interestelares. O filme deixou algumas "marcas registradas" ao longo do tempo, além de se tornar um ícone no mundo Sci-Fi, como referência para muitas discussões. A imagem do gigantesco robô Gort também foi bem explorada, até mesmo em capa de disco e em outros produtos. As palavras misteriosas de Klaatu para Gort, que o obedecia prontamente, também foram exaustivamente repetidas pelos admiradores do clássico ao longo do tempo: "Barada nikitu".
Klaatu acaba se associando à garota do filme, Helen Benson (Patricia Neal) que vive um romance com Hugh Marlowe. Este, tomado por ciúmes da simpatia de sua noiva para com o extraterrestre, o denuncia junto a militares que estão à sua procura. Com sua ação precipitada, as ameaças de Klaatu quase se fazem cumprir através do ameaçador Gort.
Capas: antiga (1951) e nova versão (2008).
Máquinas que pensam
Uma coincidência ocorreu nesses últimos dias. Justamente este ano que teremos essa estréia, reencontrei um velho livro do consagrado Isaac Asimov, intitulado Máquinas que pensam (L & PM Editores Ltda.). Comprei este livro em 1985 e li nas longas noites em que operava o radiotelescópio do Itapetinga, ouvindo os rádio-sinais de longínquos Quasares (objetos de estudo na minha tese). É um livro de contos organizados pelo Asimov e um deles, escrito por Harry Bates em 1940, intitula-se Adeus ao mestre. Recomendo-o muito, pois este foi um dos melhores contos Sci-Fi que já pude ler. É exatamente neste conto que O dia em que a Terra parou foi baseado. Na verdade, o filme é uma adaptação desse conto, escrito mais de dez anos antes da produção.
No conto original, a chegada de uma nave espacial em forma de disco já havia acontecido e fatos decorrentes disso também. Klaatu é assassinado e a nave assim como o robô (que originalmente se chamava Gnut, sendo posteriormente trocado para Gort), se tornaram peças de museu. Desde a morte de Klaatu, o robô permanecera imutável por anos e foi postado junto à nave em um museu. Visitações às peças extraterrestres ocorriam diariamente e eram a sensação do lugar. Tanto o robô quanto à nave eram feitos de um metal esverdeado, duríssimo (praticamente impenetrável para a tecnologia vigente).
Gnut é descrito como uma peça ameaçadora e Cliff Sutherland (personagem totalmente suprimido na versão de Robert Wise), que é um repórter (e um dos personagens centrais da trama), foi o primeiro a fazer fotos da chegada da nave. Ele acompanha acirradamente o grupo de cientistas que tenta decifrar uma maneira de se adentrar à nave, mesmo sob a vigilância muda e misteriosa de Gnut. Embora o robô, por anos a fio não dê mostra de nenhuma atividade, todos sabem que sob essa aparente imobilidade, ele se trata de uma peça ativa e de perigo em potencial, aguardando qualquer estímulo que venha comprometer à integridade do veículo.
Analisando sua coleção de fotos, Cliff encontra uma quase imperceptível mudança nas fotos do robô, que denúncia alguma mobilidade ocorrida de forma imperceptível, pois há uma pequena diferença na posição de seus membros entre uma foto e outra. Sabe-se que a diferença não se deve a nenhuma possível intervenção dos cientistas, pois a imutabilidade daquele robô é total. O desenrolar desses fatos é fantástico...
Keanu Reeves é o protagonista.
O Deus mecânico de Asimov
Numa apresentação do conto original - que deu origem ao filme -, antecedendo o trabalho de Harry Bates (1940), Isaac Asimov escreve: "Aqui se comprova que a imaginação da ficção científica procura sempre resistir aos dogmas, levando em conta possibilidades novas e levantando indagações inéditas, como: será que o homem encarna a forma definitiva de inteligência ou outras ainda hão de surgir? Existe algum intelecto exótico em uma parte qualquer do Cosmo misterioso e, nesse caso, de que espécie seria? Um mecanismo talvez? E, Deus, poderia ser, quem sabe, uma máquina? E, sendo máquina, criaria o homem?".
* Márcio Rodrigues Mendes é físico, astrônomo amador e professor em Dois Córregos-SP. É consultor em astronomia para os portais Via Fanzine e UFOVIA.
Clique aqui para ler outro artigo de Márcio R. Mendes sobre 'O dia em que a Terra parou'.
Clique aqui para conferir trailer do remake
- Clique aqui para conferir artigo + trailer do remake (em inglês)
- Fotos: Divulgação. - Outros artigos do autor: www.viafanzine.jor.br/mmendes - Produção: Pepe Chaves. © Copyright, 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.
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Operação Prato UFOs no The History Channel Documentário produzido pela Tower sobre Operação Prato recebeu versão em português e foi exibido pelo The History Channel nos próximos dias.
Por Fábio Bettinassi*
OP no THC: Militares da FAB filmando e fotografando um UFO._
Foi exibido o programa Brazil´s Roswell, aquele que criou polêmica no começo de 2006 e que retrata a Operação Prato, incluindo entrevistas com pesquisadores dos casos paraenses, testemunhas, vítimas e criação de diversas reconstituições, inclusive, da polêmica morte do Coronel Hollanda. Comparem este programa com o Roswell Mexico e Roswell Inglaterra, que também são incríveis.
Alerto também sobre o Programa "Os verdadeiros OVNIS", sobre os Ufos nazistas e posteriormente os dos EUA, fato inclusive que nós tratamentos no site UFOVIA em duas extensas matéria exclusiva publicada no ano passado (Bettinassi&Chaves).
Os programas são de alto nível e contam com entrevistas e imagens jamais vistas. A produtora dos EUA que faz os programas é de propriedade de ex-militares e agentes da CIA e, certamente, por isso, tem acesso a materiais que não são divulgados em lugar nenhum.
Para aqueles que são aficionados pelo assunto, recomendo que assistam a produção do The History Channel. Vale a pena o investimento.
- Clique aqui para ler crítica exclusiva sobre o documentário Brazil's Roswell.
* Fábio Bettinassi é publicitário, pesquisador e co-editor do portal UFOVIA.
- Fonte: Divulgação / THC. - Foto: The History Channel. - Informe-se sobre as datas e horários de exibição no site da emissora.
- Produção: Pepe Chaves. © Copyright, Pepe Arte Viva Ltda.
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Fator Tempo: Os Esquecidos brinca com o Tempo Filme que coloca abdução como pano de fundo lotou cinemas nos EUA e no Brasil. Por Pepe CHAVES* Para UFOVIA
A atriz Juliane Moore interpreta Telly Paretta, uma inconsolável mãe novaiorquina que perdera um filho de 8 anos, ou como diziam todos: ela nunca o teve. Inconsolável com a perda do filho que tinha certeza ter, ela faz tratamento com um psicólogo que tenta fazê-la entender que seu filho não existe e que deveria esquecê-lo para se curar. Mas seu instinto materno soa mais alto e ela, sem entender a razão que as pessoas afirmavam que ela nunca tivera filho, se pôs a desafiar a dura realidade cartesiana. Paretta estava convencida de que houve o seqüestro de sua criança. Totalmente obcecada e já agressiva com tudo aquilo, passou a ser vista como doente mental pelo marido, pelo seu médico e pela vizinhança, restando-lhe então, fugir de casa na busca de uma solução e uma explicação para aquilo que somente ela tinha certeza que sabia. 'Nas seqüências de fugas e perseguições se faz o suspense e a ação, valendo registrar, a inserção, por vezes, de incríveis efeitos-surpresa que “assustam” a platéia' Na fuga, acaba indo parar na casa de um vizinho, Ash Corell (Dominic West), cuja filha era amiga de seu filho e sempre brincavam juntos num parque da vizinhança. Chegando na casa de Ash, ela encontra nele um alcoólatra, que a chamou de louca e disse nunca ter tido filha alguma na vida. Paretta insistemas ele não aceita e acha loucura aquela mulher estar ali o importunando. Mas percorrendo a casa de Ash, ela descobre alguns desenhos da filha dele na parede de um dos quartos da casa, sob o revestimento de papel, que arranca e o mostra. Ash então, se lembra, que, de fato, tivera uma filha e vários flashs e lembranças da menina lhe surgiram à mente. Eles procuram entender como e por que todos se esqueceram dessas pessoas, exceto ela e agora ele. Chegam à conclusão de que o último dia que estiveram com suas crianças, foi quando levou-as a embarcar num pequeno avião de excursão. Os dois, partem então, atrás dessa empresa de aviação utilizada por seus filhos, com o intuito de obterem algum esclarecimento sobre aquele vôo. Começa então a perseguição por uma espécie de “homem de preto” (somente no comportamento, pois não se vestia dessa cor) apoiados por agentes federais americanos. Este homem misterioso que os perseguia, se mostrava calculista, com semblante frio e praticamente onipresente em diversas situações ao longo da história. Paretta se viu diante de um ser sobre-humano, que procurava neutralizá-la, persuadi-la (nunca matá-la, o que poderia, se pretendesse). O estranho homem procurava fazê-la desistir de seu filho e entender, que ele era parte de um experimento de grande importância pra eles. 'Os Esquecidos não é exatamente um filme de ufologia, e nem coloca este assunto em primeiro plano, mas trata a abdução de forma discreta, como pano de fundo, trazendo mesmo que de forma enrustida, uma nova proposta para acontecimentos dessa natureza' Nas seqüências de fugas e perseguições se faz o suspense e a ação, valendo registrar, a inserção, por vezes, de incríveis efeitos-surpresa que “assustam” a platéia propositalmente. Dando mostras de ser uma brava mãe, Paretta luta contra todas as forças desconhecidas e altamente potentes, capazes de promoverem verdadeiros absurdos a seu favor – incluindo-se aí, as cenas onde figuram os maiores “exageros” do filme, como a transmutação do rosto do misterioso homem e o inexplicável arrebatamento de alguns personagens aos céus... Em certas partes, o casal Ash e Paretta em fuga ou presenciando diversas anormalidades, nos remete à lembrança do Mulder e Scully, do Arquivo X, vivenciando suas aventuras nas entrelinhas que tange a realidade à ficção. Os Esquecidos não é exatamente um filme de ufologia, e nem coloca este assunto em primeiro plano, mas trata a abdução de forma discreta, como pano de fundo, trazendo, mesmo que de forma enrustida, uma nova proposta para os acontecimentos dessa natureza. Mesmo não ficando patente no filme que o controle sobre a raça humana seria exercido exatamente por seres de natureza extraterrestre, o enredo deixa clara a interatividade de uma inteligência supra-humana. Figura em primeiro plano, nos processos promovidos por tal inteligência, o esquecimento coletivo, espécie de lavagem cerebral, no caso, sempre recebida após alguém ser vítima de alguma fatalidade, a qual, por um “motivo supremo”, deveria ser esquecida – como perder um filho, por exemplo. Porém, de alguma forma, Paretta não era passível a este embuste psicótico social inserido por tais inteligências manipuladoras junto aos seres humanos. O fato de ela permanecer nesse estado de consciência lúcida mudaria o curso final da história. Nesta relação, a humanidade é subjugada e totalmente controlada, incluindo, do ponto de vista temporal. No enredo, o passado, o presente e o futuro, parecem estar interligados, podendo então, de certa forma, o futuro vir a corrigir um péssimo presente para algum personagem. Do ponto de vista científico, Os Esquecidos carece de bases mais sólidas em seu sustentáculo temático, porém do ponto de vista filosófico, incluindo a associação às inúmeras experiências paranormais ou vividas por abduzidos a que se tem notícia, em verdade, o filme pode ser apenas uma caricatura frente à verdadeira, indecifrável e suprema, realidade. Contudo, os contextos em que se envolvem o Tempo nesse filme tornam-se confusos e por vezes, de difícil concatenação, sobretudo no desfeche da repentina conclusão final. * Pepe Chaves é editor de Via Fanzine. - Fotos: Revolution Studios - The Forgotten – 2004. - Produção: Pepe Chaves. © Copyright, Pepe Arte Viva Ltda. |
4.400 abduzidos: Onde andam vocês?*
Cena do filme
Por
Diogo BERCITO
- LEIA MAIS SOBRE ABDUÇÕES EM NOSSA PÁGINA EXCLUSIVA: http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/abducao.htm
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