HOME | ZINESFERA| BLOG ZINE| EDITORIAL| ESPORTES| ENTREVISTAS| ITAÚNA| J.A. FONSECA| PEPE MUSIC| UFOVIA| AEROVIA| ASTROVIA

 

 

Rio de Janeiro

 

Ataques em comunidades:

Cabral vai recorrer às Forças Armadas

Governador do Rio pedirá ajuda das Forças Armadas para conter ataques em comunidades.*

 

A situação também ficou tensa no Complexo do Lins e no Morro dos Macacos, em Vila Isabel,

onde houve manifestações, com ataque a tiros no Lins e na base avançada da Comunidade Camarista Méier.

Leia também:

Últimas postagens em Via Fanzine

 

O governador Sérgio Cabral vai solicitar à Presidência da República o apoio das forças federais para conter os ataques em comunidades pacificadas. Ele anunciou a decisão na madrugada desta sexta-feira, depois de se reunir com o Gabinete de Crise, convocado em caráter de urgência após ataques em três áreas com unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), ocorridos na noite passada (20). Cabral terá encontro com a presidente Dilma Rousseff para pedir a ajuda das Forças Armadas no policiamento das UPPs.

 

A decisão do governador Sérgio Cabral foi tomada depois que criminosos balearam o comandante da UPP de Manguinhos, capitão Gabriel Toledo, na perna direita, com um tiro de fuzil, na noite passada, e atearam fogo a três contêineres em bases móveis distribuídas pela comunidade.

 

A situação também ficou tensa no Complexo do Lins e no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, onde houve manifestações, com ataque a tiros no Lins e na base avançada da Comunidade Camarista Méier. Na Rua Maranhão, um dos acessos ao bairro do Lins, um ônibus foi incendiado.

 

De acordo com o governador, o Gabinete de Crise se reuniu para fazer uma análise da situação da criminalidade, que tem como finalidade enfraquecer a política de pacificação. "Estou indo nesta sexta-feira, às 11h, a Brasília me encontrar com a presidenta e os ministros das pastas afins para pedir ajuda. O Rio vai responder como sempre fez: unindo forças. A população pode ter certeza de que vamos responder", disse.

 

O governador e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, se reuniram com o Comando da Segurança Pública no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Participaram do encontro o chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Luiz Castro de Menezes.

 

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que o Batalhão de Operações Policiais Especiais [Bope], a Coordenadoria de Recursos Especiais [Core], o Choque, os batalhões da área e a Polícia Civil darão a resposta aos criminosos. "Estamos todos de prontidão, com folgas diminuídas, ocupando espaços na cidade para evitar que haja qualquer tipo de ameaça ao cidadão carioca. Nós estamos com força total nas ruas do Rio".

 

* Informações e imagem da Agência Brasil.

 

*  *  *

 

Souza Aguiar:

Cinegrafista atingido por rojão no Rio tem morte cerebral*

O profissional foi atingido por um rojão enquanto filmava o protesto contra o aumento das passagens

de ônibus no município do Rio, próximo à Central do Brasil, no centro da capital fluminense.

Os autores do crime contra Santiago Andrade poderão pegar pena

de prisão de até 35 anos por homicídio qualificado e crime de explosão.

Leia também:

Últimas postagens em Via Fanzine

 

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou há pouco a morte cerebral do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade, de 49 anos. Ele foi ferido por um rojão durante manifestação no Rio de Janeiro na semana passada e permanece no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Municipal Souza Aguiar aguardando a presença da família, que determinará os procedimentos que deverão ser tomados a partir de agora.

 

Santiago, que teve afundamento do crânio e perdeu parte da orelha esquerda, foi submetido a uma cirurgia para diminuir a pressão craniana, assim que chegou ao hospital. No sábado, uma tomografia comprovou que a hemorragia havia sido controlada, mas o estado de saúde do cinegrafista piorou.

 

O profissional foi atingido por um rojão enquanto filmava o protesto contra o aumento das passagens de ônibus no município do Rio, próximo à Central do Brasil, no centro da capital fluminense.

 

Casado com Arlita Andrade há 30 anos, o carioca Santiago Andrade tem uma filha e três enteados. Mora em Niterói. Profissional há cerca de 20 anos, ele trabalha na Rede Bandeirantes de Televisão há quase dez anos.

 

Santiago ganhou dois prêmios de jornalismo (“Prêmio Mobilidade Urbana”) por matérias sobre a dificuldade de transporte nas ruas nos anos de 2010 e 2012. Destacou-se na cobertura das chuvas na região serrana, em janeiro  de 2011, e em Xerém, em janeiro do ano passado.

 

Os autores do crime contra Santiago Andrade poderão pegar pena de prisão de até 35 anos por homicídio qualificado e crime de explosão, segundo informou o delegado titular da 17ª Delegacia Policial de São Cristóvão, Maurício Luciano, responsável pelas investigações do caso.

 

* Informações de Cristiane Ribeiro e Vitor Abdala, com Alana Gandra/Agência Brasil.

   10/02/2014

 

- Foto: Divulgação.

 

*  *  *

 

 Manifestações contrárias:

Tensão em leilão do Campo de Libra

Manifestantes contrários a leilão rompem barreira da Força Nacional, no Rio.*

 

Além das manifestações, uma greve dos petroleiros paralisa as atividades em plataformas,

refinarias e unidades de tratamento de combustível da Petrobras em 12 estados do país.

Leia também:

Leilão do Campo de Libra: Petróleo: a história se repete

ONS: País precisa conviver com risco de segurança

A hora e a vez da geração distribuída de eletricidade

Recuo para evitar fiasco maior

Reincidência de blecautes não tem resposta

Ministro Lobão não garante fim de apagões

Setor elétrico: capitalismo sem risco

Energia nuclear: O exemplo da Alemanha

Modelo energético: Nuclear em desuso

Tempestades solares e apagões energéticos - exclusivo

 

Manifestantes contrários ao leilão do Campo de Libra conseguiram romper, há pouco, barreira formada por integrantes da Força Nacional de Segurança e se aproximam do Windsor Barra Hotel, onde se realiza hoje (21) a primeira rodada de licitação do pré-sal. O grupo agora é contido por uma barreira da Polícia do Exército.

 

Policiais reprimiram os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. O gás chegou a entrar na recepção do hotel e pôde ser sentido por pessoas que estavam do lado de dentro.

 

Manifestantes com bandeiras verdes e amarelas ocupam as areias da praia da Barra da Tijuca e gritam palavras de ordem contra a privatização. Eles também entoaram o Hino Nacional.

 

Além das manifestações, uma greve dos petroleiros paralisa as atividades em plataformas, refinarias e unidades de tratamento de combustível da Petrobras em 12 estados do país, conforme informou o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Simão Zanardi. 

 

Segurança reforçada visa manter tranquilidade durante a primeira rodada de negociações.

 

Terceirização de serviços pode colocar em risco a Petrobras como operadora única, diz FUP**

 

Ser a operadora única do Campo de Libra, localizado na Bacia de Santos, não garantirá, à Petrobras a total operação deste que é o maior dos campos de petróleo descobertos na área do pré-sal. Na opinião do diretor de Comunicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Francisco José de Oliveira,o risco é evidente porque a estatal e suas coligadas têm por hábito terceirizar serviços.

 

“Enquanto Petrobras e coligadas têm um quadro de cerca de 83 mil trabalhadores, o número de terceirizados para prestação de serviços beira 350 mil. Isso mostra que a operação não ficará necessariamente nas mãos da Petrobras, apesar de a legislação a colocar como operadora única”, disse à Agência Brasil o diretor da FUP.

 

A preocupação abrange também as condições de trabalho. “Terceirizar significa subcontratar e precarizar as condições de trabalho. Para ter uma ideia, 78% das 300 mortes de trabalhadores registradas nos últimos 15 anos foram de terceirizados. É evidente que a exploração corre risco de ser feita por meio da precarização do trabalho”, acrescentou Oliveira.

 

A FUP defende, como formato para exploração do Campo de Libra, que todo o empreendimento seja conduzido pela Petrobras. “Esse modelo [partilha] provavelmente colocará na posição de acionista majoritária [do Campo de Libra] uma empresa chinesa com mais de 700 mil empregados. E, se ela for majoritária, será ela quem ditará as regras”, argumentou Oliveira.

 

As reservas do Campo de Libra são estimadas em cerca de 15 bilhões de barris de petróleo. Com o regime de partilha, a Petrobras será a operadora única dos poços e terá participação mínima de 30% do empreendimento. Contatada pela Agência Brasil para comentar as declarações do diretor da FUP, a Petrobras respondeu que não se manifestará sobre assuntos relacionados ao leilão de Libra.

 

* Informações de Vladimir Platonow/Agência Brasil.

** Informações de Pedro Peduzzi/Agência Brasil.

   21/10/2013

 

- Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil.

 

Leia também:

Leilão do Campo de Libra: Petróleo: a história se repete

ONS: País precisa conviver com risco de segurança

A hora e a vez da geração distribuída de eletricidade

Recuo para evitar fiasco maior

Reincidência de blecautes não tem resposta

Ministro Lobão não garante fim de apagões

Setor elétrico: capitalismo sem risco

Energia nuclear: O exemplo da Alemanha

Modelo energético: Nuclear em desuso

Tempestades solares e apagões energéticos - exclusivo

 

*  *  *

 

Cinelândia:

Professores e black blocs entram em confronto com PM 

Professores grevistas e black blocs fazem manifestação em frente à Câmara do Rio.*

 

O trânsito na Avenida Rio Branco ficou fechado a partir das 19h, pois um grupo

de black blocs ocupou a pista, que foi desobstruída por volta das 21h30.

Leia também:

Outros destaques de Via Fanzine

 

Professores em greve e integrantes do Black Bloc participaram hoje (30) de uma manifestação em torno do prédio da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia. O protesto começou nas primeiras horas da manhã, com representantes do magistério chegando em grande número para apoiar um grupo que estava acampado do lado de fora do Palácio Pedro Ernesto, desde que foram expulsos do plenário da Câmara, na noite de sábado (28), pela Polícia Militar (PM).

 

O ato ocorreu sem tumulto na maior parte do tempo, mas acabou em conflito por volta das 21h, quando os black blocs foram dispersados pela Tropa de Choque da PM. Pelo menos um jovem ficou levemente ferido. Um carro de reportagem do SBT foi pichado pelos manifestantes e precisou deixar o local rapidamente.

 

O efetivo da PM, que inicialmente isolava os professores acampados na rua ao lado da Câmara, foi reduzido e os manifestantes puderam circular livremente, pois até o fim da tarde não tinham autorização para voltar, caso necessitassem deixar o acampamento para lanchar ou mesmo ir ao banheiro.

 

Ao longo da tarde, deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) foram ao local para ajudar nas negociações. O deputado Gilberto Palmares (PT) criticou a decisão da PM de isolar os manifestantes e ajudou a negociar a diminuição do efetivo policial. “Embora a greve seja do âmbito municipal, não podemos fechar os olhos, pois todos lutamos por uma educação melhor, seja para a cidade do Rio, seja para o nosso estado”, disse Palmares.

 

O trânsito na Avenida Rio Branco ficou fechado a partir das 19h, pois um grupo de black blocs ocupou a pista, que foi desobstruída por volta das 21h30.

 

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a secretária municipal de Educação, Claudia Costin, participaram de um chat (sala de bate-papo) pela internet, das 20h às 22h, quando responderam a mais de 40 perguntas enviadas por professores. Ele abriu a conversa fazendo uma defesa do plano de carreira do magistério, reafirmando que a prefeitura cumpriu a sua parte nos três acordos firmados com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) desde o início da greve, há 52 dias.

 

“Nós recebemos três vezes o Sepe e fizemos três acordos, com sucessivas concessões, até o máximo que a prefeitura poderia conceder”, disse. Paes reafirmou a intenção de que o projeto do plano de carreira do magistério seja votado pela Câmara amanhã (1º) e, por várias vezes, repetiu que os professores que aderirem ao novo regime de 40 horas de trabalho semanal poderão manter uma segunda matrícula na rede.

 

O prefeito disse, no entanto, que o município não tem dinheiro para pagar, de uma só vez, a todos os professores que desejarem passar para a carga de 40 horas, o que deverá ser feito de forma gradual. O objetivo, segundo Paes, é aumentar o número de escolas de tempo integral, que vão oferecer um total de nove horas de aula por dia, o que deve começar com 109 escolas das zonas oeste e norte da cidade.

 

O Sepe sustenta que o professor terá de se demitir de uma das matrículas para assumir as 40 horas e pede que a prefeitura retire o regime de urgência do projeto encaminhado à Câmara, para que a matéria seja mais bem discutida. Mas, em nenhum momento, Paes admitiu retirar o pedido de urgência.

 

Professores denunciam violência**

 

Vários professores denunciaram que sofreram violência por parte de policiais que cuidavam da segurança no local. Alguns deles foram feridos e publicaram fotos mostrando cenas sangrentas na internet.

 

* Informações de Vladimir Platonow/Agência Brasil. Colaborou Paulo Virgílio.

* Informações da Redação VF, com agências.

   30/09/2013

 

Leia também:

Outros destaques de Via Fanzine

 

*  *  *

 

Marina da Glória:

Eike vai desmontar iate e vender peças

Ex-bilionário, Eike Batista manda desmontar iate para vender peças. O Hotel Glória,

 outro símbolo da riqueza do brasileiro, também entrou no processo de liquidação.*

 

 

Custo de manutenção do Pink Fleet é de R$ 300 mil mensais

Leia também:

Eike Batista pode perder controle da EBX, diz NYT

Obra da MMX é contestada novamente

Violações se proliferam em obra de Eike Batista

OGX, petrolífera de Eike, tem prejuízo de US$ 144,8 milhões

Itaúna: Vereadores e deputado tratam do ‘Caso MMX’

Eike enfrenta processos ambientais

 

O empresário Eike Batista vê sua fortuna diminuir cada vez mais. Depois de sair da seleta lista dos bilionários da revista Forbes, o brasileiro voltou a ocupar o noticiário em razão do seu iate. Inaugurado em 2007 como atração para eventos corporativos na Baía de Guanabara, a embarcação Pink Fleet não deslanchou e passou a dar prejuízo. Somente com o custo de manutenção, o ex-bilionário gastava R$ 300 mil mensais.

 

Para acabar com o prejuízo, Eike tentou doar a embarcação à Marinha, mas não teve sucesso. A saída encontrada por ele foi desmanchar o luxuoso iate e vender as peças. Há cerca de um mês, o Pink Fleet saiu da Marina da Glória, onde ficava ancorado, e foi para o estaleiro Cassinú, em São Gonçalo (RJ), para ser desmontado.

 

Nessa terça-feira, levantamento da revista Forbes apontou que  a fortuna do empresário brasileiro reduziu de 30 bilhões de dólares para um patrimônio de 900 milhões de dólares, em menos de dois anos. Eike, que já foi o homem mais rico do Brasil e sétimo do mundo, já não é mais bilionário.

 

Hotel

 

O Hotel Glória, outro símbolo da riqueza do brasileiro, também entrou no processo de liquidação. Um executivo da companhia suíça Acron AG, Kai Bender, que negociava a compra do imóvel há dois anos, teria aceitado desembolsar R$ 225 milhões pelo hotel e o acordo deve ser sacramentado nos próximos meses.

 

O Glória foi adquirido por Eike em 2008 e a ideia do empresário era reformar o hotel usando uma técnica que preserva a fachada, mas moderniza todo o interior. A obra, orçada em R$ 350 milhões, teve seu pico em 2010. Parte do dinheiro para a modernização do Glória foi obtida por meio de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

* Informações de Rádio Itatiaia (BH).

   04/09/2013

 

- Imagem: Getty Images.

 

Leia também:

Eike Batista pode perder controle da EBX, diz NYT

Obra da MMX é contestada novamente

Violações se proliferam em obra de Eike Batista

OGX, petrolífera de Eike, tem prejuízo de US$ 144,8 milhões

Itaúna: Vereadores e deputado tratam do ‘Caso MMX’

Eike enfrenta processos ambientais

MMX é denunciada no MPE por possibilidade de poluição

MMX envia nota pedindo correção de matéria em VF 

Mineradora MMX anuncia investimentos de R$ 5 milhões em Igarapé

 

*  *  *

 

Alerj:

Ato denuncia desaparecidos no Rio 

Audiência pública na Alerj é marcada por ato denunciando os desaparecimentos no Rio.*

 

Parentes de desaparecidos relataram seus dramas e demonstraram indignação com o despreparo

e a falta de iniciativa das autoridades competentes para lidar com o problema.

Leia também:

Declarações de Snowden sobre killshot e OVNIs eram hoax

A Presidenta e o ET de Varginha

O povo na Alerj: Ato denuncia desaparecidos no Rio

Kerry não convence Ministério das Comunicações

Protesto termina em confronto e depredação no Rio

Quando o interesse do estado perde para o projeto eleitoral

 

Um manequim coberto por um véu e manchas vermelhas simulando sangue chamava a atenção das pessoas que passavam pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no centro da capital fluminense, na manhã de hoje (13). O boneco sem rosto tendo ao lado cartazes, também borrados de tinta vermelha, denunciava o desaparecimento de 5.934 pessoas em 2012 em todo o estado, conforme levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP).

 

O ato foi organizado pela Anistia Internacional e pela organização não governamental (ONG) Rio de Paz e continuou no interior da Alerj, com mais um manequim e jovens com roupas sujas de tinta vermelha, na audiência pública sobre desaparecidos no Rio de Janeiro. O encontro reuniu promotores do Ministério Público Estadual, representantes da Polícia Civil, especialistas em segurança pública, deputados, sociedade civil organizada e parentes de desaparecidos.

 

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, Marcelo Freixo, disse que a audiência pretende impulsionar ações que culminem em políticas públicas eficazes para combater o problema. “O que buscamos aqui é uma articulação e parceria entre o Ministério Público, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, o ISP, a Polícia Civil e a sociedade civil para qualificarmos as informações sobre desaparecimentos, termos um cadastro mais confiável e, a partir daí, um diagnóstico real do que acontece com cada um desses desaparecidos e suas famílias, que tipo de assistência e ação concreta o Estado deve ter”, disse.

 

“Não sabemos quantos desses desaparecidos são crianças, quantos são idosos, o que o Poder Público faz sobre isso. Quantos são homicídios? Quantos retornam às suas casas? Apenas constatamos o número de desaparecidos, mas não temos um bom diagnóstico”, completou.

 

Parentes de desaparecidos relataram seus dramas e demonstraram indignação com o despreparo e a falta de iniciativa das autoridades competentes para lidar com o problema. Elisabete Gomes, mulher do ajudante de pedreiro Amarildo Dias da Silva, desaparecido há quase um mês, depois de ser levado por policiais, e Izildete Santos da Silva, mãe de um menino sumido desde 2003, após abordagem policial, disseram ter sido humilhadas na delegacia quando foram fazer a ocorrência dos desaparecimentos. “Diziam que meu filho estava com mulheres, que tinha ido trabalhar”, disse Izildete. “Não procuraram meu filho, arquivaram meu processo. Pegaram meu outro filho deram uma surra nele, quase o mataram, disseram que iam matar meu filho especial. Tudo isso eu passei e fico vendo pela televisão acontecer as mesmas coisas”, declarou.

 

Para o fundador da Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, tortura, execução e ocultação de cadáver são ocorrências quase não registradas no Rio. “De 2007 a 2013, 35 mil pessoas desapareceram no estado do Rio de Janeiro e não se sabe quantas morreram, fora as pessoas que desapareceram que não tiveram registro em delegacias”. Costa disse ainda que é comum que autoridades tentem desqualificar a vítima na perspectiva de se justificar da ação criminosa, como foi o caso de Amarildo, cuja família foi acusada por um delegado de ter envolvimento com o tráfico de drogas.

 

Adryano Amieiro, irmão da engenheira Patrícia Amieiro, desaparecida há cinco anos, demonstrou apoio aos parentes de Amarildo e os encorajou a continuar lutando e se manifestando para descobrirem o que aconteceu com o assistente de pedreiro. “Essa é a hora que tem que falar e gritar, senão cai no esquecimento”, disse ele aos parentes. A engenheira desapareceu na noite de 14 de junho de 2008. Ela voltava de uma festa na zona sul e ia para a casa onde morava na Barra da Tijuca. O carro de Patrícia foi encontrado no Canal de Marapendi. A perícia feita no veículo detectou vestígios de tiros. Quatro policiais militares são acusados de matar e ocultar o cadáver da engenheira, que teve morte presumível decretada pela justiça em junho de 2011.

 

Adeildo Rabelo Girão procura há 14 anos pelo filho. Adonias. Ele tinha 17 anos quando sumiu na zona oeste, região dominada por milícias. “Colocaram meu filho em um lugar esmo que ninguém sabe até hoje onde está. Estou cansado. É perda, é saudade, é trauma, que são acumulados nesses anos e anos. Tive problema de depressão, estou muito doente”, disse.

 

O pesquisador Fábio Araújo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) disse que o desaparecimento de pessoas tem ocorrido desde a época da ditadura, um método de repressão utilizado muitas vezes por integrantes do Estado, embora seja tratado como um problema doméstico, familiar na maioria dos casos.

 

“É preciso conhecer a dinâmica dos territórios do Rio de Janeiro, pois esses desaparecimentos estão ligados tanto à atuação da polícia, violentíssima, como das milícias e do tráfico de drogas. O que vi em minha pesquisa de campo é que ora há disputa entre esses atores nos mercadores ilícitos, ora eles trabalham colaborativamente no ato de desaparecer os corpos”, declarou. “É preciso sair das estatísticas oficiais e fazer mais pesquisas de campo sobre esses desaparecimentos”, cobrou.

 

O pesquisador ressaltou que há casos de parentes de desaparecidos que não fazem boletim de ocorrência por temer represália de policiais que integram milícias. O pesquisador defendeu a criação de redes de apoio psicossocial e jurídica para os parentes. “O que caracteriza o desaparecimento é não ter um corpo, a família não ter um momento de luto. É uma morte eterna, uma dor que nunca para”, completou.

 

Tanto Antônio Carlos Costa como Fábio Araújo declararam que a existência de cemitérios clandestinos e o despejo de corpos em rios e na Baía de Guanabara são relatados cotidianamente por moradores de comunidades pobres dominadas pelo tráfico ou pela milícia.

 

Dados do ISP apontam que a maioria dos desaparecidos no estado é composta por homens, jovens e solteiros, moradores de favelas e da periferia.

 

* Informações de Flávia Villela/Agência Brasil.

   13/08/2013 - 18h11

 

- Foto: O Dia.

 

Leia também:

Declarações de Snowden sobre killshot e OVNIs eram hoax

A Presidenta e o ET de Varginha

O povo na Alerj: Ato denuncia desaparecidos no Rio

Kerry não convence Ministério das Comunicações

Protesto termina em confronto e depredação no Rio

Quando o interesse do estado perde para o projeto eleitoral

 

*  *  *

 

Copacabana:

Vadias horrorizam peregrinos em Copacabana

Marcha das Vadias reúne centenas de manifestantes e causa indignação.*

 

A manifestação foi acompanhada de perto por alguns peregrinos da JMJ, que se mostraram indignados.

Leia também:

Papa encoraja jovens a serem protagonistas das mudanças sociais

Papa Francisco celebra seu 1º Ângelus

Protesto próximo ao Palácio acaba em confronto

JMJ tem participação de 355 mil peregrinos

Vaticano denuncia campanha difamatória contra papa

 

Centenas de manifestantes participam hoje (27) da Marcha das Vadias, na orla de Copacabana, na zona sul da capital fluminense, onde também ocorre a vigília dos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Entre as mensagens da marcha estão o fim do preconceito contra homossexuais e o da violência contra as mulheres, além da legalização do aborto.

 

Vários manifestantes aproveitaram também para criticar a Igreja Católica. Representantes da organização não governamental (ONG) Católicas pelo Direito de Decidir distribuíram uma carta aberta ao papa Francisco pedindo mudanças na Igreja, como o fim da condenação ao aborto e a bênção à união de casais do mesmo sexo. “Viemos fazer um contra-discurso e mostrar que o discurso do papa e do Vaticano não é o único. A gente quer passar essa mensagem para que as pessoas [que participam da JMJ] reflitam e se somem à gente”, disse Kelly de Oliveira, representante da ONG.

 

A manifestação foi acompanhada de perto por alguns peregrinos da JMJ, que se mostraram indignados. É o caso de Conceição Vilar, que veio da Paraíba para participar do evento católico. “É uma afronta. Eles estão aqui de penetras. Estão tirando a nossa paz e a nossa harmonia. Não há espaço para isso aqui”, disse.

 

A marcha começou no Posto 5, em Copacabana, e seguiu em direção a Ipanema, para evitar confronto com os peregrinos, que estão concentrados no lado oposto da orla, próximo ao Leme.

 

* Informações de Vitor Abdala/Agência Brasil.

   27/07/2013

 

Leia também:

Papa encoraja jovens a serem protagonistas das mudanças sociais

Papa Francisco celebra seu 1º Ângelus

Protesto próximo ao Palácio acaba em confronto

JMJ tem participação de 355 mil peregrinos

Vaticano denuncia campanha difamatória contra papa

Página inicial  HOME

 

 

 

 

 

 HOME | ZINESFERA| BLOG ZINE| EDITORIAL| ESPORTES| ENTREVISTAS| ITAÚNA| J.A. FONSECA| PEPE MUSIC| UFOVIA| AEROVIA| ASTROVIA

© Copyright 2004-2013, Pepe Arte Viva Ltda.

 

Motigo Webstats - Free web site statistics Personal homepage website counter