Minas Gerais:
MMX suspende o projeto de expansão de
Serra Azul*
Expansão do complexo de Serra Azul em
"banho-maria".
Futuro só será definido em 2015.
A produção da MMX em Serra Azul passaria
para
29 milhões de toneladas de minério de
ferro por ano.
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A definição sobre o futuro da expansão do complexo de Serra
Azul, da MMX, deverá acontecer somente em 2015. A companhia já havia
dado início ao projeto, orçado em R$ 4,8 bilhões, que tem como objetivo
ampliar, de 8 milhões de toneladas/ano para 29 milhões de toneladas por
ano, a produção de minério de ferro no Quadrilátero Ferrífero. Porém, o
empreendimento foi afetado pela crise do grupo EBX, do empresário Eike
Batista.
Em teleconferência realizada na sexta-feira, para dar mais
detalhes aos investidores sobre a venda do Superporto Sudeste, no
litoral fluminense, o presidente da mineradora, Carlos Gonzales, afirmou
que o prazo para a definição sobre Serra Azul é 31 de julho de 2015.
Segundo ele, a companhia tem uma série de alternativas para o novo
business plan do complexo em Minas.
Entre as opções está continuar o empreendimento por conta
própria ou atrair um parceiro para o projeto. Até mesmo o volume de
produção poderá ser diferente do previsto inicialmente. "Temos uma gama
de opções que já foram mapeadas", disse.
A MMX conta com uma reserva de 1 bilhão de toneladas de
minério no sistema Serra Azul. No entanto, apenas 10% desse material é
friável e pode ser extraído com a atual estrutura da mineradora. Para
comercializar o restante do material será necessário beneficiar o
mineral compacto presente na região.
De acordo com o presidente da MMX, nos moldes atuais, a
companhia poderá extrair minério de ferro até aproximadamente 2022. Além
das reservas próprias, a mineradora arrendou a mina Pau de Vinho, da
Usiminas Mineração.
O executivo demonstrou otimismo quanto à continuidade do
projeto e a utilização da reserva disponível em Serra Azul, em função
dos avanços já verificados. A planta de beneficiamento, por exemplo, já
conta com a licença de instalação, concedida pelo Conselho Estadual de
Política Ambiental (Copam) em abril do ano passado. E a terraplenagem da
área já foi concluída.
Gonzales informou ainda que a empresa já adquiriu terrenos
na região e mantém a servidão minerária para o projeto. "O prazo para
chegar neste ponto é cerca de três anos", afirmou. Enquanto o projeto
não é definido, a MMX se tornará uma empresa que produz 7 milhões de
toneladas/ano, volume bem menor que o planejado há alguns anos.
Nesta semana a companhia anunciou acordo preliminar no qual
irá vender o controle acionário do Superporto Sudeste, em Itaguaí (RJ).
"Este é mais um passo nos planos de reorganização da companhia", disse
Gonzales.
Obras
Apesar de ainda não ter uma definição sobre a expansão em
Minas Gerais, a companhia não confirma a paralisação total das
intervenções no complexo minerário. Segundo a empresa, o ritmo das obras
foi apenas reduzido.
A expansão de Serra Azul foi anunciada no final de 2010. No
ano seguinte, a empresa assinou protocolo de intenções junto ao governo
do Estado. A previsão inicial era que os investimentos gerassem 5.579
empregos diretos e 13.780 indiretos durante as obras.
Após a conclusão, durante toda a operação do empreendimento
seriam criados outros 600 postos de trabalho diretos pela MMX, que se
somariam ao efetivo permanente de mais de 600 trabalhadores.
*
Informações de Diário do Comércio.
16/09/2013
-
Imagem: MMX/Divulgação.
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