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Minas Gerais 

 

Mariana-MG:

II Encontro de Estudos Eleitorais/Eleições 2014*

Juízes Eleitorais do Estado estarão reunidos de 5 a 7 de junho,

no Centro de Convenções Alphonsus de Guimarães, em Mariana (MG).

 

Euder Monteiro, chefe de Cartório da 140ª Zona Eleitoral de Itaúna/MG será um dos palestrantes aos magistrados.

Ele foi convidado para falar sobre a Logística do Dia das Eleições para os juízes.

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A abertura, no dia 5, será feita pelo presidente do TRE-MG, Des. Wander Marotta, pelo vice-presidente e corregedor, Des. Geraldo Augusto de Almeida e pelo Juiz Manoel dos Reis Morais, diretor executivo da Escola Judiciária Eleitoral.

 

Todos os juízes eleitorais do Estado foram convocados.

 

O Ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral, será um dos palestrantes convidados e abordará o tema Minirreforma Eleitoral e Resoluções do TSE para as Eleições 2014.

 

Euder Monteiro, chefe de Cartório da 140ª Zona Eleitoral de Itaúna/MG será um dos palestrantes aos magistrados. Ele foi convidado para falar sobre a Logística do Dia das Eleições para os juízes.

 

O II EEE constará de seminário e oficinas. Veja a programação completa.

 

SEMINÁRIO

 

Quinta-feira – 05 de junho – Tarde

13:00 – credenciamento

13:30 – Abertura dos trabalhos

 

Wander Paulo Marotta Moreira – Desembargador Presidente do TRE-MG

Geraldo Augusto de Almeida – Desembargador Corregedor do TRE-MG

Manoel dos Reis Moraes – Juiz de Direito Diretor Executivo da Escola Judiciária

 

15:15 – Propaganda Eleitoral: controle democrático e direito à informação

Luiz Carlos de Azevedo Correa Júnior – Desembargador do TJMG. Presidente da Comissão de Propaganda da Capital nas eleições 2012.

Diogo Mendonça Cruvinel – Mestre em Ciência Política pela UFMG. Chefe da equipe de Apoio à Propaganda Eleitoral do TER-MG. Professor de Direito Eleitoral.

 

17:15 – café

 

17:45 – Orientações Administrativas

Maurício Pinto Ferreira – Juiz de Direito membro da Corte Eleitoral do TRE-MG

Adriano Denardi Júnior – Diretor Geral do TRE-MG

 

18:45 – Encerramento

 

Sexta-feira – 06 de junho – Manhã

 

8:30 – Orientações Administrativas – continuação

 

9:30 – Lei da Ficha Limpa: conquistas e desafios

Marlon Jacinto Reis – Juiz da 58ª Zona Eleitoral do Maranhão e um dos fundadores do Movimento do Combate à Corrupção Eleitoral

 

10:45 – café

 

11:00 – Eleições 2014 – Minirreforma Eleitoral e Resoluções do TSE

Henrique Neves – Ministro do Tribunal Superior Eleitoral

 

12:30 – Encerramento

 

OFICINAS

 

Carga horária: 7 horas

 

Coordenação Geral:

Desembargador Paulo Cézar Dias – membro da Corte Eleitoral do TRE-MG

Juiz Manoel dos Reis Morais – Diretor Executivo da Escola Judiciária do TRE-MG

 

Sexta-feira – 06 de junho – Tarde

TURMA 1

14:00 às 15:45 – Propaganda Eleitoral

Diogo Mendonça Cruvinel – Chefe da equipe de apoio à Propaganda Eleitoral do TRE-MG

 

Café - 15:45 às 16:15

 

16:15 às 18:00 – Poder de Polícia

Alexandre Basílio – Assessor Jurídico do TRE-PB

 

TURMA 2

14:00 às 15:45 – Urna Eletrônica e Sistemas de Eleição

Glaysson Gomes Rocha – Coordenador de Processamento de Eleições do TRE-MG

 

Café - 15:45 às 16:15

 

16:15 às 18:00 – Logística do Dia da Eleição

Euder Monteiro – Chefe da 140ª Zona Eleitoral de Itaúna/MG

 

TURMA 3

14:00 às 15:45 – Poder de Polícia

Alexandre Basílio – Assessor Jurídico do TRE-PB

 

Café - 15:45 às 16:15

 

16:15 às 18:00 – Propaganda Eleitoral

Diogo Mendonça Cruvinel – Chefe da equipe de apoio à Propaganda Eleitoral do TRE-MG

 

TURMA 4

14:00 às 15:45 – Logística do Dia da Eleição

Euder Monteiro – Chefe da 140ª Zona Eleitoral de Itaúna/MG

 

Café - 15:45 às 16:15

 

16:15 às 18:00– Urna Eletrônica e Sistemas de Eleição

Glaysson Gomes Rocha – Coordenador de Processamento de Eleições do TRE-MG

 

Sábado – 07 de junho – Manhã

 

TURMA 1

8:00 às 9:45 – Urna Eletrônica e Sistemas de Eleição

Glaysson Gomes Rocha – Coordenador de Processamento de Eleições do TRE-MG

 

Café - 9:45 às 10:00

 

10:00 às 11:45 - Logística do Dia da Eleição

Euder Monteiro – Chefe da 140ª Zona Eleitoral de Itaúna/MG

 

 

TURMA 2

8:00 às 9:45 - Propaganda Eleitoral

Diogo Mendonça Cruvinel – Chefe da equipe de Apoio à Propaganda Eleitoral do TRE-MG

 

Café - 9:45 às 10:00

 

10:00 às 11:45 – Poder de Polícia

Alexandre Basílio – Assessor Jurídico do TRE-PB

 

 

TURMA 3

8:00 às 9:45 – Logística do Dia da Eleição

Euder Monteiro – Chefe da 140ª Zona Eleitoral de Itaúna/MG

 

Café - 9:45 às 10:00

 

10:00 às 11:45 - Sistemas de Eleição

Glaysson Gomes Rocha – Coordenador de Processamento de Eleições do TRE-MG

 

TURMA 4

8:00 às 9:45 – Poder de Polícia

Alexandre Basílio – Assessor Jurídico do TRE-PB

 

Café - 9:45 às 10:00

 

10:00 às 11:45 - Propaganda Eleitoral

Diogo Mendonça Cruvinel – Chefe da equipe de Apoio à Propaganda Eleitoral do TRE-MG

 

11:45 às 12:00 – Intervalo

 

12:00 às 13:00 - Palestra de Encerramento

Ética, Poder e Política

Luiz Carlos Balbino Gambogi – Desembargador do TJMG. Mestre e Doutor pela UFMG.

 

* Informações do Cartório Eleitoral/140ª Zona Eleitoral/Itaúna-MG.

    03/06/2014

 

- Imagem: Divulgação.

 

*  *  *

 

Norte de Minas:

Ex-prefeitos são condenados por improbidade

Dezoito ex-prefeitos do Norte de Minas foram condenados por improbidade administrativa.*

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Em 2013, o combate à improbidade administrativa, consistente no mau uso e/ou na apropriação indevida de recursos públicos federais, resultou na condenação de 56 pessoas no Norte de Minas Gerais em ações propostas pelo Ministério Público Federal (MPF). Dentre elas, estão 18 ex-prefeitos, que tiveram os direitos políticos suspensos por prazos que variam de 5 a 8 anos. Quatro deles foram condenados em mais de uma ação; um ex-prefeito recebeu três condenações.

 

No total, foram julgadas no ano passado 30 das 163 ações de improbidade que tramitam perante a Justiça Federal em Montes Claros, Norte do Estado. Dessas 30, apenas uma teve sentença contrária ao pedido do Ministério Público Federal.

 

Os números acabam refletindo não só o descaso dos réus com o dinheiro público, mas com a própria população de municípios que estão entre os mais pobres do país. Na época em que ocorreram os fatos, entre os anos de 1998 e 2004, 15 deles figuravam na pior categoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mede justamente as condições de vida da população. O IDH possui cinco categorias, que vão de muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto. Os três municípios restantes apresentavam IDH baixo.

 

Na comparação com o IDH dos demais municípios do estado – Minas Gerais possui 853 municípios – a situação também era crítica. Ninheira/MG, por exemplo, ocupava a 841ª posição; Santo Antônio do Retiro/MG, a 827ª; Pintópolis/MG, a 791ª e Luislândia/MG, a 734ª.

 

Toda essa pobreza não impediu os ex-gestores de fazerem mau uso de verbas encaminhadas pelo governo federal, a maior parte delas destinada a programas sociais na área de educação e saúde, como o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, Programa Jovem Trabalhador, Programa de Apoio à Criança Carente em Creche, Programa de Atendimento Assistencial Básico à Saúde e Programa Nacional de Alimentação Escolar.

 

As irregularidades também aconteceram com recursos destinados à construção de escolas municipais e à implementação de ações para a melhoria das condições sanitárias, como a construção de estações de tratamento de água e esgoto e implantação de banheiros em residências de pessoas carentes.

 

Outro problema grave na região, a seca, poderia ter sido reduzido com a construção de barragens para captação de água. Ao invés disso, no município de Santo Antônio do Retiro/MG, os recursos foram desviados e a obra, mal executada, acabou sem finalidade. A barragem rompeu logo depois de construída, antes mesmo de encher, embora todos os recursos tenham sido pagos à empresa contratada.

 

Junto com os prefeitos, mais 36 pessoas físicas e jurídicas foram condenadas. Entre elas, estão não só servidores públicos municipais que participaram dos atos ilegais, a maioria deles integrantes de Comissões de Licitação, como as empresas que se locupletaram com o desvio do dinheiro público.

 

Algumas dessas empresas e seus respectivos proprietários foram alvo, nos últimos anos, de operações realizadas pela Polícia Federal e pelos MPs Federal e Estadual para conter a sangria dos cofres públicos em municípios do norte de Minas.

 

Em alguns casos, quando a irregularidade consistiu na ausência de prestação de contas, uma obrigação a que todo gestor público está sujeito exatamente para que os órgãos de controle possam aferir a regular aplicação do dinheiro, a Justiça Federal entendeu que não seria o caso de presumir o prejuízo causado ao erário e não aplicou a pena de ressarcimento.

 

Em outros casos, os gestores já haviam pago os valores administrativamente por imposição do Tribunal de Contas da União (TCU). Mas lembrando que a não prestação de contas, por si só, constitui grave ato de improbidade administrativa, os magistrados condenaram os ex-prefeitos nas demais sanções da Lei 8.429/92, entre elas, suspensão dos direitos políticos, proibição de exercer cargo público e de contratar com o Poder Público.

 

- Extra: Clique aqui veja a lista dos condenados

 

* Informações de MPF.

   18/03/2014

 

*  *  *

 

Improbidade:

Ex-prefeito e ex-vereadores são condenados

A pedido do MPMG, ex-prefeito e dois ex-vereadores do município também

foram condenados ao pagamento de multa. Decisões são definitivas.*

 

Ex-agentes políticos de Timóteo têm direitos políticos suspensos pela Justiça.

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Um ex-prefeito e dois ex-vereadores de Timóteo, no Vale do Aço, foram condenados pela Justiça ao pagamento de multa e à suspensão dos direitos políticos, devido à prática de improbidade administrativa. As decisões que julgaram procedentes os pedidos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) são definitivas, ou seja, não estão mais sujeitas a recurso. Assim, os condenados não poderão se candidatar a cargos públicos durante o período de suspensão. As sanções estão previstas na Lei n.º 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa).

 

O ex-prefeito foi acusado em duas Ações Civis Públicas (ACP). Uma delas apontou que, entre 2001 e 2008, o então chefe do Executivo contratou, sem concurso público, mais de 1.100 pessoas. O ato, segundo o MPMG, não se enquadrou nas hipóteses restritas de contratação para atendimento de necessidade temporária de excepcional interesse público. Por isso, o ex-agente político foi condenado à multa de cinco vezes o valor de sua remuneração à época da última contratação e à suspensão dos direitos políticos por três anos.

 

Além disso, o ex-prefeito também foi condenado pela prática ilegal de promoção pessoal. De acordo com o MPMG, ele inseriu símbolos e frases vinculadas diretamente a sua pessoa, a seu partido e a sua campanha eleitoral em bens de propriedade do município, como placas, cartazes e outdoors. Pela ilegalidade, a Justiça condenou o ex-agente a ressarcir integralmente os valores despendidos pelo município com a propaganda, além de ter determinado o pagamento de multa civil equivalente a dez vezes o valor da remuneração percebida em dezembro de 2008 e a suspensão dos direitos políticos por cinco anos.

 

Ex-vereadores

 

Já dois ex-vereadores de Timóteo foram condenados por terem deixado de praticar, indevidamente, atos de ofício quando exerceram o cargo de presidente da Câmara de Vereadores (entre 2001 e 2002; e entre 2003 e 2004).

 

Segundo a ação, os então agentes políticos deixaram de atender a requisições de documentos efetuadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), além de não terem submetido os pareceres prévios relativos às contas dos exercícios de anos anteriores.

 

Atendendo a pedido do MPMG, os dois foram condenados ao pagamento de multa civil equivalente a uma vez o valor das respectivas remunerações à época e à suspensão dos direitos políticos por três anos.

 

Para o promotor de Justiça Kepler Cota Cavalcante Silva, as condenações possuem efeito didático, no sentido de demonstrar que as ações dos agentes políticos devem ser sempre balizadas pelas leis vigentes e voltadas exclusivamente para atendimento do interesse coletivo. “Elas refletem inequívoca censura do Poder Judiciário aos atos praticados em desconformidade com os princípios inerentes à administração pública e em desacordo com o interesse público”, considera o promotor de Justiça.

 

* Informações de MPMG/ Superintendência de Comunicação Integrada.

   10/03/2014

 

*  *  *

 

Belo Horizonte:

TJMG determina paternidade de José Alencar

Justiça de Minas Gerais determina que José Alencar é pai da professora Rosemary Moraes.*

 

 

Ex-presidente José Alencar.

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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou que o ex-vice-presidente José Alencar, que morreu em 2011 após travar longa luta contra um câncer, é o pai da professora Rosemary Moraes. O caso vinha se arrastando há 13 anos já que o político não assumia a paternidade.

 

Alencar passou seus últimos anos de vida utilizando seu poder político para se manter longe de oficiais de justiça, recusando-se a realizar exames de DNA. Na época, o TJ-MG entendeu que a recusa caracterizava uma possível paternidade.

 

A professora teve em 2010 o direito de usar o sobrenome do então vice-presidente após decisão do juiz José Antônio de Oliveira Cordeiro. Ele usou como base provas testemunhais e a recusa do teste de DNA para conceder o direito a Rosemary.

 

A família de José Alencar, herdeira de uma fortuna avaliada em bilhões, devem contestar a decisão no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A Coteminas, empresa de Alencar, tem faturamento de quase R$ 2,4 bilhões por ano.

 

O ex-presidente, além de se recusar a fazer o exame, falava mal de Rosemary. A professora recorreu à Justiça após tentar se aproximar de Alencar e não obter sucesso. Sua mãe, enquanto estava viva, a proibiu de buscar contato com o pai.

 

* Informações de Yahoo Notícias.

    06/03/2014

 

- Foto: Estadão Conteúdo / Márcio Fernandes.

 

*  *  *

 

Patrimônio Histórico e Cultural:

Construtor terá que demolir casa

Decisão judicial determina demolição de obra irregular situada

no conjunto arquitetônico tombado de São João del-Rei.*

 

A obra, realizada sem aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)

e do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico de São João del-Rei,

já havia sido embargada por uma decisão liminar.

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Um morador de São João del-Rei e o município foram condenados a demolir uma construção irregular no entorno da igreja de Nossa Senhora das Mercês (1751), um dos mais importantes patrimônios e pontos turísticos da cidade. O juiz Armando Barreto Marra fixou prazo de 30 dias para o cumprimento da decisão.

 

De acordo com a Ação Civil Pública (ACP) proposta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a obra está situada no perímetro do conjunto arquitetônico e urbanístico tombado de São João del-Rei. O dono do imóvel e o município, responsável pela fiscalização, também foram condenados a pagar multa.

 

A obra, realizada sem aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico de São João del-Rei, já havia sido embargada por uma decisão liminar.

 

Segundo os autores da ação, Antônio Pedro da Silva Melo, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural de São João del-Rei, e Marcos Paulo de Souza Miranda, coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico, constatou-se que o município, apesar de possuir valioso e único acervo cultural, vem permitindo sua deterioração paulatina, diante da falta de políticas públicas voltadas à efetiva preservação do patrimônio local.

 

* Informações e imagem da Sup. de Comunicação Integrada/MPMG.

   17/01/2014

 

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*  *  *

 

Belo Horizonte:

Acusado de homicídio é afastado da Polícia

Delegado acusado de matar ex-namorada é exonerado por irregularidades no Detran.*

Corregedoria afirma que Geraldo do Amaral Toledo Neto permitiu licenciamento de veículos com chassis adulterados.

 

 

Toledo e Amanda tinham um relacionamento há pelo menos dois anos. A adolescente morreu no

dia 3 de junho, após 51 dias internada no Hospital Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte.

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O delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, acusado de matar a ex-namorada Amanda Siqueira, 17, foi expulso da Polícia Civil de Minas Gerais. A pedido da Corregedoria, o governador Antônio Anastasia decidiu exonerar o investigador. O anúncio da demissão foi publicado na edição desta quarta-feira do Diário Oficial do Estado.

 

Apesar da acusação de homicídio qualificado que pesa contra Toledo, a destituição do cargo se deu por outra denúncia. Um processo aberto pela Corregedoria afirma que o delegado permitiu o licenciamento de duas motocicletas com motores e chassis adulterados na época em que era titular do Detran em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte, entre 2005 e 2007.

 

Em 2011, o delegado já havia sido preso em São Joaquim de Bicas, na Grande BH, acusado de receptação de veículos roubados e formação de quadrilha. Ele responde processo por esses crimes.

 

Atualmente, Toledo está preso preventivamente, por causa da morte da ex-namorada, na Casa de Custódia da Polícia Civil, no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte. Suspeito de atirar contra a adolescente, ele se entregou no dia 15 de abril, um dia após a garota levar um tiro na cabeça, em Ouro Preto, Região Leste de Belo Horizonte.

 

Geraldo do Amaral Toledo Neto é o principal suspeito de atirar Amanda. Testemunhas afirmaram que viram o casal brigando dentro de um carro na estrada que liga a cidade histórica ao município de Lavras Novas. Pouco tempo depois, um homem, que seria o delegado, deixou a jovem, com um tiro na cabeça, em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), alegando que ela teria tentado suicidar. Toledo e Amanda tinham um relacionamento há pelo menos dois anos.

 

A adolescente morreu no dia 3 de junho, após 51 dias internada no Hospital Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte.

 

Um mês antes de a jovem ser baleada, Toledo foi indiciado, pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, por ter agredido Amanda.

 

* Informações de Jornalismo/Rádio Itatiaia (BH).

 

Foto: Reprodução.

 

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Ipatinga:

Dois policiais suspeitos de mortes são presos

Presos dois policiais suspeitos de participarem de homicídios no Vale do Aço.* 

 

Os dois jornalistas investigavam um grupo de extermínio que seria formado por policiais.

As prisões foram realizadas em cumprimento de mandado de prisão temporária.

A Polícia Civil investiga se eles participaram da morte de dois jornalistas da região.

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Dois policiais civis foram presos no fim da noite desta sexta-feira suspeitos de envolvimento em vários crimes em Ipatinga e no Vale do Aço. A polícia investiga se eles também participaram dos assassinatos do fotógrafo Walgney Assis Carvalho, 43 anos, e o jornalista Rodrigo Neto, no Vale do Aço. A Polícia Civil informou que as prisões foram feitas em cumprimento de um mandado de prisão temporária.

 

De acordo com o Elder Dângelo, que assumiu as investigações, os dois homens que foram presos, um investigador e um médico legista, à princípio estão sendo presos por participação em um dos 14 inquéritos de assassinatos que estão sendo investigados na região. Não deu detalhes sobre o nível de envolvimento dos policias e nem dos outros integrantes da corporação que estão com mandados de prisão para serem cumpridos.

 

O delegado confirmou que as investigações sobre as mortes dos dois jornalistas estão bem avançadas, mas não há nenhum consenso sobre o envolvimento desses policiais que estão sendo presos nestes dois homicídios. Uma fonte policial informou que alem dos policias civis que serão presos nos próximos dias, há também militares que estão sob investigação por participação de um suposto grupo de extermínio que atua na região.

 

Os policiais foram trazidos para Belo Horizonte na noite desta sexta-feira e encaminhados para a Casa do Policial Civil.

 

Participação de policiais em morte de jornalistas

 

As hipóteses sobre a participação de policiais civis e militares começaram a ser levantadas quando Rodrigo foi morto em 7 de março no Bairro Canaã. Dois homens passaram em uma moto e atiraram no repórter. Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. O jornalista denunciava uma série crimes cometidos por um esquadrão da morte que seria formado por policiais.

 

O delegado Cylton Brandão da Matta, chefe da Polícia Civil, afirmou durante coletiva que havia suspeita de participação de policiais, civis e militares, nos crimes. Porém, não informou detalhes sobre as investigações. “Estamos trabalhando em parceria com a Polícia Militar e as apurações estão avançadas. Pode ser que termine em dias ou meses. Não podemos afirmar quando conseguiremos a solução”, disse.

 

Para tentar diminuir uma série de crimes que estão sem solução da Região do Rio Doce, o delegado confirmou mudanças de delegados. O antigo chefe do 12º Departamento de Polícia Civil, José Valter foi substituído pelo sub-corregedor, delegado Elder D'Ângelo. Quem também foi transferido foi o delegado regional Gilberto Simão de Melo pela delegada Irene Angélica Franco. “Os dois delegados que estão saindo deixam os cargos com mérito, mas a chegada dos novos chefes vai marcar uma nova fase da Polícia nesta região. A vinda do delegado-corregedor, mesmo que interinamente, dá a dimensão das mudanças que estamos fazendo e sinaliza claramente a nova fase que estamos iniciando”, disse o chefe da Polícia Civil.

 

Fotógrafo não se sentia ameaçado

 

No dia do assassinato do fotógrafo Walgney Carvalho, o deputado Durval Ângelo, presidente da Comissão de Direitos Humanos de Minas Gerais, que vem acompanhando as apurações sobre a morte do jornalista Rodrigo Neto, afirmou que a vítima vinha sendo ameaçado. Cylton Brandão diz que a Polícia Civil chegou a receber um comunicado sobre as ameaças, porém o fotógrafo foi ouvido e não confirmou os fatos. “ Carvalho foi ouvido, disse que não se sentia ameaçado e que não precisava de proteção. Isso está nos autos e assinado por ele”, comenta.

 

O fotógrafo freelancer do Jornal Vale do Aço foi assassinado no fim da noite do último domingo. Walgney Carvalho foi executado a tiros dentro de um pesque-pague que costumava frequentar em Coronel Fabriciano, na Região do Rio Doce. Um homem encapuzado chegou armado e atirou três vezes à queima-roupa contra a vítima. O suspeito fugiu em uma moto que o esperava na rua.

 

A polícia afirma que ainda não pode afirmar que os dois assassinatos têm ligação. “Não podemos descartar qualquer linha de investigação, mas em breve teremos em mãos elementos capazes de nos ajudar nas apurações. Toda a sociedade vai saber do que se trata nos próximos dias", afirmou o Chefe do Departamento de Investigações de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Wagner Pinto.

 

Grupo de extermínio

 

Amigos do jornalista afirmaram a reportagem do Estado de Minas, nessa quinta-feira, que Rodrigo Neto preparava uma série de matérias especiais sobre assassinatos não resolvidos nos quais um esquadrão da morte formado por policiais militares e civis da região figurava como principal suspeito. O material iria revelar mais vítimas de homicídios covardes, cometidos pelo grupo. A série contaria com fotografias de Walgney Assis.

 

O chefe da polícia civil aproveitou a entrevista para afirmar que não há um grupo de extermínio na região. Também garantiu que nos próximos dias haverá novidades sobre as investigações.

 

Ministério Público entra nas investigações

 

Nesta sexta-feira, a Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) publicou uma Portaria para designar cinco promotores para acompanhar as investigações sobre o caso. A coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa dos Direitos Humanos e de Apoio Comunitário, Nívia Mônica da Silva, o promotor Rodrigo Gonçalves Fonte Boa, de Belo Horizonte, Juliana da Silva Pinto, de Coronel Fabriciano, Bruno César Medeiros Jardini, de Ipatinga; e Kepler Cota Cavalcante Silva, de Timóteo, terão acesso as apurações. Porém, não poderão se manifestar fora dos autos, pois os casos correm em segredo de justiça.

 

Testemunhas de crimes no Vale do Aço são retiradas da Região**

 

Dois policiais civis foram presos por envolvimento em pelo menos um dos assassinatos em Ipatinga, no Vale do Aço.  O subcorregedor da Polícia Civil,  delegado Elder D’Ângelo, que agora também responde pelo 12º departamento regional, afirmou nessa sexta-feira à noite que  já foram expedidas ordens de prisão de outros integrantes da corporação, investigados em pelo menos 14 homicídios. Há suspeita de que os assassinatos foram praticados por um grupo de extermínio, que teria executado também o repórter Rodrigo Neto, de 38 anos, em 8 de março, e o fotógrafo Walgney Carvalho, de 43, no domingo passado. “As equipes da corregedoria estão na cidade para prender os envolvidos, mas desconheço os detalhes da participação deles. Os que foram presos até agora, a princípio, não estão ligados aos crimes contra os jornalistas. Mas todas suspeitas serão checadas”. Os dois presos, um investigador e um médico legista, foram transferidos para BH. Na lista de acusados a serem presos, há policiais militares também.

 

Nessa sexta, antes das prisões, o chefe da Polícia Civil de Minas, delegado Cylton Brandão da Matta, já havia confirmado o envolvimento de agentes militares e civis em pelo menos 20 execuções no Vale do Aço. Ele se reuniu com a força-tarefa enviada a Ipatinga, para discutir a investigação e anunciou a mudança no comando da regional de Ipatinga, afastando dois chefes de departamentos, os delegados Walter Felisberto e José Walter da Mota.

 

Ainda nessa sexta, a força-tarefa decidiu pela retirada de Ipatinga e Coronel Fabriciano de pelo menos cinco testemunhas de homicídios, que foram levadas para outro estado. A suspeição que recai sobre policiais locais levou a chefia a tomar essa atitude, nomeando o subcorregedor, delegado Elder D’Ângelo, para a chefia do 12º Departamento, que coordena o trabalho de seis delegacias regionais: Ipatinga, João Monlevade, Itabira, Caratinga, Manhuaçu e Ponte Nova. Juntas, essas regionais comandam a Polícia Civil em 97 municípios. Ele acumulará o cargo de chefe e de subcorregedor. O delegado regional, Walter Felisberto, que estava afastado por problemas de saúde, foi trocado pela delegada Irene Angélica Franco e Silva Guimarães, que estava no Departamento de Crimes contra a Vida.

 

“Os dois delegados que estão saindo deixam os cargos com mérito, mas a chegada dos novos chefes vai marcar uma nova fase da polícia nesta região. A vinda do delegado-corregedor, mesmo que interinamente, dá a dimensão das mudanças que estamos fazendo e sinaliza claramente a nova fase que estamos iniciando”, afirma Da Matta.

 

O repórter Rodrigo Neto foi morto com cinco tiros por um motociclista, em 8 de março, e seu colega de trabalho, o fotógrafo Walgney Assis Carvalho, assassinado no domingo, 37 dias depois. Acredita-se que os casos estejam ligados e há suspeitas sobre um esquadrão de extermínio formado por policiais militares e civis.

 

Rodrigo vinha denunciando execuções que continuavam impunes desde 1992. Walgney Carvalho foi executado em Coronel Fabriciano, na mesma região, porque teria informações sobre o assassinato do colega de trabalho. A forma como morreu, alvejado três vezes por um garupa de uma motocicleta, reforça a tese de execução profissional, bem como a munição usada, que era de calibre 38, a mesma que matou Rodrigo. Os projéteis não eram comuns, mas característicos de assassinos experientes, pois se fragmentam quando entram no corpo e potencializam os estragos.

 

Ranking

 

Antes dos dois últimos assassinatos, havia cinco profissionais de jornais e rádios sediados em Ipatinga especializados na cobertura policial. Dos três sobreviventes, dois estão sob ameaça, enquanto o outro pediu demissão e fugiu da cidade sem deixar rastro. As informações são da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e do comitê de profissionais de imprensa que acompanha as investigações. Com os dois homicídios, o Brasil passou a ocupar o terceiro lugar em mortes de jornalistas, segundo a ONG Repórteres sem Fronteiras, com quatro óbitos neste ano – metade em Ipatinga. Fica atrás apenas do Paquistão e da Síria, países em conflito armado que registraram cinco mortes.

 

Fotógrafo dispensou proteção

 

A polícia não pode afirmar ainda que os assassinatos dos jornalistas Rodrigo Neto e Walgney Carvalho estão relacionados. “Não podemos descartar qualquer linha de investigação, mas em breve teremos em mãos elementos capazes de nos ajudar nas apurações. Toda a sociedade vai saber do que se trata nos próximos dias”, afirmou o chefe do Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado Wagner Pinto.

 

O chefe da Polícia Civil, Cylton Brandão, confirmou que o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputado estadual Durval Ângelo, informou à Corregedoria da Polícia Civil que o fotógrafo Walgney Carvalho corria risco de vida. “O comunicado foi feito ao delegado Antônio Gama e ele imediatamente acionou a nossa equipe aqui em Ipatinga. Carvalho foi ouvido, disse que não se sentia ameaçado e que não precisava de proteção. Isso está nos autos e assinado por ele”.

 

Impunidade

 

Segundo Durval Ângelo, o grupo criminoso atuava impunemente, contando com proteção das forças de segurança pública e da Justiça da região. “A Polícia Civil levava anos para apurar um caso. Aí, mandava-se (a chefia da corporação) uma equipe de Belo Horizonte. O inquérito fechava, ia para o Ministério Público, que o denunciava”, conta o parlamentar. “O problema é que a Justiça estava comprometida. Não concedia mandados de prisão requisitados pelo MP. Tanto que o Conselho Nacional de Justiça chegou a afastar juízes”, disse.

 

Enquanto isso, outros casos de homicídios que teriam envolvimento do grupo de extermínio comandado por policiais aguardam apuração e seriam alvo de uma reportagem especial de Rodrigo Neto, marcando sua volta ao jornalismo impresso, como mostrou ontem o Estado de Minas. Casos como os ocorridos em 2007, como a morte do mototaxista Diunismar Vital Ferreira, o Juninho, de 41, assassinado com seis tiros numa padaria. O assassinato de Elias Santiago Pereira, de 33, conhecido como Gatão, alvejado no jardim da casa de sua tia, Italvina de Lourdes, de 73 anos, que viu toda a ação da janela. E há dezenas de outras vítimas, como Eduardo Luiz da Costa, de 40, morto em 16 de agosto de 2007, segundo testemunhos, por ter se envolvido com a mulher de um policial da cidade de Ipatinga.

 

* Informações de João Henrique do Vale e Landercy Hemerson/Uai-EM (BH).

** Informações de Mateus Parreiras e Landercy Hemerson/Uai-EM (BH).

    19/04/2013

 

- Foto: Divulgação.

 

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