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Europa
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Roma: Fumaça negra na chaminé do Vaticano Conclave demora porque não segue tempo da mídia, mas de Deus, diz porta-voz. Segundo Federico Lombardi, votação não é “fria e rápida”.*
Fumaça negra indica que a decisão ainda não foi acertada. Leia também: Apostas abertas para quem deve ser o novo Papa Bento XVI vai renunciar ao pontificado em 28 de fevereiro
Sem sinalizar quando terminará o conclave, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, justificou nesta quarta-feira a demora na eleição do sucessor do papa emérito Bento XVI. Ele disse que o processo não segue o “tempo midiático”, mas o "de Deus". Segundo Lombardi, não é uma votação “fria e rápida”. Bem humorado, o porta-voz negou que a fumaça – que é vista da chaminé da Capela Sistina – prejudique os afrescos existentes no local.
“Não estamos em um tempo midiático. Mas no tempo de Deus. É um momento histórico, com grande responsabilidade e respeitabilidade”, ressaltou o porta-voz. “É um momento importante da história da Igreja e da comunidade humana, de caráter moral e religioso”, acrescentou o porta-voz, que concedeu entrevista durante uma hora e 45 minutos.
Ao ser perguntado sobre como é produzida a fumaça, vista na Praça São Pedro, Lombardi explicou que ela é feita por meio químico. Segundo ele, são adicionados cinco elementos químicos diferentes para dar a coloração escura – que indica a inexistência de consenso – e a branca, quando o papa é eleito.
O porta-voz negou que os afrescos da Capela Sistina sofram prejuízos em decorrência da fumaça. “Os afrescos estão em ótimo estado”, ressaltou, lembrando que o sistema utilizado para a queima dos votos dos cardeais é feito por meio de duas estufas, uma delas “bem moderna”.
Ele lembrou ainda que nessa terça, ao participar das cerimônias que antecederam o conclave, teve a sensação de ter voltado à infância, quando assistiu ao filme Sandálias do Pescador. No filme, é escolhido um papa de origem russa que decide negociar com os líderes políticos mundiais para acabar com a fome.
* Informações da Agência Brasil. 13/03/2013
- Foto: Divulgação.
Leia também: Bento XVI vai renunciar ao pontificado em 28 de fevereiro Apostas abertas para quem deve ser o novo Papa
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Paris: França ataca islamistas no norte do Mali Aviação francesa bombardeia redutos de islamistas no norte do Mali.*
Aviões de guerra franceses bombardearam acampamentos de rebeldes islamistas no extremo norte do Mali, neste domingo, disseram fontes militares, um dia depois de o presidente francês, François Hollande, ter sido recebido como um salvador durante uma visita ao país, situado no oeste africano.
O porta-voz do Exército da França em Paris, Thierry Burkhard, disse que os ataques noturnos tiveram como alvo bases logísticas e campos de treinamento usados pelos rebeldes ligados à rede Al Qaeda, nos arredores da cidade de Tessalit, perto da fronteira com a Argélia.
"Estes foram ataques aéreos importantes", afirmou Burkhard à Reuters.
A cidade de Tessalit, situada cerca de 200 quilômetros ao norte de Kidal, capital regional, é um dos principais acessos às montanhas de Adrar des Ifoghas ,onde os rebeldes se refugiaram depois de fugir de grandes cidades.
A França afirma que os rebeldes mantêm nessas montanhas sete de seus cidadãos feitos reféns, capturados nos últimos anos na região do Saara.
Fontes militares do Mali disseram que as tropas francesas e do Chade entraram em choque com membros do grupo militante Ansar Dine, na região ao redor de Kidal, no sábado.
Helicópteros de ataque franceses e aviões de transporte que levam forças especiais deixaram a cidade de Gao para reforçar o contingente francês e do Chade estacionado no aeroporto de Kidal.
A cidade de Kidal está sob o controle do grupo rebelde MNLA, da etnia tuaregue, o qual luta pela autonomia da região e ocupou a área depois que combatentes do Ansar Dine fugiram, seis dias atrás.
A França deslocou há três semanas para o Mali 3.500 soldados, aviões de combate e veículos blindados na operação Serval, que pôs fim a dez meses de controle de cidades do norte do país por rebeldes islamistas que impuseram, por meio da violência, a aplicação da Sharia (lei religiosa muçulmana).
"Nunca uma intervenção estrangeira na África foi tão popular como a dos franceses no Mali", disse neste domingo o presidente do vizinho Níger, Mahamadou Issoufou, à Rádio França Internacional. Ele pediu que a França mantenha sua presença militar.
"O objetivo desta guerra não deve ser apenas libertar Mali, mas libertar todo o Sahel desta ameaça, que não ameaça apenas a nós, mas também à Europa, à França e o mundo."
HOLLANDE POPULAR
Entusiasmados, milhares de malinenses saíram às ruas para agradecer a Hollande durante sua visita de um dia ao Mali, no sábado, quando felicitou as forças francesas e prometeu que iria terminar o trabalho de restaurar o controle do governo central do país na região do Sahel.
Milhares de moradores da capital gritavam "Obrigado, França!", quando Hollande fez um pronunciamento para a multidão. Numa faixa estava escrito "Hollande, Nosso Salvador".
"Há riscos de terrorismo, por isso, nós não terminamos nossa missão ainda", disse Hollande em entrevista coletiva na residência do embaixador francês na capital, Bamaco.
Ele afirmou que a França vai retirar suas tropas do Mali assim que o país tiver restabelecido sua soberania sobre todo o seu território nacional e uma força militar africana, apoiada pela ONU, assuma o lugar do contingente francês.
"Não prevemos permanecer indefinidamente", declarou Hollande, que não especificou um prazo para o término da operação francesa.
Os Estados Unidos e a União Europeia estão apoiando a intervenção no Mali para combater a ameaça de que os jihadistas islâmicos usem a região do Saara que está fora do controle do governo como plataforma para lançamento de ataques.
* Informações de Elena Berton e Diallo Tiemoko/Reuters. 03/02/2013
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Londres: Vaticano é dono oculto de imóveis caros em Londres* Por trás de uma estrutura disfarçada por companhias de paraísos fiscais, a carteira internacional de imóveis da igreja foi expandida ao longo dos anos.
Poucos turistas em visita a Londres imaginariam que as instalações da refinada joalheria Bulgari em New Bond Street têm qualquer conexão com o papa. O mesmo vale para a sede do próspero banco de investimento Altium Capital, na esquina de St. James' Square e Pall Mall.
Mas esses edifícios de escritórios em um dos bairros mais caros de Londres são parte de um surpreendente império secreto de imóveis comerciais do Vaticano.
Por trás de uma estrutura disfarçada por companhias de paraísos fiscais, a carteira internacional de imóveis da igreja foi expandida ao longo dos anos, com o uso de dinheiro pago originalmente por Mussolini em troca do reconhecimento do regime fascista pelo papa, em 1929.
Desde então, o valor internacional desse patrimônio criado com a ajuda de Mussolini vem crescendo até atingir os 500 milhões de libras.
Em 2006, no auge da mais recente bolha imobiliária, o Vaticano investiu 15 milhões de libras desse dinheiro para adquirir o imóvel do nº 30, St. James' Square. Outros imóveis britânicos controlados pela igreja ficam em 168 New Bond Street e na cidade de Coventry. O Vaticano também controla edifícios de apartamentos em Paris e na Suíça.
O aspecto surpreendente da história, para alguns, será o esforço do Vaticano para preservar o sigilo sobre os milhões de Mussolini. O edifício da St. James' Square foi adquirido por uma empresa chamada British Grolux Investment, que detém outros imóveis no Reino Unido.
O registro de empresas britânico não revela os verdadeiros proprietários da empresa e não menciona o Vaticano.
Menciona dois acionistas nominais, ambos proeminentes executivos bancários católicos: John Varley, que até recentemente presidia o Barclays Bank, e Robin Herbert, ex-executivo do banco de investimento Leopold Joseph.
O "Guardian" enviou cartas a ambos perguntando a quem eles representavam, mas não recebeu respostas. A lei britânica permite que os verdadeiros proprietários de uma empresa sejam protegidos por sócios nominais.
BANQUEIRO
Os investimentos com o dinheiro de Mussolini no Reino Unido são controlados hoje, em companhia de outras propriedades europeias e de uma subsidiária de câmbio, por um funcionário do Vaticano em Roma, Paolo Mennini, que opera como banqueiro de investimento do papa.
Mennini comanda uma divisão especial do Vaticano, a divisão extraordinária da Amministrazione del Patrimonio della Sede Apostolica, que administra o chamado "patrimônio da Santa Sé".
De acordo com um relatório do Conselho da Europa no ano passado, que investigou os controles financeiros do Vaticano, os ativos controlados pela divisão de Mennini superam € 680 milhões.
Embora o sigilo quanto à origem fascista da riqueza papal pudesse ser compreensível durante a guerra, o que fica menos claro é o motivo para que o Vaticano tenha continuado a guardar segredo sobre suas propriedades em Londres mesmo depois que sua estrutura financeira foi reorganizada, em 1999.
O "Guardian" perguntou ao representante do Vaticano em Londres, o núncio apostólico Antonio Mennini, por que o papado continuava a manter tanto segredo sobre seus investimentos imobiliários na cidade. Também perguntou em que o papa gastava a receita gerada por eles.
Confirmando sua tradição de silêncio sobre o tema, um porta-voz da Igreja Católica afirmou que o núncio nada tinha a declarar.
* Informações de The Guardian/Folha de S.Paulo, com tradução de Paulo Migliacci. 23/01/2013
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Paris: Protesto contra casamento gay reúne 800 mil* O protesto pretende manter a pressão, já que o Parlamento vai examinar a partir de 29 de janeiro o projeto de lei sobre a abertura do casamento e da adoção aos casais homossexuais.
Um protesto contra a legalização do casamento homossexual reuniu cerca de 800 mil pessoas neste domingo em Paris, em uma demonstração de força contra o projeto de lei promovido pelo governo do presidente François Hollande e que será submetido ao Parlamento francês no final de janeiro.
Os organizadores - ativistas ligados à Igreja Católica e à direita francesa - calcularam em 800 mil o número de manifestantes, mas a polícia avaliou em 340 mil o total de pessoas na manifestação.
O protesto pretende manter a pressão, já que o Parlamento vai examinar a partir de 29 de janeiro o projeto de lei sobre a abertura do casamento e da adoção aos casais homossexuais.
Com o lema "Todos nascidos de um homem e uma mulher", os manifestantes saíram de três pontos de Paris para convergir na grande esplanada do Campo de Marte.
Os manifestantes, entre eles muitas famílias com seus filhos, agitavam bandeiras rosas, cor escolhida pelos organizadores, e exibiam cartazes com inscrições como: "Todos guardiões do código civil", "Não há óvulos nos testículos" ou "duas vacas não fazem um bezerro".
"Esta manifestação tem um valor de teste para François Hollande porque aqui vemos muito claramente que há na França milhões de franceses que, provavelmente, estão preocupados com esta reforma", declarou Jean-François Copé, secretário-geral do principal partido de direita, a UMP, em sua chegada ao ato.
O arcebispo de Paris, Monsenhor André Vingt-Trois, se juntou ao movimento para expressar seu "apoio" aos organizadores da manifestação contra o casamento homossexual.
O deputado socialista de Paris, Jean-Christophe Cambadélis, criticou o prelado por travar "um combate duvidoso contra o amor", ao lutar contra o casamento de pessoas do mesmo sexo.
A polícia esperava entre 150.000 e 300.000 participantes. Os opositores ao casamento gay reuniram 100.000 pessoas contra o projeto no dia 17 de novembro. Uma manifestação em favor da reforma está prevista para 27 de janeiro.
A ministra da Justiça, Christiane Taubira, reafirmou que o governo manterá seu projeto, mesmo diante do tamanho da manifestação deste domingo, descartando também um referendo exigido por parte da oposição e por 115 parlamentares.
Mas o tema não é uma unanimidade nem na Frente Nacional (extrema direita). Seu vice-presidente, Louis Alliot, participou da manifestação, mas sua presidente, Marine Le Pen, não estava presente e considerou que o debate sobre o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo é uma "tentativa de distrair" a classe política e fazer com que os verdadeiros problemas do país não sejam abordados.
A maioria dos franceses, 56%, é favorável ao casamento gay. O apoio dos franceses à liberação das adoções para os homossexuais é menor, 50%, segundo uma pesquisa recente.
* Informações da AFP. 13/01/2013 |
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