Mineirão:
A melhor média de público dos últimos dez
anos*
Há quem afirme que essa boa média de
presença do torcedor no estádio
esteja diretamente ligada à volta do
Mineirão após dois anos e meio fechado.
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Novo Mineirão caiu no gosto dos
torcedores.
Vez ou outra, nós ouvimos a justificativa de jornalistas e
torcedores de que a boa média de público no Mineirão se deve à novidade
do estádio. Que os antigos frequentadores não mais irão quando esse
encanto de casa nova passar. Que a curiosidade vai passar, contribuindo
para que o público não mais compareça aos jogos.
Em 2003, quando o Estatuto do Torcedor entrou em vigor, os
estudiosos dos bastidores e números do futebol conseguiram ter acesso
mais detalhado ao público que comparecia às partidas realizadas nos
estádios brasileiros. As entidades (entenda-se federações e
confederação) são obrigadas, há dez anos, a publicar borderôs das
partidas, o que torna esses dados bem mais acessíveis.
Tais números revelam um dado até certo ponto surpreendente.
Uma pesquisa feita pela Assessoria de Imprensa da Minas Arena mostra
que, de 2003 pra cá, o ano de maior média de público pagante no Mineirão
é justamente nesta temporada 2013, que marcou a volta do Gigante da
Pampulha como palco maior do futebol mineiro. Podem acreditar!
São números bem interessantes. De fevereiro até a última
partida no estádio (Cruzeiro 2 x 1 Flamengo, pelas oitavas-de-final da
Copa do Brasil), passaram pelas catracas do estádio 663.523 torcedores
em 22 jogos, o que garante uma média impressionante de 30.160 torcedores
por partida. Como comparativo, nos últimos dez anos, a temporada em que
a média de público alcançou maiores números no estádio foi em 2009,
quando 1.927.408 torcedores estiveram no Mineirão nas 72 partidas
disputadas, uma média de 26.769 torcedores.
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Com relação ao Cruzeiro, que manda todas as suas partidas
no Mineirão, o público total de torcedores pagantes em seus jogos neste
ano é de 375.650 torcedores, média de 23.478. Vale ressaltar que,
excetuando os clássicos regionais e a partida da última quarta-feira,
contra o Flamengo, e também o confronto contra o Santos, pelo
Brasileirão, todas as outras partidas do time celeste no Mineirão foram
contra adversários de menor relevância no cenário nacional. Como
comparação, em 2010, último ano de funcionamento do Mineirão antes da
reforma, o Cruzeiro disputou 19 partidas no estádio, sendo seis pela
Libertadores. O público total foi de 378.807 torcedores, com média de
19.937 por jogo. Grande diferença em relação a 2013.
Não podemos falar pelo clube, porém, o que verificamos é
que o Cruzeiro está conseguindo, com o seu projeto “Sócio do Futebol”,
fidelizar seu torcedor. A tendência, com a evolução do clube nas
competições, o time correspondendo em campo, muitas e boas contratações,
além da importância cada vez maior das partidas, é que o clube aumente,
ou na pior das hipóteses, mantenha essa média de comparecimento dos
torcedores.
Há quem afirme que essa boa média de presença do torcedor
no estádio esteja diretamente ligada à volta do Mineirão após dois anos
e meio fechado. Mas é preciso lembrar que o principal palco do futebol
em Minas Gerais já está funcionando há sete meses. O torcedor já provou
e comprovou a novidade. Já visitou o Museu do Futebol, a loja do clube,
compareceu a várias partidas, saboreou o famoso tropeiro e até mesmo fez
visita às dependências do Gigante, diga-se: gramado, vestiários, salas
de coletivas, zona mista, etc. Ou seja, já se acostumou ao Mineirão novo
para que isso seja a tese para justificar os números.
Ele sabe em qual portão entrar, qual o seu bar preferido. A
expressiva presença do público é a volta do velho dono, o torcedor, à
sua eterna casa, o Gigante da Pampulha. Não estou afirmando que ainda
não existam torcedores que não conheçam o Mineirão, mas confirmo que os
que já provaram a novidade continuam comparecendo. Isso é fato.
*
Informações de Ursula Nogueira/Rádio Itatiaia (BH).
30/08/2013
-
Foto: Divulgação.
* * *
Belo Horizonte:
MG terá Centro de Formação,
Pesquisa e Desenvolvimento*
Instituto de Soldagem e Qualidade de
Portugal, reconhecida mundialmente
pela formação e validação de produtos,
vai implantar centro no Estado.
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Ao final da visita às instalações, foi
assinado um
Acordo de Cooperação entre ISQ, SECTES e
CETEC.
O Instituto de Soldagem e Qualidade (ISQ) de Portugal, uma
das instituições mais reconhecidas do mundo na formação, validação e
certificação de produtos e tecnologias, vai implantar um Centro de
Formação, de Pesquisa e Desenvolvimento em Minas Gerais. A decisão foi
comunicada ao secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior de Minas Gerais, Narcio Rodrigues, durante encontro nas
instalações da ISQ, em Oieiras, a 18 km de Lisboa, em Portugal.
A ISQ já mantém escritório em Minas Gerais, mas quer
expandir seus negócios no Brasil e na América Latina. "O convite do
Governo de Minas para criarmos um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento
no Estado nos permite realizar um sonho antigo", afirma o diretor da ISQ,
José Oliveira Santos, que recebeu a comitiva de Minas na companhia do
Presidente Honorário do Instituto, Dias Miranda. O secretário Narcio
estava acompanhado do vice-presidente do CETEC, Eduardo Bernis.
Ao final da visita às instalações, foi assinado um Acordo
de Cooperação entre ISQ, SECTES e CETEC. Pelo entendimento, o Instituto
vai ajudar a reestruturar o CETEC, no momento em que ele se prepara para
se transformar em uma agência de atração de novas tecnologias para a
indústria e a economia mineira, associando-se ao INDI na consolidação de
novos investimentos para o Estado.
*
Informações e imagem da Agência Minas.
12/07/2013
* * *
Montes Claros:
Especialistas do
Japão orientam sobre tremores
Montes Claros
recebe especialistas japoneses que vão orientar sobre como agir durante
tremores.*
Há três anos vêm sendo registrados sucessivos tremores de
terra da cidade. O mais forte deles, de 4.2 graus na escala Richter,
ocorrido em 19 de maio de 2012, atingiu cerca de 60 casas
Uma equipe de especialistas do Japão visitará Montes
Claros, no Norte de Minas, nesta segunda-feira, para avaliar os tremores
de terra ocorridos na cidade e também para orientar os moradores sobre
as medidas que devem ser adotadas para prevenir danos quando ocorrem
novos abalos. Será realizado na cidade o Seminário Internacional
Brasil/Japão para a gestão do risco de desastres – tremores de terra,
iniciativa da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), que
manteve contato com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA)
e com a Universidade de Nagoia (Japão).
O encontro será iniciado às 14h, no auditório da 11ª Rede
Integrada de Segurança Pública (RISP), no bairro Ibituruna. A iniciativa
conta com o apoio da prefeitura e da Universidade Estadual de Montes
Claros (Unimontes, que, na semana passada, anunciou a criação do Núcleo
de Sismologia na cidade para monitorar e aprofundar os estudos sobre os
abalos na região. O núcleo será montado em parceria com o Observatório
Sismológico da Universidade de Brasília (UnB).
Há três anos sucessivos tremores de terra de Montes Claros
vêm sendo registrados. O mais forte deles, de 4.2 graus na escala
Richter, ocorrido em 19 de maio de 2012, atingiu cerca de 60 casas na
região da Vila Atlântica (perto do epicentro dos abalos) e oito delas
foram interditadas. Na madrugada de 19 de dezembro passado outros dois
sismos (um de 3.5 e outro de 3.6 graus) chegaram a causar pânico entre
os moradores. Estudos realizados pelo Observatório da UnB e pelo Centro
de Sismologia da USP concluíram que a causa dos tremores é uma falha
geológica de dois quilômetros de extensão e situada a uma profundidade
de um a dois quilômetros, perto da área urbana, entre a Vila Atlântica e
o Parque Estadual da Lapa Grande.
De acordo com o Governo do Estado, o objetivo do seminário
internacional a ser realizado nesta segunda-feira é “estreitar a relação
entre o Estado de Minas Gerais (Brasil) e a Província de Aichi (Japão)
para o fomento da gestão do risco de desastres, além de capacitar os
integrantes do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec) e a
sociedade civil, principalmente para a prevenção, mitigação e preparação
para desastres”.
Durante o evento será discutido o tema “Japão, o sistema de
prevenção de terremoto da Província de Aichi; ações de redução de risco
de terremotos, uma abordagem técnica e operacional sobre ações
preventivas, mapeamento de áreas de risco, sistema de alerta e
evacuação”. O assunto será abordado pelo professor Fukunaga Edite, chefe
do escritório de atendimento emergencial e defesa civil do Governo da
Província de Aichi. Os participantes terão oportunidade de esclarecer
dúvidas com os especialistas.
A professora Hiroko Kondo, também da Universidade de
Nagoya, vai orientar sobre “como realizar uma educação de prevenção de
riscos contra terremotos, apresentação do método de ensino para fomentar
uma cultura de prevenção”. Também está prevista a participação de
representantes da entidade japonesa Higashura Bosai Net que atuam como
voluntários nas medidas de prevenção de terremotos na Província de Aichi.
Eles vão falar sobre a importância da mobilização social para diminuição
dos impactos dos tremores.
*
Informações de Luiz Ribeiro/Uai-EM (BH).
18/03/2013
* * *
Belo Horizonte:
Agressores de mulheres utilizarão
tornozeleira eletrônica em MG*
Em casos de violência doméstica, é comum a Justiça
determinar uma distância
mínima em metros que deve ser mantida entre agressor e
vítima.
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Aparelho afixado no
detento.
A Justiça de Minas Gerais vai acompanhar de
perto os agressores enquadrados na Lei Maria da Penha, que combate a
violência doméstica. Assinado na quinta-feira, 07/03, em Belo Horizonte,
um acordo entre diversos órgãos públicos prevê a implantação do Programa
de Monitoração Eletrônica a Agressores, que permitirá à Justiça
acompanhar o cumprimento das decisões das varas de família por meio da
utilização de tornozeleiras eletrônicas 24 horas por dia, o que faz do
estado o primeiro a adotar a medida.
Em casos de violência doméstica, é comum a
Justiça determinar uma distância mínima em metros que deve ser mantida
entre agressor e vítima. Com o acessório, será possível verificar a
obediência à decisão. Em casos mais graves, desde que concorde, a mulher
poderá receber também um pequeno dispositivo avulso de monitoração
eletrônica, que a avisará caso esteja fora de seu perímetro de proteção
e detectará uma eventual aproximação do agressor. Neste caso, o
equipamento emitirá sons de alerta para as duas partes e vibrará. Além
disso, a central de monitoração entrará em contato com os envolvidos,
para tentar inviabilizar qualquer tentativa de agressão.
Num primeiro momento, a Secretaria Estadual de
Segurança vai substituir a prisão preventiva dos agressores pelo uso da
tornozeleira e deixará a prisão reservada para desobediência e casos de
condenação. A medida tem aplicação imediata e começa a valer
inicialmente em Belo Horizonte. Aos poucos, o governo do estado pretende
expandi-la a todos os municípios, o que está previsto para o início de
2014.
De acordo com o secretário de segurança,
Ricardo Ferraz, a iniciativa é parte de um conjunto de estratégias que o
estado tem adotado para proteger a mulher da violência doméstica.
- O uso dessa tecnologia, associado ao
provimento de novas delegadas para atendimento à mulher em todas as 54
delegacias regionais de Minas, é um passo importante no enfrentamento à
violência contra a mulher. O governo de Minas está empenhado em um
grande esforço para esse enfrentamento, realizando medidas de repressão
e também de prevenção - afirma.
Além de aferir a distância entre vítima e
agressor na rua, o monitoramento vai permitir a verificação do
comportamento das partes com relação à pertubação do sossego por meio do
acompanhamento da distância entre elas e pontos-chave, como os locais de
residência e trabalho. Os juízes receberão relatórios mensais para
análise do comportamento de vítima e agressor e poderão utilizá-los para
reavaliar as decisões.
A tornozeleira eletrônica é semelhante a um
relógio de pulso e pesa aproximadamente 160 gramas. Em caso de
rompimento ou dano, a informação será automaticamente registrada pela
central de monitoração, que informará às polícias civil e militar, além
do juiz da causa. O instrumento já é utilizado para monitorar 69 presos
em regimes semiaberto e domiciliar no estado.
* Informações de O Globo | Agência O Globo.
08/03/2013
- Foto: Divulgação.
* * *
Trabalho escravo:
Caixa suspende financiamentos à MRV*
A construtora é reincidente, mas afirma
que está tomando
as medidas necessárias para prestar
esclarecimentos.
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A Caixa Econômica Federal suspendeu a concessão de novos
financiamentos à MRV Engenharia, uma das principais parceiras da Caixa
no Programa Minha Casa, Minha Vida. A decisão foi tomada depois que o
Ministério do Trabalho e Emprego incluiu a construtora na lista de
empregadores que mantêm relação trabalhista em condições de escravidão.
A Caixa informou que os contratos já firmados serão
mantidos. “Os empreendimentos já contratados terão seu curso normal,
tanto no que diz respeito à liberação das parcelas, quanto ao
financiamento para os adquirentes das unidades habitacionais”, diz nota
da instituição.
O Banco do Brasil (BB) também se pronunciou hoje (2), em
nota, sobre o assunto, mas não confirmou oficialmente se suspendeu novos
contratos de financiamento com a construtora. O banco informou que
cumpre rigorosamente o estabelecido na Portaria Interministerial que
trata da inclusão de empresas infratoras no cadastro.
Em comunicado, a MRV disse que a inclusão no cadastro do
ministério decorre de fiscalização feita em 2011, em que foram
identificadas supostas irregularidades promovidas por uma empresa
terceirizada. De acordo com a construtora, a empresa terceirizada não
trabalha mais para a companhia desde 2011.
A MRV acrescentou que está tomando todas as medidas e ações
para retirar o nome do cadastro e prestar os esclarecimentos necessários
aos órgãos competentes e ao mercado.
A inclusão no cadastro do ministério é resultado de
operação de fiscalização em obra do Edifício Cosmopolitan, em Curitiba,
em 2011. Não foi a primeira vez que a construtora entra na lista. No ano
passado, também houve inclusão, mas uma liminar garantiu a retirada do
registro.
*
Informações de Matheus de Oliveira / Rádio Itatiaia, com Agência Brasil
02/01/2013
* * *
Fogo nas florestas:
Incêndios atingem o
pico em outubro
Atraso do início do
período chuvoso aumenta incêndios florestais em Minas.*
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Estratégias de
trabalho para combater os incêndios serão mudadas.
O atraso do início do período chuvoso 2012/2013, provocou
um pico de ocorrências de incêndios florestais em Minas no mês de
outubro. Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, foram 141 nos
últimos 31 dias. No mesmo período do ano passado, foram registradas 20
ocorrências.
A subsecretária de Controle e Fiscalização Ambiental da
Secretaria de Meio Ambiente, Marília Melo, destacou a preocupação com o
fato de estarmos no mês de novembro e o período de chuvas prolongadas
não ter começado.
"Apesar dessas pequenas pancadas de chuvas na região
Centro-sul, no Norte de Minas não cai água, inclusive algumas
prefeituras decretaram calamidade em função de falta de água para
abastecimento", disse.
Ela explicou quais mudanças acontecerão na estratégia de
trabalho tendo em vista este retardo do período chuvoso.
"Como a gente viu que as previsões de chuva são para a
segunda quinzena de novembro, nós fizemos um grande mutirão, as próprias
equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar deslocaram militares
de outras regiões para o Norte de Minas e nós estamos atentos",
comentou.
Marília Melo afirmou ainda que, houve realmente um aumento
das ocorrências, mas a boa notícia é a redução significativa da área
queimada que, no ano passado, de janeiro a outubro foi de 16.500
hectares e, em 2012, houve uma redução para 5.542 hectares.
"Nós estamos, através de um processo de combate rápido e no
início do incêndio, conseguindo trabalhar uma estatística muito melhor
em relação às áreas queimadas. Isso se dá com uma mudança cultural que
nós fizemos neste ano no sistema de combate, onde nós estamos usando
aeronaves no início dos incêndios e um grande apoio das instituições
envolvidas: Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Meio
Ambiente e Defesa Civil", ressaltou.
*
Informações de Ana Carolina Dias / Rádio Itatiaia (BH).
1º/11/2012
- Foto:
Rádio Itatiaia / reprodução |