Montevidéu:
Congresso uruguaio aprova legalização da
maconha*
A medida foi aprovada depois de um dia
inteiro de debates acalorados e meses de polêmica.

O Congresso uruguaio acabou de aprovar, por 50 votos a 46,
o projeto de lei que a casa recebeu da presidência ano passado propondo
a regulamentação da venda de maconha no país.
Agora, o projeto vai ao Senado, onde o governo tem ampla
maioria. Ou seja, a ideia provavelmente também vai ser aprovada lá. Aí
só vai faltar a sanção presidencial. Como foi o próprio presidente José
“Pepe” Mujica quem deu a ideia…
Esse dia vai entrar para a história das políticas de
drogas. O Uruguai deu hoje o maior e mais difícil passo para se tornar o
primeiro país do mundo a legalizar o comércio de maconha. Também seria o
primeiro país a regulamentar completamente toda a cadeia produtiva da
droga, do começo ao fim.
Na Holanda, existem os coffee shops, em que a venda ao
consumidor é organizada por decreto. Mas a produção e venda em atacado
são clandestinos. Colorado e Washington, nos Estados Unidos,
provavelmente vão colocar seu comércio de maconha para funcionar antes
do Uruguai, mas eles são apenas Estados.
A medida foi aprovada depois de um dia inteiro de debates
acalorados e meses de polêmica. A maioria da população uruguaia (63%)
ainda não concorda com a regulamentação da venda de maconha. E os
deputados da oposição agora querem criar uma consulta popular sobre o
projeto, tentando usar a opinião pública para impedir que ele entre em
vigor.
Nos próximos anos, o mundo inteiro vai ficar de olho na
experiência uruguaia. Se ela der certo, ou se pelo menos não trouxer
nenhum grande prejuízo para a saúde pública, ela certamente será
copiada. O 31 de agosto pode se tornar o primeiro dia do fim da
proibição da maconha no mundo.
E se der errado? Bem, como o governo mesmo já explicou: se
der errado eles ajustam as regras ou voltam atrás. Pelo menos eles
poderão dizer que tentaram. Mas, pior do que está, é difícil que fique.
*
Informações e imagem de Almanaque das Drogas.
31/07/2013
* * *
Caracas:
Venezuela diz que concederá asilo a Edward
Snowden*
A Venezuela, que
não possui boas relações com os Estados Unidos,
desde a ascensão do
bolivarianismo no país declarou que aceitará asilar Snowden.

Nicolás Maduro
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presidencial de Morales
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Monde
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta
sexta-feira que decidiu conceder "asilo humanitário" ao ex-técnico da
CIA Edward Snowden para "protegê-lo da perseguição" promovida contra ele
por parte dos Estados Unidos.
"Decidi oferecer asilo humanitário ao jovem americano
Edward Snowden para que na pátria de (Simón) Bolívar e de (Hugo) Chávez
possa vir a viver", disse Maduro em discurso no dia em que é lembrado o
202º aniversário da independência da Venezuela.
Snowden vinha encontrando grandes dificuldades para obter
asilo fora dos Estados Unidos. O ex-funcionário da CIA, acusado de vazar
segredos do governo americano e revelar ao mundo a existência de uma
agência de espionagem dentro dos Estados Unidos, chegou a solicitar
asilo a mais de dez países, inclusive ao Brasil, obtendo várias
respostas negativas.
Agora, a Venezuela, que não possui boas relações com os
Estados Unidos, desde a ascensão do bolivarianismo no país declarou que
aceitará asilar Snowden.
*
Informações e imagem da Agência EFE.
05/07/2013
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Monde
* * *
Uruguai:
Governo quer vender maconha nas farmácias*
Ano passado governo Mujica anunciou que
enviaria um projeto para descriminalizar a produção e consumo.
O bloco parlamentar da Frente Ampla, a coalizão do governo
do presidente José Mujica do Uruguai, chegou a um consenso sobre o
projeto para a legalização da produção e comercialização da maconha no
país. O acordo entre os parlamentares dessa coalizão, que integra
democratas-cristãos e ex-guerrilheiros tupamaros, além de comunistas e
socialistas light, implica na venda de maconha nas farmácias.
Segundo o deputado socialista Julio Bango, o Centro de
Farmácias (associação do setor no Uruguai), solicitou estar a cargo da
comercialização da droga.
No ano passado o governo Mujica anunciou que enviaria um
projeto de lei para descriminalizar a produção e consumo da maconha. A
ideia era de tornar o Estado na entidade encarregada do "controle,
regulação das atividades de importação, exportação, plantio, cultivo,
colheita, produção, aquisição, armazenamento, comercialização e
distribuição da cannabis e seus derivados".
O plano original previa uma produção em fazendas estatais e
a distribuição em quiosques controlados pelo Estado uruguaio. Mas o
governo passou longos meses até elaborar um projeto de consenso dentro
da coalizão Frente Ampla. As farmácias estão pressionando os
parlamentares para ficar com a distribuição, alegando que constituem os
profissionais mais idôneos para realizar a tarefa. O setor também admite
que a comercialização da droga poderá salvar as farmácias uruguaias da
crise econômica que padecem.
Segundo um dos diretores da associação que reúne as
farmácias, Fernando Cabrera, as farmácias estão habilitadas pelo
Ministério da Saúde para vender e assessorar sobre o consumo de drogas
legais. Além disso, afirma, elas possuem os "mecanismos de segurança e a
logística necessária". O governo, depois de um ano de delongas, agora
sustenta que quer aprovar o projeto de lei nos próximos seis meses.
*
Informações de Estadão Conteúdo.
06/06/2013
* * *
La Paz:
Presidente
boliviano diz que não
pode fazer nada por
corintianos
Evo Morales afirma
que não há como interferir por presos.
Os corintianos presos na Bolívia não contarão com a ajuda
do presidente do país. Em entrevista à Folha de São Paulo, Evo Morales
afirmou, neste sábado, que não pode interferir no caso.
"Lamento muito o que aconteceu em Oruro. Mas vocês têm que
entender que há poderes independentes. O caso está no poder judiciário,
e o executivo não tem certas atribuições", disse Evo.
Evo ainda garantiu que não confirmou com a presidente Dilma
Roussef sobre a situação dos brasileiros presos.
"É difícil de nos comunicarmos. A companheira Dilma é muito
respeitosa pela independência dos nossos poderes.", disse.
Os 12 corintianos foram presos na partida entre San José e
Corinthians, no dia 20 de fevereiro, acusados de serem responsáveis pela
morte do jovem Kevin Espada, de 14 anos, atingido por um morteiro vindo
da torcida brasileira.
*
Informações de Lance!Press.
07/04/2013
* * *
Caracas:
Morre o presidente
Hugo Chaves
Sua ideologia
esquerdista e a identificação com Simón Bolívar, um dos heróis da
independência
da Venezuela, o
levaram a fundar o Movimento Bolivariano Revolucionário 200 (MBR200).

Hugo
Chávez: o fim de uma era na Venezuela.
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Ferrenho crítico do neoliberalismo e do governo dos Estados
Unidos, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, morreu aos 58 anos nesta
terça-feira (5), vítima de um câncer na região pélvica, com o qual
convivia há um ano e meio. Desde que sua enfermidade foi diagnosticada,
em junho de 2011, Chávez passava longos períodos em Cuba, onde tratava a
doença. Antes de viajar à ilha pela última vez, em dezembro de 2012,
Chávez fez um pronunciamento na televisão venezuelana, no qual aludiu ao
risco de morte ou de complicações maiores.
Na ocasião, ele também indicou o seu sucessor, o
vice-presidente e chanceler Nicolás Maduro. No dia 18 de fevereiro,
Chávez voltou à Venezuela de forma de surpreendente após dois meses em
Cuba. "Chegamos de novo à Pátria venezuelana. Obrigado Deus meu!!
Obrigado povo amado!! Aqui continuaremos o tratamento", escreveu na
ocasião em seu perfil no Twitter. Desde então, a oposição vinha cobrando
mais clareza por parte do governo sobre o estado de saúde o mandatário.
Em outubro de 2012, Chávez havia sido reeleito presidente
da Venezuela, com 54% dos votos. Como faleceu antes de assumir o
governo, o país deverá passar por novas eleições. O ex-governante já
deixou o seu recado sobre o futuro do país. "Vocês todos têm de eleger
Nicolás Maduro como presidente. Peço isso de coração", afirmou, durante
seu pronunciamento na TV. Foram mais de três décadas de vida política na
Venezuela, que começou quando ele se formou em ciências e artes
militares na Academia Militar da Venezuela, aos 21 anos.
Natural de Sabaneta, oeste da Venezuela, Chávez nasceu a 28
de julho de 1954. Ele era o segundo de seis filhos dos professores Hugo
de los Reyes Chávez e Elena Frías de Chávez. Sua infância e
adolescência, vividas em Sabaneta e Barinas, também no oeste do país,
foram marcadas pelo gosto por esportes e artes – o presidente chegou a
escrever alguns contos e obras de teatro. Em 1975, ingressou na Academia
Militar da Venezuela, e não demorou muito para que se tornasse
tenente-coronel, em 1990.
Sua ideologia esquerdista e a identificação com Simón
Bolívar, um dos heróis da independência da Venezuela, o levaram a fundar
o Movimento Bolivariano Revolucionário 200 (MBR200), que pregava a
reforma do Exército e a mudança da ordem constitucional vigente. Em
fevereiro de 1992, orquestrou um golpe de Estado contra o então
presidente Carlos Andrés Pérez, que estava envolvido em denúncias de
corrupção.
A tentativa fracassou e Chávez foi levado à prisão, onde
permaneceu por dois anos. Já em 1997, ele fundou o Movimento Quinta
República (MVR), agremiação pela qual venceu as eleições presidenciais
do ano seguinte, com 56,5% dos votos. Assim que tomou posse, em 1999,
Chávez dissolveu o Congresso e convocou um referendo para a instauração
de uma Assembleia Nacional Constituinte. Das 131 cadeiras, 120
pertenciam a aliados do então presidente. A nova Carta, aprovada por
71,21% dos eleitores, mudou o nome do país para República Bolivariana da
Venezuela, outorgou maiores poderes ao Executivo, extinguiu o Senado – o
Parlamento virou unicameral – e aumentou os direitos culturais e
linguísticos dos povos indígenas. Novas eleições presidenciais foram
realizadas em 2000, e Chávez foi reeleito com 59,7% dos votos.
Em 2002, o país passou por uma grave crise política depois
que Chávez demitiu gestores da PDVSA – a petrolífera estatal
venezuelana, que controla 95% da produção nacional – e substitui-los por
gente de sua confiança. Opositores organizaram um golpe de Estado em
abril do mesmo ano, que foi seguido de um contragolpe dois dias depois,
já que forças leais a Chávez perceberam o clamor popular do líder. Com
duração de 47 horas, este foi o golpe de Estado mais rápido da história.
Um referendo sobre a permanência de Chávez no poder foi realizado em
agosto de 2004, e 58,25% dos votantes se mostraram favoráveis ao
presidente.
Em 2006, ele foi reeleito para um segundo mandato de seis
anos. Mais uma vez, ele governou com grande apoio no Congresso, já que a
oposição havia boicotado as eleições legislativas de 2005. O primeiro
revés veio no final de 2007, quando a população, após um plebiscito,
negou uma reforma à Constituição. Em 2008, a oposição ganhou a
prefeitura das duas maiores cidades do país, Caracas e Maracaibo, além
de cinco Estados economicamente importantes (Zulia, Carabobo, Miranda,
Táchira e Nueva Esparta). Os revezes seriam em parte compensados em
2009, quando Chávez conseguiu a aprovação da reeleição ilimitada em um
referendo no qual 54% dos votos foram favoráveis à proposta.
Em 2012, ele disputou o pleito presidencial pela quarta
vez e foi reeleito, mas não chegou a assumir o governo. Aliados e
inimigos No campo da política externa, Chávez não escondia seu apreço
por governantes como o boliviano Evo Morales, o equatoriano Rafael
Correa e os cubanos Raúl e Fidel Castro, todos combatentes da diplomacia
dos EUA.
Por outro lado, era feroz crítico do governo da vizinha
Colômbia, aliada dos EUA na América do Sul, e se desentendeu várias
vezes com o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe (2002-2010). Ainda no
âmbito regional, Chávez era o principal defensor da Alba (Aliança
Bolivariana para as Américas), bloco de cooperação regional fundado em
2004 em oposição à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), proposta
impulsionada pelos EUA desde a década de 90, mas que nunca foi criada.
Em 2009, o presidente expulsou do país o embaixador de
Israel, em represália à intervenção militar israelense na faixa de Gaza,
em janeiro do mesmo ano. Por outro lado, era próximo do iraniano Mahmoud
Ahmadinejad e dos ex-ditadores iraquiano Saddam Hussein (1937-2006) e
Muammar Gaddafi (1942-2011). Também defendia o ditador sírio, Bashar al
Assad, o que causava controvérsias, já que o regime árabe é acusado de
promover uma violenta repressão à revolta popular que atinge o país.
Política interna Enquanto presidente, Chávez trabalhou para diminuição
da pobreza em seu país. Em 2003, ele implementou as “Misiones
Bolivarianas”, programas sociais voltados à população carente.
Existem 26 missões – as mais conhecidas são a “Misión
Robinson”, que promove a alfabetização em regiões pobres, e a “Misión
Barrio Adentro”, que leva assistência médica a estas zonas. Tais
políticas contribuíram para a melhora na condição de vida dos
venezuelanos. Segundo pesquisa do Instituto Datos, a renda da classe
“E”, a mais pobre do país e que concentra 15,1 milhões de pessoas (58%
da população), aumentou 53% entre 2003 e 2004.
Antes, em 2001, ele havia baixado um decreto-lei conhecido
como Lei dos Hidrocarbonetos, que fixou em 51% a participação do Estado
no setor petrolífero – a Venezuela é o oitavo maior exportador mundial
de petróleo, que representa 80% das exportações do país -- aumentou o
preço dos royalties pagos por empresas estrangeiras pela exploração do
líquido. A Lei de Terras e Desenvolvimento Agrário, do mesmo ano,
estabeleceu a expropriação de terras improdutivas acima de 5.000
hectares.
Em 2007, em mais um gesto contra os opositores ao seu
governo, o presidente decidiu não renovar a licença do canal de
televisão aberta Radio Caracas Televisión (RCTV), que desde então é
obrigada a transmitir via cabo. Entre 2009 e 2010, o país sofreu uma
grave crise energética após uma seca provocada pelo fenômeno climático
El Niño. A oposição culpou o governo por não investir na área, e a
população foi obrigada a fazer racionamento.
O dilema energético venezuelano persiste, e se juntou ao
problema no sistema carcerário, explicitado após uma rebelião de mais de
mil presos na cadeia de El Rodeo, a 40 km de Caracas, em junho de 2011,
que deixou dezenas de mortos. Herança familiar Chávez deixa três filhas
e um filho – três são fruto do casamento com Nancy Colmenares e uma
nasceu da união com a jornalista Marisabel Rodríguez, de quem havia se
separado em 2003.
O ex-presidente ainda manteve um caso amoroso de dez anos
com a historiadora Herma Marksman, enquanto estava com sua primeira
mulher.
*
Informações de UOL Notícias.
05/03/2013
- Foto: Divulgação.
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* * *
Colômbia:
Farc
e governo falarão sobre a paz
Presidente da Colômbia e Farc falarão
sobre processo de paz.*
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DE LONDRES
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ORIENTE MÉDIO
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GAZA
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O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e a guerrilha
Farc falarão separadamente nesta terça-feira para divulgar detalhes
sobre as negociações de paz que começarão nas próximas semanas com o
objetivo de encerrar o conflito de quase cinco décadas de duração.
Santos anunciou no Twitter que fará um pronunciamento por
rádio e TV às 14h30 (horário de Brasília), enquanto as Farc vão conceder
uma entrevista coletiva em Havana uma hora depois, de acordo com o
Ministério de Relações Exteriores cubano.
Esta é a primeira vez que representantes das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc), a guerrilha de esquerda mais antiga
da região, falarão diretamente com a imprensa e, apesar de Cuba não ter
dado detalhes, tudo indica que o grupo vai abordar as conversações
exploratórias para um acordo de paz.
"Informamos sobre a realização de uma coletiva de imprensa
das Farc-Colômbia", disse o Ministério das Relações Exteriores de Cuba
em um comunicado sucinto marcado como "urgente" e divulgado para a
imprensa na ilha.
Cuba, Chile, Noruega e Venezuela apoiarão novas rodadas de
negociações de paz, que aconteceriam em Havana, entre as Farc e o
governo de Bogotá, segundo fontes oficiais e da imprensa colombiana.
O presidente Santos confirmou na segunda-feira que o
processo começará nas próximas semanas, mas não deu detalhes sobre o
lugar, nem a data exata para o início das negociações.
O comandante máximo da guerrilha colombiana, Rodrigo
Londoño, conhecido como Timoleón Jiménez ou "Timochenko", disse em um
vídeo divulgado na segunda em um site da Internet que o grupo chega "à
mesa de diálogo sem rancor ou arrogância".
As negociações de paz anteriores entre o governo colombiano
e as Farc ocorreram durante a presidência do conservador Andrés Pastrana
e se estenderam entre 1999 e 2002, mas fracassaram devido à intensidade
da ofensiva militar e sequestros pelo grupo rebelde.
*
Informações de Nelson Acosta | Reuters.
04/09/2012
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* * *
Uruguai:
Legalização
da maconha deve ser votada até o fim do ano*
Governo apresentou texto ao legislativo
que cria monopólio estatal sobre produção e venda da cannabis.

Ongs comemoram, mas querem lei que também
permita cultivo doméstico.
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Senadores
do Chile apresentam projeto para legalizar maconha
O governo de Mujica e as organizações que apoiam a questão
acreditam que será possível combater o narcotráfico pela via econômica.
Com apenas um artigo, o projeto de lei que pretende
regulamentar a venda e o consumo de maconha no Uruguai deve ser votado
até o fim deste ano. O texto elaborado pelo governo do presidente José
Mujica foi encaminhado ontem (8) ao Legislativo.
Pela proposta, o Estado vai assumir o controle e a
regulamentação de todas as atividades relacionadas à importação,
produção, aquisição, armazenamento, comercialização e distribuição de
maconha no país. Em contrapartida, deve alertar a população sobre os
efeitos prejudiciais da substância à saúde.
O projeto foi bem recebido por movimentos sociais e
parlamentares que se dedicam à elaboração de uma nova política sobre
drogas no Uruguai. “O Estado finalmente está abrindo mão da estratégia
repressiva e propondo novas alternativas”, comemora Diego Pieri, membro
da organização não governamental uruguaia Prolegal-Proderechos, que luta
pela legalização da maconha no país. “Com a lei, será possível garantir
o direito de quem consome e combater o narcotráfico pela via econômica,
que é a mais eficiente.”
Anexa ao texto da lei, a extensa argumentação apresentada
pelo governo é rica em dados estatísticos e históricos e vai ao encontro
do discurso radiofônico proferido pelo presidente da República no último
19 de julho. Na ocasião, José Mujica admitiu que a polícia uruguaia tem
sido eficaz no combate às drogas, mas que cadeias cheias não têm se
traduzido em queda na venda ou no consumo de substâncias ilegais. O
presidente disse ainda que o Estado deve disputar o mercado com os
traficantes. “Enquanto houver gente que compre, haverá oferta”,
ressaltou.
Mercado
“A ideia é que o Estado compita em preço e qualidade”,
explica Diego Pieri. Além de secar a fonte do narcotráfico, o governo
quer evitar que os usuários tenham de se dirigir às bocas de fumo para
comprar maconha, pois ali se expõem à delinquência e a outras
substâncias ainda mais lesivas à saúde, como o crack e a cocaína. O
membro da Prolegal-Proderechos recorda que outro problema são as crises
de abastecimento que atingem o Uruguai com frequência, sobretudo durante
o verão. “Na falta da maconha, os traficantes oferecem outras drogas,
algumas pessoas aceitam e acabam se viciando”, diz. “A produção estatal
é uma garantia de que não faltará cannabis.”
Outra vantagem apontada por Pieri é que o comércio estatal
não visará ao lucro – ou seja, não será um negócio, como se dá com o
narcotráfico. “O lucro está no centro dos problemas ocasionados pelo
consumo excessivo de drogas, porque quanto mais se consome, mais ganhos
financeiros para quem vende”, explica. “O mercado ilegal coloca e retira
mercadoria de circulação para aumentar o preço ou vender as substâncias
que desejam vender em determinado momento. Isso não ocorrerá com a
comercialização estatal.”
Uma vez no parlamento, o projeto de lei do Executivo poderá
ser alvo de mudanças. A esperança das organizações da sociedade civil
uruguaia é que o texto a ser aprovado pelos deputados e senadores
permita também o cultivo doméstico da maconha. Pela proposta do governo,
apenas o Estado terá essa prerrogativa. Diego Pieri argumenta que a nova
legislação não será tão eficaz caso não admita o cultivo para consumo
próprio ou os chamados clubes de cultivo – que é quando um grupo de
pessoas se reúne para dividir terreno, trabalho e despesas do plantio da
maconha e depois compartilha a colheita. A venda, porém, deve permanecer
exclusivamente como uma atribuição do Estado.
Avanço
“Esperamos que todo o trâmite legislativo esteja concluído
até o final do ano”, prevê Sebastián Sabini, deputado nacional pela
Frente Ampla e presidente da Comissão Especial de Vícios e Drogas do
Parlamento uruguaio. Assim como ocorre no Brasil, após ser votado pela
Câmara o projeto seguirá para apreciação do Senado. No processo, Sabini
pretende mesclar ao texto elaborado pelo governo uma proposta que há
dois anos vem sendo discutida pelo legislativo – e que prevê o cultivo
doméstico da maconha, mas não só. “Também abordamos a questão das
sementes, a produção de medicamentos e o uso industrial da cannabis.”
O deputado explica que agora o legislativo dará início a um
amplo processo de discussão social dentro e fora do parlamento, algo que
já se vinha fazendo no âmbito da Comissão Especial de Vícios e Drogas.
“Desde 2010, quando o grupo parlamentar foi criado, recebemos mais de 40
organizações para tratar da legalização da maconha”, lembra Sabini, para
quem o Uruguai tem uma longa tradição em assumir a vanguarda
latino-americana no que diz respeito à ampliação de direitos sociais.
“Foi assim com o divórcio, com a jornada de trabalho de
oito horas e com a legalização da prostituição”, lembra Sabini. “Temos
condições sociais e culturais para, agora, regulamentar a maconha. O
consumo aqui no país é bastante difundido e aceito por boa parte da
população. Isso nos obriga a modificar uma legislação que já está
ultrapassada. É importante buscar novos caminhos.”
*
Informações de Tadeu Breda, Rede Brasil Atual
09/08/2012
-
Foto: Iván Franco/EFE.
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do Chile apresentam projeto para legalizar maconha
* * *
Transição presidencial em Assunção:
Novo presidente presta primeira coletiva
Ameaçado de isolamento na América Latina,
novo presidente do Paraguai faz discurso
conciliador.*

Federico Franco substitui Fernando Lugo.
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Após mortes em confronto, Lugo é deposto pelo
Senado
O novo presidente
do Paraguai, Federico Franco, disse ontem (22) à noite que se esforçará
para manter um bom relacionamento com os países vizinhos e atender às
expectativas dos paraguaios. Franco assume em meio a críticas dos
presidentes sul-americanos que desconfiam da rapidez do processo de
impeachment do ex-presidente Fernando Lugo por suspeitas de manobras
políticas
Foi a primeira
entrevista coletiva de Franco apenas duas horas depois de ser empossado.
Ele respondeu a sete perguntas, abordando temas internos e externos,
além de anunciar os nomes de três integrantes de sua equipe de governo.
Foram anunciados os nomes dos ministros do Interior, Carmello Caballero,
e das Relações Exteriores, José Félix Fernández, além do chefe da
Polícia Nacional, Aldo Pastore.
"Para os
presidentes do Mercosul, quero dizer que compreendam a situação. Vamos
fazer um esforço para normalizar", disse o novo presidente. “O
importante para nós é manter uma boa relação com os países vizinhos”,
acrescentou, deixando em aberto se pretende participar da reunião de
Cúpula do Mercosul, em Mendoza, na Argentina, na próxima semana.
Franco enfatizou,
pelo menos três vezes, que o governo segue e respeita a Constituição do
Paraguai. A afirmação é uma resposta à União de Nações Sul-Americanas (Unasul),
que levanta dúvidas sobre a legitimidade do processo de destituição de
Lugo, como foi conduzido e a rapidez da ação. Nas ruas de Assunção, a
capital paraguaia, os simpatizantes de Lugo também suspeitam do processo
que o retirou do poder.
Porém, em sua
entrevista, Franco optou por um tom mais conciliador e menos combativo.
"A coisa mais importante a fazer é ficar no país para organizar a casa”,
disse. Na tentativa de desfazer mal-entendidos, ele acrescentou que a
imprensa tem papel fundamental, inclusive o de tranquilizar as pessoas”.
No entanto, o novo
presidente foi categórico ao dizer que pretende combater de forma
instransigente o grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP),
pois o considera fora da lei. Segundo ele, da mesma forma agirá com
aqueles que transgridem a legislação. “A tolerância será zero com quem
está à margem da lei”, disse.
Franco mencionou o
tema mais delicado da política interna paraguaia, que acabou agravando a
manutenção de Lugo no poder - o apoio aos camponeses e à reforma
agrária. O novo presidente disse que o tema é prioridade para ele e que
associará reforma agrária à industrialização e à melhoria da qualidade
de vida no campo. “É preciso garantir escolas e saúde, além de condições
adequadas, para que as pessoas queiram ficar no campo”.
*
Informações de Renata Giraldi, Agência Brasil | Yahoo! Notícias.
23/06/2012
- Imagem: Andrés Cristaldo/Efe.
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