Brasil:
Produção de gás natural aumentou 7,7%*
A Petrobras respondeu por 92,7% da
produção de petróleo e gás natural.
A produção de petróleo no Brasil em março foi de 2,085
milhões de barris/dia (bbl/d), apresentando crescimento de 0,1% em
relação ao mesmo mês de 2011. Na comparação com o fevereiro a queda foi
de 5,4%. A produção de gás natural foi de aproximadamente 66 milhões de
metros cúbicos/dia. Houve aumento de 7,7% na comparação com o mesmo mês
do ano passado, e queda de 1,4% em relação ao mês anterior. A maior
redução foi verificada no campo de Frade, devido à interrupção de
produção da concessão.
A Petrobras respondeu por 92,7% da produção de petróleo e
gás natural. Os campos marítimos foram responsáveis por 91,4% da
produção de petróleo e 74,9% da produção de gás natural.
Dos 20 maiores campos produtores de petróleo e gás natural,
três são operados por empresas estrangeiras: Peregrino/Statoil (11º),
Ostra/Shell (15º) e Frade/Chevron (17º). Dois campos terrestres também
integram a lista: Carmópolis (18º) e Canto do Santo Amaro (20º), com
vazão média de 22,4 mil barris/dia (24 Mbbl/d) e 19,3 mil barris dia
(19,3 Mbbl/d).
O grau API médio do petróleo produzido março foi de 23,7º.
Deste total, 8% da produção é considerada óleo leve (superior ou igual a
31ºAPI), 55% de óleo médio (entre 22º e 31º API) e 37% de óleo pesado
(inferior a 22º API).
Queima de Gás
A queima de gás natural foi de aproximadamente 3,7 milhões
de metros cúbicos/dia. Houve redução de 0,1% em relação ao mesmo mês em
2011 e aumento de 11,3% na comparação com fevereiro. O principal aumento
foi registrado no campo de Lula, devido ao início de um novo teste no
poço 4BRSA711RJS com a plataforma FPSO Cidade de São Vicente.
Pré-sal
A produção do Pré-sal teve crescimento de 12% em relação ao
mês passado, chegando a 158,5 mil barris dia de óleo equivalente (158,5
Mboe/d), sendo 130,7 Mbbl/d de petróleo e 4,4 MMm³. A produção foi
oriunda de oito poços nas bacias de Jubarte (1), Lula (5), Caratinga e
Barracuda (1) e Marlim Leste (1).
Bacias Maduras
A produção oriunda das Bacias maduras terrestres (campos/TLDsdas
Bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) foi de
175,4 mil barris de óleo equivalente/dia (175,4 Mboe/d), sendo 145,1 mil
mil barris de petróleo/d (145,1 bbl/d) de petróleo e 4,8 milhões de
metros cúbicos de (4,8 MMm³/d) de gás natural.
*
Informações da Assessoria de Imprensa da ANP.
08/05/2012
* * *
América:
Drogas na Cúpula Panamericana
A repressão na Colômbia aumentou a do
Peru e da América Central
- somente no México, 47 mil pessoas
morreram na guerra das drogas.
Por Isaac Bigio*
De Londres
Para Via
Fanzine
Tradução: Pepe
Chaves
13/04/2012
Otto
Perez Molina mudou o seu discurso sobre as drogas.
Uma das questões a serem abordadas pela próxima Cúpula
Panamericana é a questão do tráfico de drogas. Foi isso que publicou o
influente jornal britânico Observer no último domingo, no qual assinei
um editorial e parte de sua cobertura sobre este tópico, além de uma
página dedicada ao presidente guatemalteco Otto Perez Molina, algo
incomum na imprensa britânica, devido ao pouco interesse manifestado
pela América Latina.
O general Otto Perez, que chegou ao poder com o slogan 'mão
dura’, parece ter mudado para ‘mão mole’, após propor a legalização das
drogas.
Ele diz que o maior revendedor de drogas no mundo (el
"Chapo") foi preso em seu país, mas após permanecer por oito anos numa
prisão mexicana, escapou e se tornou um dos magnatas mais ricos e
influentes do mundo, segundo a Forbes.
Molina afirma que o seu país já prendeu outros 10 bandidos
importantes, contudo, embora nas últimas décadas detivesse muitos
traficantes e apreendesse muitas toneladas de drogas, o consumo mundial
está crescendo e tornando-se impossível de ser erradicado.
Sua solução seria permitir “a produção, tráfico e uso de
drogas, mas sujeitos à regulamentação global”.
O editorial do Observer, intitulado "É hora de Obama se
juntar ao debate sobre a fracassada guerra contra as drogas", afirma
que, quando em 1971, Nixon lançou a guerra contra as drogas, apenas 0,2%
dos americanos estavam na prisão, enquanto agora esse número
quadruplicou. Além de 2,25 milhões de encarcerados há mais cinco milhões
sob supervisão correcional. Esse número totaliza sete milhões de
pessoas, quantidade superior às populações da maioria dos 35 estados
americanos. Além disso, a porcentagem de americanos viciados em drogas
subiu em quatro anos de 8% para 8,9%.
Quando a produção de droga é eliminada numa área ou numa
nação, esta se passa para outra região. A repressão na Colômbia aumentou
a violência no Peru e na América Central - somente no México, 47 mil
pessoas morreram na guerra das drogas. Agora, até mesmo a África
Ocidental já enfrenta problemas.
Enquanto a antiguerra às drogas provoca milhares de mortes,
nos países produtores e nos países consumidores isso não acontece e a
demanda aumenta.
Naquele domingo, ao citar os presidentes dos Estados Unidos
e da Colômbia afirmando sobre a necessidade de se repensar as velhas
maneiras, ao mesmo tempo, contribui para o desenvolvimento do Brasil,
México e Colômbia, para que se tornem nações mais confiantes e
independentes dos EUA e adotem as suas próprias posições.
O Observer defende que as mesmas regras devem ser aplicadas
à produção e venda de armas, tabaco, álcool e drogas legais. Isto
criaria um mercado regular, enfraquecendo a atuação de máfias e
facilitando a introdução de programas de saúde, tais como aqueles que
agora se voltam aos fumantes ou alcoólicos.
* Isaac Bigio é professor e analista
internacional em Londres.
- Visite sua página: www.viafanzine.jor.br/bigio.htm.
- Foto: AP.
- Leia também nos Arquivos VF:
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Malvinas
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Combustível
da Petrobras e geradores feitos pela Vale
Estação
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Grupo
que estava na Antártida retorna ao Brasil
Ministro
da Defesa confirma morte de dois militares
Dilma
lamenta acidente e diz que vai reconstruir estação
Entrevista
com o meteorologista Rubens Junqueira Villela
Lago
Vostok pode guardar pistas de vida ET
China:
Xuelong, a caminho da Antártida
Antártida:
O mundo em branco e preto
Segredos
nazistas sob o gelo da Antártida?
* * *
Santiago:
Tremor de 7.2 graus sacode a costa chilena
Até o momento não há informações sobre
danos físicos e vítimas.
Governo chileno
ordena evacuação, após o mar recuar de 30 a 40 metros.
Da Redação*
Via Fanzine
BH 25/03/2012
Um tremor classificado com “muito forte” sacudiu a região
de Maule, no Chile, na noite desse domingo, 25/03.
De acordo com informações da Rede Sismográfica Global (Iris-GSN),
o abalo de 7.2 graus na escala Richter ocorreu a uma profundidade de 34
km. O epicentro está localizado a 24 quilômetros a nordeste da
Constituição.
O tremor foi registrado na costa chilena às 22:37 GMT
(19h37 pelo horário de Brasília).
Até o momento não há informações sobre danos físicos e
vítimas.
O governo chileno mudou de idéia e começaram a evacuar a
zona costeira: o mar recuou 30 a 40 metros
Evacuação
De acordo com informação do La Tercera, um diagnostico
apresentado oito minutos após o terremoto afirmava que não havia risco
de ocorrer um tsunami. Contudo, governo chileno resolveu promover a
evacuação por precaução da zona costeira da Região do Maule. Isto depois
de confirmar o recuo do mar por cerca de 30 a 40 metros.
De acordo com o serviço sismológico do Universidade do
Chile teve a magnitude de foi de 6,8 na escala Richter, enquanto a
agência dos EUA registrou o fenômeno com um 7.1 graus.
* Com
informações da Rede Sismográfica Global (Iris-GSN) e La Tercera.
* * *
La Paz:
Evo protesta contra
EUA por conta de Cuba
Evo Morales acusa EUA de antidemocrático
e racista por não aceitar Cuba.*
O presidente da Bolívia, Evo Morales, acusou neste sábado o
Governo dos Estados Unidos de discriminatório, antidemocrático e racista
por não aceitar a presença de Cuba na próxima Cúpula das Américas que
será realizada na Colômbia.
"É inadmissível que os Estados Unidos não aceitem a
presença de Cuba na Cúpula das Américas (...) Eles fizeram um ato de
caráter discriminatório e antidemocrático", afirmou Morales em
entrevista coletiva realizada no povoado de Coroico, a 96 quilômetros de
La Paz, onde se reuniu com seus ministros.
Morales acrescentou que o anticapitalismo e o
antineoliberalismo cresce no continente onde há presidentes que foram
dirigentes de movimentos sociais, antiimperialistas e inclusive
ex-guerrilheiros e "não reconhecer esse fato é só ser antidemocrático e
até racista de parte do Governo dos Estados Unidos".
"Não é possível que um só país se imponha a todos os países
da América para que Cuba não participar (da Cúpula)", disse Morales ao
expressar sua solidariedade com o Governo e com os povos cubanos.
O líder boliviano também disse que o bloco da Aliança
Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), formada por oito
países, vai continuar debatendo com outros Governos sobre se vão
participar ou não da Cúpula de Cartagena de Índias em abril.
*
Informações da EFE.
11/03/2012
* * *
Caracas:
Presidente do Irã chega à Venezuela
O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad
faz um giro na América Latina e chegou ontem à Venezuela.
O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, chegou no domingo
à Venezuela, primeira escala de seu giro pela América Latina, que o
levará ainda a Nicarágua, Cuba e Equador, em um momento de tensão
crescente entre a república islâmica e os Estados Unidos, exibiu a TV
estatal.
Ahmadinejad, que se reunirá nesta segunda-feira com o
colega venezuelano, Hugo Chávez, foi recebido com honras militares no
aeroporto internacional de Caracas, pelo vice-presidente Elías Jaua e
por membros da comunidade iraniana na Venezuela.
O presidente do Irã é acompanhado por uma comitiva de cerca
de 100 pessoas, liderada pelos ministros Ali Akbar Salehi (Relações
Exteriores), Shamsedin Hoseini (Economia), Mehdi Ghazanfari (Indústria,
Comércio e Minas) e Majid Namju (Energia).
A viagem da comitiva terá prosseguimento terça-feira, na
Nicarágua, onde Ahmadinejad assistirá à posse de Daniel Ortega, reeleito
para a presidência daquele país. O líder iraniano também visitará Cuba
e, na quinta-feira, o Equador, onde irá se reunir com o presidente,
Rafael Correa.
O objetivo da viagem é fortalecer os laços com os países
latinos que mantêm um discurso hostil em relação aos Estados Unidos, no
momento em que o Ocidente aumenta a pressão sobre o Irã para que
abandone seu polêmico programa nuclear.
"Nestes quatro países, vamos discutir sobre questões
regionais e internacionais, além da vontade do regime de dominação de
intervir nos assuntos dos outros países e de sua presença militar em
todo o mundo", disse Ahmadinejad antes de decolar em Teerã, em uma
referência aos Estados Unidos.
Washington, que manifestou preocupação com as relações
destes quatro países latino-americanos com a República Islâmica, pediu
na sexta-feira que estes não aprofundem os laços com Ahmadinejad.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou no domingo
os Estados Unidos de "inventarem" que o Irã prepara, juntamente com
Venezuela, Cuba e Nicarágua, "ataques" contra aquele país, mas não
comentou a expulsão da consulesa venezuelana em Miami.
"Washington está inventando que o Irã, a partir de
Venezuela, Cuba ou Nicarágua, prepara ataques aos Estados Unidos (...)
Isso tem que ser visto com cuidado, é uma ameaça contra nós", disse
Chávez durante seu programa dominical, "Alô Presidente".
Chávez assinalou que Ahmadinejad seria recebido "com muita
honra".
Venezuela e Estados Unidos mantêm uma relação diplomática
tensa, e carecem de embaixadores desde o ano passado.
Os Estados Unidos ordenaram a expulsão da consulesa-geral
da Venezuela em Miami, Livia Acosta Noguera - envolvida, segundo um
documentário do canal Univisión, em um complô iraniano anos atrás.
Livia tem até terça-feira para deixar os Estados Unidos,
anunciou o porta-voz para a América Latina do Departamento de Estado,
William Ostik.
"Não podemos comentar os detalhes por trás da decisão de
declará-la persona non grata", disse.
O canal hispânico Univisión exibiu em 8 de dezembro uma
reportagem, que incluía gravações clandestinas, sobre um complexo complô
contra os Estados Unidos que, supostamente, teria envolvido as
embaixadas de Venezuela, Cuba e Irã no México entre 2006 e 2008.
*
Informações de Juan Barreto/AFP.
09/01/-2012
* * *
Colômbia:
Canhão para Cano e poder para Petro
Enquanto um
ex-guerrilheiro assume prefeitura,
o chefe das FARC é
morto por forças colombianas.
Por Isaac Bigio*
ESPECIAL, de Londres
Para
Via Fanzine
Tradução: Pepe Chaves
05/11/2011
Ex-guerrilheiro Petro assumiu
prefeitura e o guerrilheiro Cano,
das FARC, foi morto pelas forças do
governo.
Nesta semana, dois antigos guerrilheiros se destacaram nos
noticiários da Colômbia. No domingo passado, Gustavo Petro, um ex-combatente do Movimento Revolucionário M-19, assumiu a prefeitura de
Bogotá e na sexta-feira, 04/11, o presidente Santos anunciou a execução do chefe das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Alfonso
Cano, por forças de seu governo, afirmando ter sido esse o “golpe mais contundente” na história da
guerrilha.
A lição que o governo colombiano deseja passar aos seus
insurgentes é a seguinte: desmobilizem-se, se querem chegar ao poder ou
serão mortos a bala de canhão.
Cano dirigiu à insurgência mais antiga e forte do
hemisfério sul após a morte,
por causas naturais
de seu líder histórico Manuel Marulanda,
em março 2008. Nos últimos 44 meses o exército
colombiano matou a tiros vários comandantes centrais das FARC, como Raúl
Reis, Iván Rios, Gracioso Jojoy, Martín Villa, Felipe Rincão e Domingo
Biojó.
As FARC se constituem a
patriarca
das guerrilhas americanas. Suas raízes partem da violência
colombiana após o assassinato do liberal Gaitán, em 1948. Porém, esse
movimento guerrilheiro somente se estruturou no início da década de 1960,
seguindo uma ideologia guevarista. Contudo, ao contrário de dezenas de
outros focos armados da América Latina, as FARC não se originavam tanto
em intelectuais, mas em camponeses.
Durante meio século, esta organização chegou a ter mais de
10 mil membros e ainda hoje atua em todas as regiões da Colômbia.
Enquanto, agora, antigos guerrilheiros têm sido eleitos
constitucionalmente à presidência ou vice-presidência de países como El
Salvador, Nicarágua, Bolívia, Brasil ou Uruguai, as FARC e o ELN
(Exército Nacional de Libertação) têm persistido em manter os rifles em
punho.
A Colômbia conseguiu fazer com que movimentos guerrilheiros
menores (como o M-19) se reintegrassem ao sistema. As possibilidades de
que as FARC tivessem seguido esse mesmo destino foram abortadas quando
centenas de candidatos do que foi o seu braço eleitoral foram
assassinados.
O M-19, ao contrário das FARC e do ELN, não provinha do
marxismo, mas de um setor unido à deposta ditadura Vermelha de Pinilla.
Seus antigos militantes ao trocar as armas pelas urnas, também foram
deixando de lado o discurso tradicional de esquerda para se moverem ao centro.
O restante do M-19 contribuiu para a fundação do maior
partido legal de esquerda colombiano (o Pólo), o qual assumiu por duas
vezes consecutivas a prefeitura da capital, dentro da qual, forjou sua
ala direita. Esta ala tornou Petro o substituo de Garzón como candidato
do partido, fazendo com que, nas presidenciais, o Pólo caísse do segundo
lugar, com seus 22% obtidos em 2006, para o quarto, com apenas 9% em 2010.
Enquanto as FARC choram a morte de Cano (e também de Kadafi)
e o ETA anuncia se reintegrar ao sistema, assim como fez o também
revolucionário IRA irlandês, Petro vai mover a esquerda colombiana o máximo possível da própria
esquerda.
* Isaac Bigio é professor e analista
internacional em Londres.
- Leia outros artigos de Isaac Bigio em
português:
www.viafanzine.jor.br/bigio.htm.
- Imagens: Voto Jovem / Mídia Independente
(Colômbia).
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