Espanha:
TGV é mantido, mas sem data de conclusão*
O Governo espanhol vai manter o seu plano da rede de alta
velocidade até Badajoz, apesar da desistência de
Portugal.
Espanha vai manter o projeto do TGV até Badajoz, garantiu o Governo
liderado por Mariano Rajoy, depois do primeiro-ministro Pedro Passos
Coelho ter anunciado que Portugal desistia em definitivo da rede de alta
velocidade.
A ministra espanhola do Fomento, Ana Pastor, vai reunir-se nos próximos
dias com os seus homólogos português e francês para debater o assunto,
mas disse estar satisfeita por Portugal garantir a construção de uma
linha férrea para Espanha de bitola europeia, segundo o jornal "El
País".
De qualquer forma, o projeto vai avançar, mas sem um prazo definido,
refere o "El Pais" que cita fontes do ministério do Fomento espanhol.
Para trás, ficam as estimativas de uma ligação rápida entre os dois
países, tal como prometiam os então chefes de Estado dos dois países,
José Sócrates e José Luis Rodríguez Zapatero.
Com a desistência de Portugal, a rede de alta velocidade já não servirá
assim para ligar as capitais europeias, mas para unir Madrid com as
cidades espanholas de Cacéres e Badajoz.
O Executivo espanhol canalizou 4730 milhões de euros para o projeto, mas
até agora só desembolsou 419 milhões, o que leva vários peritos a
defender que a desistência de Portugal seria um bom momento para avaliar
os prós e contras e estudar alternativas mais modestas.
Bitola europeia
"A decisão que o ministro português Álvaro Santos Pereira me comunicou é
que vai optar pela bitola europeia, que é uma excelente notícia para
nós", disse a ministra Ana Pastor.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já tinha garantido na
quinta-feira que Portugal iria optar pela construção de uma linha férrea
para Espanha de bitola europeia.
"O projeto do TGV está definitivamente arrumado", disse Passos Coelho,
sublinhando que a Lisboa vai optar pela bitola europeia.
"A ligação às redes transeuropeias ferroviárias é para nós importante -
por essa razão temos vindo a conversar quer com o Governo espanhol, quer
muito proximamente o faremos também com o Governo francês e com a
Comissão Europeia - no sentido de aproveitar os fundos que estão
disponíveis para promover estas ligações que precisam, no entanto, de um
acordo quer da Comissão Europeia quer de Espanha, quer de França",
concluiu.
* Informações de Expresso-Aeiou
(Portugal).
27/03/2012
* * *
Literatura:
Livro conta
história da engenharia ferroviária
De autoria do
engenheiro Pedro Carlos da Silva Telles, obra será lançada em 20/07.
Falar sobre o desenvolvimento e a consolidação da
engenharia ferroviária no país – esse é o propósito do livro História da
Engenharia Ferroviária no Brasil, que será lançado dia 20/07, a partir
das 16hs, no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), na
Avenida Augusto Severo, 8 - 12º andar, Rio de Janeiro.
De autoria de Pedro Carlos da Silva Telles, engenheiro,
ex-professor da Escola Politécnica da UFRJ e do Instituto Militar de
Engenharia, e membro titular da Academia Nacional de Engenharia, o livro
fala da conjuntura histórico-econômica no desenvolvimento das estradas
de ferro do país. O livro foi organizado e editado pela jornalista
Regina Perez, da Editora Ferroviária.
Dividida em seis capítulos, a publicação retrata as
primeiras ferrovias que foram construídas no Brasil, bem como o
desenvolvimento das malhas ferroviárias nos séculos XIX, XX e XXI. Além
disso, traz uma relação de biografias de engenheiros que tiveram
participação significativa na história das ferrovias, como o Visconde de
Mauá.
Como retrata o jornalista Gerson Toller na apresentação do
livro, História da Engenharia Ferroviária no Brasil é “um passeio pela
mão de um engenheiro através das peripécias políticas e econômicas que
sempre acompanharam obras do porte das estradas de ferro”. O lançamento
do livro terá início às 16hs, com sessão de autógrafos às 18hs.
*
Informações da Revista Ferroviária.
-
Foto: divulgação.
-
Colaborou: César Mori (MG).
* * *
Dia do Ferroviário:
Homenagem ao Barão de Mauá*
A data de 30 de abril é uma homenagem a
todos os trabalhadores
das ferrovias brasileiras e foi
instituída em 1854.
No sábado, 30 de abril, é celebrado no Brasil o “Dia do
Ferroviário”. Nos dias 30, 05 e 08 de maio acontecerão palestras, em
Petrópolis (RJ), sobre o expresso imperial e sobre o Barão de Mauá,
pioneiro das ferrovias no Brasil. No último dia do evento será exibido o
filme “Mauá – O imperador e o rei”.
A data de 30 de abril é uma homenagem a todos os
trabalhadores das ferrovias brasileiras e foi instituída em 1854, após a
inauguração da Estrada de Ferro Petrópolis, mais conhecida como Estrada
de Ferro Mauá, construída com o apoio do Barão de Mauá.
Selos
comemorativos
Os Correios paulista lançarão, no dia do ferroviário, uma
emissão especial de selos comemorativos em homenagem as estações Luz e
Júlio Prestes. Além das construções históricas de São Paulo, a estação
carioca Central do Brasil também vai ganhar um selo especial. O tema das
estações ferroviárias centenárias foi escolhido pelo público por meio de
votação.
Programação das festividades
Dia 29 de abril - 6ª feira - 9h -
dependências da ALL
COMEMORAÇÃO DO DIA DO FERROVIÁRIO DA ALL
LOGÍSTICA
- Café da manhã com os Ferroviários
- Palestra "PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA
FERROVIÁRIA BRASILEIRA" por Geraldo Godoy (ABPF)
Dia 30 de abril - sábado - Estação
Ferroviária
9h - Café da manhã com os ferroviários
aposentados da Cia. Paulista e da E.F. Araraquara
Das 10h em diante:
Entrevistas com os ferroviários através de
link ao vivo da Rádio Uniara FM, diretamente da Estação
Exposição de peças do Museu Ferroviário de
Araraquara (ABPF)
Mostra de ferreomodelismo e
plastimodelismo
Exposição de carros antigos
Dia 1º de maio - Estação Ferroviária
das 9 às 17h
Show de MPB com o conjunto Chico's
Exposição de peças do Museu Ferroviário de
Araraquara (ABPF)
Mostra de ferreomodelismo e
plastimodelismo
* Informações e
imagem de César Mori/CFVV
- SUL DE MINAS
* * *
Rio de Janeiro:
Incêndio criminoso destroi locomotiva de
passageiros
O incêndio que arruinou a locomotiva
chocou a todos os amantes do trem no Brasil.
Estado em que ficou
a locomotiva após o incêndio.
Um incêndio criminoso
pôs fim numa das poucas linhas de trens de passageiros no interior do
Rio. Num ato de extrema selvageria, vândalos ainda não identificados,
incendiaram na última semana, a única locomotiva que cobria o trajeto de
10 quilômetros entre Miguel Pereira-Governador Portela, no interior
fluminense. O auto de linha pertence a Associação Fluminense de
Preservação Ferroviária (AFPF).
Esse curto trajeto foi
o que restou do traçado original de 167 quilômetros, que tinha início na
Estação Alfredo Maia e seguia até Paraíba do Sul. O trecho ainda em
atividade era mantido pelo preservacionista Luiz Octávio e seus
colaboradores, com apoio da Associação Fluminense de Preservação
Ferroviária (AFPF).
O interior da
locomotiva ficou totalmente destruído.
O incêndio que depredou
completamente a locomotiva, chocou a todos os amantes dos trens e das
ferrovias nem todo o Brasil. O fato tem sido comentado com muita
consternação e contrariedade, sobretudo, por partes dos envolvidos nesse
que era um dos poucos projetos do gênero no Brasil.
Manifestando sua
indignação com o ocorrido, Antonio Pastori, presidente da Associação
Fluminense de Preservação Ferroviária (AFPF), manifestou sua indignação
numa mensagem de e-mail. Para ele, "A sensação é de que o caminho está
ficando cada vez mais livre para que sucateiros, posseiros e vândalos,
acabem de vez com o trecho pioneiro".
Leia a seguir a
mensagem de Pastori comunicando a depredação.
---------- Mensagem encaminhada ----------
De:
Antonio Pastori
Prezados
Lamentamos comunicar
que foi criminosamente incendiado - vide fotos acima - nessa
terça-feira, o auto de linha da AFPF, que era operado a duras penas pelo
incansável preservacionista Luiz Octávio & Cia, no trecho de 10 km entre
Miguel Pereira-Governador Portela. Esse pequeno trecho era a última
trincheira de resistência do pouco que restou da Linha Auxiliar da
Central do Brasil, que hoje se encontra totalmente abandonada com
milhares de toneladas de trilhos subtraídos, estações esquecidas, etc.
Esse veículo servia
para tentarmos preservar "viva" essa linha, apesar dos constantes
descasos das autoridades locais e do Distrito Federal.
A centenária E. F.
Melhoramentos foi inaugurada em 29/03/1898 e construída por Paulo de
Frontin. O traçado original de 167 km começava na Estação Alfredo Maia e
ia até Paraíba do Sul. Após passar para a Central do Brasil, seu traçado
ficou restrito ao trecho entre Japeri e Três Rios.
Na década de 1980,
chegou-se a operar um trem turístico entre Miguel Pereira e Conrado,
durando pouco tempo. Com a privatização da RFFSA, a linha foi entregue a
FCA-Ferrovia Centro Atlântico (ligada à CVRD), que logo abandonou o
trecho, considerando-o anti-econômico e, creio que por esse motivo,
julgou-se totalmente desobrigada de mantê-lo em bom estado de
conservação. Ao que consta no domínio público, essa "omissão" contou com
a aquiescência dos "agentes reguladores" que nada fizeram, mesmo sabendo
das constantes denúncias que a AFPF fez sobre o descaso, o roubo de
trilhos e destruição de equipamentos ferroviários ao longo do trecho.
A sensação é de que o
caminho está ficando cada vez mais livre para que sucateiros, posseiros
e vândalos, acabem de vez com o trecho pioneiro. Quando sua voracidade
consumir todos os 167 km de velhos trilhos para onde será que voltarão
seus maçaricos? Talvez para portões de ferro dos monumentos ou bueiros
de metal, estátuas de bronze, velhos canhões, velhas locomotivas
estáticas em praças publicas... Quem sabe?
Pobre de nós; pobre
Luiz Octávio; pobre Paulo de Frontin.
Choremos, pois. Mas
antes, POR FAVOR, nos ajudem a divulgar essa infâmia.
Obrigado pela atenção!
Antonio Pastori
Presidente do AFPF - Assoc. Fluminense de Preservação Ferroviária
afpf.rj@gmail.com
+55
(21) 9911 - 8365
visite o site
www.trembrasil.org.br
-
Fotos: AFPF
-
Colaborou: Cesar Mori Junior - Presidente do CFVV - Circuito Ferroviário
Vale Verde (MG).
-
Tópico associado:
MPF move ação contra ALL em prol de patrimônio ferroviário
* * *
Desperdício de dinheiro público:
Material sucateado da RFFSA vai a leilão*
O quilo do ferro custa em média R$ 0,30. Com sorte, o
governo talvez consiga vender por uns R$ 0,20 o quilo.
Vários galpões estão abarrotados com o
material que vai a leilão.
Lá
se vão quase 15 anos desde que os trilhos e trens da extinta Rede
Ferroviária Federal (RFFSA) passaram para as mãos das concessionárias.
Essa mudança de rumo estancou os rombos financeiros causados pela
estatal que controlava a malha de transporte de cargas e passageiros do
país. Mas os problemas da RFFSA prosseguem. A herança atual da Rede
ainda carrega milhares de ações trabalhistas e um déficit operacional
superior a R$ 13 bilhões, uma história de absurdos que parece não ter
fim.
Um
capítulo dessa história está guardado dentro de grandes caixotes de
madeira, em um galpão em Campinas (SP). Ali estão 48 locomotivas que
nunca rodaram um metro sequer sobre os trilhos do país. A aquisição
feita em 1974 era uma aposta nos modelos elétricos de locomotivas, uma
reação à crise do petróleo. As máquinas zero quilômetro, importadas da
França, não chegaram a sair da caixa. Hoje elas valem o quanto pesam. Ou
até menos que isso. O quilo do ferro custa em média R$ 0,30. Com sorte,
o governo talvez consiga vender por uns R$ 0,20 o quilo.
O
que aconteceu é que os modelos elétricos não são mais usados no país,
saíram de linha há muito tempo, diz Geraldo Lourenço, diretor de
infraestrutura ferroviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (Dnit). O que podemos tentar é fazer um leilão
internacional. A Índia e alguns países árabes ainda usam esse tipo de
locomotiva, comenta.
Sejam novos ou usados, o fato é que grande parte dos ativos que
pertenciam à Rede - e que desde 2007 passaram para o controle da União
com a extinção definitiva da estatal - já não vale o troco do que
custaram aos cofres públicos. Todo esse patrimônio sucateado vai ser
leiloado. A tarefa está nas mãos do Dnit, órgão do Ministério dos
Transportes que assumiu a gestão de todo o patrimônio não operacional da
Rede, legado que não entrou nos contratos de arrendamento com as
concessionárias.
No
próximo mês, o Dnit deve realizar os primeiros leilões desde que assumiu
a função. Só em São Paulo serão leiloados 1,3 mil vagões de carga
sucateados. O preço do abandono e da falta de planejamento de 30 anos
atrás vai ser incluído na fatura. Se o governo conseguir fechar essa
venda por um preço considerado bom - aproximadamente R$ 0,20 o quilo -,
vai arrecadar algo em torno de R$ 3,9 milhões. Daria para comprar apenas
63 vagões novos. E só.
Outros milhares de vagões sucateados devem ser licitados em Minas Gerais
e no Rio de Janeiro. Ao todo, estima o Dnit, há cerca de cinco mil
vagões para serem vendidos como ferro velho. Centenas de locomotivas
sucateadas também irão a leilão, além de partes que estão espalhadas em
dezenas de almoxarifados pelo país. Em Minas, na cidade de Cruzeiro, há
231 motores de locomotivas elétricas, todos na caixa, sem uso. Tudo isso
vai a leilão, diz Lourenço.
Enquanto vende os bens para o ferro-velho, o governo tenta dar fim ao
labirinto de processos trabalhistas que envolvem a estatal. A situação
não poderia ser mais complicada. Em 2007, a Advocacia-Geral da União
(AGU) assumiu a responsabilidade de dar jeito no imbróglio jurídico. À
época, estimava-se que havia 42 mil processos contra a Rede. Mas a
situação se revelou muito pior. Quando conseguimos finalmente reunir as
informações, percebemos que, na verdade, se tratavam de 62 mil
processos, afirma Mario Guerreiro, diretor do departamento trabalhista
da AGU.
O
risco estimado de pagamento desses processos somava R$ 8 bilhões, mas,
segundo Guerreiro, esse valor certamente está subestimado. Nos últimos
quatro anos, a AGU conseguiu reduzir o número de processos para 38 mil
ações. O problema é que novas ações são movidas todos os anos. Não houve
paralisação. Recebemos cerca de mil processos novos por ano. Em Minas
Gerais, por exemplo, um sindicato que representa cerca de 800
funcionários pede indenização de R$ 1 bilhão, comenta Guerreiro.
Criada em 1957, a RFFSA chegou a ser a maior empresa pública do país, à
frente da Petrobras. Antes de passar pelo processo de desestatização,
realizado entre 1992 e 1996, a Rede tinha 148 mil funcionários. A
realidade é que era um grande cabide de emprego, diz Geraldo Lourenço,
do Dnit.
Em
2007, com a extinção da estatal, o governo assumiu o seu espólio e as
dívidas da empresa, ocasião em que o prejuízo acumulado era de R$ 17,6
bilhões. Boa parte do patrimônio aproveitável foi transferido para as
concessões, mas o que restou ficou praticamente abandonado.
Desde o fechamento da RFFSA, nos anos 90, o setor privado já investiu R$
22 bilhões. Numa das visitas que fez ao almoxarifado de Campinas,
Geraldo Lourenço conta que, ao entrar no galpão, viu uma curiosa caixa
de ferro no chão. Estava lacrada. Abriu a caixa e encontrou centenas de
pinos dourados. Mandou checar o que era aquilo. Eram peças banhadas a
ouro, usadas em controle das locomotivas francesas que não podiam
oxidar. Achou outras duas caixas iguais, repletas dos pinos. Com ajuda
da Polícia Militar, o Dnit transferiu as caixas para um cofre que cuida
dos pertences da Rede. Tudo está sendo devidamente catalogado e
avaliado. A chamada inventariança, criada para fazer o levantamento dos
bens da RFFSA, ainda não concluiu sua análise.
Para
Mário Guerreiro, da AGU, ainda há muito trabalho e gastos pela frente.
Difícil dizer quando tudo isso vai terminar. É um trabalho sem prazo.
Décadas encaixotadas
O
destino das locomotivas elétricas que ficaram encaixotadas por 34 anos
nos barracões da antiga Estrada de Ferro Araraquara (EFA), e que foram
transferidas para Campinas no ano passado, provavelmente, será um ferro-
velho, segundo matéria publicada na edição desta semana da revista
Exame.
Das
80 locomotivas compradas em 1974, apenas duas foram montadas e
atualmente estão sucateadas na região de Sorocaba. Na época, foram
gastos 500 milhões de dólares na aquisição das locomotivas e da
infraestrutura das subestações elétricas.
As
locomotivas foram importadas da França, da empresa Alston, sendo 20
delas com bitola de 1,60 para circular na nossa região e outras 60 com
bitola de 1 metro, para circular nas antigas Sorocabana e Mogiana. Desse
total, apenas duas foram montadas, as de nº 2.201 e 2.202, que entraram
em circulação no trecho da ex- Fepasa, antiga Sorocabana. As demais
permaneceram encaixotadas e armazenadas por 34 anos em Araraquara, até
serem transferidas no passado para um depósito da antiga Rede
Ferroviária Federal, em Campinas.
Quando chegaram ao Brasil, em 1974, adquiridas na época em que Paulo
Maluf era o secretário de Transportes, foram trazidas para Araraquara em
razão da falência do estaleiro Emac, no Rio de Janeiro, que iria montar
as locomotivas. Ns caixas havia rodeiros, geradores e motores. O
estaleiro seria o responsável pela montagem do corpo das locomotivas. O
material fazia parte do Plano de Eletrificação da Fepasa.
Em
2000, passados 26 anos, a opção da Fepasa por eletrificação da ferrovia
foi desativada. O material encaixotado praticamente virou sucata e
atualmente são parte do inventário da Rede Ferroviária Federal – extinta
após a privatização –e será transferido para o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transporte. Segundo a matéria da revista Exame, “o
órgão será responsável por dar destino às máquinas francesas –
provavelmente um ferro-velho”.
* Informações de Valor Econômico
com Exame.
- Imagem: Valor Econômico.
- Colaborou: Grupo Amigos do Trem Mineiro CFVV (MG).
* * *
Lavras:
Seminário discute patrimônio ferroviário*
Objetivo é discutir a revitalização do
patrimônio ferroviário da região.
A cidade de Lavras, na região Centro-oeste mineira, vai
sediar nos dias 28 e 29/08 o 1º Seminário Regional de Preservação e
Revitalização do Patrimônio Cultural Ferroviário da região do Alto do
Rio Grande.
Na programação consta visitação técnica a todas as estações
das cidades envolvidas no Projeto Expresso Vale Verde. A iniciativa é
do CFVV- Circuito Ferroviário Vale Verde, ABOTTC – Associação Brasileira
das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais, MPF – Movimento de
Preservação da Ferrovia, com apoio das Prefeituras do Circuito e da
Secretaria de Estado do Turismo.
A proposta é de aproximar para o diálogo, os diversos
setores que têm interesse na causa da preservação do patrimônio
ferroviário para solucionar o problema gigantesco em que se transformou
a extinção da antiga RFFSA.
O evento servirá também para que inicie uma discussão das
formas de participação dos municípios e da sociedade civil na
apropriação das edificações abandonadas para a causa da cultura e do
turismo. Uma vez que o IPHAN já assinalou que vai entregar o patrimônio
abandonado da RFFSA para os municípios interessados alguns ainda este
ano.
O CFVV é um grande interessado no sucesso da restauração do
patrimônio ferroviário abandonado na região e deseja vê-lo renovado e a
serviço do turismo e da cultura.
Além da implantação de um trem turístico pelo CFVV, outras
propostas que ganham força. Entre elas, a instalação de um centro
cultural multiuso (centro de convenções), no espaço da antiga oficina da
Rede em Lavras, com o apoio da Prefeitura Municipal de Lavras e da
Universidade Federal de Lavras (UFLA) e também a criação de um Museu
ferroviário que poderá ter um convênio assinado durante a realização do
seminário.
O evento terá a participarão de diversas entidades e das
Prefeituras que envolvidas na questão da preservação e revitalização
ferroviária na região, além de membros do circuito Ferroviário Vale
Verde, universidades, empresários entre outros.
Estarão presentes os prefeitos envolvidos no projeto
ferroviário para a assinatura do convênio com a OSCIP ABOTTC que é
parceira do CFVV no projeto EXPRESSO VALE VERDE. Estarão presentes o
presidente da ABOTTC – Sávio Neves Filho, o Vice presidente da ABOTTC –
Adonai Arruda Filho, diretor comercial da SERRA VERDE EXPRESS, o
presidente da MPF professor Victor José Ferreira, o presidente do CFVV
César Mori Junior e os gerentes de trens de turismo da FCA, Luiz
Fernando Martins e Cassia T. Almeida.
O seminário terá ainda a presença de outras personalidades
do setor ferroviário, como Geraldo Godoy (ABPF), Paulo Nascimento
(Amigos do Trem), Flávio Iglesias (Trem de Rio), de representantes da ER
– Instituto Estrada Real, dentre outros, com a possível participação da
secretária estadual de Turismo, Érica Drumond, na solenidade de abertura
e assinatura de convênio para a implantação do trem turístico na
região.
- Inscrições para o evento:
www.sesef.com.br/inscricao_lavras_2010.htm
- Confirmação: (35) 9826-2536 (César).
*
Informações fornecidas por César Mori Junior, presidente do Circuito
Ferroviário Vale Verde (PROJETO- "EXPRESSO VALE VERDE").
-
Visite o blog:
www.cfvv.blogspot.com
Contato:
cfvv.lavras@hotmail.com
-
Imagem: CFVV.
* * *
Lavras:
Circuito Ferroviário Vale Verde:
ferrovia turística em Minas
O CFVV, do Sul de Minas, é um projeto que
pretende revolucionar o turismo na região de Lavras.
Por
César Mori*
De
Lavras-MG
Para
Via Fanzine
RELATÓRIO COMENTADO
Caros amigos, membros e colaboradores do CFVV, nesta
próxima semana estaremos realizando o registro em cartório do nosso
Circuito Ferroviário Vale Verde. Resultado este de muito trabalho e
muita dedicação!
Uma associação de pessoas plenas de sonhos e desejos
voltados para o retorno do Trem, ainda que para fins turísticos. Já se
foram desde que iniciei este trabalho, dois anos de muita pesquisa,
busca por parceiros, técnicos, uma longa corrida para reunir um grupo
coeso e forte, determinado dentro dos mesmos ideais. Foi preciso colocar
no papel o que habitava ainda o mundo das idéias, fiz um projeto inicial
e busquei aprimora-lo, tornando-o viável e aplicável. Muitos amigos
opinaram, outros forneceram dados, a Universidade Federal de Lavras, sob
o comando do Professor Magno Pato Ramalho e sua equipe, fez a projeção
do EXPRESSO VALE VERDE traçando um raio de 100 km, o que nos permitiu
enxergar além do costumeiramente podemos ver. Nosso colaborador e amigo,
Engenheiro aposentado da Rede, Ricardo Coimbra, nos forneceu dados
técnicos entre outras informações e correções no projeto, que muito
contribuíram para melhorá-lo como um todo. Nossos Parceiros em BH, o
Engenheiro Valdson Costa da Helucan nos trouxe a localização dos vagões
que nos interessam e talvez irão planejar o design para adaptação ao
circuito. Quando então estaremos em busca dos recursos para esta
demanda. Recentemente contatei o SEBRAE solicitando apoio para fazermos
um estudo de Viabilidade Econômica e estamos aguardando. Este estudo irá
auxiliar muitas Micro, pequenas e médias empresas a enxergarem o projeto
como investimento seguro. É preciso criar as condições para que este
sonho se torne uma realidade!
No entanto, o evento mais importante foi recebermos em
Lavras a ilustre pessoa do Sr. Sávio Neves Filho, Presidente da ABOTTC -
Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais.
Veio prestar o seu apoio e nos dizer que o nosso projeto não é algo
isolado, mas uma tendência no Brasil atual. Que até agora fizemos tudo
certo, sonhando juntos um sonho fantástico, mas que era chegada a hora
de partirmos para a próxima etapa! Sendo assim, sabendo da necessidade
que nossa região tem de colocar este trem nos trilhos, ele ofereceu
ajuda colocando a ABOTTC, uma OSCIP conhecida e reconhecida de todos
como idônea e experiente, para lançar o nosso produto oficialmente.
Isto, senhores, nos dará um avanço de pelo menos um ano em relação a
caminharmos sozinhos. Sr. Sávio Neves hoje é Presidente de Honra do CFVV
e lhe foi conferido no almoço de recepção neste mesmo dia. Seu título
lhe será entregue no dia da assinatura do convênio com esta Associação.
Afirmamos como já o dissemos, que neste período já estaremos devidamente
registrados e prontos para firmar o termo de comum acordo. Documento
este que será feito para facilitar os trabalhos locais entre o CFVV e as
cidades parceiras aqui da região, que a esta altura já receberam o
modelo do acordo.
Por fim, informo que livros para coleta de assinaturas,
"Abaixo assinado" em favor do nosso projeto, estarão igualmente
circulando pela cidade em pontos importantes que permitam toda a
população de sonhar o mesmo sonho que é ter o trem de passageiros de
volta, mesmo que para fins turísticos! Este e o maior projeto desta
natureza que se tem notícia em nossa região. Ele propõe novas idéias e
ainda incorpora um projeto antigo, mas que pode se ver renascido agora
em uma segunda etapa. "O percurso de Maria Fumaça de Lavras Ribeirão
Vermelho". Propõe também um percurso médio e etapa inicial para inclusão
das cidades, que terá inicio em Perdões e ponto final em Carrancas.
Tendo uma proposta de um percurso longo de uma vez por mês, com
provável parceira de uma operadora experiente em trajetos longos e de
luxo, objetivando o público do exterior.
Se continuarmos todos juntos e determinados, alcançaremos
nosso objetivo antes do que imaginava-mos.
Saudações Ferroviárias...
*
César Mori é consultor e coordenador do “Expresso Vale Verde”, em
Lavras-MG.
-
Visite o Blog do CFVV:
http://www.cfvv.blogspot.com/
- Foto: divulgação.
Contatos com CFVV:
Tel.: (35) 9826-2536
Orkut: Circuito Ferroviário Vale Verde
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