ASTROvia Bólidos

Todos os anos, são publicadas pela imprensa brasileira diversas notícias sobre a queda de objetos flamejantes do céu em diferentes regiões do país. Alguns chegam a ser registrados em vídeos e fotos, enquanto outros desses fenômenos são somente narrados pelas testemunhas.

Grande parte destas "bolas de fogo em queda" podem se tratar de meteoritos em contato com atmosfera terrestre, cujo choque gera uma luz intensa e brilhante como o fogo. No entanto, o aumento nos registros de queda de lixo espacial é outro fator que gera efeito semelhante e tem ocorrido de maneira cada vez mais corriqueira em todo o globo.

Apesar das poucas informações a respeito de queda de lixo espacial, em muitos dos casos estes objetos que se encontravam em órbitas são avistados em formato semelhante ao de meteoritos, ou seja, como uma bola de fogo deixando uma tênue calda alongada.

Nordeste brasileiro

No último sábado, a um objeto luminoso não identificado foi visto e registrado no céu de Alagoas, Nordeste do Brasil, como informou a imprensa da região. O assunto ganhou repercussão nas redes sociais onde foi publicada uma foto, supostamente feita por uma das testemunhas [veja acima].

Várias pessoas viram a bola de fogo se precipitar como um intenso clarão, deixando uma fina cauda atrás. O objeto em queda foi avistado também por várias testemunhas no litoral pernambucano, por volta das 19h30, do sábado, 22/09.

Segundo relatos de internautas, publicados no Facebook, o objeto, que apresentava um “clarão”, foi visto , em grande parte do litoral alagoano e de Pernambuco. Uma suposta imagem do objeto misterioso circula na rede social, que é considerado por muitos como sendo um meteorito. No entanto, também é possível se tratar de lixo espacial.

No município de Maragogi, o quartel do Corpo de Bombeiros chegou a receber várias ligações informando da precipitação do objeto sobre o mar. Porém, como a maioria dos relatos afirmava que o objeto caiu em alto mar, não foram realizadas buscas na região.

* Com agências do Nordeste.

- Foto: Facebook/reprodução.

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Sistema Solar:

Descoberto asteroide que segue a Terra

Astrônomos descobrem o primeiro asteroide 'troiano' da Terra.*

Reconstituição mostra simbiose do asteroide com a Terra.

Como um cachorro na coleira, a Terra tem um asteroide que acompanha sua órbita ao redor do Sol. Conhecidos como "troianos", esses objetos foram identificados pela primeira vez ao redor de Júpiter e ficam em ou próximos de um dos cinco pontos do espaço nos quais a força da gravidade de um planeta e a do Sol estão em equilíbrio, permitindo que tenham órbitas relativamente estáveis. Usando dados do observatório espacial infravermelho Wise, da Nasa, astrônomos conseguiram localizar o primeiro deles no caminho que a Terra faz anualmente ao redor de nossa estrela.

Batizado 2010 TK7, o asteroide de cerca de 300 metros de diâmetro atualmente está próximo do ponto conhecido como Lagrange 4 (L4) da órbita terrestre, 60 graus à frente do nosso planeta. O nome dos pontos é uma homenagem ao astrônomo Joseph Louis Lagrange, que em 1772, usando a recém descoberta Teoria da Gravitação Universal de Isaac Newton, calculou onde eles estariam.

O 2010 TK7, no entanto, não está exatamente no L4. As observações indicam que na verdade ele oscila a sua volta, fazendo com que também varie sua órbita para o ponto Lagrange 3 em períodos de cerca de 400 anos. Localizado diretamente no lado oposto da Terra com relação ao Sol, objetos no L3 não podem ser observados de nosso planeta. Os outros pontos estão entre a Terra e o Sol (L1), atrás da Terra na mesma direção (L2), e 60 graus atrás da órbita do nosso planeta (L5). Previsto para ser lançado em 2015, o telescópio espacial James Webb, da Nasa, deverá orbitar em torno do L2, onde o sombra da Terra ajudará a proteger seus sensíveis instrumentos da radiação solar.

A descoberta, publicada na edição desta semana da revista "Nature", faz da Terra o quarto planeta do Sistema Solar com pelo menos um asteroide troiano conhecido. Além de Júpiter, com cerca de 5 mil destes fiéis seguidores, Marte e Netuno têm sua cota de "acompanhantes". E como todos os outros troianos, que não apresentam risco de se chocarem com seus planetas, o 2010 TK7 também não deverá colidir com a Terra, chegando a um distância não menor do que pelo menos 20 milhões de quilômetros a cada 395 anos, desde que outras forças não o tirem de sua atual oscilação estável.

* Informações de Agência O Globo (RJ).

- Imagem: divulgação.

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Amazonas:

Objeto em queda chama a atenção da população

Estados da região Norte têm registrado nos últimos meses e anos,

diversas observações dessas estruturas em queda.

Por Pepe Chaves*

Para ASTROVIA

BH-07/07/2011

Imagem do corpo em chamas registrado em Tabatinga.

A região Norte do Brasil continua sendo palco de objetos incandescentes em queda, mormente, lixo espacial, apesar da precipitação de meteoritos também já ter sido registrada naquelas cercanias. Estados dessa região têm registrado nos últimos meses e anos, diversas observações dessas estruturas flamejantes em queda. Em alguns dos casos, as estruturas em queda chegaram a se chocar contra o solo e abrir imensas crateras.

Na noite da quarta-feira, 06/07/2011, moradores de Tabatinga-AM foram surpreendidos com a passagem de um desses objetos incandescentes pelo céu. No dia seguinte, a imagem registrada foi divulgada pelo jornalismo da Rede Globo. De acordo com a emissora carioca, a gravação foi feita às 22h20 e vinte minutos antes, o ponto luminoso foi fotografado também na localidade Santa Isabel do Rio Negro.

A reportagem da Globo também informou, “Astrônomos, dizem que moradores da região assistiram a uma chuva de meteoros”. Desta maneira, corpos errantes de origem natural (rochas), estariam sendo consumidos pelo atrito ao se chocarem com a atmosfera, incendiando e com isso, se tornando visíveis à noite.

Contudo há quem acredite que a ocorrência possa se tratar de corpos de origem artificial, nesse caso, seria simplesmente lixo espacial (descarte de peças de foguetes, satélites, entre outros). O portal ASTROVIA mostrou as imagens ao seu consultor para Astronáutica e Astronomia, o físico e astrônomo Márcio Rodrigues Mendes.

De acordo com Mendes, “Julgando pela imagem (o que é pouco para uma conclusão), me parece algo em ‘reentrada’ atmosférica. Possivelmente restos de foguete, satélites, e/ou lixo espacial”, observou. A imagem lembra a de outros corpos artificiais em queda já registrados anteriormente.

Apesar de ser difícil definir a natureza do bólido incandescente, as imagens são muito semelhantes às mostradas pela TV Gazeta, do Acre, de um outro objeto flamejante em queda, registrado em abril passado naquele estado.

* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine e Rede VF (Brasil).

- Com informações de Rede Globo (RJ).

- Imagem: Rede Globo/reprodução.

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- Colaborou: Vitório Peret (RJ).

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