ARQUEOLOVIA

ASTROVIA

DORNAS DIGITAL

J. SÃO TOMÉ

J.A. FONSECA

UFOVIA

 

AMAZING TV

"O seu mundo sem fronteiras"

 

AMZ apresenta:

Série: Grandes Nomes da Televisão

 

ELIS  REGINA

 

 

Prólogo

 

 

Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945 — São Paulo, 19 de janeiro de 1982) foi uma cantora brasileira. Conhecida pela competência vocal, musicalidade e presença de palco, foi aclamada tanto no Brasil quanto internacionalmente, e comparada a cantoras como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday. Com os sucessos de Falso Brilhante (1975-1977) e Transversal do Tempo (1978), Elis Regina inovou os espetáculos musicais no país.


 

Foi a primeira grande artista a surgir dos festivais de música na década de 1960 e descolava-se da estética da Bossa Nova pelo uso de sua extensão vocal e de sua dramaticidade.
 

Ângela Maria.

 

Inicialmente, seu estilo era influenciado pelos cantores do rádio, especialmente Ângela Maria. Depois de quatro LP's gravados e sem grande sucesso — Viva a Brotolândia (1961), Poema de Amor (1962), Elis Regina (1963), O Bem do Amor (1963).


 

Elis foi a maior revelação do festival da TV Excelsior em 1965, quando cantou "Arrastão" de Vinícius de Moraes e Edu Lobo. Tal feito lhe garantiria o convite para atuar na televisão e, pouco tempo depois, o título de primeira estrela da canção popular brasileira.
 

 

 

Quando passou a comandar, ao lado de Jair Rodrigues, um dois mais importantes programas de música popular brasileira, " Fino da Bossa."


 

Cantou muitos gêneros: da MPB, passou pela bossa nova, samba, rock e jazz. Interpretando canções como "Madalena", "Águas de Março", "Atrás da Porta", "Como Nossos Pais", "O Bêbado e a Equilibrista" e "Querellas do Brasil", registrou momentos de felicidade, amor, tristeza e patriotismo.
 

Gravou os compositores Ivan Lins e com o Milton Nascimento.

 

Gravou os compositores Belchior e Renato Teixeira.

 

Com Aldir Blanc e João Bosco.

 

Ao longo de toda sua carreira, destacou-se por cantar também músicas de artistas, ainda, pouco conhecidos, como Milton Nascimento, Ivan Lins, Belchior, Renato Teixeira, Aldir Blanc, João Bosco, ajudando a lançá-los e a divulgar suas obras, impulsionando-os no cenário musical brasileiro.

 

 

Entre outras parcerias, são célebres os duetos que teve com Jair Rodrigues, Tom Jobim e Rita Lee.

 

 

Com seu segundo marido, o pianista César Camargo Mariano, consagrou um longo trabalho de grande criatividade e consistência musical e, em termos técnicos, foi considerada a melhor cantora brasileira.


 

 

Sua presença artística mais memorável talvez esteja registrada nos álbuns Em Pleno Verão (1970), Elis (1972), Elis (1973), Elis & Tom (1974), Elis (1974), Falso Brilhante (1976), Transversal do Tempo (1978), Essa Mulher (1979), Saudade do Brasil (1980) e Elis (1980). Foi a primeira pessoa a inscrever a própria voz como se fosse um instrumento, na Ordem dos Músicos do Brasil.

 

 

Em 2013, foi eleita a melhor voz feminina da música brasileira pela Revista Rolling Stones. Elis foi citada também na lista dos maiores artistas da música brasileira, ficando na 14ª posição, sendo a mulher mais bem colocada. Em novembro do mesmo ano estreou um musical em sua homenagem "Elis, o musical."
 

Juventude

 

Casa de infância de Elis Regina, na Vila do IAPI, em Porto Alegre.


Filha de Romeu de Oliveira Costa e de Ercy Carvalho, Elis Regina nasceu no Hospital da Beneficência Portuguesa, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Seu pai tinha ascendência indígena e sua mãe era filha de imigrantes portugueses.

 

 

Com os pais, Romeu de Oliveira Costa e de Ercy Carvalho.

 

A origem de seu prenome é incerta. Em versão contada pela própria cantora em entrevista, seu nome tem origem no nome de uma personagem de um romance que sua mãe lia na época de seu nascimento: "Miss Elis" (que seria o sobrenome do marido da personagem, na verdade).

 

Romeu tentou batizá-la assim, mas foi impedido sob a argumentação de que Elis Carvalho Costa poderia ser nome tanto de homem quanto de mulher e que deveria haver um nome feminino entre "Elis" e "Carvalho".


 

Lembrando de uma prima sua nascida na semana anterior e batizada como Sandra Regina, Romeu sugeriu então que ela fosse chamada Elis Regina Carvalho Costa, uma vez que Elis Sandra não soava bem aos seus ouvidos.

 

A outra versão diz que seu nome seria uma homenagem à filha dos padrinhos de casamento de seus pais. O Regina apareceu porque a mãe de Elis acreditava que era preciso colocar um nome bíblico nas crianças e que este seria um nome bíblico.

 

Em Porto Alegre, sua família morava em um apartamento na chamada Vila do IAPI, no bairro Passo d'Areia, na zona norte da cidade. Seu apelido dentro de casa era "Lilica" e, quando ela contava com sete anos de idade, nasceu seu irmão mais novo, Rogério.
 

 

Durante sua infância e adolescência, Elis estudava o curso normal - que visava formar professoras - no Instituto de Educação General Flores da Cunha. Estudou também no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, por breve período, e terminou seus estudos no Instituto Estadual Dom Diogo de Sousa.


 

Ela foi uma garota muito precoce na música: consta que aos três anos de idade já falava cantando.
 

 

Nos anos seguintes, começou a aprender os sambas-canção que tocavam no rádio da época, cantados por Emilinha Borba, Cauby Peixoto, Marlene, Francisco Alves e sua paixão, Angela Maria.

 

 

Aos sete anos, sua mãe a levou à Rádio Farroupilha para participar de um programa de rádio chamado Clube do Guri, apresentado pelo radialista Ari Rego. Antes mesmo do ensaio, a menina entrou em pânico e pediu para voltar para casa. Ela só iria voltar ao programa em 1957, aos doze anos de idade, quando finalmente controlou seu nervosismo e conseguiu cantar.
 

 

A impressão causada foi tão boa que Elis foi convidada para voltar ao programa nos dias seguintes e passou a fazer parte das crianças que se apresentavam regularmente, de modo amador, sem cachê. A única recompensa era uma caixa de chocolates do patrocinador do programa que recebiam de vez em quando.
 

Carreira

 

 

Fase gaúcha

 

Wilson Rodrigues Poso.

 

Poucas pessoas sabem quem realmente descobriu Elis. Foi um vendedor da gravadora Continental chamado Wilson Rodrigues Poso, que a ouviu cantando menina, aos quinze anos, em Porto Alegre. Ele sugeriu à Continental que a contratasse, e em 1962 saiu o disco dela.


"Levei Elis ao meu programa, fui o primeiro a tocar seu disco no rádio. Naquele dia eu disse: Menina, você vai ser a maior cantora do Brasil. Está gravado."
 

 

Em 1º de dezembro de 1958, com 13 anos, iniciou a sua carreira profissional, contratada por Maurício Sirotsky Sobrinho para a Rádio Gaúcha, passando a ser chamada de "a estrelinha da Rádio Gaúcha".

 

Nesse mesmo ano, foi eleita a "Melhor Cantora do Rádio Gaúcho" de 1958, em concurso realizado pela Revista de TV, Cinema, Teatro, Televisão e Artes, com apoio da sucursal gaúcha da Revista do Rádio, com sede no Rio de Janeiro.

 

Além da sua atuação profissional em rádio - e na TV Gaúcha a partir de 1962 - Elis Regina também cantava em boates atuando como "crooner" nos chamados "conjuntos melódicos" de Porto Alegre, como o de Norberto Baldauf e o Flamboyant.

 


Nazareno de Brito.

 

Wilson Rodrigues Poso precisou convencer Nazareno de Brito, o diretor artístico do selo Continental. O executivo foi convencido ao ouvir a menina cantar, mas vaticinou: ela precisava trocar de repertório. Aqueles sambas-canção de cantora de vozeirão eram datados.  

 

 

A moda era cantar rocks, como Celly Campello. Logo, Carlos Imperial - então radialista de programas de rock - foi chamado para produzir o álbum de estreia da cantora.

 

 

Assim, naquele ano, viajou ao Rio de Janeiro, onde gravou o seu primeiro disco, "Viva a Brotolândia." O álbum procurou repaginar a sua imagem como uma cantora de rock, "para a juventude". Apesar da divulgação, Elis participou de programas de rádio e o álbum chegou a receber críticas na imprensa, o disco encontrou vendas decepcionantes.


Diogo Mulero.

 

Assim, no ano seguinte, a gravadora resolveu trocar o seu produtor para Diogo Mulero - da dupla sertaneja Palmeira & Piraci - e novamente modificar o repertório da cantora que agora passaria a interpretar boleros: buscava-se transformá-la em uma cantora popular.
 

 

 

Então, saiu o seu segundo disco, "Poema de Amor", e as vendas continuaram decepcionantes. Sem contrato de gravação - que havia sido cumprido com o lançamento do segundo disco, Elis continuou com seu emprego na Rádio Gaúcha.

 

 

Então, em 1963, um novo representante de uma gravadora foi procurar a família. Dessa vez, era Airton dos Anjos, representante da Discos CBS. Foi proposto um contrato muito parecido com o primeiro: dois discos que seriam lançados naquele ano, sem cachê. E lá foi Elis para o Rio de Janeiro novamente, gravar o seu terceiro LP.
 

 

Para os dois novos discos, o produtor foi Astor Silva, que resolveu tentar transformá-la em uma cantora de sambas e versões popularescas. Assim, foram lançados "Ellis Regina" e "O Bem do Amor", novamente com vendas baixas. 

 

 

De volta a Porto Alegre mais uma vez, Elis continuou trabalhando na rádio e fazendo apresentações esporádicas pelo sul do país. No final de 1963, Airton dos Anjos arranjou a sua participação em um show coletivo no Teatro Álvaro de Carvalho, em Florianópolis.


Armando Pittigliani.

 

Na tarde do dia da apresentação, ele descobriu que Armando Pittigliani, o produtor do maior selo do país, encontrava-se em férias na cidade. Sendo assim, Airton foi atrás de Armando e convenceu-o a ir ao show escutar Elis Regina. O produtor ouviu a cantora e, durante o intervalo da apresentação, foi aos bastidores falar com ela.

 

 

Perguntou-lhe porque ela cantava aquelas versões e não música brasileira. Elis disse que adorava música brasileira, mas que haviam lhe dito que não se vendia discos com aquilo. Assim, Armando convenceu-a a cantar "Chão de Estrelas" na sequência do show.

 

Ao fim do espetáculo, ele deu-lhe o seu cartão e disse: "procure-me após fevereiro". Ao voltar para casa, a cantora contou a sua família do encontro e seu pai decidiu que era hora de ela mudar-se definitivamente para o Rio de Janeiro, onde estava praticamente toda a indústria fonográfica nacional.
 


O início no Rio

 

Elis chegou ao Rio exatamente na manhã do dia 31 de março de 1964, isto é, no dia do golpe de 1964.
 

 

Com sua experiência no rádio no Rio Grande do Sul, Elis conseguiu rapidamente um emprego na TV Rio para participar dos programas "Noites de Gala" e "A Escolinha do Edinho Gordo" através do diretor musical da Tv, Cícero de Carvalho, quem a encaminhou a estes programas.

 

O primeiro era um programa comandado por Ciro Monteiro no qual Elis fazia apresentações musicais. Eles se tornariam grandes amigos, com Ciro Monteiro sendo uma das pessoas que chamavam a cantora por seu apelido de casa, "Lilica".

 

 

O último programa era um humorístico cujo formato já havia sido utilizado antes e que ficaria celebrizado anos depois com a Escolinha do Professor Raimundo, de Chico Anysio. Nele, a cantora gaúcha fazia uma das alunas, contracenando com Marly Tavares, Evelyn Rios, Wilson Simonal, Rosinda Rosa, Jorge Ben e o Trio Irakitan.

 

O Beco das Garrafas

 

 

As aparições de Elis na TV Rio, embora não rendessem cachês significativos, dariam retorno à cantora de outro modo: Elis aparecia para um público maior, já que ainda não estava fazendo shows na capital fluminense.
 

 

Foi assim que Elis foi ouvida pelos produtores e jornalistas Renato Sérgio e Roberto Jorge. Eles foram os produtores do primeiro show de Elis no Rio, que aconteceu no Bottle's, uma boate que fazia parte do que se chamava de Beco das Garrafas.

 

Após conseguirem o contato de Elis, explicaram a ela o que tinham em mente: um espetáculo com ela cantando samba jazz, acompanhada pelo Copa Trio.
 

 

Entretanto, nos ensaios, eles perceberam que Elis tinha um grave problema de presença de palco. Para resolver este problema, recrutaram a ajuda de Lennie Dale, coreógrafo que, desde 1960, vivia entre os Estados Unidos e o Rio de Janeiro e frequentava o Beco.
 

 

Foi com ele que Elis aprendeu a mexer os braços como se estivesse nadando no ar, ou como as hélices de um helicóptero.
 

 

Assim, estreou Elis com o show chamado "Sosifor Agora" que foi um sucesso de público no bar, embora sua capacidade não fosse muito grande.
 

 

No quinto final de semana da temporada, Elis faltou ao show sem avisar os produtores - para realizar outro show em São Paulo - e a briga subsequente encerrou a temporada de shows de Elis no Bottle's. Entretanto, a briga e o fim da temporada naquele bar abriu a oportunidade para os produtores de shows no bar vizinho - o Little Club - buscarem contratar a cantora gaúcha para um show lá.


 

Assim, Miele e Bôscoli produziram, na sequência, um novo show para Elis no Beco, negociando uma participação maior no couvert artístico para a cantora.
 

Marly Tavares.

 

O show contava com a participação da bailarina Marly Tavares, do pandeirista e humorista Gaguinho, e do conjunto Bossa Três. No repertório estavam "Preciso Aprender a Ser Só", de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, e "Menino das Laranjas", de Théo de Barros.


 

Mas, assim como no show anterior, a cantora começou a faltar a suas apresentações para fazer shows em outras praças, o que levou a outra briga e, novamente, ao cancelamento da temporada. Elis nunca mais se apresentaria no Beco e o lugar começaria a entrar em declínio nos anos seguintes.

 

 

Enquanto deveria estar se apresentando no Beco das Garrafas, Elis cumpria atribulada agenda de shows por São Paulo. Iniciou participando de uma temporada de shows a partir de 5 de agosto daquele ano na boate Esquina Djalma's, de Djalma Ferreira.

 

 

No fim do mês, em 31 de agosto, foi convidada para participar do show "Boa Bossa", promovido pela Associação de Moças da Colônia Sírio-libanesa no então Teatro Paramount, juntamente com o Sambalanço Trio, Johnny Alf e Agostinho dos Santos.
 

 

Foi assim que conheceu Walter Silva, o produtor deste show.

 

Solano Ribeiro.

 

Na sequência, participa do show Primavera Eduardo É Festival de Bossa Nova, que aconteceu no Teatro de Arena e teve produção de seu então namorado, Solano Ribeiro. Após, participou do espetáculo O Remédio É Bossa, produzido por Walter para os estudantes da Escola Paulista de Medicina, em 26 de outubro.
 

 

Nesta apresentação, ficou marcada a sua performance junto a Marcos Valle da canção "Terra de Ninguém".

 

A Era dos festivais e O Fino da Bossa

 

 

Elis em 1965 repete os movimentos cênicos de sua performance da canção "Arrastão", a grande impulsionadora de sua carreira, vencedora do I Festival de Música Popular Brasileira na TV Excelsior.
 

 

 

Um ano glorioso, que ainda traria a proposta de apresentar o programa "O Fino da Bossa", ao lado de Jair Rodrigues. O programa, gravado a partir dos espetáculos e dirigido por Walter Silva, ficou no ar até 1967 (TV Record, Canal 7, SP) e originou três discos de grande sucesso: um deles, "Dois na Bossa", foi o primeiro disco brasileiro a vender um milhão de cópias. Seria dela agora o maior cachê do show business.

 

 

Um dos grandes sucessos dessa época e ao longo de toda a carreira de Elis Regina foi a canção "Upa neguinho", de Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri, que fez parte do musical Arena conta Zumbi, dirigido por Augusto Boal, em 1965. A canção apareceu no LP O Dois na Bossa 2, lançado em 1966 e gravado ao vivo no programa O Fino da Bossa, na TV Record.

 

 

Sendo uma artista recordista de vendagens pela gravadora Philips cantou no Mercado Internacional de Discos e Edições Musicais (MIDEM), em Cannes, em janeiro de 1968, quando começou a direcionar sua carreira para o reconhecimento também no exterior. Em 1969 gravou e lançou no exterior dois LPs: um com o gaitista belga Toots Thielemans, em Estocolmo, e Elis in London.


Anos de glória

 

 

Cartaz divulgando Elis Regina no Olympia, a mais antiga sala de espetáculos de Paris, 1968.
 

 

Em 1975, com o espetáculo "Falso Brilhante", dirigido por Myriam Muniz, que mais tarde originou um disco homônimo, atinge enorme sucesso, ficando mais de um ano em cartaz e realizando quase 300 apresentações. Lendário, tornou-se um dos mais bem sucedidos espetáculos da história da música nacional e um marco definitivo da carreira.


Ainda teve grande êxito com o espetáculo "Transversal do Tempo", em 1978, de um clima extremamente político e tenso; o "Essa Mulher" em 1979, direção de Oswaldo Mendes, que estreou no Anhembi em São Paulo e excursionou pelo Brasil no lançamento do disco homônimo; o "Saudades do Brasil", em 1980, sucesso de crítica e público pela originalidade, tanto nas canções quanto nos números com dançarinos amadores, direção de Ademar Guerra e coreografia de Márika Gidali (Ballet Stagium).
 

 

E finalmente o último espetáculo, "Trem Azul", em 1981, direção de Fernando Faro.

 

Anos de chumbo

 

 

Elis Regina criticou muitas vezes a ditadura brasileira, nos difíceis Anos de chumbo, quando muitos músicos foram perseguidos e exilados. A crítica tornava-se pública em meio às declarações ou nas canções que interpretava. Em entrevista, no ano de 1969, teria afirmado que o Brasil era governado por gorilas.


 

A popularidade a manteve fora da prisão, mas foi obrigada pelas autoridades a cantar o Hino Nacional durante um espetáculo em um estádio, fato que despertou a ira da esquerda brasileira.


 

Sempre engajada politicamente, Elis participou de uma série de movimentos de renovação política e cultural brasileira, com voz ativa da campanha pela Anistia de exilados brasileiros. O despertar de uma postura artística engajada e com excelente repercussão acompanharia toda a carreira, sendo enfatizada por interpretações consagradas de "O Bêbado e a Equilibrista" (João Bosco e Aldir Blanc), a qual vibrava como o hino da anistia. A canção coroou a volta de personalidades brasileiras do exílio, a partir de 1979.

 

 

Um deles, citado na canção, era o irmão do Henfil, o Betinho, importante sociólogo brasileiro.
 

 

Outra questão importante se refere ao direito dos músicos brasileiros, polêmica que Elis encabeçou, participando de muitas reuniões em Brasília.

 

Estilo musical

 

 

O estilo musical interpretado ao longo da carreira percorria assim o "fino da bossa nova", firmando-se como uma das maiores referências vocais deste gênero.

 

Aos poucos, o estilo MPB, pautado por um hibridismo ainda mais urbano e 'popularesco' que a bossa nova, distanciando-se das raízes do jazz americano, seria mais um estilo explorado. Já no samba consagrou Tiro ao Álvaro e Iracema (Adoniran Barbosa), entre outros. Notabilizou-se pela uniformidade vocal, primazia técnica e uma afinação a toda prova. Seu registro vocal pode ser definido como meio-soprano.
 

 

Fã incondicional de Ângela Maria, a quem prestou várias homenagens, Elis impulsionava uma carreira não menos gloriosa, possibilitando o lançamento do quinto LP individual, Samba eu canto assim (CBD, selo Philips).
 

 

Pioneira, em 1966 lançou o selo Artistas, registrando o primeiro disco independente produzido no Brasil, intitulado "Viva o Festival da Música Popular Brasileira", gravado durante o festival. Apesar da dificuldade em atribuir pioneirismos (que costumam durar até o aparecimento de novas pesquisas), costuma ser atribuído a Cornélio Pires o pioneirismo na gravação e divulgação de música independente no Brasil, pois em 1929 ele financiou o custo dos discos da "Turma Caipira Cornélio Pires".

 

O selo (ou etiqueta, como era chamado na época) Artistas Unidos foi lançado pela fábrica de discos Rozenblit, sediada em Recife, e que já tinha um selo de sucesso desde os anos 1950, o Mocambo.

 

Morte

 

 

Elis Regina morreu precocemente na manhã de 19 de janeiro de 1982, aos 36 anos, no auge da carreira, em circunstâncias trágicas, causando forte comoção no país e deixando uma vasta obra na música popular brasileira. Embora tenham havido controvérsias e contestações quanto à causa da morte, os exames comprovaram que a causa foi o consumo de cocaína associado a bebida alcoólica, que provocou uma parada cardíaca.

 

 

Foi casada com Ronaldo Bôscoli, então diretor de "O Fino da Bossa", com quem teve João Marcello Bôscoli (1970); em 1973, casou-se com o pianista César Camargo Mariano, com quem teve mais dois filhos: Pedro Mariano (1975) e Maria Rita (1977).

 

 

Sob grande comoção popular, o velório foi realizado no Teatro Bandeirantes no centro de São Paulo. Depois o cortejo seguiu pelas ruas da cidade em uma viatura do Corpo de Bombeiros levando o corpo da artista até o Cemitério do Morumbi, na zona sul da capital, sendo acompanhado por cerca de quinze mil pessoas.

 

 

O laudo médico atestou que a morte da cantora foi em decorrência "de intoxicação exógena, causada por agente químico - cocaína mais álcool etílico".


Na noite anterior, Elis e seu namorado, o advogado Samuel MacDowell receberam amigos no apartamento dela em São Paulo. Os convidados foram embora por volta das 21h e Samuel ainda permaneceu por mais algumas horas. Pela manhã, ambos falavam por telefone e ele notou que Elis passou a falar com "voz meio pastosa", balbuciando as palavras, e depois ficou em silêncio.

 

Decidiu então ir até o apartamento, a encontrando caída no chão. Depois de aguardar uma ambulância, que demorava a chegar, resolveu chamar um táxi e a levou para o Hospital das Clínicas de São Paulo. Segundo a biografia Elis Regina - Nada Será Como Antes, escrita por Julio Maria, Samuel tentou reavivá-la, mas a demora de mais de uma hora aguardando a ambulância foi decisiva para a morte. Segundo o livro, a médica responsável pelo primeiro atendimento declarou que "os sinais mostravam que a cantora havia chegado aos seus cuidados tarde demais".

 

Nelson Motta.

 

O produtor musical Nelson Motta, amigo de Elis, afirmou em uma entrevista à revista Quem que houve uma fatalidade, e que ela morreu por acidente, de parada cardíaca. Segundo ele, Elis não era uma pessoa que vivesse drogada, que corresse o risco de uma overdose por isso, "bebia pouco, tendo fumado uns baseados no começo dos anos 1970".

 

O caso foi investigado pelo 4º Departamento da Polícia Civil. Na época, os policiais estranharam a ingestão de cocaína pela boca, porém receberam uma denúncia anônima afirmando que Elis era viciada havia pelo menos seis meses.


Um mês depois da morte, o promotor pediu o arquivamento do inquérito.
 

 

Como parte das comemorações dos 237 anos de Porto Alegre, em 26 de março de 2009 foi inaugurada ao lado do Centro Cultural Usina do Gasômetro uma estátua de bronze da cantora [acima]. A obra, produzida pelo artista plástico José Pereira Passos, é apoiada sobre uma base em granito que lembra um LP, adornado com estrelas de metal.

 

 

 

- Pesquisa, seleção e complemento de textos e de fotos, de João Gonçalves.

 

 

  

AMAZING

TV   /   STREAMING   /   ON DEMAND


A AMAZING TV foi criada, porque acreditamos que todas as pessoas estão cansadas das mesmices na programação, ou dos mesmos conteúdos, apresentadas nos canais de televisão durante décadas, por muitos anos sem qualquer criatividade.


Até hoje existem programas nos canais de tv, que já passavam há mais de 50 anos atrás.


Estão no ar por causa do sucesso? Não, eles estão no ar pela falta de criatividade das emissoras.


Fato que não ocorrerá na Amazing, porque o seu departamento de criação é extremamente versátil e competente.


Criaremos formatos e conteúdos dignos de serem acompanhados e aplaudidos por todas as famílias, por todas as pessoas que sabem e valorizam o que é certo para ser apresentado nos realities, nas novelas, nos programas de auditório, nos telejornais, em documentários e em reportagens externas.


Amazing quer dizer incrível, maravilhoso, sensacional, espetacular e é assim, dessa forma, que será a nossa emissora.


Faremos tudo isso por você, telespectador, que merece todo o respeito e precisa de ótimas opções de entretenimento.


Faremos o melhor, porque para nós você é Amazing.


Além de sua plataforma de última geração, a AMZ também divulgará sua programação e patrocínios em todas as redes sociais como, Youtube, Facebook, Instagram, Tik Tok, Kwai, etc... em aplicativos de mensagens como Whatsapp e Telegram, para que o público assista ao seu conteúdo de programas diversificados como quiser, na hora que puder e onde preferir.


A grande vantagem de divulgar o comercial de uma empresa através da nossa plataforma, é a de que a exibição dos seus produtos e serviços será realizada abrangendo todo o país e o exterior, de maneira simultânea, não se limitando a uma transmissão para determinado local ou Estado. E essa é uma grande vantagem para o patrocinador que pretende divulgar e exportar os seus produtos para outros países.


 Acesse: amazingtv.com.br

 

Acesse: amazingtv.com.br

 

Programação da semana

 


 

Assista a alguns dos nossos programas

 

Chic TV
Link programa:

https://amazingtv.com.br/programa/chic-tv/

 

Mágicas Incríveis
Link programa:

https://amazingtv.com.br/programa/magicas-incriveis/

  

Redes Sociais

Acesse também nossas redes sociais para ficar por dentro dos lançamentos e novidades. É só clicar:
https://ilinks.com.br/amztvoficial

 

Acesse: amazingtv.com.br

 

Amazing Literatura:

O livro "O Mensageiro da Luz" traz para você,

diversos ensinamentos e orações,

para o seu aprimoramento na vida.

 

 

Seja como autoajuda, ou o despertar da fé, reforço da fé e ainda a realização dos seus desejos e objetivos.

 

Este livro não pertence a nenhuma religião. Ele não retrata, nem prega qualquer tipo de seita religiosa.

 

Esta obra fala das maravilhas, dos poderes e dos encontros com Deus e com Jesus Cristo na minha vida. Experiências que também poderão acontecer em vossas vidas.

 

Já frequentei e aprendi muito, com diversas religiões. Não entendo por que existe uma disputa entre elas, se todas falam de Deus. O mais importante é levar a fé e a palavra de Deus, a todas as pessoas que necessitam de um encontro com o Nosso Criador. Não importa qual é a denominação, quando o objetivo é salvar almas, ou elucidar pessoas sobre o verdadeiro e correto caminho.

 

Hoje, apenas sigo e pratico o que o Senhor Jesus nos ensinou, que devemos: amar, perdoar e agradecer ao próximo.

 

Eu sou, quem eu sou. Uma pessoa como você, como todas as outras, que sempre buscou as certezas, a fé, o equilíbrio, as conquistas e a realização pessoal e profissional.

 

Eu não sabia como agir na vida. Sempre confiei em todas as pessoas. Não imaginava que elas poderiam me fazer o mal. Mas, a gente leva tanto tombo, que acaba despertando para a realidade de não confiar em todo o mundo.

 

Deus criou o mundo, através do pensamento e da palavra. Isso nos mostra que toda palavra é semente. E que toda palavra lançada, após o pensamento, irá germinar tanto para o bem, como para o mal.

 

Eu imaginava que Deus estava no céu, muito, mas muito longe, num lugar impossível de ser alcançado ou de ouvir as minhas orações e os meus pedidos. Mas eu estava errado. Muito confuso e mal informado.

 

E a verdade, é que Deus está mais próximo de nós, do que podemos imaginar.

 

Ele é o Deus do impossível.

 

Este livro, dentre diversos temas muito importantes para a nossa vida, nos ensina também como podemos nos comunicar com Deus. Com isso, podemos ter um verdadeiro encontro com Deus, mesmo estando vivos.

 

Não deixe de ler.

 

- Reserve o seu exemplar através do celular: (11) 95878-3506

Ou através dos e-mails:

contato@amazingtv.com.br 

comercial@amazingtv.com.br

 

* Textos de João Gonçalves.

 

*  *  *

 

Respondendo perguntas sobre o livro

"O Mensageiro da Luz"

 

1 - O livro aborda qual tipo de religião?

Resposta: O livro não aborda nenhum tipo de religião, ou qualquer seita religiosa. Este livro fala do poder, das maravilhas e do contato que podemos ter com Deus, em nossas vidas. Leia e você terá um verdadeiro encontro com Deus.

 

2 - O que o livro fala sobre a separação no casamento?

Resposta: O livro explica as diversas causas e motivos que causam a separação entre os casais. Coisas que você nem imagina. Ele explica também, como evitar a desarmonia e como se reconciliar com a pessoa amada.

 

Reserve o seu exemplar através do celular:

(11) 95878-3506

 

Ou através dos e-mails:

contato@amazingtv.com.br

comercial@amazingtv.com.br

 

Muito obrigado.

Deus nos abençoe.

 

 

Ir para a página principal

 

ARQUEOLOVIA

ASTROVIA

DORNAS DIGITAL

J. SÃO TOMÉ

J.A. FONSECA

UFOVIA

© Copyright, 2024, Pepe Arte Viva Ltda.