UFOVIA - ANO 5 

   Via Fanzine   

 

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 operação prato:

 

 

 Questão Prato:

 

RECAPITULANDO - A Operação Prato consistiu-se na maior investigação ufológica já realizada por órgãos governamentais no Brasil. Durante quase quatro meses a Força Aérea Brasileira (FAB) através do I Comar (Comando Aéreo Regional) comandado pelo major Protásio de Oliveira e com sede em Belém/PA, disponibilizou agentes militares para investigarem estranhas manifestações de objetos voadores não identificados e luzes desconhecidas que vagavam, geralmente à noite e assombravam as populações na região da Baixada Maranhense, abrangendo os estados do Maranhão, Pará, Amapá e Amazônia. Os focos parecem ter se concentrado na região de Belém, aos arredores da Ilha de Marajó e nos vales dos rios Amazonas e Tapajós, região Norte do Brasil. Casos semelhantes foram também registrados em alguns Estados da região Nordeste.

 

A operação foi comandada pelo então capitão (depois reformado coronel) Uyrangê Bolívar Soares Nogueira de Hollanda Lima que conseguiu juntamente com sua equipe fotografar e filmar atividades alienígenas em regiões distintas  da selva paraense. Grande parte das ocorrências se deu em locais bastante próximos às comunidades ribeirinhas. Hollanda colheu mais de centena de relatos de pescadores, caboclos, mulheres e crianças dando conta das estranhas ocorrências que, por sinal, até hoje se mostram inexplicáveis e ainda assim, oficialmente ignoradas pelas nossas autoridades.

 

Através de novas pesquisas acerca da Operação Prato, diversas novidades foram levantadas nos últimos meses para esclarecimento dos próprios pesquisadores dessa casuística e do público em geral. A Operação Trilha, coordenada por este autor e os pesquisadores Fábio Bettinassi e Vitório Peret iniciou estudos acerca da Operação Prato e os casos amazônicos em maio de 2005. A partir de então, a Operação Trilha publicou, através de artigos, reportagens e entrevistas que se encontram disponíveis com acesso gratuito no portal UFOVIA (www.viafanzine.jor.br/ufovia.htm), uma enorme gama de dados referentes a Operação Prato, que até então, não haviam sido divulgados.

 

Graças ao empenhado trabalho dos pesquisadores da Operação Trilha, somado ainda ao trabalho voluntário de colaboração de alguns informantes anônimos desse empreendimento e ao esforço de tantos homens que, anteriormente há haviam se dedicado à questão, aos poucos, parece ir descerrando-se o véu mitológico que circunda os fenômenos, para que estes vão assumindo suas verdadeiras proporções e aparências.

 

Logo que foram iniciados os primeiros passos da Operação Trilha, Ademar Gevaerd, editor da revista UFO, criou uma série intitulada “Dossiê Amazônia” publicada ao longo das atuais edições da Revista UFO. Nesta série, entre as novidades apresentadas foi revelado, através de pesquisas do autor, o suposto formato do famigerado “Chupa-chupa” (veja partes 1 e 2 dessa matéria em UFOVIA), a temida luz que fazia desprender de si, um fino feixe luminoso que seguia em direção às pessoas, paralisando-as e “picando” a pele, imprimindo pequenos furinhos.

 

No dia 25/08/2005, surpreendentemente, a Rede Globo de Televisão exibiu em edição especial do programa “Linha Direta”, uma produção teledramática sobre a Operação Prato, reacendendo ainda mais o assunto e levando-o a diversas pessoas que ainda desconheciam as misteriosas ocorrências amazônicas. Na produção da emissora, foram reconstituídas aterradoras cenas descritas na histórica entrevista concedida pelo coronel Hollanda à Revista UFO, poucos dias antes de sua morte, ocorrida em 1997. Mesmo não trazendo nenhum dado novo aos pesquisadores do assunto, o programa cumpriu função importantíssima, que é da popularização destas ocorrências fenomenais que, ao nosso ver, deveriam ser matérias incontestes na pasta do Ministério da Defesa do governo brasileiro.

 

Apesar de o assunto se reacender a pouco e, anteriormente a isso, o comando da Força Aérea Brasileira (FAB) receber espontaneamente uma junta de ufólogos civis no Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA)  em Brasília e sugerir o aceno para uma possível troca de informações e liberação de documentos, nada de novo surgiu à tona por parte desta instituição. A FAB se calou perante o assunto e não prestou nenhum esclarecimento público, nem negando, nem afirmando os fatos envolvendo Operação Prato e outras pesquisas militares, mesmo após a imprensa - especializada ou não – trazer à baila constantes, novos e incontestáveis dados a respeito da situação vivida no Pará e noutros Estados vizinhos. Nenhuma informação oficial até hoje foi dada, seja pelo EMFA, FAB, Ministério da Defesa ou qualquer outro órgão implicado à defesa do território nacional. Este seria, ao nosso ver, um dos maiores mistérios da Operação Prato. Por que a FAB teima em se calar, ainda que estamos em tempos de governo democrático? Por que o presidente do Brasil, que procura imprimir no mundo uma imagem democrática, finge não ouvir o clamor da comunidade ufológica para que se abram estas questões e venham a público as explicações oficiais?

 

Segundo informações fornecidas pelo pesquisador Marco Antônio Petit ao também pesquisador Vitório Peret, o relatório final da Operação Prato divulgado ao público através do site da Revista UFO, contendo quase 300 páginas veio  parar nas suas mãos e de Gevaerd, a partir de uma “alta patente da Aeronáutica”. Através deste relatório - que teria “vazado” ao ser repassado aos ufólogos - tido como oficial (sobretudo, porque teria vindo de fontes da Aeronáutica), onde constam desenhos, mapas e muitos depoimentos, além de entrevistas da população local com datas daquela época, é que grande parte dos pesquisadores e do público em geral vieram a ter idéia da dimensão das ocorrências que foram registradas pela equipe da Operação Prato. Vale frisar que o relatório original é acompanhado por mais de 500 fotografias e pelo menos quatro filmagens em super 8. Todo este material deveria estar no COMDABRA em Brasília, porém algumas informações que nos chegaram de fontes independentes, ainda que não precisas, dão conta de que atualmente tais documentos não se encontram mais no Brasil, mas sim, nos Estados Unidos da América do Norte.

 

   

 RECONSTITUIÇÃO DO CHUPA-CHUPA - Acima temos a reconstituição do objeto cilíndrico

chamado comumente de Chupa-chupa. Foram descritos a presença de  dois vultos semelhantes a

seres humanos avistados através de uma janela. No detalhe: a mesma foto, de 1978, sem montagem.

 

CHUPA-CHUPA - A Operação Prato nasceu a partir dos preocupantes ataques desferidos pelo chamado Chupa-chupa à grande fatia da população ribeirinha do Norte, atingindo, mormente, os estados do Maranhão, Pará, Amapá e Amazônia. Segundo informações da época, o epicentro das ocorrências teria sido a região do município de Vigia e Ilha de Colares, situada próxima à Baía de Marajó, local onde o rio Tapajós deságua no oceano Atlântico. Consta que, aterrorizada, a população se trancafiava dentro de casa, unindo-se contra o desconhecido que espreitava seus lares. As pessoas ficavam fazendo barulho, batendo latas e panelas ou soltando fogos de artifício na esperança de assim, afugentar as “assombrações voadoras”. O Chupa-chupa fez diversas vítimas na população local, causando queimaduras cutâneas que cicatrizavam rapidamente e deixava em polvorosa a médica da unidade de Saúde de Colares, Wellaide Cecim de Carvalho, que não tinha uma explicação científica para aqueles diagnósticos. A doutora afirmou em entrevistas concedidas à imprensa que jamais viu algo igual àquilo e frisou também sobre o forte terror psicológico vivido pela população daquela região [veja parte 2 dessa matéria].

 

Segundo as últimas informações das testemunhas, o Chupa-chupa seria uma máquina voadora com as dimensões de um automóvel em formato cilíndrico, lembrando uma lata de óleo de cozinha. O aparato possuiria uma espécie de janela, através da qual algumas testemunhas relataram ter avistado dois vultos de seres semelhantes a humanos.

 

A parte inferior do objeto cilíndrico, que era arredondada, emanava uma forte luz alaranjada e, segundo alguns relatos, a partir desta, surgia um outro feixe luminoso, este era fino, de cor azulada que seguia certeiro à direção das pessoas atingindo-as, geralmente, na região do tórax. Após os ataques, uma pequena marca com furinhos parecendo terem sido feitos por uma agulha, ficava impressa na pele. Em seguida, a vítima sentia fraqueza física e desenvolvia sintomas semelhantes aos da anemia. Não se sabe ao certo se realmente esta máquina era exatamente conforme esta descrição, tampouco se colhia amostras de sangue, como pensam alguns, ou mesmo amostras de tecidos, quiçá ainda, o chamado “fluído vital humano” - como acreditam outros.

 

Com ataques desferidos geralmente à noite, o verdadeiro formato físico do objeto era sempre ofuscado pela intensa luminosidade que saia de sua base, a qual aparece em diversas fotografias feita pela Operação Prato e outros pesquisadores, incluindo, membros da imprensa do Pará, como os jornalistas Biamir Siqueira e José Ribamar dos Prazeres que tiveram uma tenebrosa experiência com uma luz que chegou bem próxima ao veículo deles.

 

Eles puderam fotografar aquilo [abaixo, uma das fotos] e depois venderam o filme para o exterior, mas antes, o material foi confiscado e copiado pelo I Comar – estas são as fotografias mais conhecidas e divulgadas como tendo sido feitas pela Operação Prato, o que não é verdade.

 

As citadas fotos mostram apenas um brilho forte e disforme sobre um fundo escuro. Em algumas imagens este brilho muda de formato, devido ao ângulo em que a foto era batida. Esta intensa luminosidade registrada nas fotos, em verdade, corresponde somente à parte inferior (base) do objeto e não seria o formato de todo o objeto - como que é erroneamente interpretado pela maioria das pessoas.Fato era que os finos raios azulados desferidos pelo Chupa-chupa contra as pessoas realmente danificavam o tecido cutâneo criando queimaduras parecidas com àquelas causadas pela ação de raios laser de última geração que, ao que se sabe, ainda não haviam sido descobertos naqueles anos da década de 1970.

Foto de Biamir Siqueira_

CARTAS DO BARALHO -  Como se sabe, a Operação Prato somente foi efetivada graças à insistência do prefeito e do padre de Colares, que pediram socorro à Aeronáutica, pelo fato de haver objetos voadores não identificados atacando a população regional. Destarte, antes da operação em si, um grupo de militares foi destacado para a Ilha de Colares com o objetivo de executarem levantamentos e pesquisas junto à população.

 

Muitas pessoas foram ouvidas por este grupo acerca dos avistamentos e ataques das luzes, sendo que, um pequeno relatório foi elaborado e entregue ao então coronel Camilo Ferraz de Barros (hoje brigadeiro) ao chefe da operação, à época capitão, Uyrangê Hollanda, que desempenhava também a chefia do A2. Esta primeira junta de militares destacada para a Ilha de Colares que elaborou o relatório entregue ao capitão Hollanda esteve sob responsabilidade do sargento Nascimento, figura que, esporadicamente, viria a participar também da operação em andamento, durante os quase quatro meses que ela durou. Contudo, poucos dados existem a respeito deste membro que, como outros que integraram o A2 durante a operação, preferiram ficar no anonimato e não vir a público prestar quaisquer depoimentos.

 

A Operação Prato mobilizou diretamente mais de 30 pessoas, todas lotadas no I Comar. Eram agentes ou colaboradores do A2, o departamento de Inteligência do I Comando Aéreo Regional da Aeronáutica, destacamento responsável pela execução da operação.

 

O ÁS DE ESPADAS - Ao que sabemos, esteve participando da Operação Prato, pelo menos um civil, contratado e envolvido diretamente com as investigações em campo. Trata-se do piloto Ubiratan Pinón Friás [leia entrevista exclusiva em UFOVIA] que, por sua estreita amizade com os militares e, sobretudo, por ser experiente e deter conhecimento aéreo de toda aquela região, fora contratado para participar da operação militar.

 

Homem de confiança de Hollanda e Flávio, o piloto Pinon concedeu uma longa entrevista a  Vitório Peret, para o Portal UFOVIA, onde contou algumas das passagens “que podem ser contadas”, segundo ele, acerca de seu relacionamento com os membros da operação e dos avistamentos de UFO’s e até alienígenas naquela época e posteriormente. Segundo Pinon, ao ser desfeita a operação, por ordem do brigadeiro Protásio de Oliveira, diversos dos membros de campo, continuaram pesquisando o assunto “por conta própria”. Ele mesmo, por algumas ocasiões após o término da Operação Prato dirigiu diversos militares de alta patente, que vinham de Brasília para Belém, para se observar àquelas inusitadas ocorrências que eram noticiadas ao comando do Estado Maior das Forças Armadas (EMFA) do regime militarista do general Ernesto Geisel, presidente do Brasil.

 Ubiratan Pinon Friás

Segundo algumas fontes, o próprio brigadeiro Protásio, comandante do I Comar, que ordenou a criação e o encerramento da Operação Prato, também participou de alguns avistamentos nas vigílias militares. Segundo fomos informados, Protásio seria – a exemplo de Hollanda – um fascinado por aquelas ocorrências, inclusive, saindo por vezes, aos locais ermos em vigílias individuais noturnas, na esperança de manter algum contato com os prováveis aliens.

 

Também o seu subordinado direto, coronel Camilo de Barros – hoje brigadeiro da reserva – que comandou a operação junto a Hollanda,  teria interagido diretamente com as atividades de investigações ufológicas na selva, chegando a pilotar o helicóptero usado pelo I Comar nas operações ou seguindo de veículo terrestre aos locais designados para montarem vigílias em regiões pré-estudadas.

 

A DAMA DE COPAS - Além dos militares e do piloto civil, outras figuras foram também marcantes e por vezes, coadjuvantes com a situação vivenciada na região de Colares. Uma dessas pessoas é sem dúvida, a médica Wellaide Cecim de Carvalho, recém formada em medicina que naquela época assumia a direção da Unidade de Saúde de Colares. Wellaide reclama o tratamento dado pelas autoridades militares à população local. Além disso, ela declarou em entrevistas concedidas aos jornalistas Carlos Mendes e a revista UFO, que a FAB teria obrigado-a a mentir sobre as ocorrências. Os militares pressionaram a médica a divulgar inverdades, segundo ela, seja afirmando para seus pacientes que tudo se tratava de “delírio coletivo”, seja não informando aos meios de comunicação sobre a envergadura das ocorrências envolvendo vítimas que mal podiam ser diagnosticas pelas vias conhecidas da ciência disponível naquela época.

 Wellaide Cecim de Carvalho

 

A médica assistiu o esvaziamento da Ilha de Colares, quando, no auge das ocorrências, a maioria das pessoas abandonou a cidade, chegando faltar alimentos para aqueles que permaneceram. Com uma intensa experiência junto à patologia dos casos, a doutora afirmou em entrevista a Gevaerd acreditar que o Chupa-chupa ao tocar seres humanos com seu feixe de luz, estaria "roubando" para si, o fluído vital daquelas pessoas.

 Carlos Mendes

O VALETE DE PAUS - Outro personagem de fundamental importância, sobretudo para o esclarecimento da realidade vivida pelas populações vitimadas, mostrou ser o jornalista Carlos Augusto Serra Mendes do jornal O Estado do Pará, hoje extinto. Consta que Carlos Mendes cobriu grande parte dos acontecimentos e trouxe à tona diversos aspectos novos acerca dos casos amazônicos. Em entrevista concedida à Revista UFO, edições 114 e 115 (CBPDV/Editora Mythos-setembro/outubro/2005) ele contou um pouco de seu trabalho jornalístico naquela época. Em sua fala, Mendes mostra outros terrenos, até então, não tornados públicos e relativos à Operação Prato. Entre eles, declara a patente repressão do I Comar à imprensa local, sobretudo aos repórteres mais ousados e interessados em cobrir os fatos, como era o seu caso.

Segundo Mendes, o coronel Uyrangê seria uma pessoa de uma aura bem diferente dessa “carismática” apresentada no meio ufológico e, em verdade, seria ele um dos elementos que mais policiou as informações de seu Estado, impedindo com que a mídia local propagasse os fatos para outras plagas nacionais.

 

Em sua entrevista a Ademar Gevaerd, o jornalista Mendes comenta que “Fazer cobertura dos casos de Chupa-chupa era arriscado porque os militares estavam sempre observando para nos reprimir”. Para ele, o coronel Hollanda seria uma homem mau-humorado, severo, repressivo e pronto a apreender todo e qualquer material que registrasse UFOs ou que pudesse comprometer as estratégias de sua operação. Carlos Mendes, apesar de nunca ter presenciado pessoalmente nenhum avistamento ufológico, mesmo que “corresse atrás” para ver, acredita piamente nos casos, sendo um dos elementos que tratou a casuística paraense com apurada isenção a partir do ponto de vista jornalístico.

 

 Sargento João Flávio

O CURINGA - Uma das figuras mais queridas por todos e sempre lembrada com saudosismo pelos amigos, pesquisadores e simpatizantes do assunto é, sem dúvida, a do sargento João Flávio da Costa, que muitos acreditam, se tratar do “espírito” da Operação Prato em pessoa.

 

Flávio era dono de habilidades polivalentes, entre elas a do desenho e da fotografia.

 

Flávio filmou e fotografou inúmeros UFOs e OSNIs (Objetos Subaquáticos Não Identificados), inclusive, numa das ocasiões, ao lado de Vitório Peret (integrante da Operação Trilha) que era seu amigo dileto. Peret nos contou que estavam na Praia de Machadinho, quando surgiu um objeto voador descendo sobre as águas mar, ao que, preparado com a filmadora super 8, Flávio pôde registrar a incrível manobra do estranho objeto.

 

Segundo Peret, aquele avistamento foi uma das passagens mais incríveis que pôde presenciar durante as vigílias que participou ao lado dos integrantes da Operação Prato no fim dos anos 70. Provavelmente, este filme registrando um autêntico OSNI no rio Tapajós, feito em plena luz do dia, está sob sete chaves nos arquivos do COMDABRA em Brasília – ou pelo menos, deveria estar.

 

 

Exímio desenhista, Flávio legou também às pesquisas e investigações sobre os UFOs na Amazônia inúmeros desenhos, onde aparecem em alguns, seres alienígenas ou inusitadas máquinas voadoras fora do convencional. Fez de próprio punho, diversos mapas das regiões onde eram ou seriam realizadas as vigílias do grupo.

 

Através dos trabalhos de pesquisa da Operação Trilha, descobrimos recentemente que o sargento João Flávio cursou a temida Escola das Américas (School of Arts) durante aquele período militarista que atravessava o Brasil naqueles longínquos anos 70. Conforme mostra documento exposto no site da School of Arts - Watching (SOAW), entidade que combate os métodos desumanos da SOA, além de promover o seu fechamento [veja parte 2 dessa matéria], o sargento João Flávio e diversos outros militares brasileiros dos anos 60 cursaram a escola militarista norte-americana - famigerada por empregar métodos de tortura e humilhação – e supostamente ligada a CIA e NSA, como defendem alguns. Prática esta - poder-se-ia dizer -, natural àquela época, visto que o governo militarista brasileiro estava intimamente ligado ao governo norte-americano que, como defende diversos historiadores, teria sido o elemento insuflador da revolução militar de 1964, que levou o país a viver por quase 21 anos em rígido sistema militarista, que matou, perseguiu e censurou milhares de brasileiros.

 

Mesmo com praticamente todos os pesquisadores da Operação Prato obtendo acesso a estes novos levantamentos, nenhum deles, até o momento (exceto pessoas ligadas diretamente a Operação Trilha), seja reservadamente ou publicamente, ousou comentar sobre as possíveis implicações que residem por detrás desse dado. O fato de o homem responsável por grande parte da estratégia da Operação Prato ter cursado “contra-inteligência” da School of Arts, sugere no mínimo que, o relacionamento e, talvez, o acompanhamento de órgãos ligados ao governo norte-americano era patente. Muitos pesquisadores parecem ignorar este fato implicante, em verdade, em todo o conteúdo registrável da Operação Prato nos moldes em que ela é vista publicamente, bem como de todas as declarações extra-oficiais emitidas a respeito, posteriormente, pelas pessoas envolvidas diretamente nos fatos em questão.

 

Flávio, assim como o seu colega e amigo Uyrangê Hollanda, teria sido portador de um implante alienígena num braço, certamente colocado em seu corpo em estado inconsciente - pois, ao que se saiba, nunca declarou ter sido abduzido ou mantido algum contato consciente com aliens. Quem garantia isso era o próprio Hollanda e ainda, corroborado pelo piloto Pinon em sua entrevista a UFOVIA, ao dizer que Flávio se sentia incomodado com o artefato instalado sob a pele do braço, chegando a mexer por vezes nele. Acreditam alguns que isso teria sido a causa de sua inexplicável morte.

 

Segundo relatou o piloto Ubiratan Pinon (que era amigo e conterrâneo de Flávio) na citada entrevista, o agente militar padeceu de uma morte bastante estranha, aparentemente sofrida e inexplicável. Segundo lhe informou a esposa de Flávio, pouco antes de sua morte, seu marido teria entrado num processo de profunda depressão e alienação. Ela contou que Flávio ficava a chorar constantemente e não se comunicava com ninguém, como se tivesse se desligado do mundo exterior. Segundo Pinon, os sintomas observados eram semelhantes aos das pessoas que sofrem algum tipo de derrame cerebral, neste caso, sem manifestar paralisação de quaisquer membros de seu corpo.

 

Coronel Uyrangê Hollanda

O REI DE OUROS – Não menos misteriosa e chocante foi a morte de Uyrangê Hollanda, que tornou-se motivo de acirradas discussões entre pesquisadores e simpatizantes do assunto. Em 02 de outubro de 1997 Uyrangê Hollanda teria se enforcado no quarto de sua casa, situada num condomínio em Iguaba, pequena cidade do litoral carioca. No momento do suicídio, estavam em casa a sua filha e uma enteada. O coronel que estava afastado da FAB há sete anos e que há menos de dois meses de sua morte havia concedido uma bombástica entrevista à Revista UFO narrando detalhes estarrecedores de seus avistamentos e registros na selva. Recentemente, acessamos informações que asseguram que, para se matar, ele teria usado uma corda  e não o cinto do roupão de banho, como fora divulgado anteriormente. Com uma extremidade da corda presa ao pescoço e outra à cabeceira da cama ele teria subido sobre a cabeceira e saltado no vão, ao lado de sua cama.

 

Sua morte teria sido causada por asfixia, devido ao fato de ter quebrado o pescoço e não por enforcamento, como se supõe. Consta que, no momento do suicídio a filha e a enteada o encontraram-no já morto ao lado da cama e, inclusive, alguns vizinhos também teriam visto seu corpo ainda no quarto, logo após o suicídio.

 

Fatos implicantes vêm reforçar a teoria de que não teria ocorrido suicídio (como defende parte considerável dos pesquisadores do assunto), mas sim, assassinato. Recentemente, uma nova teoria vem surgindo, dando conta de que não teria havido morte alguma (pelo menos, naquela época) e que o coronel teria se safado do país com outra identidade, visando com isso, encerrar de vez o assunto “Operação Prato”, vez que a FAB já saberia de antemão sobre a natureza daqueles fenômenos e tudo mais que estava a ocorrer de misterioso na região Norte do Brasil e, por algum motivo, não desejaria tornar públicos tais fatos.

 

Dos detalhes mais reflexivos que acercam a morte do coronel fica algumas incógnitas: Há quem afirme que ele estava sofrendo de alcoolismo e afundado em dívidas. Mas soubemos que, poucos meses antes de sua morte, o coronel teria vendido um caríssimo apartamento que possuía na orla marítima e mudado para uma modesta casa em Iguaba, local em que veio falecer. Há também, informações de que Hollanda se desfez de outros patrimônios pessoais, pouco antes do dito falecimento.

 

Sobre a polêmica da morte do coronel Hollanda, um dos colaboradores anônimos (de alta confiabilidade) da Operação Trilha, que recentemente pesquisou diversos aspectos do suposto suicídio de Hollanda, nos forneceu algumas informações bastante interessantes que vêm a seguir. Este nosso informante, após visitar a cidade de Iguaba e fazer diversas constatações, nos afirmou: “Agora sim, estou absolutamente convencido da morte do coronel Hollanda. Conversei com inúmeras pessoas nas proximidades da residência dele e pude verificar diversos detalhes”. 

 

Alguns novos detalhes levantados e verificados in loco,

pelo nosso informante no Estado do Rio de Janeiro:

 

1) Hollanda mudou-se para Iguaba em 1997. Residiu primeiramente num prédio de nome “Solar das Rosas”, no apartamento nº 301, de frente para a praia. Não foi possível saber de onde havia chegado para residir em Iguaba, se de Belém ou de Cabo Frio;

 

2) O coronel morou neste imóvel nobre por sete meses. Segundo nosso informante, ele estava inteiramente endividado, a ponto de os credores baterem à sua porta com freqüência e não serem atendidos;

 

3) Não possuía nenhum amigo, ninguém lhe visitava e assim, vivia seus dias em profunda depressão;

 

4) Freqüentava um barzinho a 20 metros de seu condomínio e lá banhava a alma na cerveja diariamente.

LOCAL DO SUICÍDIO - Esta casa em Iguaba foi a última residência de Hollanda.

O coronel teria se suicidado no quarto assinalado pela seta acima.

 

Segundo nosso informante, passados sete meses o coronel mudou-se para outro endereço, num condomínio bem simples chamado “Dom Vital 1” [foto acima]. Por esta ocasião, sua visível depressão aumentava cada vez mais. A mudança teria sido feita com a intenção de livrar-se, pelo menos temporariamente, dos credores que lhe procuravam constantemente, contudo, jamais foram reveladas as origens de tais débitos contraídos pelo coronel.

 

Afirma nosso informante sobre o suicídio que, de acordo com pessoas presentes no interior da casa no momento em que chegaram a polícia e os bombeiros, não estaria correta a descrição conhecida e divulgada oficialmente acerca da morte do coronel. Vizinhos que adentraram a residência e foram ao andar superior onde Hollanda teria se suicidado, observaram que ele estava com uma "corda mesmo" no pescoço e não com o cinto do roupão de banho, conforme consta na versão divulgada.

 

A morte de Hollanda deverá ser perpetuamente, um ponto obscuro contendo improváveis esclarecimentos, sobretudo pelo fato de sua família não mais ser localizada (exceto os irmãos), após sua morte e, certamente, mesmo se o fosse, não desejaria prestar nenhum esclarecimento a respeito do assunto.

 

OUTRAS CARTAS DO JOGO – O pesquisador Daniel Rebisso Giese [leia entrevista exclusiva em UFOVIA], também foi sem dúvida, um dos mais destacados pesquisadores dos casos amazônicos. Autor do primeiro livro a abordar os fenômenos amazônicos Vampiros Extraterrestres na Amazônia (Independente, 1991), pesquisou de perto as notórias ocorrências de uma forma desenvolvida por poucos pesquisadores. Outro que merece destaque nas pesquisas destas ocorrências é amazonense Manoel Gilson Mitozo, que percorreu alguns pontos da imensa região amazônica e constatou casos incríveis, alguns dos quais, publicados no passado pela Revista UFO. Também o norte-americano Bob Pratt [leia entrevista exclusiva em UFOVIA], não pode deixar de ser citado como carta de destaque neste baralho ufológico. Pratt que mantém o site www.bobpratt.org disponibilizando diversas informações acerca dos casos brasileiros é autor do livro Perigo Alienígena no Brasil (CBPDV/Revista UFO) que destaca inúmeros casos ocorridos em uma grande região visitada por ele. Inclusive, viajou ao lado de Flávio, Hollanda e Pinon para localidades distantes, situadas a oeste de Belém. Rebisso e Pratt são convictos - assim como a maioria dos pesquisadores do assunto -, de que a causa dos fenômenos amazônicos seja de natureza extraterrestre.

NATUREZA DOS FENÔMENOS – As ocorrências da Operação Prato se mostram “endêmicas”, haja vista a atitude peculiar, abundante e fria, onde configuram-se máquinas voadoras desconhecidas agindo e atacando seres humanos em regiões economicamente pobres ao Norte do Brasil.

 

Populações paupérrimas estiveram às voltas com manifestações de violência, pavor, terror e muito medo. Cidadãos brasileiros sofreram queimaduras, algumas escoriações, contusões e lesões ao tentarem se safar da perseguição das luzes em locais ermos da selva.

 

Contudo, nada mais foi feito pelas autoridades regionais que o envio de militares – e não de cientistas ou pesquisadores desta casuística – que percorreram as localidades mais queixosas dos ataques.

 

Em verdade, nos parece que a Operação Prato, apenas foi uma espécie de satisfação social (que, a bem da verdade nem foi dada, pois nada de oficial foi declarado pela FAB até hoje) ao povo local, levando militares e seus aparatos tecnológicos, aviões e veículos em meio às localidades reclamantes, fazendo parecer que tal operação se dava apenas para se criar uma imagem de segurança junto ao povo aterrorizado. Somente após certa insistência das autoridades locais é que a FAB enviou agentes para sondar as ocorrências, quando, de fato, isso deveria ter sido feito bem anteriormente de soar os alarmes populares, se é que existia na época (ou desejavam prestar de fato), um serviço de qualidade por parte dos vigilantes da Segurança Nacional.

   

Desenho do sargento Flávio mostrando UFO tripulado semelhante aos descritos como Chupa-chupa._

 

Verdade é que, o país foi violado, seja pelo o que for e ainda nada foi explicado, mesmo após passadas décadas. A forma rudimentar com que foi deflagrada a Operação Prato e os diversos dados divulgados anos depois, nos faz refletir sobre alguns aspectos tidos como “oficiais” e verídicos que, trazidos à luz de análises menos passionais, se mostram bastante discutíveis. Mesmo sem se deter quaisquer provas de que, de fato, os seres que operavam tais máquinas voadoras (algumas possivelmente teleguiadas e em forma de sondas não tripuladas) seriam de fato, extraterrestres vindos de civilizações cósmicas mais evoluídas que a nossa, muitos pesquisadores e integrantes da operação asseguravam o fato. Ao nosso ver, os militares pecaram ao virem de forma oficiosa, fechar esta questão ao afirmarem com total veemência de que aqueles aparatos voadores se tratavam mesmo de “coisas de outro mundo”.  No entanto, nem a FAB nem qualquer outro órgão da Segurança nacional veio de forma oficial corroborar esta opinião oficiosa dos integrantes e da maioria dos pesquisadores da Operação Prato, incluindo os mais ilustres.

 

Conforme descreve Daniel Rebisso em sua entrevista concedida ao portal UFOVIA, naquela época, as pessoas cogitavam que os fenômenos poderiam ser de tudo, desde experimentos de norte-americanos, russos ou até japoneses... Também Ubiratan Pinon afirma que os próprios integrantes da Operação Prato, a princípio, levantavam diversas possibilidades sobre a natureza terrestre das ocorrências, mas, contudo, pela forma com que os objetos se manifestavam (eram naves de dimensões variadas, inclusive, algumas enormes, fazendo manobras fora do convencional etc) eles acreditam seguramente que se tratassem mesmo de tecnologia extraterrestre.

 

Outros pesquisadores já apontam para a possibilidade terrestre como explicação para os casos. Sugerem que os veículos não identificados, aéreos e anfíbios (que na verdade tinham o poder de operar como aeronave e submarino, simultaneamente) seriam aparatos secretos que, naquela época, estariam sendo desenvolvidos por potentes nações terrestres. Assim, estes equipamentos, veículos e armas estariam sendo testados em povos pobres, residentes na região Norte (e parte do Nordeste) do Brasil, além de alguns países da América Central e até no México. Isso explicaria a intensa onda de mutilação de animais ocorrida nestas regiões em parte dos anos posteriores, adentrando as décadas de 80 e 90, quando da “explosão”  dos casos de mutilação do chamado Chupacabras. Geralmente, quando ocorridos em animais os casos eram atribuídos ao Chupacabras, um possível animal desconhecido que, em verdade, ninguém nunca o viu comprovadamente. Os casos ocorridos em seres humanos no Pará, por exemplo, receberiam o nome de “Chupa-chupa”, mas, seguramente, se os mesmos viessem a ocorrer em animais, seriam então rotulados de Chupacabras. Ou seja, é provável que a fonte de ataque a animais e humanos registrada nas citadas regiões fosse exatamente a mesma.

 

Uma antiga base da USAF no Estado do Amapá é vista com desconfiança por alguns pesquisadores. Para estes, a citada base militar estrangeira poderia ter algum envolvimento direto com as ocorrências apavorantes. Segundo informações que obtivemos através de Ubiratan Pinon, esta base (que já foi usada por ele como piloto) está desativada há vários anos e se tratava de um ponto de suporte aos submarinos norte-americanos que passavam por aquela região na época da Segunda Guerra Mundial.

 

Também o fato de a FAB se portar de forma tão apática ao se negar vir a público, seja para assumir ou repudiar esta questão, faz o bom senso de alguns pesquisadores desconfiar de que, talvez, o governo brasileiro daquela época já soubesse de antemão o que estaria se passando naquelas plagas. Mesmo que o assunto seja de Segurança Nacional ou que haja outro dispositivo para retê-lo à opinião pública, faltou o “carimbo oficial da FAB”, seja para reconhecer ou desconhecer os cernes da conturbada questão. Contudo, ainda assim, esperamos, que nestes tempos onde sopram ventos mais democráticos, nossas autoridades governamentais se mostrem flexíveis e venham a público, mesmo que quase 30 anos após o término da Operação Prato, prestar ao povo brasileiro explicações que lhe pertence.  

 

MADE IN BRAZIL? - Mesmo não afirmando plena convicção, seja da natureza terrestre ou extraterrestre dos fenômenos, o pesquisador, consultor para a Revista UFO e UFOVIA e mestre em História pela Unesp, professor Cláudio Tsuyoshi Suenaga inseriu um adendo bastante interessante relativo à “Questão Prato”, justamente, em sua dissertação de mestrado, proferida há quase 10 anos.

 

Suenaga que é um dos mais atentos, cautelosos e bem informados pesquisadores – como já o era na época da citada dissertação – aventa a hipóteses sobre a exploração das riquezas minerais amazônicas (leia parte 1 dessa matéria). O pesquisador destaca os ricos mananciais da região, que podem despertar muitos interesses escusos. Em sua dissertação de mestrado, Suenaga parece ver com reservas a possibilidade de que as manifestações e ataques provenham exclusivamente de fontes extraterrestres, mas sim alienígenas, que, no caso, poderiam se tratar de brasileiros mesmo. A seguir, reproduzimos trecho pertinente, extraído com autorização de Cláudio Tsuyoshi Suenaga, da sua dissertação de mestrado.

“(...) Para outros, os fenômenos deviam-se às operações do Projeto Radam. De concreto, temos a lembrar que em agosto de 1977 inaugurou-se a primeira etapa das obras da hidrelétrica Curuá-una, a 70 km de Santarém. O jornalista Álvaro Martins selecionou três explicações plausíveis: Os UFOs eram aparelhos de sondagem petrolífera pertencentes a Petrobrás, artefatos secretos militares ou, conforme os moradores de Viseu, ‘artifícios utilizados por contrabandistas internacionais – comandados por agentes franceses operando sigilosamente junto à ilha do Meio e às margens dos rios Umurajó e Emborai (PA) – para afugentar curiosos das áreas da extração de areia monazítica’. O Pará é um Estado riquíssimo em minérios. Na serra dos Carajás há uma reserva de ferro calculada em 18 bilhões de toneladas, com teor de pureza de mais de 60%, além de cobre (1 bilhão de toneladas), manganês (56 milhões), bauxita, níquel e ouro. O Estado possui reservas de cassiterita, calcário, chumbo, molibdênio e talco. No Médio Amazonas, a Petrobrás descobriu uma das maiores bacias de sal-gema do mundo, que se estende de Montes Claros ao Estado do Amazonas. Analisando detidamente os relatos, depreendemos que a quase totalidade dos UFOs correspondem ao feitio de armas secretas norte-americanas. Portanto, não descartamos que testes estivessem sendo conduzidos justamente nessa área remota e desolada do Brasil – haveria lugar mais perfeito para tanto? – sob a fachada extraterrestre.  Além de esferas luminosas, muitos reportaram naves em forma de helicópteros, pipas, peixes e arraias. O colono Oswaldo Pinto de Jesus, 45 anos, do pequeno vilarejo Coração de Jesus, interior de Vigia/PA, declarou no final de outubro de 1977: ‘Na época do ‘chupa’, a gente ouvia muita conversa sobre o tal aparelho que andava rondando a vila de Santo Antônio de Umbituba, até que apareceu em Coração de Jesus. Na madrugada de um fim de semana, minha mãe (Maria Assunção) viu o aparelho e nos chamou. Aquilo voava devagar, sem fazer barulho. Visto de baixo parecia um helicóptero. Tinha muitas luzes coloridas na cauda e um foco bem forte na ponta. Como se notasse a nossa presença, o objeto apagou as luzes e desapareceu na escuridão (...)”.

De forma corajosa e sem medo de navegar contra a “maré da maioria”, o professor Suenaga exprime aqui uma pequena mostra de sua responsabilidade informativa e comprovado bom senso, ao abordar tão delicado (às vezes, difamado) assunto já no início de sua vida acadêmica. Mostra também, que a teoria terrestre (TT) para se justificar os fenômenos amazônicos não é nenhuma novidade, tampouco foi levantada ou é patrocinada pela Operação Trilha, como acreditam alguns.

  

 

 

Projeto Radam da Amazônia

 

Criado em 1970, o Projeto Radam da Amazônia teve como objetivo realizar o levantamento dos recursos do solo e do subsolo da Amazônia. Com o auxílio de um avião equipado com radar e instrumentos específicos, obtiveram-se imagens por sensoriamento remoto. A partir de 1975, já com o nome de Radam Brasil, foi ampliado para cobrir todo o território brasileiro, o que permitiu um completo mapeamento cartográfico, geológico, geomorfológico, pedológico (solo), de vegetação e do potencial da terra. Esse projeto permitiu um maior conhecimento do território nacional em suas potencialidades, ou seja, em suas possibilidades minerais, tipos de solo, relevo, associações vegetais, etc.

 

POLAMAZÔNIA - Tendo como base o Projeto Radam, foi criado, em 1974, o Projeto Polamazônia (Programas de Pólos Agropecuários e Agrominerais da Amazônia). Seu objetivo era estabelecer quinze áreas ou lugares, no espaço amazônico, para a exploração pecuária, agrícola, florestal e mineral.

 

Este é apenas um exemplo dos muitos projetos que existem na Amazônia, referente à implantação de grandes empresas agropecuárias na Região. A agropecuária Suiá-Missu estabeleceu-se numa parte do Araguaia mato-grossense, abrangendo quase 700 mil hectares de terras.

 

Essa área era ocupada por duas tribos xavantes. Após muitos encontros com os indígenas, presentes foram oferecidos para acalmá-los. Posteriormente, a cada dia era oferecido um boi para os indígenas. Mas isso estava ficando caro para a Suiá-Missu. Resolveu-se, então, transferi-los. "Os Xavantes foram transportados em avião da FAB (Força Aérea Brasileira), em número de 263, tendo morrido boa parte deles em poucos dias depois de chegados a São Marcos, vitimados por uma epidemia de sarampo".

 

* Fonte: www.projeto.radam.nom.br

Outros  pesquisadores do assunto sejam eles céticos em extraterrestres ou não, apontam para diversos fatores que implicariam na possibilidade terrestre como causa das ocorrências. Por exemplo, em anexo ao relatório da Operação Prato, consta um desenho feito por Carlos Avad mostrando um UFO triangular que hoje pode-se dizer, é idêntico aos “aviões invisíveis” do tipo B-2 ou Stealth (porém, estes seriam “inconcebíveis” naqueles anos 70 - conforme acreditam alguns pesquisadores). Avad avistara o tal objeto sobre a praia do Arariá, em Santarém/PA. Além disso, outras aeronaves que hoje possuem formatos futuristas como deltas, triangulares, ovóides ou discóides eram completamente desconhecidas naquelas épocas e tais formatos eram constantemente narrados como sendo de UFOs. Algumas destas aeronaves, somente foram reveladas ao público há poucos anos. Em realidade, alguns dos desenhos oficiais retratando UFOs pela Operação Prato podem, de fato, serem associados a algumas modernas aeronaves contemporâneas.

 

Nos UFOs apresentados e descritos são apontados também, além de seus formatos, diversos detalhes associados às aeronaves secretas de última geração, hoje em poder de pequenos grupos nacionais, quiçá, multinacionais. Alguns defendem que diversos sistemas de navegação e combustão fora do convencional – que já se encontrariam em plena atividade - vêm sendo testados há várias décadas pelos países mais evoluídos tecnologicamente. Diversos dos recursos da tecnologia de aviação vigente que há 30 anos eram vistos como impossíveis, impraticáveis ou se realizados, “milagrosos”, hoje não passam de práticas científicas explicáveis até para crianças de qualquer curso primário.

 

DESENHOS EM FOTOS - Um novo e interessante dado nos veio através de um conciso e cientificista  pesquisador a que não estamos, porquanto, autorizados a divulgar o seu nome. Ele que é adepto ferrenho da teoria extraterrestre (TE) como explicação para os casos, desenvolve um trabalho de pesquisa sobre os aspectos fotográficos registrados pela Operação Prato e afirma que em várias fotografias originais a que teve acesso, constava nos versos das mesmas, desenhos complementares às imagens registradas.

 

Segundo análise grafológica desenvolvida por tal pesquisador nestes desenhos, constatou-se que os mesmos foram feitos pelo próprio coronel Hollanda e neste caso, não pelo desenhista oficial da operação, o sargento Flávio. Esta medida de desenhar no verso das fotos, segundo o pesquisador anônimo, se deu pelo fato de que, ao avistarem o objeto a olho nu, eles já sabiam que algumas partes do mesmo não seriam registradas na fotografia – pois, como dissemos a pouco – já que seriam ofuscadas pela intensa luz localizada na base do mesmo, impedindo de se vislumbrar o que havia acima dessa luminosidade. Sendo assim, Hollanda teria achado por bem, desenhar no verso das fotos detalhes intrínsecos dos respectivos objetos fotografados.

 

Segundo este pesquisador, em diversos desses desenhos feitos nos versos de fotografias (pelo menos, mais de uma dezena), há detalhes bastante interessantes acerca dos objetos, tais como possíveis antenas, ranhuras, dispositivos, protuberâncias e aberturas, que – acrescentamos - dentro de um certo bom senso, podem ser interpretados como equipamentos desenvolvidos por engenharia terrestre.

   

 Desenho do sargento Flávio mostrando um UFO com formato parecido com asa delta._

 

O paulista radicado em Araxá, Minas Gerais, Fábio Bettinassi, publicitário, pesquisador da aviação e em Ufologia, coordenador e idealizador da Operação Trilha é outro que vê com reservas a hipótese extraterrestre como única justificativa da questão.

Para ele, o fato de  que  as  naves e objetos subaquáticos avistados naquela época promoverem manobras e deterem formatos inusitados não justifica, por si somente, a natureza extraterrestre destes aparatos. Além disso, Bettinassi desenvolveu um estudo onde pesquisou as ações dos raios desferidos pelo Chupa-chupa e os associou aos raios laser de última geração, descobertos há poucos anos, como o da cor azul, por exemplo.

Logicamente, nos idos dos anos 70 tal recurso seria impraticável, mas, assegura, o pesquisador, “Nada impede de que o laser azul e outros raios popularizados hoje em dia já teriam sido desenvolvidos de forma secreta por algum país já àquela época”. Em sua matéria intitulada “A 'Luz Chupa': as similaridades com os raios laser” [disponível em UFOVIA], dentre outros levantamentos realizados acerca do assunto que a intitula, o pesquisador associa os tipos de queimaduras sofridas pelas vítimas (do Chupa-chupa) e descritas pela doutora Wellaide Cecim, com as queimaduras cutâneas provocadas pelos raios laser de última geração.

 

Concluiu que, uma coisa é certa, segundo Bettinassi, a necrose cutânea provocada pelos raios laser de última geração se dá de forma absolutamente rápida, coincidindo plenamente com àquelas observadas e narradas nos casos que, estupefata a doutora Wellaide constatou em 1977 e 1978 na região de Colares, os quais, teria sido proibida de torná-los públicos.

 

Bettinassi alerta também para a riqueza mineral localizada no subsolo dos Estados do Pará e do Amapá, mormente. Destaca a presença de minerais nobres e “futuristas” como o nióbio e o urânio, entre outros. Inclusive, o autor nos afirmou reservadamente que pesquisou sobre uma possível “mina clandestina” de urânio, situada naquela região, da qual teria saído vários quilos do precioso mineral em forma de contrabando. Segundo nos informou, um quilo de urânio no mercado paralelo custa US$ 40 mil e frisa: “Com um quilo deste mineral enriquecido, dá para se fazer uma bomba que cause estragos devastadores dentro de qualquer cidade do mundo”.

 

Outros fatores também corroboram para uma possível natureza terrestre dos fatos, inclusive, podendo também os fenômenos se tratar – segundo defende alguns – de manobra de despitamento (disfarce), quando, em verdade outras atividades clandestinas (terrestres) estariam ocorrendo na região, sem que ninguém pudesse dar conta da realidade. Sendo assim, acuadas e atordoadas, as pessoas abandonavam as praias e determinados locais públicos e se trancavam em suas residências. Esta possibilidade foi comentada por Daniel Rebisso em sua entrevista a Peret - que, apesar de comentá-la a descarta como pesquisador.

 

Passados exatos 28 anos do início da Operação Prato as perguntas ainda jorram como as cachoeiras do rio Tapajós e as fontes destas águas informativas não param de fluir novos dados. No entanto, com o avançar dos anos sobre a indefinida questão, fica para trás uma população lesada que já esquece os fatos que atormentaram as pessoas no passado. Hoje, tudo aquilo não passa de objeto de estudo, agora não mais somente de cunho ufológico, mas social e inerentes a segurança territorial do país. As informações dão conta que ainda nos dias atuais ainda existe uma atividade desconhecida na região, manifestada em UFOs e periféricos menores.

 

Informações que acabam de nos chegar, vindas de um outro informante da Operação Trilha, este residente na região de Belém/PA, afirmam que, “Ao ser abordada pelo programa ‘Linha Direta’, a Operação Prato fez todo mundo novamente ver luzes em Colares. Pode até ser, mas particularmente não estou acreditando muito, primeiro, porque, diferentemente daquela época a tecnologia avançou muito e ninguém teve ainda sequer condições de filmar ou fotografar as tais aparições; segundo porque pode ser só uma jogada de marketing para fomentar o turismo da região”.

 

Seja como for, a cada pá cheia de assunto que jogamos na mídia, muito pode ser garimpado, se quisermos buscar os rumos que apontam à verdade dessa questão. A verdade que pertence a um país, a um povo. A verdade que merece ser entregue de bandeja pelas competentes autoridades nacionais à sociedade brasileira que - assim como nós –, deseja apurar a realidade dos fatos em torno dessas tão insólitas ocorrências.

 

 Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br), webmaster do portal UFOVIA

   (www.viafanzine.jor.br/ufovia.htm) e coordenador da Operação Trilha.

 

- Colaboraram: Fábio Bettinassi (de Araxá/MG) e Vitório Peret (do Rio de Janeiro/RJ).

 

- Dados Bibliográficos:

 

- Alberto Romero (Correspondência pessoal a Pepe Chaves - Salvador/BA, 1998)

- Bob Pratt (Livro “Perigo Alienígena no Brasil - Perseguições, Terror e Morte no Nordeste”/CBPDV, Campo Grande/MS).

- Bob Pratt (Entrevista Uyrangê Hollanda - Estado do Rio de Janeiro/1997).

- Carlos Alberto Machado (Entrevista Fernando Grossman/’Olhos de Dragão’ – Cipex, Curitiba/PR, 2001).

- Cláudio Tsuyoshi Suenaga (Entrevista Fernando Grossman/UFOVIA – São Paulo/SP, 2000).

- Cláudio Tsuyoshi Suenaga (Troca de informações).

- Daniel Rebisso Giese (Livro “Vampiros e Extraterrestres na Amazônia”/Do autor, Belém/PA).

- Departamento de Aviação Civil-DAC (www.dac.gov.br ).

- Fábio Bettinassi (Estudos conjuntos e troca de informações).

- Força Aérea Brasileira (Portal oficial da FAB http://www.fab.mil.br/portal/index.htm).

- Jornal ‘O Liberal’ (Entrevista Drª Wellaide Cecim de Carvalho - Belém/PA, 2004).

- Operação Trilha (www.viafanzine.jor.br/trilha.htm).

- Pepe Chaves (Artigo “Assombrações Luminosas na Selva” - parte 1/UFOVIA, Itaúna/MG, 2004).

- Pepe Chaves (Entrevista Bob Pratt/UFOVIA – EUA/Brasil, 2005).

- Pesquisas concedidas por Fábio Bettinassi e Vitório Peret.

- Portal SOAW (http://www.soaw.org).

- Portal UFOVIA (www.viafanzine.jor.br/ufovia.htm).

- Relatos verbais obtidos com diversos ufologistas e pesquisadores.

- Revista UFO nºs 56, 57, 101 (Entrevista concedida por Uyrangê Hollanda a A. J. Gevaerd e Marco A. Petit).

- Ubiratan Pinon Friás (Entrevista concedida a Vitório Peret/UFOVIA, Belém/PA, 2005).

- Vitório Peret (Estudos conjuntos e troca de informações).

- Vitório Peret (Artigos "Casos do Norte"/UFOVIA, Rio de Janeiro/RJ, 2005).

 

- Imagens:

- Bola de luz na Baía do Sol: Fotomontagem de Pepe Chaves.

- Vítima do Chupa: Arquivo revista UFO.

- Drª Wellaide Cecim de Carvalho: Foto do Jornal 'O Liberal'.

- Ovelhas Mortas: Foto de Jair Ferreira/Tribuna do Norte, do livro 'Olhos de Dragão', de Carlos A. Machado.

- Mapa da região de Belém: Arquivo Operação Trilha.

- Imagem com logomarca da FAB: Site oficial da Força Aérea Brasileira.

- Duas fotografias de UFOs durante a OP: Operação Prato/FAB.

- Foto da Baía do Sol: Arquivo Via Fanzine.

- Reconstituição de contato: Ilustração de João Flávio de Freitas Costa.

- Logomarca da Operação Trilha: Divulgação.

 

Agradecimentos especiais:

Bob Pratt, Daniel Rebisso Giese, Cláudio Tsuyoshi Suenaga,

Carlos Alberto Machado, Mário Rangel, Vitório Peret, Fábio Bettinassi, Rogério Chola, Paulo Santos, Ubiratan Pinon Friás,

Luiz Petry, Drª Wellaide Cecim de Carvalho, Alberto Romero, jornal ‘O Liberal’,

Comando da Força Aérea Brasileira (FAB), Comando do I COMAR-Belém/PA, Comando do COMDABRA-Brasília/DF,

todos os membros e apoiadores da Operação Trilha, aos amigos de Belém/PA.

 

 

OUTRAS PARTES DESSA MATÉRIA:

 

PARTE 1                             PARTE 2

 

Produção: Pepe Chaves

  © Copyright 2004-2005, Pepe Arte Viva Ltda.

 

 

 

 

Para saber mais sobre Operação Prato

e outras questões pertinentes:

 

Assombrações luminosas na selva (parte 1) – matéria de Pepe Chaves:

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/exclusivo.htm

 

Assombrações luminosas na selva (parte 2) – matéria de Pepe Chaves:

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/prato.htm

 

Assombrações luminosas na selva (parte 3) – matéria de Pepe Chaves:

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/prato3.htm

 

Entrevista de Ubiratan Pinon Friás ao portal UFOVIA - parte 1 (Por Vitório Peret)

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/entrevpinon1.htm

 

Entrevista de Ubiratan Pinon Friás ao portal UFOVIA - parte 2 (Por Vitório Peret)

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/entrevpinon2.htm

 

Entrevista de Daniel Rebisso Giesse ao portal UFOVIA - (Por Vitório Peret)

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/entrevistas3.htm

 

A 'Luz Chupa': As similaridades com os raios laser (Por Fábio Bettinassi)

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/pesquisa.htm

 

Casos do Norte - Matérias de Vitório Peret (Casos locais)

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/casosdonorte.htm

 

Entrevista de Bob Pratt ao portal UFOVIA (Operação Prato):

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/entrevistas4.htm

 

Entrevista de Fernando Grossman ao portal UFOVIA (Aliens predadores):

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/entrevistas.htm

 

Site oficial de Bob Pratt:

http://bobpratt.org

 

Site oficial da Força Aérea Brasileira (FAB)

http://www.fab.mil.br/portal/index.htm

 

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Visite a página oficial da Operação Trilha:

http://www.viafanzine.jor.br/trilha.htm

 

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