Sem limite
Em órbita: Segundo ATV recebe nome de Johannes Kepler Astrônomo alemão Johannes Kepler é homenageado pela ESA. Por José Ildefonso Pinto de Souza
O ATV Johannes Kepler será de fundamental importância para a ISS.
O Centro Espacial Alemão (DLR) propôs, oficialmente, à Agência Espacial Européia (ESA), batizar o segundo veículo de transferência automático (ATV), de Johannes Kepler, em homenagem ao astrônomo e matemático alemão. A próxima nave de missão logística da ESA deverá ser lançada para a Estação Espacial Internacional em meados de 2010.
O nome foi proposto pela sociedade Johannes Kepler da cidade natal do astrônomo, Well der Stadt, próxima a Stuttgart. Várias personalidades das áreas política e científica alemãs, em particular, o astronauta Thomas Reiter, apoiaram a iniciativa. O ATV Johannes Kepler está sendo construído na EADS Astrium, em Bremen, Alemanha.
Johannes Kepler (1571-1630)
Foi um astrônomo e matemático alemão, conhecido, sobretudo, pela descoberta das leis de movimento dos planetas. Tendo começado a sua carreira como professor em Graz, mudou-se para Praga onde trabalhou com o astrônomo dinamarquês Tycho Brahe.
Só lembrando, este ano comemora-se o 400º aniversário da publicação de um dos mais importantes trabalhos de Kepler, Astronomia Nova.
Crédito da imagem: NASA.
+ Astronomia & Astronáutica: www.viafanzine.jor.br/astrovia.htm
* * *
Comportamento: O lado Barbie da sociedade mundana É brincando que a criança entraria no mundo do adulto internalizando a cultura do espaço social em que ela estiver inserida, assim dizem os psicopedagogos.
Por José Ildefonso Pinto de Souza
Existe uma vertente da psicologia que afirma: as meninas brincam com as bonecas para poderem aprender a controlar o seu medo e a culpa que sente pela mãe, uma vez que esta é vivida como uma rival edípica.
Considerando a premissa válida, sob o ponto de vista da aprendizagem das funções sociais, isso mostra que as particularidades da relação com os pais, no caso das meninas à mãe, brincar de boneca é uma atividade importante que contribui no fenômeno da transmissão cultural.
Nas palavras de Hernán Ortiz, co-fundador do Proyecto Líquido: “Com o passar do tempo, talvez as meninas que brincavam de bonecas cresceram, viraram adolescentes inconformadas com o que a sociedade lhes vende como beleza. E está bem que assim seja, porque para elas, e para as adultas que têm uma boneca Barbie guardada, uma boa notícia. Não importa o estilo: Barbie Tropical, Barbie Ginasta, Barbie Executiva… agora podem a converter em uma Barbie Zumbi”".
Essa é a cultura que estamos transmitindo às novas gerações?
- Foto: Barbie/divulgação.
* * *
Estação Espacial Internacional: O céu pede mantimentos Continua sem problemas o vôo do cargueiro espacial russo Progress M-01M (ISS-31P) em direção à estação espacial internacional. O cargueiro leva 2,6 toneladas de mantimentos para a estação.
Por José Ildefonso Pinto de Souza
O lançamento foi feito por um foguete 11A511U Soyuz-U, no Cosmódromo GIK-5, Baikonur, no Cazaquistão.
O Progress M-01M realizou nesta quinta-feira (28/11) duas manobras orbitais com o objetivo de ajustar a sua rota em relação à Estação Espacial Internacional (ISS). A próxima manobra orbital está programada para o dia 29/11. A acoplagem com a ISS está prevista para o dia 30/11.
Progress M-01M
O primeiro de uma nova série de veículos de carga russos, o Progress seguiu para o espaço a partir da Plataforma de Lançamento PU-5 do Complexo de Lançamento LC1 'Gagarinskiy Start', do Cosmódromo GIK-5, Baikonur, Cazaquistão. O lançamento foi feito por um foguete 11A511U Soyuz-U.
A bordo do Progress M-01M seguiram 2676 kg de carga para a ISS, incluindo água, mantimentos, combustível, experiências científicas e artigos pessoais para a tripulação a bordo da estação espacial.
Ao contrário do que é usual, o cargueiro russo irá demorar quatro dias para chegar à ISS, com tempo suficiente para realizar os testes do novo sistema digital de controle do veículo, composto pelo novo computador TsVM-101 e pelo novo sistema de telemetria digital MBITS.
- Assista o vídeo do lançamento: http://br.youtube.com/watch?v=05qkcuOdzM4
- Foto: http://images.spaceref.com
* * *
Lua: China produz o mais avançado mapa lunar De olhos abertos para o satélite terrestre. Por José Ildefonso Pinto de Souza
Chineses comemoram a produção do novo mapa lunar.
Um pouco mais de um ano desde o lançamento da primeira sonda lunar chinesa, Change-1, pesquisadores apresentam o primeiro mapa completo da superfície lunar realizado pela China.
Segundo informações da Administração de Ciências, Tecnologia e Indústria para a Defesa Nacional, os pesquisadores montaram o mapa com imagens capturadas pela câmara da sonda Change-1 e é o mapa mais completo e detalhado publicado até hoje.
O objetivo principal da missão chinesa era fotografar a superfície lunar entre as latitude 70 graus Norte e 70 graus Sul, porém, dada as boas condições encontradas, decidiu-se fotografar também ambos os pólos.
A China planeja lançar outra sonda, Change-2, antes do final de 2011 e a Change-3 nos meados de 2017.
- Fonte e imagem: http://news.xinhuanet.com/english/2008-11/12/content_10347379.htm
* * *
Índia: Indianos buscam a lua A Índia quer colocar um homem na lua em 2020.
Por José Ildefonso Pinto de Souza
No detalhe, a Chandrayaan-1, que embarcou no lançador Polar Launch Vehicle.
A Índia lançou a primeira missão espacial não tripulada à Lua, às 22h50 desta terça-feira (21/10), de Sriharikota, no Sudeste do país. A sonda orbitadora (detalhe acima) vai ao espaço com o objetivo de captar imagens da superfície lunar, segundo a Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO, em inglês).
A sonda, batizada de Chandrayaan-1, lançada a bordo do veículo lançador Polar Launch Vehicle (PSLV-C11), vai orbitar a Lua durante dois anos, e o principal objetivo da missão é fazer um atlas tridimensional da superfície lunar, além de procurar minerais raros em seu solo.
G. Madhavan Nair, presidente da ISRO, declarou que este é “um momento histórico para o país” e que a primeira parte da operação “transcorreu com perfeição”. Se as restantes etapas forem bem sucedidas, a Índia se junta à China e ao Japão como uma nova potência do século XXI a ter engenhos orbitando a Lua.
- Imagem: ISRO.
Site da agência espacial indiana: http://www.isro.gov.in/pslv-c11/brochure/index.htm
Vídeo indicado do lançamento: http://br.youtube.com/watch?v=6QPaa9HRToE
* * *
Máquinas que se superam: Roadrunner, o novo supercomputador O maior computador do mundo pesa 226 toneladas e custou US$ 100 milhões.
Por José Ildefonso Pinto de Souza
Torres de resfriamento em Los Alamos, usadas para dissipar o calor gerado por supercomputadores famintos por energia.
A IBM e o laboratório norte-americano de Los Alamos, voltado para experimentos nucleares, se juntaram para construir o Roadrunner, o computador mais rápido do mundo. A capacidade dele é de 1,5 petaflop, três vezes mais rápido do que o antecessor. O petaflop é uma medida de velocidade equivalente a mil trilhões de cálculos por segundo.
Arquitetura híbrida
O Roadrunner é um marco na computação híbrida, combinando processadores da AMD, similares aos encontrados em notebooks, com o chip Cell Broadband Engine, da IBM, utilizado no Playstation 3, da Sony.
Eficiência energética
O Roadrunner também é mais eficiente no uso de energia elétrica, segundo o fabricante, que a maioria dos supercomputadores, entregando 376 milhões de cálculos por watt, segundo a IBM. Esse desempenho é suficiente para colocar o computador na lista Green 500, dos sistemas mais eficientes em energia.
Dados gerais
A máquina combina 6.948 mil processadores dual core Opteron da AMD com 12,96 mil Cell engines em servidores blade da IBM. Pesando 226 toneladas, o supercomputador possui 10 mil conexões Infiniband e Gigabit Ethernet, o que demanda mais de 90 quilômetros de cabos de fibra ótica. O engenheiro-chefe do projeto, Don Grice, é um dos responsáveis pela máquina, que se encontra na planta de Poughkeepsie, Nova York, da IBM. O Roadrunner custou US$ 100 milhões.
PetaVision
O supercomputador é capaz de realizar algumas das complexas reações neurais que ocorrem no cérebro humano, segundo a Science Daily.
Pesquisadores usaram o software PetaVision no supercomputador para modelar cerca de um bilhão de neurônios do sistema visual, ultrapassando a escala de 1 quadrilhão de computações por segundo (um petaflop/s).
Baseados nos resultados iniciais do PetaVision, os cientistas acreditam que possam estudar em tempo real todo o cortex visual humano.
- Foto: Divulgação.
* * *
Astronáutica: Feitian, o traje espacial chinês O traje espacial Feitian, para atividades extra-veiculares, é o primeiro deste tipo fabricado na China. Ele vestiu o taikonauta Zhai Zhigang em seu passeio espacial.
Por José Ildefonso Pinto de Souza
O Feitian, visto de frente.
Feitian, que literalmente significa "voar através do céu", em chinês, é o nome de uma deusa budista. O traje, que tem 10 camadas e pesa 120 quilogramas, está avaliado em quatro milhões e 500 mil dólares, segundo o editor Yuan Xue, do canal de televisão China Central.
Os pesquisadores chineses levaram mais de quatro anos no desenvolvimento do traje. No braço esquerdo está afixado um patch com a bandeira da China Nacionalista, já no direito, apresenta o nome Feitian, em caracteres chineses.
A autonomia de vôo com o traje é de quatro horas. Com um desenho flexível nas articulações, esta roupa foi feita para taikonautas com estatura entre 1,60 e 1,80 metro. O traje manteve o taikonauta Zhai Zhigang unido com a nave pela cintura, através de um “cabo umbilical”. A vestimenta também dispõe de um espelho junto ao punho para ajudar nas manobras.
O traje chinês (esquerda) e o seu similar russo.
A roupa pressurizada tem a finalidade de proteger o taikonauta da falta de atmosfera, das radiações espaciais, além de manter a sua temperatura corporal. Além disso, o traje precisa proteger o seu ocupante contra possíveis choques de micrometeoros ou detritos espaciais.
O traje possui um moderno sistema de comunicação entre o taikonauta e os outros membros da tripulação. Só para vestir e checar o traje espacial, ainda dentro da nave Shenzhou 7, são necessárias 15 horas.
A cooperação dos especialistas russos, que ajudaram a desenvolver o traje espacial Feitian, foi preciosa. A "space suit" chinesa, em verdade, foi um aprimoramento (ou atualização) do traje russo Orlan-M (Haiying).
- Imagens: Xinhuanet. * * *
Só a Terra é pouco para eles: Vírus em órbita Pragas virtuais alcançam Estação Espacial Internacional.
Por José Ildefonso Pinto de Souza
A Nasa confirmou recentemente que dois laptops levados para a Estação Espacial Internacional (ISS) estariam infectados com o vírus W32.Gammima.AG. Estes laptops teriam sido levados até a ISS, em julho deste ano, não sendo certo como acabaram infectados com o vírus, ou seja, se já estavam infectados antes de serem levados ou foram contaminados já em órbita.
Os especialistas da Nasa trabalham com a hipótese que o vírus tenha contaminado os laptops, já na ISS, através de um pen-drive trazido a bordo por um dos astronautas, dado que o W32.Gammima.AG se propaga precisamente desta forma, replicando-se por meio de mídias removíveis que sejam ligadas ao Windows infectado.
Ainda segundo a NASA, esta não foi a primeira vez que um vírus de computador chegou ao Espaço, não especificando em que circunstâncias as infecções anteriores ocorreram.
A boa notícia é que nenhum dos equipamentos informáticos que controlam os aspectos vitais da sobrevivência da ISS e dos seus astronautas esteve em risco. Os dois laptops infectados não estavam ligados na rede dos sistemas de comando e controle da ISS. A natureza do próprio vírus não é a de destruir sistemas ou arquivos, mas sim, de propagar-se e roubar senhas de jogos online.
A má notícia é que os dois laptops infectados não tinham qualquer tipo de software antivírus, segundo a própria NASA. Outro ataque cibernético, talvez até mais impactante, foi o dos computadores do Large Hadron Collider (LHC), na Suíça, mas essa é outra história!
* * *
Táticas de guerra: Sistema de combate do futuro As tecnologias bélicas que vão imperar no futuro.
Por José Ildefonso Pinto de Souza
Segundo o site Army.Mil a imagem acima mostra um grupo de soldados, do exército norte-americano, em exercícios de fogo real. Supostamente, estes soldados fazem parte do Evaluation Brigade Combat Team.
Até aí tudo normal. Normal? Reparem no primeiro soldado da esquerda, isso mesmo, ele tem em mãos um joistick do Xbox 360! O uso de alta tecnologia tornam os exércitos do mundo real cada vez mais parecidos com os dos vídeogames.
Exoesqueleto ergonômico
Já estão sendo projetados equipamentos, no caso, um exoesqueleto, que não necessita nem o uso de um joystick por parte do soldado. Um exemplo é o Berkeley Lower Extremity Exoskeleton (BLEEX). O equipamento consiste de pernas mecânicas que são rigidamente conectadas às pernas do usuário.
Mais de 40 sensores e atuadores hidráulicos formam uma rede local para o exoesqueleto (acima) e funcionam de forma muito parecida com o sistema nervoso humano.
Os sensores, incluindo alguns incorporados na sola dos sapatos, estão constantemente fornecendo informações ao computador central, que pode então ajustar a força liberada pelo equipamento conforme o trabalho que o usuário estiver executando.
- Vídeo indicado: http://br.youtube.com/watch?v=fRkg6H0ZP8A
- Com informações do site Inovação Tecnológica e site Army.Mil.
* * *
Astronáutica: Ensaio com o pára-quedas do Ares-I Os engenheiros que trabalham no programa Constellation da NASA testaram com sucesso um dos pára-quedas que serão usados na primeira etapa do foguete Ares-I. Por José Ildefonso Pinto de Souza
Pára-quedas em teste.
Esse pára-quedas é fundamental para poder recuperar o motor, como ocorre com os aceleradores sólidos do foguete, para, posteriormente, reutilizá-lo. O ensaio ocorreu em o 24/07, no Yuma Proving Ground do da U.S. Army, em Arizona.
O equipamento, de uns 13 metros de diâmetro, funcionou perfeitamente. O pára-quedas teve que ser redesenhado para o Ares-I porque o motor de sua primeira etapa é maior e mais pesado que os SRB do ônibus espacial.
A próxima prova será em outubro e outras estão previstas até 2010. O primeiro Ares (Ares-I-X) voará em 2009. Em 2015, viajará com sua primeira tripulação de seis astronautas.
Leia mais em: www.viafanzine.jor.br/astronautica2.htm
* * *
Climatologia: Foi lançado com êxito o satélite Jason-2 Trata de um aperfeiçoado equipamento para estudo e previsão climatológica
Por José Ildefonso Pinto de Souza
O satélite foi lançado por um foguete Delta 2, a partir da base de Vandenberg Air Force, às 19h46 GMT, do dia 20/06. O Jason-2 ficará em órbita junto com o seu predecessor, Jason-1, que se manteve operacional sete anos após o seu lançamento quando apenas era suposto manter-se durante cinco anos.
Jason-2 fornecerá dados essenciais aos climatologistas e aos meteorologistas para medir a subida das águas e prever o tempo. O satélite permitirá também melhor antecipar, graças à medição do nível dos oceanos, a evolução dos ciclones e do fenômeno climático El Niño. Além disso, vai fornecer um mapa topográfico de 95% das partes livres de gelo dos oceanos da Terra a cada dez dias.
Segundo François Parisot, chefe de projeto do Jason-2 na Eumetsat, outra vantagem do Jason-2, será o fornecimento de informações em tempo real, disponíveis dentro de três horas a partir da coleta das medidas.
Isso será muito útil para prever tempestades. As informações vão ajudar meteorologistas a afirmar como uma tempestade pode ficar mais intensa e permitir alertas mais precisos. O instrumento-chave deste programa de observação, o altímetro, é capaz de fornecer medidas inéditas mais próximas das zonas costeiras, assim como dos lagos e dos rios.
As medidas fornecidas pelo Topex/Poseidon, o primeiro satélite altimétrico, lançado em 1992, tinha uma precisão de 13 centímetros, enquanto que o Jason-2 terá uma precisão de 1 a 2 centímetros. Os cinco instrumentos de medida de Jason-2 foram desenvolvidos pelo Centro National Francês de Estudos Espaciais (Cnes) e pela Agência Espacial Norte-americana (Nasa).
Os dois outros parceiros do projeto são o organismo europeu meteorológico Eumetsat e a Agência Norte-americana para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA).
A subida dos oceanos é umas das mais importantes consequências e um dos principais indicadores das mudanças climáticas do planeta. As medidas efetuadas pelos antecessores de Jason 2, o TOPEX/Poseidon e o Jason 1, mostraram que o nível médio dos oceanos subiu cerca de 0,3 centímetros por ano desde 1993, duas vezes mais depressa do que no século XX, segundo as medidas das marés.
- Foto: Cnes. - Veja este lançamento no vídeo abaixo: http://www.youtube.com/watch?v=90en7HHLSKs
* * *
Novos recursos: Iluminação do futuro será baseada em LEDs A iluminação do futuro será a base de LEDs, Diodo Emissor de Luz (Light Emitting Diode).
Por José Ildefonso Pinto de Souza
LEDs, em três cores, medem cerca 1 cm.
Recentemente teve início aquilo que está sendo chamada de terceira revolução na óptica: o desenvolvimento dos LEDs de potência.
Até pouco tempo atrás, os LEDs eram eficientes, porém bastante fracos em luminosidade. A situação está mudando, hoje em dia consegue-se produzir LEDs de alta potência, capazes inclusive de emitir uma luz combinada totalmente branca.
O processo de produção de luz nos LEDs é muito mais eficiente que na lâmpada comum, possibilitando o desenvolvimento de iluminação com uma economia de energia superior a 50% dos valores atuais.
Segundo o professor titular do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC/USP), onde coordena o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF): "Além dos LEDs à base de semicondutores, há hoje um grande avanço com os chamados OLEDs (Organic Light-Emitting Diode ou diodo orgânico emissor de luz), que são emissores de luz à base de substâncias orgânicas, como polímeros. Se os LEDs convencionais já estão fazendo uma nova revolução, os OLEDs irão amplificar esses efeitos, pois teremos emissores de luz maleáveis, transparentes, etc".
Segundo informações da Wikipedia, LEDs, alimentados por painéis solares, podem ser encontrados demarcando 120 estradas britânicas. Em algumas delas esse sistema reduziu em 70% o número de acidentes. Eles podem ser vistos a uma distância de 900 metros, o que aumenta o tempo de reação para 30 segundos. Com a sinalização normal o tempo de reação não ultrapassa 3,2 segundos. Enquanto a sinalização refletiva de solo dura em média 2 anos, os LEDs tem vida útil de 8 a 10 anos.
- Consulta: FAPESP / Wikipedia. - Imagem: Wikipedia. * * * Pesquisa: O Asteróide que destruiu Sodoma e Gomorra. Há mais de um século um grupo de pesquisadores tenta decifrar o conteúdo de uma antiga tabela suméria feita de argila. Agora uma equipe de cientistas ingleses afirma que conseguiu decifrá-la.
Por José Ildefonso Pinto de Souza
Disco gravado revela que asteróide impactou com a Terra no passado.
O objeto, resgatado no século XIX das ruínas do palácio de Nínive pelo arqueólogo Vitoriano Henry Layard, está datado como sendo do ano 700 antes de Cristo. Tem forma de escudo e inclui um texto escrito em caracteres cuneiformes.
Segundo um estudo da Universidade de Bristol, o texto de uma “tabela” do ano 700 a.C. indica que um asteróide pode ser a causa da destruição das cidades de Sodoma e Gomorra.
Os cientistas da Universidade de Bristol deduziram, através das informações constantes de um fragmento de artefato de argila (tabela) exposto em uma das salas do Museu Britânico, que o impacto de um asteróide em 29 de junho, do ano 3123 antes de Cristo, provavelmente causou a destruição das duas cidades citadas na Bíblia.
Alguns anos atrás, um excêntrico historiador azerí afirmou que a destruição tinha sido causada por um ataque extraterrestre. Sem especificar que tipo de ataque, ou qual o significado da palavra alienígena.
Desta vez, parece que a coisa é mais séria e que os cientistas decifraram o enigma da “tabela”, que é a reprodução assíria do texto de um astrônomo sumério escrito no quarto milênio antes de Cristo.
Os responsáveis pelo achado são Alan Bond, diretor de uma companhia espacial, e Mark Hempsell, professor de aeronáutica da Universidade de Bristol. “Os trabalhos anteriores em torno deste assunto não trouxeram nenhum resultado. Isto é um grande avanço e as peças que encontramos encaixam tão bem que acho que temos a prova definitiv”, disse Hempsell.
No mínimo, a nova análise indica que um asteróide impactou contra a Terra na data mencionada, ainda que não demonstre necessariamente a destruição ou a existência de Sodoma e Gomorra.
Uma coluna de fogo
Um impacto que os pesquisadores defendem nos Alpes austríacos, poderia explicar outro mistério que intriga geólogos de todo mundo: o gigantesco deslocamento de terras junto à localidade alpina de Koefels.
Os pesquisadores, que utilizaram um programa de computador para simular o aspecto do céu no dia do cataclisma, asseguram que o asteróide gerou uma coluna de fogo que caiu sobre o Mediterrâneo e repercutiu em algum lugar do Sinai ou do Oriente Próximo, o que explicaria a recorrência do mito apocalíptico nas culturas dos povos dessas regiões.
As conclusões do estudo foram publicadas em um livro chamado A Summerian Observation of the Koefels Impact Event.
A Bíblia, de forma prolixa, faz uma narração dos dias que precederam à destruição das cidades de Sodoma e Gomorra e da insólita discussão entre Abraham e Deus para que Este não as destruísse em atenção aos justos que viviam nelas.
Foi em Sodoma e Gomorra, lembrando, que ocorreu a mítica transformação em estátua de sal da esposa de Lot, sobrinho de Abraham, que ousou olhar para trás enquanto escapava da destruição. Mas isso a ciência ainda não pôde elucidar.
* * * Cuzco/Peru: Calçada inca no complexo de Sacsayhuamán O Império Inca situava-se na antiga cidade de Cuzco e floresceu ao longo da fronteira oeste da América do Sul, durante o século XV, antes da chegada dos espanhóis na região. Por José Ildefonso Pinto de Souza
Calçada inca estava enterrada a um metro de profundidade - Foto: AFP/Colpisa.
Uma elaborada calçada inca foi encontrada no Parque Arqueológico de Sacsayhuaman, por especialistas do Instituto Nacional de Cultura (INC) de Cuzco, a 50 metros do templo recentemente desenterrado na zona de Cochapata.
O caminho, que durante séculos permaneceu enterrado a um metro de profundidade, constitui uma importante via, devido às suas características e por estar posicionado desde o templo de Qenco até a fortaleza de Sacsayhuaman, onde estão as muralhas em zig-zag.
Parque Arqueológico de Sacsayhuaman: restos de uma antiga civilização - Foto: AFP/Colpisa.
O Parque Arqueológico de Sacsayhuaman da cidade de Cuzco tem uma extensão aproximada de 3.000 hectares. Se supõe que o descobrimento faz parte de uma rede de caminhos que conectavam os diferentes templos sagrados construídos na área.
Esta teoria foi ratificada por Washington Camacho, diretor do Parque Arqueológico de Sacsayhuaman, que afirmou se tratar de um caminho cerimonial. Durante o período inca foi usado como caminho ritual para as diferentes peregrinações.
Por sua vez Oscar Rodríguez Limache, arqueólogo residente na obra, explicou que se trataria de uma via de caráter secundário a um “Capac ñan” - caminho de alta circulação que conectava as diferentes regiões do império Inca.
Até o momento se descobriu 200 metros lineares do referido caminho, que resulta bastante grande (mede seis metros de largura) e possui um piso muito bem conservado. O caminho ritual tem muros adjacentes em ambos os lados, feitos de material rústico de “tijolos” de barro de 70 centímetros de comprimento por 60 centímetros de largura e conta com uma canaleta junto ao muro para evitar erosão.
Estima-se que existam aproximadamente 10 quilômetros lineares de caminhos com estas características ainda soterrados.
- Vídeo indicado: http://br.youtube.com/watch?v=srHfNTA-c8k
* * * Marte: Checando a área do pouso Sonda Phoenix prepara-se para descer em Marte. Por José Ildefonso Pinto de Souza
Às vésperas do esperado pouso da Phoenix em Marte, os pesquisadores avaliam a área alvo da sonda usando imagens de uma poderosa câmera telescópica do Mars Reconnaissance Orbiter, módulo da NASA que órbita o planeta vermelho. O objetivo é registrar as rochas na área destinada ao desembarque, de modo a evitar um possível acidente com alguma delas.
Esta imagem de alta resolução foi feita a partir da câmera do High Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE) mostra um terreno longínquo com uma elevada abundância de rochas, a oeste do ponto de desembarque.
Image Credit: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona
Também mostra uma superfície padronizada, fraturada em polígonos. Semelhantes padrões podem ser encontrados em algumas áreas na Terra, onde ocorreu repetido congelamento e descongelamento.
No lado direito, da imagem acima, aparece em escala uma ilustração da sonda Phoenix (que tem cerca de 5,5 metros por 02 metros), artificialmente sobreposta a imagem tirada pelo HiRISE, em 28 de dezembro de 2006.
A esquerda da foto, um close centrado em 68,5 graus de latitude norte e 231,8 graus de longitude leste. Abrangendo os terrenos denominados como "várzea escura", pelos pesquisadores da NASA. A imagem está catalogada como HiRISE PSP_001972_2485.
Depois de mais de duas décadas de exploração de Marte, é grande a torcida pelo sucesso do pouso da Phoenix e que as perfurações programadas do solo marciano encontre a tão desejada água.
- Clique aqui para ler outra matéria sobre a Phoenix em Marte.
* * * Mais um elo para a estação espacial: O 'H-II Transfer Vehicle' Cargueiro espacial pesado japonês será essencial para a manutenção da estação espacial. Por José Ildefonso Pinto de Souza
A Agência Espacial Japonesa (JAXA) mostrou à imprensa, em 17 de Abril um modelo em escala real do seu “H-II Transfer Vehicle” (HTV). O HTV é um veículo espacial não-tripulado que deverá servir a Estação Espacial Internacional (ISS) de uma forma muito semelhante aquela que já cumprem atualmente as ATVs européias e as Progress russas.
Foram exibidos: o módulo pressurizado de logística, concebido para o transporte de mantimentos e abastecimentos para a ISS; um módulo de carga despressurizado; o módulo de aviônica para controle do veículo e ainda o terceiro módulo do HTV, o módulo de propulsão.
Quando o primeiro HTV estiver terminado será a maior nave espacial construída no Japão, com um comprimento total de dez metros e um peso de 16,5 toneladas. Depois de testado no vácuo, o HTV será colocado em órbita a partir da base de lançamento de Tanegashima em 2009 por um lançador H-IIB. Nesse seu primeiro lançamento, o HTV vai transportar seis toneladas de abastecimentos para a ISS.
A atracagem do veículo será muito diferente daquelas realizadas pelas Progress (manualmente, por controle remoto a partir da ISS) ou pelas ATVs (automaticamente, por GPS e laser), já que, quando o veículo japonês estiver mais próximo da ISS, o braço robótico canadense Canadarm2 vai agarrar o HTV e o acoplará na escotilha do ISS Node 2 na Estação.
Simulação do H-II se aproximando da ISS que iça o braço canadense que irá acoplá-lo.
Como as Progress e ATVs, depois de atracado, o veículo será esvaziado da sua carga e começa a ser preenchido com o “lixo” da Estação, sendo libertado ao fim de cerca de seis meses e caindo sobre o Pacífico numa destruição controlada.
O Japão espera lançar entre uma a duas HTVs por ano. Enquanto estiver ligado à ISS, o veículo fornecerá algum espaço útil à tripulação da Estação, algo que não é desprezível num local fisicamente tão limitado como a Estação Espacial Internacional.
Desta forma, o Japão assume-se como um dos principais parceiros da Estação Espacial Internacional ao conceder-lhe um meio essencial de manutenção em órbita e das condições de sobrevivência de uma tripulação que deverá aumentar brevemente de três para seis astronautas permanentes.
Como já anunciado pela NASA, o ônibus espacial deverá ser descontinuado em 2010 e já existem suspeitas de que a Rússia também deverá, por essa data, substituir as suas Progress por um outro veículo (pós-Kliper?). Assim, o grosso da tarefa essencial de abastecer a ISS caberá ao ATV europeu e ao HTV japonês. Qualquer um deles terá mais capacidade de carga que as naves russas e estarão disponíveis muito antes de qualquer cápsula americana da SpaceX (ou de um outro subcontratado da NASA) chegar à Estação.
- Clique aqui para assistir vídeo com animação do projeto .
Fontes: ISS/JAXA (http://iss.jaxa.jp/en/htv/index).
* * *
Todos os textos: por José Ildefonso Pinto de Souza* De Taubaté/SP Para Via Fanzine Produção: Pepe Chaves
* José Ildefonso Pinto de Souza é bacharel e licenciado em Física. Pesquisador espacial e consultor de Via Fanzine - Leia outros artigos do professor Ildefonso: Clique aqui para ler 'A Phoenix chega em Marte' Clique aqui para ler 'O Universo é feito de que?' Clique aqui para ler 'Coisas que caem do céu' Clique aqui para ler 'Madame Radioatividade'
Produção: Pepe Chaves. © Copyright 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.
Clique aqui para ler a página ATUAL desse autor.
|
|