Transportes:
Brasil e China vão construir ferrovia do Atlântico ao Pacífico*
Na lista, está o acordo para retomada das exportações de carne
brasileira
para a China, interrompidas desde julho de 2012.

A presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang,
durante cerimônia de assinatura de atos, no Palácio do Planalto.
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A presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang,
assinaram hoje (19) um plano de cooperação até 2021. Os dois países
firmaram 35 acordos, entre eles um que trata de estudos de viabilidade
para construção de uma ferrovia que ligue o Brasil ao Oceano Pacífico,
passando pelo Peru, chamada de Ferrovia Transoceânica.
“A ferrovia vai cruzar o país de leste a oeste, portanto, o continente,
porque ligará o Oceano Atlântico ao Pacífico. É um novo caminho que se
abrirá para a Ásia, reduzindo distâncias e custos. Um novo caminho que
nos levará diretamente ao Pacífico, até os portos da China”, explicou
Dilma, em declaração de imprensa, após a assinatura de acordos com o
chinês.
Segundo Dilma, os atos assinados hoje representam investimentos de US$
53 bilhões e abrangem áreas de planejamento estratégico, infraestrutura,
transporte, agricultura, energia, mineração, ciência e tecnologia,
comércio, entre outras.
Na lista, está o acordo para retomada das exportações de carne
brasileira para a China, interrompidas desde julho de 2012. Durante a
visita do presidente chinês, Xi Jinping, em julho do ano passado, o fim
do embargo chinês à carne brasileira foi anunciado, mas faltava a
assinatura de um protocolo sanitário.
“É o marco jurídico necessário para a retomada da exportação carne
bovina para a China, de forma sustentável, que será implementada com a
habilitação feita pela China dos primeiros oito estabelecimentos
brasileiros. Reiterei interesse em tornar efetivo o processo de
habilitação de novos estabelecimentos produtores de carne bovina, suína
e de aves”, disse a presidente.
Segundo Dilma, mais nove frigoríficos brasileiros estão na lista
aguardando a habilitação para voltar a exportar para a China. “Vamos
liberar de forma bem acelerada. Foi assinado o acordo sanitário. A
partir do acordo, cria-se uma nova forma de relacionamento nessa questão
entre as autoridades chinesas, as autoridades sanitárias brasileiras e o
Ministério da Agricultura”, acrescentou.
A presidente lembrou que a China é o principal parceiro comercial do
Brasil e defendeu a ampliação de investimentos, o comércio mais intenso,
aberto e diversificado entre os dois países e o aperfeiçoamento de
parcerias em educação, ciência e tecnologia.
Dilma destacou que Brasil e China devem se unir para cobrar mudanças no
Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas e nos órgãos
financeiros multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional e o
Banco Mundial. Segundo Li Keqiang, o fortalecimento da parceria entre
Brasil e China pode ajudar a proteger as economias emergentes das
dificuldades econômicas internacionais.
“Nesse cenário político e econômico internacional, que passa por
mudanças, particularmente no contexto de fraca recuperação da economia
mundial, a integração entre Brasil e China vai promover desenvolvimento
dos países em desenvolvimento, das economias emergentes e ajudar na
recuperação da economia mundial. A cooperação financeira ajudará as
salvaguardas da sustentabilidade financeira dos países emergentes”,
avaliou.
A lista de acordos entre Brasil e China inclui a compra de aviões da
Embraer e de navios de minério da Vale, a construção de um satélite de
sensoriamento remoto, investimentos de US$ 7 bilhões em projetos da
Petrobras, a construção de um polo siderúrgico no Maranhão e até
cooperação esportiva para as modalidades de tênis de mesa e jogo de
peteca.
* Informações de
Luana
Lourenço/Agência Brasil.
- Foto:
Marcelo
Camargo/Agência Brasil.
19/05/2015
* * *
Pesquisa:
Desaprovação ao governo tem aumento
Avaliação negativa do governo Dilma sobe de 24% em dezembro para 44%
fevereiro.*

Os resultados vêm em meio à
combinação do escândalo
de corrupção na Petrobras e
da piora da economia brasileira.
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A avaliação ótima/boa do governo de Dilma Rousseff caiu de 42% em
dezembro para 23% agora. É o que mostra pesquisa Datafolha divulgada
nesse sábado (7). Já avaliação dos que consideram o governo da petista
ruim e péssimo subiu de 24% em dezembro para atuais 44%, de acordo com o
levantamento.
Os resultados vêm em meio à combinação do escândalo de corrupção na
Petrobras e da piora da economia brasileira. Trata-se da pior marca
desde que Dilma chegou ao Planalto e da avaliação mais baixa de um
governo federal desde Fernando Henrique Cardoso em dezembro de 1999 (46%
de ruim/péssimo).
Segundo o Datafolha, 77% dos entrevistados acreditam que Dilma tinha
conhecimento da corrupção na Petrobras. De cada dez entrevistados, seis
consideram que a presidente mentiu durante a campanha eleitoral. Para
46%, ela falou mais mentiras que verdades - desses, 25% se dizem
petistas. E, para 14%, Dilma só disse mentiras.
Nota vermelha
De acordo com o levantamento do Datafolha, Dilma obteve a primeira nota
vermelha (4,8) após quatro anos no governo e uma campanha vitoriosa pela
reeleição.
* Informações da Agência Brasil.
08/02/2015
- Foto: Agência Brasil.
* * *
Senado:
José Sarney vai
deixar a vida pública
'É hora de parar um pouco com esse ritmo
de vida pública', diz Sarney ao anunciar aposentadoria.*

Sarney quer ficar mais tempo ao lado da
esposa,
Dona Marly, que passa por problemas de
saúde.
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Após quase seis décadas de vida pública, o senador José
Sarney (PMDB-AP) não será candidato neste ano. Aos 84 anos, o
ex-presidente do Brasil oficializou a aposentadoria nessa segunda-feira,
dia em que foi hostilizado durante um evento do Programa Minha Casa,
Minha Vida, em Macapá.
“Essa decisão já estava tomada, comuniquei isso ao meu
partido na semana passada. Entendo que é chegada a hora de parar um
pouco com esse ritmo de vida pública que consumiu quase 60 anos de minha
vida e afastou-me muito do convívio familiar”, declarou.
Sarney quer ficar mais tempo ao lado da esposa, Dona Marly,
que passa por problemas de saúde.
O senador informou também que irá participar das eleições
deste ano como coadjuvante, ajudando amigos e aliados que estarão na
disputa.
José Sarney assumiu seu primeiro cargo eletivo em 1955,
como deputado federal. Em seguida foi governador do Maranhão e senador
pelo Estado por três vezes consecutivas antes de chegar à Presidência da
República, no lugar de Tancredo Neves, em 1985. Após o fim do mandato,
voltou ao Senado: elegeu-se pelo Amapá nas eleições de 1990, 1998 e
2006.
*
Informações de Agência Brasil, via Rádio Itatiaia.
24/06/2014
-
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado.
* * *
Serviço Público:
Entra em vigor Lei de Cotas no serviço
público*
A presidente Dilma Rousseff sanciona lei
que reserva aos negros
20% das vagas de concursos públicos
federais do Poder Executivo.
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A presidente Dilma Rousseff sancionou ontem (9), a lei que
reserva aos negros 20% das vagas de concursos públicos federais do Poder
Entrou em vigor hoje (10) a lei que reserva aos negros 20%
das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos
efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal,
das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das
sociedades de economia mista controladas pela União. A norma foi
publicada no Diário Oficial da União e terá vigência por dez anos.
A reserva de vagas será aplicada sempre que o número
oferecido no concurso público for igual ou superior a três. Poderão
concorrer às vagas reservadas a candidatos negros aqueles que se
autodeclararem pretos ou pardos no ato da inscrição no concurso,
conforme o quesito cor ou raça utilizado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística.
Quando for constatada declaração falsa, o candidato será
eliminado do concurso e, se tiver sido nomeado, ficará sujeito à
anulação da sua admissão ao serviço ou emprego público, após
procedimento administrativo em que lhe sejam assegurados o contraditório
e a ampla defesa, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
*
Informações de Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
10/06/2014
-
Foto: Elaine Patricia Cruz.
* * *
Operação Lava Jato:
Fernando Collor nega envolvimento com
Youssef
Collor nega envolvimento com doleiro, mas não revela
origem de depósitos.*

O senador disse que vai dar mais esclarecimentos após ter
acesso
aos documentos enviados ao Supremo sobre a Operação Lava
Jato.
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O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) subiu hoje (26) à tribuna do
Senado para declarar que não tem envolvimento com o doleiro Alberto
Youssef, nem com o esquema de corrupção e lavagem do qual Youssef
participava, desmontado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Collor foi citado no caso, na última quinta-feira (22), quando o juiz
Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, informou ao
Supremo Tribunal Federal (STF) que a Polícia Federal (PF) encontrou
comprovantes de depósitos bancários em favor do senador durante busca e
apreensão no escritório do doleiro.
Collor disse que vai pedir à Polícia Federal, ao juiz Sérgio Moro e ao
ministro Teori Zavascki, relator do processo no STF, o acesso a todos os
documentos que façam referência ao seu nome nesse processo. Segundo ele,
só depois de analisar esses documentos é que vai dar mais
esclarecimentos sobre as circunstâncias em que os depósitos foram
feitos.
Mesmo sem explicar a que se referem os comprovantes – o mais alto dele
no valor de R$ 8 mil –, o senador disse que as reportagens são fruto do
inconformismo da mídia com a sua recente absolvição pelo STF nos
processos relativos às denúncias que levaram ao seu impeachment. O
senador ressaltou que o juiz responsável pelos autos comunicou ao
ministro Teori Zavascki que não há indícios de que ele tenha relação com
os crimes observados pela PF na operação.
“Foi o juiz Sérgio Moro quem se debruçou sobre os autos. É ele quem mais
conhece os fatos, os inquéritos, as investigações e tudo o que se
descobriu desse suposto esquema. E é ele mesmo quem afirma que não há
qualquer indício do meu envolvimento. Portanto, não sou alvo de nenhuma
investigação, menos ainda suspeito naqueles inquéritos embusteiros da
Veja”, disse Collor.
Collor também rebateu as suspeitas de que os depósitos do doleiro tenham
sido feitos de maneira a tentar não chamar a atenção das autoridades,
por terem sido em valores abaixo de R$ 10 mil e em agências bancárias
diversas, apesar de serem do mesmo dia.
“Ora, o simples fato de ter sido feito depósito em conta-corrente, com
respectivo comprovante e registro no extrato bancário, já não
configuraria o rastro alegado? Quem é que agiria subterrânea e
ilegalmente, ou seja, por má-fé, desta forma? Não há sentido”, alegou.
Sobre os dois principais nomes da Operação Lava Jato, Youssef e Paulo
Roberto Costa, Collor negou que os conheça nem que tenha relacionamento
pessoal ou político com algum deles, mas admitiu amizade com Pedro
Leoni, uma das pessoas presas, acusadas de receber dinheiro do esquema
desmontado.
“Quanto ao senhor Pedro Paulo Leoni Ramos, conheço-o. Foi ministro da
Secretaria de Assuntos Estratégicos quando exerci a Presidência da
República. Mantenho com ele e a família, há mais de 30 anos, relação de
amizade e respeito”, disse.
* Informações de Mariana Jungmann/Agência Brasil.
26/05/2014
- Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.
* * *
STF:
Ministra Rosa Weber decide por CPI exclusiva da Petrobras*
A decisão derruba a
manobra da base governista para incluir no trabalho da comissão a
investigação
de irregularidades
no porto de Suape, em Pernambuco, e do cartel do metrô de São Paulo.

Ministra do Supremo
Tribunal Federal, Rosa Weber,
Leia também:
Aécio Neves cobra explicações de Dilma
Petrobras será investigada por
parlamentares
Dilma apoiou compra de refinaria pela Petrobras
Outros destaques de Via Fanzine
A ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber,
decidiu, na noite desta quarta-feira, acatar mandado de segurança
impetrado pela oposição por uma CPI da Petrobras exclusiva para
investigar denúncias de corrupção e má gestão na compra da refinaria de
Pasadena.
A decisão derruba a manobra da base governista para incluir
no trabalho da comissão a investigação de irregularidades no porto de
Suape, em Pernambuco, e do cartel do metrô de São Paulo.
Na decisão, a ministra também suspende qualquer decisão do
Congresso sobre a CPI até o julgamento do mérito do mandado de
segurança.
*
Informações de Agência O Globo.
24/04/2014
- Foto: Correio do Amazonas.
* * *
Compra de refinaria:
Dilma alega ‘falha’ em compra bilionária
Dilma apoiou compra de refinaria em 2006;
agora culpa ‘documentos falhos’*

Então chefe da Casa Civil de Lula e
presidente do Conselho de Administração da Petrobrás,
petista afirma que dados incompletos a
fizeram dar aval à operação que custou US$ 1 bilhão.
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Petrobras será investigada por
parlamentares
Dilma apoiou compra de refinaria pela Petrobras
Outros destaques de Via Fanzine
Documentos até agora inéditos revelam que a presidente
Dilma Rousseff votou em 2006 favoravelmente à compra de 50% da polêmica
refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). A petista era ministra da Casa
Civil e comandava o Conselho de Administração da Petrobrás. Ontem, ao
justificar a decisão ao Estado, ela disse que só apoiou a medida porque
recebeu "informações incompletas" de um parecer "técnica e juridicamente
falho". Foi sua primeira manifestação pública sobre o tema.
A aquisição da refinaria é investigada por Polícia Federal,
Tribunal de Contas da União, Ministério Público e Congresso por suspeita
de superfaturamento e evasão de divisas.
O conselho da Petrobrás autorizou, com apoio de Dilma, a
compra de 50% da refinaria por US$ 360 milhões. Posteriormente, por
causa de cláusulas do contrato, a estatal foi obrigada a ficar com 100%
da unidade, antes compartilhada com uma empresa belga. Acabou
desembolsando US$ 1,18 bilhão - cerca R$ 2,76 bilhões.
A presidente diz que o material que embasou sua decisão em
2006 não trazia justamente a cláusula que obrigaria a Petrobrás a ficar
com toda a refinaria. Trata-se da cláusula Put Option, que manda uma das
partes da sociedade a comprar a outra em caso de desacordo entre os
sócios. A Petrobrás se desentendeu sobre investimentos com a belga Astra
Oil, sua sócia. Por isso, acabou ficando com toda a refinaria.
Dilma disse ainda, por meio da nota, que também não teve
acesso à cláusula Marlim, que garantia à sócia da Petrobrás um lucro de
6,9% ao ano mesmo que as condições de mercado fossem adversas. Essas
cláusulas "seguramente não seriam aprovadas pelo conselho" se fossem
conhecidas, informou a nota da Presidência.
Ainda segundo a nota oficial, após tomar conhecimento das
cláusulas, em 2008, o conselho passou a questionar o grupo Astra Oil
para apurar prejuízos e responsabilidades. Mas a Petrobrás perdeu o
litígio em 2012 e foi obrigada a cumprir o contrato - o caso foi
revelado naquele ano pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência
Estado.
Reunião. A ata da reunião do Conselho de Administração da
Petrobrás de número 1.268, datada de 3 de fevereiro de 2006, mostra a
posição unânime do conselho favorável à compra dos primeiros 50% da
refinaria, mesmo já havendo, à época, questionamentos sobre a planta,
considerada obsoleta.
Os então ministros Antonio Palocci (Fazenda), atual
consultor de empresas, e Jaques Wagner (Relações Institucionais), hoje
governador da Bahia pelo PT, integravam o Conselho de Administração da
Petrobrás. Eles seguiram Dilma dando voto favorável. A posição deles
sobre o negócio também era desconhecida até hoje. Sérgio Gabrielli,
presidente da Petrobrás na época, é secretário de Planejamento de Jaques
Wagner na Bahia. Ele ainda defende a compra da refinaria nos EUA.
O "resumo executivo" sobre o negócio Pasadena foi elaborado
em 2006 pela diretoria internacional da Petrobrás, comandada por Nestor
Cerveró, que defendia a compra da refinaria como medida para expandir a
capacidade de refino no exterior e melhorar a qualidade dos derivados de
petróleo brasileiros. Indicado para o cargo pelo ex-ministro José
Dirceu, na época já apeado do governo federal por causa do mensalão,
Cerveró é hoje diretor financeiro de serviços da BR-Distribuidora.
Desde 2006 não houve nenhum investimento da estatal na
refinaria de Pasadena para expansão da capacidade de refino ou qualquer
tipo de adaptação para o aumento da conversão da planta de refino -
essencial para adaptar a refinaria ao óleo pesado extraído pela estatal
brasileira. A justificativa da Petrobrás para órgãos de controle é que
isso se deve a dois motivos: disputa arbitral e judicial em torno do
negócio e alteração do plano estratégico da Petrobrás. A empresa
reconhece, ainda, uma perda por recuperabilidade de US$ 221 milhões.
Antes de virar chefe da Casa Civil, Dilma havia sido
ministra das Minas e Energia. Enquanto atuou como presidente do conselho
nenhuma decisão importante foi tomada sem que tivesse sido tratada com
ela antes.
Dilma não comentou o fato de ter aprovado a compra por US$
360 milhões - sendo que, um ano antes, a refinaria havia sido adquirida
inteira pela Astra Oil por US$ 42,5 milhões.
*
Informações da Assessoria de Andreza Matais e Fábio Fabrini/O Estado de
S.Paulo.
20/03/2014
- Imagem: Agência Petrobras.
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