Nióbio na novela:
Governo não fala sobre nióbio
Governo sonega informações à pesquisa que
deseja
revelar a máfia do nióbio em novela da
Record.*
Mina para extração de
nióbio, em Araxá-MG.
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O mafioso de
comercialização do nióbio, que redunda em perdas anuais estimadas de US$
100 bilhões ao Brasil, pode virar assunto da novela “Máscaras”, da Rede
Record. O escritor Lauro César Muniz, que cuida da trama, deseja colocar
o polêmico e pouco conhecido assunto na ficção. O novelista tem tudo
para sofrer retaliações por mexer no vespeiro do nióbio, tentando
popularizar um tema conhecido por poucos brasileiros.
O governo já
boicota oficialmente o assunto que é um tabu econômico. Existe até o
risco de alguém ligado à presidenta Dilma Rousseff procurar a direção da
Record ou da Igreja Universal do Reino de Deus, para “aconselhar” que o
assunto não entre na trama da novela. O primeiro sinal disso é que o
Departamento Nacional de Pesquisas Minerais, órgão do governo que guarda
e sonega todas as informações sobre nióbio, se recusa a falar com a
produção da emissora.
Carolina Agabiti,
que faz produção para filmes e telenovelas, realiza uma pesquisa sobre o
explosivo tema, cujas informações servirão para alimentar a trama da
novela "Máscaras", da Rede Record. Segundo a pesquisadora, “a novela tem
um enredo policial que prima por um enfoque realista. Por isso
aprofundamos as pesquisas ao máximo porque queremos que as histórias
tenham verdade”. Carolina fez uma pesquisa vasta pela internet, leu
artigos científicos, e conversou com geólogos. “Tentei entrar em contato
com o pessoal do DNPM (que não quis falar comigo)”.
A pesquisadora faz
contato com especialistas em Nióbio. Já procurou o engenheiro Ronaldo
Schlichting. Pretende falar também com o Almirante Roberto Gama e Silva.
Se quiser aprofundar a pesquisa, pode ouvir também o economista Adriano
Benayon do Amaral e o advogado Antônio Ribas Paiva. Todos explicam,
didaticamente, como funciona o esquema de subfaturamento da exportação
do nióbio promovido por transnacionais comandadas a partir da City de
Londres, bolsa que dita as cotações mundiais do minério.
O Nióbio é
estratégico por vários motivos. O Brasil detém 98% das reservas mundiais
e a exploração do raro mineral está associada a terras raras, urânio e
tório – matéria-prima fundamental para a indústria de ponta. Os chamados
óxidos de terras-raras compreendem um grupo de 17 elementos químicos,
utilizados principalmente em aplicações de alta tecnologia. O mercado
mundial é atualmente controlado pela China, responsável por mais de 90%
do fornecimento mundial. Mas os chineses, espertamente, restringem a
exportação dos minerais de alto valor agregado.
Se “novela do
nióbio” for mesmo para a telinha da televisão, sem censura, os
brasileiros começarão a desvendar mais um mecanismo oculto de como a
Oligarquia Financeira Transnacional atua para nos explorar e manter
nosso País permanentemente na miséria.
O nióbio, depois de
processado.
Novidades em Araxá
Uma pesquisa
independente, encomendada pela MbAC Fertilizantes, confirmaram a
existência de altos teores de terras-raras, nióbio e fosfatos em Araxá –
Minas Gerais.
Verificou-se a
existência no local de 6,34 milhões de toneladas de minérios, com 5,01%
de óxidos totais de terras-raras, 8,40% de P2O5, matéria-prima para
fertilizantes, e 1,02% de Nb2O5, o óxido de nióbio.
Os recursos
inferidos são de 21,94 milhões de toneladas, com 3,99% de óxidos de
terras-raras totais, 7,86% de P2O5 e 0,64% de Nb2O5.
Os óxidos pesados
de terras-raras (HREO), somados ao óxido de ítrio (Y2O3), representam
2,48% dos óxidos de terras raras totais.
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Informações de Jorge Serrão /Alerta
Total
13/07/2012
- Fotos: Arquivo VF.
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