Mineirão:
Governo
multa Minas Arena em R$ 1 milhão*
Abertura tardia dos portões do estacionamento e falta de água nos
banheiros e para consumo,
nos
bares, foram erros graves na visão do governador Antonio Anastasia.
![](../../../002imag/02_13/anastasia.jpg)
Governador Antonio Anastasia quer correções imediatas dos problemas de
operação.
O governo de Minas Gerais multou a concessionária Minas Arena em R$ 1
milhão pelos diversos problemas de gestão ocorridos na partida inaugural
do Mineirão, no último domingo, entre Cruzeiro e Atlético, pelo
Campeonato Mineiro. O anúncio foi feito pelo governador do estado,
Antonio Anastasia, e o secretário extraordinário da Copa em Minas, Tiago
Lacerda, após reunião na tarde desta segunda-feira com o
diretor-presidente da operadora do estádio, Ricardo Barra, na Cidade
Administrativa.
A multa, prevista em contrato, deveu-se à falta de água nos banheiros, à
não abertura dos bares, o que, por consequência, deixou o público sem
água e comida, e ainda ao atraso na abertura dos portões do
estacionamento, o que gerou grande congestionamento nas avenidas que dão
acesso ao Mineirão.
Anastasia solicitou que a Minas Arena tome, imediatamente, as medidas
cabíveis para que, nos próximos jogos e eventos, o estádio tenha uma
operação confortável, segura e de qualidade. “Lamentavelmente tivemos
sérios equívocos, erros, defeitos, sob o ponto de vista da operação do
estádio. Chamamos a Minas Arena, que é o consórcio gestor do Mineirão,
para saber das medidas que devem ser tomadas imediatamente para corrigir
os equívocos ocorridos. O governo, portanto, cumprindo o que determina o
contrato de parceria e de concessão, vai fazer fiscalização de modo
muito firme, muito enfático, para dar essa garantia a todos os
torcedores mineiros”.
Segundo Ricardo Barra, os bares não abriram no jogo inaugural por
problema no abastecimento e também por falta de pessoal. Em relação à
falta de água nos banheiros, a Minas Arena ainda investiga a causa.
Para o próximo jogo no estádio, marcado para quarta-feira, às 22h, entre
Cruzeiro e América de Teófilo Otoni, a Minas Arena se comprometeu a
abrir os portões do estacionamento e do estádio mais cedo. No clássico,
o Mineirão foi aberto às 14h, a três horas do início da partida.
Segundo Ricardo Barra, será criado um canal para o torcedor fazer
reclamações e sugestões sobre o funcionamento do Mineirão.
Problemas na operação da venda de ingressos, como lentidão, duplicidade
de bilhetes e falta de entradas para sócios do Cruzeiro, não foram
levados em conta para aplicação da multa. A Minas Arena prometeu
resolver todas as pendências para os próximos jogos.
Já em relação à drenagem do gramado do Mineirão, que não suportou a
chuva de sábado, o governo entende que não há problema. O alagamento
quase total do estádio teria sido resultado do volume de água acima da
média.
Trâmite
para aplicação da multa
Para aplicar a penalidade ao consórcio Minas Arena, a Secopa terá que
abrir um processo administrativo, cujo prazo para conclusão é de até 30
dias. A multa será paga ao governo de Minas. "Conseguimos identificar
algumas falhas que são normais, questão de acesso, estacionamento. São
falhas passíveis de serem corrigidas. Mas tivemos falhas graves, em
relação aos bares, falta de água. Por conta disto, vamos aplicar uma
multa no valor de R$ 1 milhão. A Minas Arena está empenhada para
corrigir as falhas e a Secopa estará vigilante", afirmou o secretário
Tiago Lacerda.
*
Informações de Ivan Drummond/Estado de Minas (BH).
04/02/2013
- Imagem: EM.
* * *
Copa em Minas:
Parreira é contratado para ser
consultor da Copa em Minas*
Parreira foi
contratado por "notório saber" e poderá receber até
R$ 1,2 milhão
se realizar todo o planejamento e ações previstos em contrato.
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O ex-técnico Carlos
Alberto Parreira agora
trabalha para o
governo mineiro.
O governo de Minas Gerais contratou Carlos Alberto
Parreira, ex-técnico da seleção brasileira, como consultor na preparação
de cidades mineiras candidatas a centro de treinamento de seleções para
a Copa 2014.
Segundo a Secretaria Extraordinária da Copa, Parreira foi
contratado por "notório saber" e poderá receber até R$ 1,2 milhão se
realizar todo o planejamento e ações previstos em contrato, com duração
de 24 meses, o que dará R$ 50 mil por mês.
Entre as suas atribuições obrigatórias estão visitas às
cinco confederações de futebol. Todas as despesas decorrentes do
trabalho, como assessores e viagens, são de responsabilidade do
treinador.
Caberá também a Parreira usar seu prestígio para "seduzir",
segundo ele próprio, as principais seleções para que façam de Minas suas
bases no Mundial.
O primeiro passo de Parreira, que já não atua mais como
treinador, será ajudar as 19 cidades mineiras a melhorar sua
infraestrutura. Além de hotéis bem equipados e grandes centros de
treinamento, Parreira destaca a importância de que o deslocamento para
os treinos não demore mais do que 20 minutos e que haja aeroporto
próximo.
Segundo Parreira, será sua tarefa se "aproximar das
seleções, dos treinadores e das comissões técnicas, levar um folder,
mostrar o trabalho e, se possível, trazer para conhecer in loco as
condições".
"Por isso elas [as cidades] têm que estar em estado quase
de excelência, para atrair, seduzir", disse Parreira, acrescentando que,
em 1994 o Brasil ficou quase toda a Copa dos Estados Unidos no mesmo
lugar, devido às boas condições.
Sérgio Barroso, secretário extraordinário da Copa em Minas,
disse que há cerca de 280 cidades no Brasil inscritas para sediar os
treinos.
*
Informações de Paulo Peixoto (BH), para a Folha.Com.
19/04/2012
- Foto: Divulgação. |