Ficção  científica

A ficção na realidade:

‘Arhur Clarke, da ficção ao espaço sideral’

Edição nº 2 do programa ASTROVÍDEO destaca a participação de

um escritor de ficção científica na evolução tecnológica.

Por Pepe Chaves*

Belo Horizonte-MG

Para ASTROvia

30/10/2011

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O programa ASTROVÍDEO, levado ao ar pela internet através da TV FANZINE apresenta em sua segunda edição, a partir desse domingo, 28/10, o especial em vídeo “Arthur Clarke, da ficção ao espaço sideral”, abordando trechos de vida e obra do escritor britânico Arthur Charles Clarke.

Os textos, de autoria de Márcio Rodrigues Mendes, José Ildefonso Pinto de Souza e Pepe Chaves, são intercalados com imagens que mostram Clarke, suas ideias e produções ao longo das décadas. O especial dividido em duas partes, com 15 minutos cada uma, tem direção e produção de Pepe Chaves.

Uma de suas últimas entrevistas é apresentada na segunda parte do especial, com tradução ao português. Nessa entrevista de 2007, concedida à TVE Ásia-Pacifico, poucos meses antes de sua morte, Clarke fala da proximidade de suas “90 órbitas solares” e imprime suas esperanças, conquistas e convicções para o futuro humano.

Arthur C. Clarke nasceu em Minehead, Inglaterra, em 16 de dezembro de 1917 e faleceu em Colombo, no Sri Lanka, em 19 de março de 2008. Ao longo de seus 90 anos, se tornou destacado escritor e inventor, cujas obras correram todos os continentes e foram traduzidas aos mais distintos idiomas.

Clarke é destaque em especial de meia hora pela TV FANZINE.

Uma eterna odisseia

A partir de seu magnífico conto de ficção científica “A Sentinela” se originou o longametragem “2001: Uma Odisséia no Espaço”, produzido e dirigido por Stanley Kubrick, em 1968. Entre suas centenas de publicações, Clarke também se destacou com o premiado “Encontro com Rama”, também com “As canções da Terra Distante”, entre tantos outros.

Quando criança, Arthur já demonstrava sua fascinação pelos astros, buscando compreendê-los, para mais tarde, traçar seus planos, por ora fictícios, que levariam o homem a alcançá-los um dia.

O menino Arthur  utilizava um telescópio caseiro para observar e reproduzir um mapa da superfície lunar avistável. Muitos anos depois, ele se atualizava constantemente sobre as mudanças tecnológicas, por vezes, instigando-as, através de suas ousadas ideias.

Quando seguiu para lutar na Segunda Guerra Mundial, servindo a Royal Air Force (a Força Aérea Real britânica) como especialista em radares, se dedicou ao desenvolvimento de um sistema de defesa por radar, se tornando uma peça importante para o êxito na batalha da Inglaterra.

Após aquela sangrenta guerra, Arthur estudou Física e Matemática no King's College de Londres. E, com o tempo, a partir de sua obra ficcional, diversos utensílios, hoje de suma importância para humanidade, saltaram de seus contos para a vida real.

E assim, o poder da ciência e da coordenação humana transformaria algumas das ousadas ideias de Clarke em realidade. Tal como os satélites para telecomunicações utilizando ondas de rádio, sugeridos de maneira visionária por ele, num artigo escrito para a revista Wireless World, em 1945.

A partir daí, ele ganharia notoriedade e acesso junto ao meio acadêmico, para propor a prática de suas ideias ousadas, algumas delas, descritas por ele, através dos contos de ficção científica.

Mais tarde, a órbita geoestacionária para os satélites, que obedeceria aos princípios propostos pelo escritor, passou a ser chamada de “a órbita Clarke”.

Através de suas sugestões científicas nasceu a comunicação via satélite, e daí, as transmissões ao vivo pela tevê e rádio, os celulares, as parabólicas, a internet, e toda uma infinidade de produtos e serviços que surgiriam a partir dessas novas tecnologias.

O programa ASTROVÍDEO, já está disponível pela TV FANZINE no seguinte endereço: www.viafanzine.jor.br/tvf.htm.

* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine e da rede VF.

- Imagem: divulgação.

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