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Temperatura: Mudança climática irreversível à frente Depois do ano mais quente da história, aquecimento dos oceanos é irreversível.*
No geral, a temperatura média global sobre a terra em 2014 foi a mais quente desde que os registros começaram na década de 1880. Leia também: Seria o Sol o senhor do apocalipse? - Por Fábio Bettinassi O Sol pode estar nos preparando grandes surpresas - Por Fábio Bettinassi Um eclipse solar extraterrestre Uma cópia distante: Um segundo sol Cometa Lovejoy executa rasante no Sol ESA lança mapa mais recente da superfície terrestre Nasa confirma que estamos num mundo pequeno Novo geoide da ESA: o melhor mapa da gravidade global ESA lança mapa mais recente da superfície terrestre O Sol pode estar nos preparando grandes surpresas
Os níveis do mar, o aquecimento da superfície e da camada superior dos oceanos, os gases de efeito estufa e temperaturas terrestres bateram recordes em 2014. Além disso, a fusão de tempestades tropicais e geleiras também atingiu um nível elevado, enquanto continua a perda de gelo do mar. Estas são as conclusões do relatório anual da State of the Climate Report, publicado no Bulletin of the American Meteorological Society. Os resultados baseiam-se no trabalho de 413 cientistas independentes de 58 países.
"Este relatório representa dados de todo o mundo, a partir de centenas de cientistas e nos dá uma imagem do que aconteceu em 2014", explicou Thomas Karl, diretor do National Oceanic and Atmospheric Administration, coordenador do relatório anual nos últimos 25 anos.
"A variedade de indicadores nos mostra como o nosso clima está mudando, não só na temperatura, mas a partir das profundezas dos oceanos para a atmosfera exterior", acrescentou.
O relatório também sugere algo ainda mais preocupante. Mesmo se os níveis de gases de efeito estufa fossem cortados imediatamente, os pesquisadores afirmam que o aquecimento dos oceanos está previsto para continuar por séculos e milênios.
Temperaturas de superfície globais
No geral, a temperatura média global sobre a terra em 2014 foi a mais quente desde que os registros começaram na década de 1880. A temperatura média anual do ano passado foi 0,37-0,44oC (0,7-0,79o F) superior à média 1981-2010, e 0,88o C (1,6o F) maior do que a década de 1880.
Mais de 20 países na Europa estabeleceram novos recordes de alta temperatura, com um novo recorde também definido para a África. Os únicos lugares que vimos a média das temperaturas terrestres em queda foram no leste dos Estados Unidos, regiões central e do sul Canadá e em partes da Ásia Central.
As temperaturas da superfície do mar
A temperatura média da superfície do mar foi a maior já registrada. A capacidade do oceano para armazenar e liberar calor é fundamental para a estabilização do clima do planeta e as temperaturas oscilam naturalmente. Mas, como a temperatura média começa a subir, isso contribui para o aumento dos níveis do mar, dos ciclones e um aumento no derretimento do gelo marítimo e das geleiras.
O novo relatório adverte que o aquecimento dos oceanos é agora irreversível. Mesmo se tivéssemos como cortar todas as emissões de carbono a partir de amanhã, a temperatura dos oceanos do mundo vai continuar a subir ao longo de décadas, ou mesmo de séculos.
Os níveis de gases de efeito estufa
As emissões de gases com efeito de estufa - principalmente o dióxido de carbono, metano e o óxido nitroso - quebrou mais um recorde histórico em 2014. Os níveis de CO2 na atmosfera alcançaram 397,2 partes por milhão (ppm), ante as 354 ppm quando este relatório foi publicado pela primeira vez faz 25 anos, em 1990. Este aumento dos níveis de CO2 tem sido atribuído a um aumento de quatro vezes nas emissões resultantes das atividades humanas.
Níveis globais do mar
A média de nível global do mar foi de 6,7 centímetros (2,6 polegadas) acima da média de 1993, colocando-se como a mais alta já registrada. No entanto, esse aumento acaba por afetar diferentes regiões de forma desproporcional, uma vez que a elevação do nível do mar não acontece uniformemente em todo o planeta, já que é frequentemente afetado por mudanças nas principais correntes, por exemplo.
Como quase 40% da população dos Estados Unidos vivem em cidades costeiras, o aumento do nível do mar e o aumento na quantidade de ciclones e tempestades, deverão causar impactos importantes na vida de muitas dessas pessoas.
* Informações de Josh L Davis/iflscience.com, com tradução de Pepe Chaves. 17/07/2015
- Foto: Anette Holmberg / Shutterstock.
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