Controle remoto:
Aeronave da UFMG vai competir nos EUA
Aeronave criada por alunos da UFMG vai
disputar competição nos EUA*
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Avião é feito de madeira e alumínio e é
movido por combustível.
Equipe de 11 alunos e o piloto venceram
competição brasileira.
Uma aeronave a controle remoto e movida por combustível
feita por alunos da Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG) vai
disputar uma competição nos Estados Unidos, entre esta sexta-feira (27)
e o domingo (29). A equipe formada por 11 alunos da universidade e um
piloto ganhou uma competição nacional, em outubro de 2011, e embarcou
nesta quarta-feira (25) para Marietta, na Georgia.
O avião não tripulado é feito basicamente de madeira,
alumínio e náilon e tem 3,20 metros de envergadura; 1,5 metro de
comprimento e 40 centímetros de altura. De acordo com Bruno Arruda
Alves, um dos integrantes da equipe, após a vitória no campeonato
nacional, outro modelo de avião foi desenvolvido. "As regras nos Estados
Unidos são diferentes. Fizemos outro projeto. O que vale na competição
lá [EUA] é o quanto de peso que a aeronave pode carregar", disse.
Alves explica ainda que a diferença desta aeronave para um
avião de controle remoto comum é conseguir chegar ao extremo da potência
e da aerodinâmica. "A competição tem um limite de potência. O avião de
controle remoto comum tem muita potência, mas carrega pouco peso",
afirmou.
Os integrantes batizaram a aeronave ganhadora como "Triton".
O nome surgiu pelo fato do avião ter na cauda estabilizadores triplos
que se assemelham a um tridente.
A UFMG já participou da competição nos Estados Unidos por
duas outras vezes. Em 2006, a equipe da universidade voltou com a
medalha de ouro e, em 2009, ficou em segundo lugar. Os vencedores
recebem troféu e prêmios em dinheiro divididos em categorias. Os
participantes são julgados em três quesitos: quantidade de peso que
aeronave pode carregar durante um voo; relatório que explica a
construção da aeronave e apresentação oral.
De acordo com Alves, a UFMG ajuda a equipe com o
conhecimento, o espaço para trabalhar e uma parte financeira. "Tivemos
que correr atrás de patrocínio. O custo total do projeto, com o avião e
a viagem, vai ficar em torno de R$ 60 mil", falou. Outro integrante da
equipe, Rodrigo Amorim Torres, explicou que o projeto é de extrema
importância para a aplicação do conhecimento adquirido ao longo do
curso. "A teoria é aplicada para construir a aeronave. O projeto é
praticamente igual à construção de uma aeronave tripulada", falou o
aluno, que disse ter aprendido bastante com o projeto.
Os alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e Aeroespacial
dizem que já estão preparando uma nova aeronave para a competição
nacional, que volta a acontecer em outubro deste ano.
*
Informações do G1.
25/04/2012
Imagem:
Divulgação.
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