Malaysia Airlines:
Holanda deverá liderar investigação
sobre queda de avião*
EUA acusam a Rússia por ataque de
rebeldes contra aeronave civil.
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Destroços do
avião da Malaysia Airlines que caiu com
239 pessoas a bordo.
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Outros destaques em
via Fanzine
O primeiro-ministro ucraniano, Arseniy Iatseniuk, disse
hoje (21) que a Holanda deve liderar a investigação sobre a queda do
avião da Malaysia Airlines, na última quinta-feira (17), no Leste da
Ucrânia.
"A Holanda, como país que mais sofreu, deve coordenar a
investigação internacional", disse o premiê sobre a aeronave abatida por
um míssil.
Os investigadores forenses holandeses, já nas cidades de
Kharkiv e Donetsk, vão conduzir a partir desta segunda-feira as
operações de identificação das vítimas.
Na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o
ministro dos Negócios Estrangeiros holandês, Frans Timmermans, vai
procurar o apoio da comunidade internacional para conseguir repatriar, o
mais rapidamente possível, as 193 vítimas holandesas da catástrofe
aérea. Timmermans indicou que a Holanda quer garantir apoio a uma
investigação internacional completa e independente para que se possa
determinar exatamente o que aconteceu e responsabilizar os culpados.
O chefe da diplomacia holandesa acrescentou ter entrado em
contato com os chanceleres norte-americano e britânico, John Kerry e
Philipi Hammond, que manifestaram total apoio ao governo holandês.
O Conselho de Segurança da ONU reúne-se hoje para debater
uma resolução, proposta pela Austrália e apoiada pela França, que exige
que os separatistas pró-russos no Leste da Ucrânia garantam acesso livre
e seguro ao local da queda para os investigadores internacionais. A
proposta da Austrália, país que perdeu o maior número de cidadãos (28)
no acidente depois da Holanda, condena o ataque contra o avião malaio e
exige que os responsáveis sejam julgados.
O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, disse que vai
receber "muito mal" um eventual veto da Rússia a uma resolução da ONU
para aceder ao local onde caiu o voo MH17, que fazia a ligação entre a
capital da Holanda, Amsterdã, e da Malásia, e Kuala Lumpur. Abbott
indicou que os apoios à resolução estão aumentando e considerou que "a
decência e a justiça requerem que essa resolução seja aprovada por
aclamação".
A Rússia é um dos cinco membros permanentes do Conselho de
Segurança da ONU com direito a veto.
Violentos combates opõem as forças separatistas e
ucranianas próximo à zona do acidente, aparentemente causado por um
míssil antiaéreo disparado pelos rebeldes pró-russos, segundo
informações dos Estados Unidos. Nenhum cessar-fogo foi decretado depois
do acidente.
As equipes de resgate encontraram 251 corpos das 298
vítimas do desastre, segundo o Ministério das Situações de Emergência da
Ucrânia. Os socorristas enviados para o local do acidente recolheram
ainda 66 partes de corpos entre os escombros do avião que caiu na cidade
de Grabovo, mas cujos destroços estão espalhados por uma grande área.
Os corpos estão atualmente em um comboio refrigerado, em
Torez, uma zona sob controle de separatistas pró-russos no Leste
ucraniano, indicou o porta-voz do primeiro-ministro da autoproclamada
República Popular de Donetsk, Alexandre Borodai.
*Informações da
Agência Brasil, com Agência Lusa,
17/07/2014
- Foto: Lenta.ru/Divulgação. |