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Entrevista

 

 

E-book:

Sérgio Souza lança mais um livro de crônicas

Velho caderno, numa Casa Mal Assombrada” reúne algumas das crônicas publicadas em sua coluna nos últimos anos, além de outras inéditas. O livro é oferecido graciosa pelo autor a qualquer leitor que desejar baixá-lo.

  

Da Redação

Via Fanzine

26/08/2023

 

 

- Para baixar gratuitamente “Velho caderno, numa Casa Mal Assombrada”, clique aqui.

 

O professor e escritor Sérgio Souza, lança seu quinto livro, o e-book “Velho caderno, num Casa Mal Assombrada” (Pepe Arte Viva, 2023), reunindo crônicas e contos de sua autoria. Mantendo já por alguns anos sua coluna semanal em Via Fanzine, Souza já cultivou alguns leitores que admiram a versatilidade de seus escritos.

 

Este livro reúne algumas das crônicas publicadas em sua coluna nos últimos anos, além de outras inéditas. O livro é oferecido graciosa pelo autor a qualquer leitor que desejar baixá-lo. Para baixar gratuitamente “Velho caderno, num Casa Mal Assombrada”, clique aqui.

 

A seguir trouxemos o prefácio do editor e uma pequena entrevista com Sérgio Souza, onde ele nos fala um pouco desse e de outros trabalhos seus.

 

Prefácio:

 

O construtor das palavras

  

Trabalhar com as palavras. Este tem sido o ofício de Sérgio Souza ao longo das últimas décadas. E palavras, sejam quais forem, envolvem sempre sentimentos, paixões, gozos, desilusões e toda gama de ocorrências e desígnios.

 

Contudo, sempre é preciso dar-lhes direção, potência, significados específicos e muitas pitadas de intensões. Para isso, o nosso cronista precisa antes, criar todo um cenário para cada uma de suas obras escritas. São convenções, padrões, sistemas, mundos e situações às quais os seus personagens são submetidos. São testados, praticamente lixados, em busca do individual progresso, seja mundano ou do campo espiritual. Seja como for, tudo parece seguir ao curso da evolução.

 

Em suas entrelinhas sempre há algo a se colher ou para ser identificado, para assim, se alimentar a alma. Sérgio Souza mostra com perspicácia em seus escritos toda uma natureza humana bruta, desnuda e, em muitas das vezes, transparecendo as verdadeiras tendências e providências ditadas pelo acaso (ou não) ao destino dos seus viventes.

 

Otimista de caneta na mão, Souza segue com a cabeça a prumo entre tantos problemas desordenados apresentados entre o rio da vida real e o da ficção. Delineando estas águas corrediças está o pensamento do autor, cujo intelecto, por vezes, paira sobre as conturbadas situações submetidas aos seus tão distintos personagens.

 

Afinal, quem escreve é uma espécie de deus da dimensão que cria, busca como tal, em seu âmago, antes de tudo, transpirar o desenrolar justo ou injusto das situações. Desta maneira então, mostrando que nem sempre poderá haver uma luz no fim do túnel para todos.

 

Aqui estão reunidas algumas crônicas inéditas mescladas a outras já publicadas pelo autor nesses últimos anos pelo jornal digital Via Fanzine, do qual é colaborador desde sua fundação, ainda como jornal impresso, no ano de 1994, em Itaúna-MG. Atualmente, Sérgio Souza mantém em Via Fanzine sua coluna semanal de crônicas, encantando aos nossos leitores e deixando sempre suas mais autênticas “pegadas digitais”, onde a palavra faz o papel do tijolo numa grande construção.

 

Este humilde livro é mostra do talento, da criatividade e desenvoltura desse autor nos últimos anos. E quem recebe o bônus de sua constante atividade literária são seus leitores.

 

Tenha uma boa leitura.

 

Pepe Chaves

Editor

www.viafanzine.jor.br

 

Entrevista com Sérgio Souza

 

Via Fanzine: Quantos livros você já publicou e em que seu último trabalho “Velho caderno, numa Casa Mal Assombrada” se difere dos demais?

Sérgio Souza – Publiquei cinco. São eles: Amor na Quarta Lua de Netuno (romance); Cachorro Vira-Lata e Outras Histórias (crônicas); O Burro Tava Certo (crônicas e contos); Um Sonho Breve (poesias) e o atual: Velho Caderno, Numa Casa Mal-Assombrada (também crônicas e contos). Dizia o querido Professor Osvaldo: “Cada dia é professor do dia subsequente.”. Os dias, pois, vêm me oportunizando novas observações, novos conhecimentos e técnica literária. Isso me faculta afirmar que este é o meu melhor trabalho. Contudo, tendo sempre em mente: há muito que aprender!  

 

Via Fanzine: Neste trabalho há crônicas que já foram publicadas em sua página e outras inéditas. Nos fale das inéditas?

Sérgio Souza – Os inéditos (na verdade, contos) são: O homem engessado. Sinopse: A esposa do Sr. Antônio passa a ter caso com um ortopedista. Os dois executam um plano, de ir engessando o Sr. Antônio, até deixá-lo imobilizado. Um dia, chega para a rua a Rosa Baiana, mulher decidida, a qual toma atitudes corajosas, mudando totalmente o curso da história. O gesso é também metafórico. Refere-se aos bloqueios, às amarras. Um grandioso favor, uma caridade. O sargento Teixeira (Careca), o qual sofria desumanas pressões por parte do seu comandante, segue um dia, acompanhado por quatro soldados, com a missão de capturar e trazer, vivo ou morto, o perigoso bandido Zoré. Traindo o comandante e Zoré, o sargento comete um crime milionário e passa a ter uma vida de aventuras. Entra na história um ingênuo pastor evangélico, o qual acaba servindo de escadinha para um maquiavélico plano do Careca.  O enterro do Mané. Arrisco a dizer que este conto, baseado em fato real, se enquadra no Naturalismo. Sabemos que uma das característica desse estilo é o determinismo, a influência do meio. Mané, homem resignado e honesto, vivia num ambiente inóspito. No trabalho, era explorado pelo patrão, o qual não cumpria leis. Mané teve uma vida de miséria, a qual perdurou em seus filhos. A narrativa faz ponderações sociais, psicológicas, às vezes colocando em dúvida se algum fato deve ser visto como comédia ou como tragédia, dada a complexidade do ser humano. Dez minutos de amor. Conta a história de Nádia, moça ainda virgem, doente terminal. Enquanto todos saem do quarto dessa enferma, um desconhecido entra rapidamente, é tomado de um desejo irresistível pela agonizante, faz amor com ela e desaparece, cheio de sonhos e de preocupações. Surge do nada a Dra. Joyce Hartmann, prima da enferma. Retira-a daquele hospital, cuida dela. E Nádia, tida por morta pela equipe médica, se recupera. Imagine quantas peripécias e mudanças de curso tem esta história! E como seria o final?

 

Via Fanzine: De onde vem a inspiração para escrever suas crônicas e contos?

Sérgio Souza – Lugar um tanto frutífero são as lotações. É comum alguém sentar-se ao meu lado e começar a conversar. Às vezes, essa pessoa revela uma bela sabedoria. Ou pode sair daquela boca algo até estonteante. Faz lembrar o moço de 45 anos, que namorava uma senhora de 86. No aniversário dela, qual foi o presente que ele lhe deu? Um plano funerário. Fui chegando em casa e publicando a crônica O presente de aniversário, já publicada pelo Via Fanzine. Quando estou caminhando também, alguma inspiração costuma vir, ou quando estou quase dormindo.

 

Via Fanzine – Onde a ficção se separa da realidade em seus escritos?

Sérgio Souza – Olha, o Campbell, autor da intrigante obra O herói de mil faces, argumenta que, na verdade, não existe ficção. Que tudo é realidade, porque aquilo que um autor imagina já está registrado no inconsciente coletivo. O escritor apenas retira aquilo de lá – diríamos assim – dando a sua versão. Quase todos os meus contos relatam fatos que realmente acontecem. Outros, confesso que invento. No entanto, depois de algum tempo, eu estou certo de que tudo aquilo foi real – e até me trouxe uma lição de vida. O Campbell tem razão.

 

Via Fanzine – Quais são seus planos enquanto colunista e escritor?

Sérgio Souza – Meus planos? Preparar-me cada vez mais, nunca parar de escrever, melhorar sempre. Nossos leitores nos honram demais. Por isso, eles merecem o que houver de mais precioso. Um plano mais ousado é ir transformando alguns escritos em filmes, para publicação nas mídias sociais. Meu conto A farmacólatra já deu filme, mas ainda não o publiquei nas redes.

 

Via Fanzine – Seu trabalho apresenta muitos personagens em situações inusitadas e diversas. Podemos dizer que alguns desses casos sejam puramente baseados em fatos reais?

Sérgio Souza – Tanto fatos quanto personagens, a maioria são de fundo real. O Paulo Bodoque, o Pedro Pirulito realmente existiram. E, devido à confiança que eu tinha com eles, mesmo em sua ausência, não quis alterar-lhes os nomes. É uma forma também de homenageá-los. A mulher que cismou que era Nossa Senhora, na verdade, era minha tia rs. Para que o fato ganhe sabor literário, a gente tem de acrescentar alguma coisa e dar uma redação mais artística. Até mesmo uma notícia de jornal pode vir com subjetivismos ou um forte teor emocional. Acaba se transformando em literatura. Isso, já desde A Carta, de Pero Vaz de Caminha.

 

Via Fanzine – Agradecemos e pedimos para os deixar suas considerações finais.

Sérgio Souza – Temos sempre que agradecer às nossas leitoras e aos nossos leitores pelo tempo que dedicam, lendo os nossos escritos. Parabenizamos, mais uma vez, a você, Pepe, e ao Jornal Via Fanzine, por já estar, há quase três décadas, dando suporte a tão qualificados conteúdos, que encantam o público. Essa trilha é emocionante! Sigamos por ela.

 

- Imagem Divulgação/ Pepe Arte Viva.

 

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