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Quando a bola sangra...

 

 

Tirem o Neto e coloquem Paul, o Polvo

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

Paul, o Polvo, ofuscou o mascote da Copa e cantou os resultados.

 

Paul, o famoso polvo alemão, deu um chocolate na maioria dos comentaristas de plantão nessa Copa. Ele driblou todos eles e acertou todos os resultados da Alemanha e depois, dos jogos finais da competição, incluindo a seleção campeã. E Paul tem outras grandes vantagens sobre os comentaristas brasileiros: não fala besteiras e nem tem sotaque! Ô, meu, peralá! Outra vantagem desse inocente animal que passou a ser a principal atração da Copa 2010 é que na boca dele não entra mosquito, só mexilhão.

 

Atlético-MG: até o técnico está contundido

 

É isso mesmo, ele se contundiu. Luxemburgo, técnico do Atlético Mineiro, se machucou ao dividir uma bola com seu genro, o meio campo alvinegro Fabiano. Ele veste agora a camisa do time dos contundidos, ao lado dos atacantes Serginho e Obina. O técnico teve que engessar a perna e trabalhar numa cadeira de rodas. Até a oitava rodada do Campeonato Brasileiro, Luxemburgo deixou o Atlético, também engessado, na 18ª posição. Essa onda de azar que paira sobre o clube mineiro avassala também fora das quatro linhas.

 

Deletam o nome de Bruno 

 

Bruno, goleiro afastado do Flamengo ainda não foi julgado pelos crimes que está sendo acusado de ter cometido. Mas para muita gente, ele é o culpado de tais acusações e, mesmo se não for, já se envolveu o suficiente para sofrer a repulsa da maioria das pessoas. Um amigo meu, do Rio, contou que seu filho, um jovem 12 anos, aspirante a goleiro, incendiou a camisa do goleiro rubronegro que trazia o seu nome. Da mesma maneira, o próprio Flamengo cancelou seu contrato com o jogador, bem como os seus patrocinadores. Este se tornou um fato praticamente isolado na história do futebol brasileiro, em que um atleta de alto nível é retirado de atividade por razões criminais. Sem dúvida, não é exemplo para filho de ninguém e por isso, muitos preferem deletá-lo.

 

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Nudez e hexa são adiados

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

 

Maradona não conseguiu ficar nu, como queria,

Mick Jagger torceu para ele.

CHARGE: BOTINO

 

Quem apostaria que as duas maiores forças do futebol sulamericano não conseguiriam chegar às semifinais da Copa? Primeiro o Brasil, depois a Argentina entrou na “fila indiana” para a América do Sul. O Brasil sacrificado que foi pelo péssimo futebol mostrado dentro de campo, atribui a maioria das falhas à atuação do meio campo Felipe Melo, expulso na partida e envolvido no lance de um gol sofrido. Um Dunga zangado gesticulava, berrava e esmurrava à beira do gramado. O gaúcho ficava gritando e sentindo que tudo saía errado e vaca tomava o caminho do brejo, como dizem os paulistas. Já a Argentina, amargou uma humilhação ao sofrer quatro gols da Alemanha, além de tomar uma verdadeira aula de futebol contemporâneo. A superioridade do adversário desmontou qualquer esquema de Maradona para buscar uma vitória em cima dos alemães. Antes da partida, Maradona contou papo, dizendo que esta seria a revanche da desclassificação sofrida pela Argentina diante os alemães em 2006. Tudo adiado! Inclusive, o número de nudez que o técnico ofereceria aos argentinos, no obelisco de Buenos Aires... Em consolação, o “sonho do hexa” dos brasileiros também terá de aguardar...

 

Por que o Felipe Melou?

 

O despreparo psicológico ficou evidente entre os jogadores brasileiros. Nas tomadas mais de perto dos jogadores durante a partida podia se notar o nervosismo. Um Robinho transtorno e “possuído” berrava frases em inglês para o juiz. Júlio César, qual olhar atordoado, parecia prever o tempo todo o trágico desfecho. Felipe Melo, que deu o passe para Robinho abrir o marcador, viria se configurar logo depois num dos maiores vilões da história da seleção brasileira. Sua irresponsabilidade chegou ao cume de pisar num jogador caído, num lance sem bola, pois ele já havia cometido a falta. Expulso após o Brasil sofrer o segundo gol na metade do segundo tempo, a equipe não soube reagir e se mostrar ofensiva com apenas 10 homens em campo. O ato desleal e infeliz de Felipe Melo veio melar o sonho do hexa, diante uma seleção holandesa nem tão forte assim. No entanto, esta seria a primeira de alto nível que os brasileiros enfrentariam nessa Copa. Ao desembarcar no Rio Felipe Melo foi xingado por torcedores e somente o fez com um forte esquema de segurança. A cicatriz vai demorar para se curar, tanto a que fico em Felipe, quanto a que ficou na Seleção Brasileira.

 

Mick Jagger é o culpado

 

O astro da música pop e líder da banda Rolling Stones, Mick Jagger, tem sido culpado pelas derrotas de todas as seleções que ele torce. Ele compareceu em vários jogos da Copa e seus preferidos foram eliminados, tão logo ele assistiu as tais partidas. Foram eles, respectivamente, Estados Unidos, Inglaterra, Brasil e por fim, Argentina. Na partida do Brasil ele estava com seu filho (e da apresentadora Luciana Gimenez) vestido com a camisa da Seleção e foi mostrado no telão do estádio. No dia seguinte, o telão mostrava que ele estava também assistindo à Alemanha x Argentina. Não foi declarado oficialmente por qual seleção ele estaria torcendo. Mas todos têm certeza que era para a Argentina... Alguém duvida?

 

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Nudez de Maradona pode estar próxima

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

 

Imagine Diegueto pelado, lá em cima...

 

É difícil para um patrício distante de seu país, se conter, por mais que o tente, quando sua seleção se destaca numa Copa. De Buenos Aires a Brasília são longos quilômetros em linha reta. E cá estou, de um coração latino ao outro, empolgado com a, inicialmente, tão criticada seleção de Maradona. A cada vitória, ainda que a sorte, a complacência do árbitro e uma mãozinha a mais, ou um passo à frente, tudo está sempre ao nosso favor. São as mágicas del dio Maradona. Nesse caso então, pouco importa se o gol de Teves contra o México foi duvidoso, o certo é que buscamos chegar ariba. E com seu otimismo, seu alto astral, seus beijos e abraços, Maradona vai “amaciando” a máquina de futebol argentino e preparando o cenário para a sua chegada ao final de uma Copa. Apalpando o ego do grupo e enaltecendo a bandeira argentina, los niños de Diego rompem na maior competição do futebol mundial. Ao que parece, Dieguito está cada vez mais próximo de cumprir a promessa de mostrar sua nudez total no famoso Obelisco de Buenos Aires. Pero, que ello no tenga la idea de sentar ariba del monumento...

 

Brasileiro torce para Portugal e argentino para a Espanha

 

A coisa está no sangue. Países colonizados sempre torcem por seus colonizadores na Copa. Se não está no sangue, pode estar na língua, na cabeça ou no coração. Mesmo que tenha sido um conquistador atroz, destruidor de culturas e civilizações anteriores, a tendência é sempre torcer para os colonizadores continuarem sendo os “donos da bola”, na Copa, claro. Assim, eu, que tenho sangue argentino, naturalmente torcerei sempre para a Espanha toda vez que esta enfrentar Portugal. Brasileiros e demais países que exercitam a língua portuguesa pelo mundo afora, certamente vão torcer pelo colonizador português. Este sentimento irmanado por países do outro lado globo é algo invisível, mas energeticamente palpável e as torcidas sempre pesam de alguma maneira no campo astral de cada um que pisa em campo.

 

Gols que não foram gols

 

Esta Copa de 2010 será marcada por episódios negros da arbitragem mundial. São falhas que poderiam ser sanadas com um pouco mais de complacência por parte dos organizadores. Enquanto a FIFA teima em não se render à implantação de recursos eletrônicos em prol da arbitragem, diversos profissionais vão “queimar” seus nomes, simplesmente por falhas de ordem humana. É possível que o gol anulado da Inglaterra - enquanto então estava 2 a 1 para a Alemanha, que venceria por 4 a 1 – possa levar à reflexão os departamentos técnicos das Confederações e da FIFA. No caso desse gol “que não foi gol”, a bola entrou por mais meio metro depois da linha, mas nem o auxiliar (bandeira) ou o juiz, puderam ver o lance com segurança e assinalar o gol. Tal gol desestabilizou a Inglaterra e a partida poderia ter outro destino, caso tivesse sido validado um gol legítimo. O problema poderia ser resolvido com a simples instalação de um mísero chip na bola e outros nas traves, que apitaria sempre que a bola cruzasse a linha do gol, mesmo que por alguns segundos – como foi o caso. Não dá para não falar também do gol de Teves que - dê a Teves o que é de Teves -, estava em completo impedimento, enquanto, mil e um aparatos tecnológicos poderiam avaliar com determinação este, entre outros lances duvidosos para a arbitragem. Render ou não aos aparatos tecnológicos no futebol? O tempo dirá... Hasta allá, ariba, mis hermanos!

 

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Mestre Dunga, Zangado e nada Dengoso

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

 

 

Muita gente já chama o Dunga de Zangado. Queriam que o Mestre da seleção fosse mais Dengoso com a imprensa. Mas, não é para menos. O técnico da seleção brasileira deveria entender que o excrete não pertence a ele e que o seu trabalho é remunerado justamente por representar toda uma nação. Essa coisa de ele dizer que “a seleção é minha” mostra o quanto despreparado psicologicamente ele está. Fosse dele, deveria ele próprio arcar com os custos dão Brasil na Copa e nada receber. Não há como negar que Dunga, desde que assumiu, até então, vem fazendo um trabalho louvável no comando técnico da seleção. Mas isso não lhe dá o direito de faltar com educação com quem ele julgar que sim, independente de ser jornalista de emissora X ou Y. Além da péssima dialética do técnico, que atropela a língua portuguesa constantemente em suas entrevistas, temos aguentado também a sua ira, seu ranço e suas pirraças, justamente com as pessoas a quem qualquer técnico do Brasil deve prestar informações. Tudo isso remonta sua aura de antipatia, cada vez mais crescente no país, independente de haver ou não “campanha” contra ele. Dunga precisa urgentemente de um psicólogo e, de quebra, um bom professor de português. Aturar seus erros de concordâncias, ainda vai, mas palavrões, ninguém é obrigado a tolerar. Ainda mais de quem é muito bem pago para representar o país. Dunga não pode colocar sua pessoa acima do cargo, como tem feito. Conquiste ou não a Copa 2010, certo é que se revelou sua péssima educação e uma antipatia que deverá colocá-lo no rol dos “malditos” do futebol brasileiro. Dunga fabricou uma crise do nada, que começa a atingir os patrocinadores da seleção e pode até mesmo comprometer o restante da competição para o Brasil.

 

Domenech, necas, necas

 

Aquele toque de mão de Tierry Henry, desclassificando a Irlanda do Norte custou mais caro para França do que qualquer um poderia imaginar. O castigo veio a trem-bala. O vexame total não ficou só no futebol, mas na ausência de boas maneiras do técnico Raymond Domenech. Após a derrota de 2 a 1 para a África do Sul, Domenech recusou um aperto de mão do técnico sul-africano, Carlos Alberto Parreiras. Ele negou o cumprimento, alegando que Parreira teria dito que França não merecia participar do mundial, por conta do toque de mão de Henry, que culminou no gol que a classificou. Parreira disse não se lembrar de tal declaração. Mas, será que Domenech acha que a França  merecia mesmo participar? Fato é que o ato deselegante fechou da pior maneira possível a participação francesa na Copa 2010. Domenech que, dizem, costuma consultar os astros para escalar o seu time, parece viver o seu inferno astral. Brigas internas, despacho de jogador durante a Copa e toda má sorte de incidentes, desacertos, recheados com derrotas e um futebol a nível de segunda divisão brasileira. Os irlandeses devem estar comemorando a vingança horóscopo-kármica dos franceses. Nem mesmo Zidane ficou de fora das polêmicas, acusado que foi de promover “levante” de jogadores contra o técnico francês. Foi uma participação para se esquecer para sempre, onde o melhor resultado foi um mísero empate com Uruguai, seguido por derrotas para o México e os donos da casa. Enfim, a saída "a francesa" talvez fosse mesmo a melhor estratégia após esta vergonhosa participação. Que sirva de lição: a desonestidade não compensa! Domenech, necas, necas...

 

Maradona dá ‘mãozinha’, mas Messi não é Messias

 

A Argentina chegou às oitavas com seu aproveitamento máximo, ao conquistar três vitórias consecutivas na primeira fase. Se Maradona diz que é melhor que Pelé dentro de campo, certamente, fora de campo deverá se impor sobre Zagalo. Comparações à parte, dentro de campo Messi não consegue marcar um gol sequer. Faz lembrar o Ronaldinho Gaúcho na última Copa: eleito o melhor do mundo, na Copa, passou apagado e pouco fez de efetivo. Messi parece amaldiçoado, nem mesmo com a “mãozinha” de Maradona que o manteve entre os reservas na vitória de 2 a 0 sobre a Grécia conseguiu marcar. Apesar do grande excrete montado, a julgar pelo andar da carruagem, Messi poderá perder a insígnia de “melhor do mundo” até o final da Copa. E ao contrário, quem sabe, Maradona poderá se achar, também, o melhor do mundo fora de campo?

 

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Brasileiros navalharam a Jabulani

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

 

Munidos de navalhas na língua, jogadores brasileiros "esquartejaram" a Jabulani.

FOTO: FIFA

 

Bem antes de começar a Copa diversos jogadores saíram a campo, se protestando contra a bola oficial do Mundial de Futebol de 2010, a Jabulani. A bola fabricada pela empresa Adidas foi reprovada por vários jogadores, sobretudo, goleiros, em especial, Júlio César da Seleção Brasileira. Numa entrevista coletiva, o goleiro afirmou que a bola é “horrível”. Mas as críticas não ficaram só com os defensores, os atacantes também foram ao ataque contra a Jabulani. Da outra ponta do gramado, o atacante Luiz Fabiano também reprovou a bola. Já para ele, a Jabulani é “paranormal”. Com horrores e paranormalidades à parte, os brasileiros esperam que a Seleção de Dunga traga o tão sonhado hexa e que a bola não seja a culpada pelo futebol apresentado.

 

Os atropelos de Maradona

 

El Dio “Digueto” marcou presença logo em sua chegada na África Sul. Ele atropelou literalmente, ao passar em cima do pé de um jornalista com seu veículo. Apesar de sentir imensa dor com o peso da fama de Maradona sobre o peito do pé, o rapaz foi hospitalizado, mas felizmente não deverá guardar sequelas, senão mentais. Outros atropelos de Maradona poderão ocorrer nos jogos da Copa. O primeiro deles, já veio na magra vitória de 1 a 0 sobre a Nigéria, em que o “melhor do mundo”, Messi, ficou devendo. A partida foi um verdadeiro treino para los hermanos de los brasileños embalar de vez nessa primeira fase. Durante o jogo, Maradona foi o centro das atenções fora das quatro linhas, com suas reações, gestos, trejeitos e caras. Arrrrrrrriba, Argentina!

 

Neto, um gentleman ao avesso

 

No Brasil, a Rede Globo e a Rede Bandeirantes transmitem os jogos da Copa 2010 na África do Sul. A Bandeirantes, infelizmente, apresenta o “craque” Neto como um de seus comentaristas. Este ex-craque tem se revelado como um dos mais inconvenientes comentaristas do futebol brasileiro. Com um vocabulário cheio de gírias e erros de concordância, Neto, sem o menor preparo com as palavras, faz críticas aos gritos e remonta ao melhor estilo, as piores discussões dos botecos “copo sujo” do interior paulista. Como comentarista, o ex-atleta que ficou famoso no Corinthians, Neto, é um gentleman ao avesso. Ele se encontra em um nível muito inferior aos demais integrantes do Staff Band, incluindo, o próprio Edmundo, outrora “Animal”, e que (ao contrário de Neto) tem se revelado ponderado e sensato comentarista. Particularmente, gosto de assistir às duas emissoras abertas. Estas têm profissionais de valor em seus quadros jornalísticos e esportivos. Entretanto, com Neto comentando uma partida, fica impossível assistir à Band e submeter a minha educação à dele.

 

Funcionários sul-africanos querem receber

 

Outra navalhada na bola, fora das quatro linhas, acontece no palco da Copa 2010. Em pleno andamento do evento, funcionários sul-africanos da segurança se manifestam contra os organizadores da Copa. Eles querem receber uma diferença de salário que ficou a certada, mas não foi paga. Procurando abafar o escândalo para o resto do mundo, a organização informou a eles que irá pagar o que fora prometido. Outra coisa, na África do Sul, a finalização das instalações da Copa na África do Sul foram feitas “a toque de caixa”. Seria bom que os brasileiros não seguissem este exemplo na próxima Copa de 2014.

 

Brasileiro detido nas Arábias

 

No dia 14 de abril, o brasileiro Marcelo Santos, tradutor do técnico Luiz Felipe Scolari, distribuiu socos e chutes ao término da partida entre o Bunyodkor, time da primeira divisão do Uzbequistão então dirigido por Felipão, e o saudita Al Ittihad, pela Copa dos Campeões da Ásia. O problema para Santos foi que o jogo era na Arábia Saudita, onde agressões como essas são consideradas crimes extremamente graves. O tradutor foi imediatamente detido e amargou dois dias no xilindró. Só conseguiu deixar a prisão por intervenção do poderoso empresário Khalil Bin Laden, cônsul honorário do Brasil naquele país e meio-irmão do terrorista Osama Bin Laden. Desde então, Santos está impedido de sair do país. “Para mim, é como se eu estivesse preso aqui. Não posso voltar para casa”, diz ele, que foi abrigado por Khalil num chalé à beira-mar enquanto aguarda a instauração do processo judicial. O tradutor alega que o juiz o chamou de “macaco” durante o jogo, e que ele agrediu o policial sem saber que se tratava de autoridade. Para tentar resolver o imbróglio, o Itamaraty teve de entrar em campo. O chanceler Celso Amorim enviou carta a seu homólogo saudita, o príncipe Saud Al Faisal, pedindo a libertação imediata de Santos, que foi multado em US$ 20 mil e suspenso do futebol no país por cinco anos. “Tomo a liberdade de solicitar, uma vez mais, que Vossa Alteza interceda, em benefício do afeto que une nossos povos”, escreveu Amorim. “A gente explica que chutar um policial numa partida de futebol é algo totalmente corriqueiro para nós no Brasil. Mas aqui é um crime gravíssimo”, acrescenta o ministro-conselheiro David Lucena, número 2 da embaixada brasileira em Riad. As informações são de Claudio Dantas Sequeira para a revista IstoÉ.

 

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Lances feios, fora e dentro de campo

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

 

Em treino para a Copa em seu continente, abelhas africanas derrotaram dois times em apenas um lance!

 

Abelhas entram em campo e derrotam dois times

 

Todos assistiam a uma partida de futebol, quando, aos 25 minutos, os jogadores foram caindo um a um no gramado. Não se tratava de uma coreografia surrealista, mas de um ataque de indisciplinadas abelhas africanas. Elas não vestiram a camisa, mas deram show no gramado. O fato inusitado aconteceu no Panamá, durante a partida disputada pelo Atlético Chiriqui que estava perdendo para o Tauro de 1 a 0. Foi necessária a intervenção do Corpo de Bombeiros para evitar um mal maior. Após o ataque, a partida teve prosseguimento, terminando no empate de 1 a 1 entre as equipes. Já as abelhas, artilheiras que são, não deixam o jogo acabar num chato empate.

 

Imperador da Confusão em mais um lance horrendo

 

O jogador Adriano protagonizou outros lances feios fora de campo. Dessa vez, foi armado um barraco com sua namorada em uma favela carioca. O entrevero teve também a participação de outros jogadores do Flamengo, que tiveram seus carros levemente danificados pela nervosa namorada do Imperador. Vários deles saíram em defesa de Adriano e o goleiro Bruno (que também adora uma confusão), famoso por agredir uma prostituta em Belo Horizonte no ano de 2008, saiu com essa: “Quem nunca meteu a mão numa mulher, xará?”. O mulherio "adorou" as declarações do psicólogo flamenguista, no mais, porque foram proferidas na véspera do Dia Internacional da Mulher...

 

Comentarista corintiano 'bate' em goleiro palmeirense

 

O deselegante comentarista esportivo da Band, o corintiano roxo Neto, também é outro que adora arrumar uma confusão. Quando jogava, era dentro de campo que ele batia, cuspia em árbitros e geralmente era expulso. Mas desta vez, aposentado, ele bate nos adversários de outras maneiras. Num programa da Bandeirantes ele criticou o comportamento do goleiro palmeirense Marcos, que não gostou e retrucou. Com um palavreado que não deveria usado nem em comentário de futebol de várzea, o indisciplinado (agora fora de campo) Neto disse estar “de saco cheio” com o goleiro palmeirense, pois toda vez que ele falha, diz que vai abandonar o futebol. Em resposta, Marcos disse que "mau caráter não entra" em sua casa, sobretudo, quem "cospe em cara de juiz". Marcos disse estar chateado com Neto e que não aguenta mais sua mania de ficar comparando-o com o goleiro Rogério Ceni, "seu amigo pessoal". O assunto foi abafado pela emissora, mas gerou milhares de comentários contra o grosseiro Neto no site You Tube.

 

Finalmente, Brasil não tem um Ronaldo na Copa

 

Se ter um Ronaldo na seleção fizer ganhar Copa, ninguém vai segurar Portugal! Parece mentira, mas será a primeira vez que o Brasil não terá um Ronaldo, Ronaldão ou Ronaldinho numa Copa, desde as últimas quatro versões do evento. Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo (R9) já foram descartados por Dunga e somente um “milagre” poderia levá-los à Copa de 2010, daqui a três meses. Ronaldinho queimou a mínima chance de convocação que tinha, após participar de uma badalada festa antes de uma partida do Milan na Itália. Enquanto isso, Ronaldo, que já foi conhecido como "Fenômeno" e levou milhões de patrocinadores do “Timão”, continua acima do peso. Como se não bastasse, ele também não tem mostrado futebol que justifique sua convocação. Daí eu pergunto: e o Adriano? Ele também é gordo e festeiro! Será que o critério usado pelo técnico da seleção para cortar os Ronaldos será o mesmo para o Imperador?

 

Atlético-MG vai entrar com nove em campo

 

O Atlético Mineiro terá que jogar 25 minutos contra o América de Teófilo Otoni, pelo campeonato mineiro. A partida que estava em 2 a 2 foi interrompida por causa de uma forte chuva que inviabilizou o gramado. Acontece que o Atlético teve dois jogadores contundidos e como já havia feito substituições, terá que voltar a campo apenas com nove atletas para disputar os 25 minutos finais. Apesar dos protestos do presidente Kalil e do técnico Luxemburgo junto à FMF, a decisão foi mantida pelo presidente Paulo Schettino e dessa vez o “Galo” vai ter que usar esporas extras para tirar o atraso.

 

* Profissional liberal e cronista esportivo para Via Fanzine.

 

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Estreia:

Navalha na bola é...

As furadas do futebol, com humor e genialidade.

 

Por Enrico P. Nuñez*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

 

Elizabeth Lambert atua em uma equipe universitária a jogadora Elizabeth Lambert, da Universidade

do Novo México, em Albuquerque (EUA), ficou conhecida por suas navalhadas: agressões em campo.

 

Apesar de ter nascido em Buenos Aires, Argentina, me considero um dos primeiros “nativos” (ou candangos), de Brasília, esta cidade, cujo futebol é de segunda e de terceira, mas onde abunda dinheiro, mulheres e poderes - ao contrário de outros lugares do Brasil, onde há-bunda em quase tudo.

 

Mas, o papo aqui será exclusivamente futebol e não serão permitidas outras bobagens, por mais privilegiadas que sejam.

 

Embora eu não torça por time nenhum e nem mesmo pela seleção brasileira (muito menos pela Argentina ou times aqui do DF), reconheço o futebol como uma arte dos pés, uma espécie de “balé de marmanjos”, onde os acertos estão nos erros dos adversários.

 

De fato, há belos gols, passes inteligentes e jogadas ímpares (?!), mas o que admiro mesmo são as furadas do futebol: os gols contras, frangos, caneladas, tropicões, gols de mão, além dos pênaltis perdidos, claro. Sim, eu adoro esse lado do futebol, o feio.

 

Valorizo a destreza dos pernas-de-pau, dos juízes disfarçados, da bola na trave, do gol súbito e das gafes de cartolas, narradores e atletas.

 

Para mim, a quintessência do futebol não é a alegria do gol (esta é apenas o resultado buscado), senão os momentos divertidos como alguns que ganharam vida em 2009. Isto é navalha na bola!

 

Aliás, 2009 foi o ano da “navalhada” no futebol mundial. Sem falar de futuras navalhadas literais que alguns turistas poderão receber na Copa de 2014.

 

Cortantes foram as reclamações da arbitragem no Brasileirão 2009 que, logicamente, privilegiou alguns, em detrimento de outros...

 

Mas, navalha na bola é também bofetada dentro de campo, como aquela série deflagrada por uma implacável jogadora do futebol universitário dos Estados Unidos, que mais parecia um touro fulminante perdido numa arena medieval.

 

Arredar a trave ou urinar em campo foi navalhada de goleiro europeu em 2009. Bem como a validação de um gol com duas bolas em campo, com a interferência da segunda. Esta cortou até a alma de borracha da bola!

 

Mas a navalha cortou a carne, digo a coxa, foi no Couto Pereira, em Curitiba. É que, a torcida do Coritiba, num misto de delírio, falta de esportiva e irresponsabilidade, quebrou o pau, literalmente, após o rebaixamento para a Segundona em 2010. Resultado: o Coritiba vai ser “navalhado” com uma pesada punição de mando de campo pela CBF.

 

A julgar por 2009, a navalha deve correr solta em 2010 e este argentum-candango que não torce por times ou seleções, mas que ama o futebol como arte dos pés, estará por aqui a reportar as futuras sangrias da bola, num ano de Copa do Mundo.

 

Que este corajoso (e põe corajoso nisso...) jornal Via Fanzine continue existindo, pelo menos até depois da Copa, pois eu pretendo voltar pra cortar a carne de vocês.

 

* Profissional liberal e cronista esportivo para Via Fanzine.

 

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