Tirem o Neto e coloquem Paul, o Polvo
Por
Enrico P. Nuñez*
De
Brasília-DF
Para
Via Fanzine

Paul, o Polvo, ofuscou o
mascote da Copa e cantou os resultados.
Paul, o famoso polvo alemão, deu um chocolate na maioria
dos comentaristas de plantão nessa Copa. Ele driblou todos eles e
acertou todos os resultados da Alemanha e depois, dos jogos finais da
competição, incluindo a seleção campeã. E Paul tem outras grandes
vantagens sobre os comentaristas brasileiros: não fala besteiras e nem
tem sotaque! Ô, meu, peralá! Outra vantagem desse inocente animal
que passou a ser a principal atração da Copa 2010 é que na boca dele não
entra mosquito, só mexilhão.
Atlético-MG: até o técnico está contundido
É isso mesmo, ele se contundiu. Luxemburgo, técnico do
Atlético Mineiro, se machucou ao dividir uma bola com seu genro, o meio
campo alvinegro Fabiano. Ele veste agora a camisa do time dos
contundidos, ao lado dos atacantes Serginho e Obina. O técnico teve que
engessar a perna e trabalhar numa cadeira de rodas. Até a oitava rodada
do Campeonato Brasileiro, Luxemburgo deixou o Atlético, também
engessado, na 18ª posição. Essa onda de azar que paira sobre o clube
mineiro avassala também fora das quatro linhas.
Deletam o nome de Bruno
Bruno, goleiro afastado do Flamengo ainda não foi julgado
pelos crimes que está sendo acusado de ter cometido. Mas para muita
gente, ele é o culpado de tais acusações e, mesmo se não for, já se
envolveu o suficiente para sofrer a repulsa da maioria das pessoas. Um
amigo meu, do Rio, contou que seu filho, um jovem 12 anos, aspirante a
goleiro, incendiou a camisa do goleiro rubronegro que trazia o seu nome.
Da mesma maneira, o próprio Flamengo cancelou seu contrato com o
jogador, bem como os seus patrocinadores. Este se tornou um fato
praticamente isolado na história do futebol brasileiro, em que um atleta
de alto nível é retirado de atividade por razões criminais. Sem dúvida,
não é exemplo para filho de ninguém e por isso, muitos preferem
deletá-lo.
* * *
Nudez e hexa são adiados
Por
Enrico P. Nuñez*
De
Brasília-DF
Para
Via Fanzine

Maradona não conseguiu ficar nu, como
queria,
Mick Jagger torceu para ele.
CHARGE:
BOTINO
Quem apostaria que as
duas maiores forças do futebol sulamericano não conseguiriam chegar às
semifinais da Copa? Primeiro o Brasil, depois a Argentina entrou na
“fila indiana” para a América do Sul. O Brasil sacrificado que foi pelo
péssimo futebol mostrado dentro de campo, atribui a maioria das falhas à
atuação do meio campo Felipe Melo, expulso na partida e envolvido no
lance de um gol sofrido. Um Dunga zangado gesticulava, berrava e
esmurrava à beira do gramado. O gaúcho ficava gritando e sentindo que
tudo saía errado e vaca tomava o caminho do brejo, como dizem os
paulistas. Já a Argentina, amargou uma humilhação ao sofrer quatro gols
da Alemanha, além de tomar uma verdadeira aula de futebol contemporâneo.
A superioridade do adversário desmontou qualquer esquema de Maradona
para buscar uma vitória em cima dos alemães. Antes da partida, Maradona
contou papo, dizendo que esta seria a revanche da desclassificação
sofrida pela Argentina diante os alemães em 2006. Tudo adiado!
Inclusive, o número de nudez que o técnico ofereceria aos argentinos, no
obelisco de Buenos Aires... Em consolação, o “sonho do hexa” dos
brasileiros também terá de aguardar...
Por
que o Felipe Melou?
O despreparo
psicológico ficou evidente entre os jogadores brasileiros. Nas tomadas
mais de perto dos jogadores durante a partida podia se notar o
nervosismo. Um Robinho transtorno e “possuído” berrava frases em inglês
para o juiz. Júlio César, qual olhar atordoado, parecia prever o tempo
todo o trágico desfecho. Felipe Melo, que deu o passe para Robinho abrir
o marcador, viria se configurar logo depois num dos maiores vilões da
história da seleção brasileira. Sua irresponsabilidade chegou ao cume de
pisar num jogador caído, num lance sem bola, pois ele já havia cometido
a falta. Expulso após o Brasil sofrer o segundo gol na metade do segundo
tempo, a equipe não soube reagir e se mostrar ofensiva com apenas 10
homens em campo. O ato desleal e infeliz de Felipe Melo veio melar o
sonho do hexa, diante uma seleção holandesa nem tão forte assim. No
entanto, esta seria a primeira de alto nível que os brasileiros
enfrentariam nessa Copa. Ao desembarcar no Rio Felipe Melo foi xingado
por torcedores e somente o fez com um forte esquema de segurança. A
cicatriz vai demorar para se curar, tanto a que fico em Felipe, quanto a
que ficou na Seleção Brasileira.
Mick
Jagger é o culpado
O astro da música pop e
líder da banda Rolling Stones, Mick Jagger, tem sido culpado pelas
derrotas de todas as seleções que ele torce. Ele compareceu em vários
jogos da Copa e seus preferidos foram eliminados, tão logo ele assistiu
as tais partidas. Foram eles, respectivamente, Estados Unidos,
Inglaterra, Brasil e por fim, Argentina. Na partida do Brasil ele estava
com seu filho (e da apresentadora Luciana Gimenez) vestido com a camisa
da Seleção e foi mostrado no telão do estádio. No dia seguinte, o telão
mostrava que ele estava também assistindo à Alemanha x Argentina. Não
foi declarado oficialmente por qual seleção ele estaria torcendo. Mas
todos têm certeza que era para a Argentina... Alguém duvida?
* * *
Nudez de Maradona pode estar próxima
Por
Enrico P. Nuñez*
De
Brasília-DF
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Via Fanzine

Imagine Diegueto
pelado, lá em cima...
É difícil para um
patrício distante de seu país, se conter, por mais que o tente, quando
sua seleção se destaca numa Copa. De Buenos Aires a Brasília são longos
quilômetros em linha reta. E cá estou, de um coração latino ao outro,
empolgado com a, inicialmente, tão criticada seleção de Maradona. A cada
vitória, ainda que a sorte, a complacência do árbitro e uma mãozinha a
mais, ou um passo à frente, tudo está sempre ao nosso favor. São as
mágicas del dio Maradona. Nesse caso então, pouco importa se o gol de
Teves contra o México foi duvidoso, o certo é que buscamos chegar ariba.
E com seu otimismo, seu alto astral, seus beijos e abraços, Maradona vai
“amaciando” a máquina de futebol argentino e preparando o cenário para a
sua chegada ao final de uma Copa. Apalpando o ego do grupo e enaltecendo
a bandeira argentina, los niños de Diego rompem na maior competição do
futebol mundial. Ao que parece, Dieguito está cada vez mais próximo de
cumprir a promessa de mostrar sua nudez total no famoso Obelisco de
Buenos Aires. Pero, que ello no tenga la idea de sentar ariba del
monumento...
Brasileiro torce para Portugal e argentino para a Espanha
A coisa está no
sangue. Países colonizados sempre torcem por seus colonizadores na Copa.
Se não está no sangue, pode estar na língua, na cabeça ou no coração.
Mesmo que tenha sido um conquistador atroz, destruidor de culturas e
civilizações anteriores, a tendência é sempre torcer para os
colonizadores continuarem sendo os “donos da bola”, na Copa, claro.
Assim, eu, que tenho sangue argentino, naturalmente torcerei sempre para
a Espanha toda vez que esta enfrentar Portugal. Brasileiros e demais
países que exercitam a língua portuguesa pelo mundo afora, certamente
vão torcer pelo colonizador português. Este sentimento irmanado por
países do outro lado globo é algo invisível, mas energeticamente
palpável e as torcidas sempre pesam de alguma maneira no campo astral de
cada um que pisa em campo.
Gols que não foram gols
Esta Copa de 2010
será marcada por episódios negros da arbitragem mundial. São falhas que
poderiam ser sanadas com um pouco mais de complacência por parte dos
organizadores. Enquanto a FIFA teima em não se render à implantação de
recursos eletrônicos em prol da arbitragem, diversos profissionais vão
“queimar” seus nomes, simplesmente por falhas de ordem humana. É
possível que o gol anulado da Inglaterra - enquanto então estava 2 a 1
para a Alemanha, que venceria por 4 a 1 – possa levar à reflexão os
departamentos técnicos das Confederações e da FIFA. No caso desse gol
“que não foi gol”, a bola entrou por mais meio metro depois da linha,
mas nem o auxiliar (bandeira) ou o juiz, puderam ver o lance com
segurança e assinalar o gol. Tal gol desestabilizou a Inglaterra e a
partida poderia ter outro destino, caso tivesse sido validado um gol
legítimo. O problema poderia ser resolvido com a simples instalação de
um mísero chip na bola e outros nas traves, que apitaria sempre que a
bola cruzasse a linha do gol, mesmo que por alguns segundos – como foi o
caso. Não dá para não falar também do gol de Teves que - dê a Teves o
que é de Teves -, estava em completo impedimento, enquanto, mil e um
aparatos tecnológicos poderiam avaliar com determinação este, entre
outros lances duvidosos para a arbitragem. Render ou não aos aparatos
tecnológicos no futebol? O tempo dirá... Hasta allá, ariba, mis
hermanos!
* * *
Mestre Dunga, Zangado e nada Dengoso
Por
Enrico P. Nuñez*
De
Brasília-DF
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Via Fanzine

Muita gente já chama o Dunga de Zangado. Queriam que o
Mestre da seleção fosse mais Dengoso com a imprensa. Mas, não é para
menos. O técnico da seleção brasileira deveria entender que o excrete
não pertence a ele e que o seu trabalho é remunerado justamente por
representar toda uma nação. Essa coisa de ele dizer que “a seleção é
minha” mostra o quanto despreparado psicologicamente ele está. Fosse
dele, deveria ele próprio arcar com os custos dão Brasil na Copa e nada
receber. Não há como negar que Dunga, desde que assumiu, até então, vem
fazendo um trabalho louvável no comando técnico da seleção. Mas isso não
lhe dá o direito de faltar com educação com quem ele julgar que sim,
independente de ser jornalista de emissora X ou Y. Além da péssima
dialética do técnico, que atropela a língua portuguesa constantemente em
suas entrevistas, temos aguentado também a sua ira, seu ranço e suas
pirraças, justamente com as pessoas a quem qualquer técnico do Brasil
deve prestar informações. Tudo isso remonta sua aura de antipatia, cada
vez mais crescente no país, independente de haver ou não “campanha”
contra ele. Dunga precisa urgentemente de um psicólogo e, de quebra, um
bom professor de português. Aturar seus erros de concordâncias, ainda
vai, mas palavrões, ninguém é obrigado a tolerar. Ainda mais de quem é
muito bem pago para representar o país. Dunga não pode colocar sua
pessoa acima do cargo, como tem feito. Conquiste ou não a Copa 2010,
certo é que se revelou sua péssima educação e uma antipatia que deverá
colocá-lo no rol dos “malditos” do futebol brasileiro. Dunga fabricou
uma crise do nada, que começa a atingir os patrocinadores da seleção e
pode até mesmo comprometer o restante da competição para o Brasil.
Domenech, necas, necas
Aquele toque de mão de Tierry Henry, desclassificando a
Irlanda do Norte custou mais caro para França do que qualquer um poderia
imaginar. O castigo veio a trem-bala. O vexame total não ficou só no
futebol, mas na ausência de boas maneiras do técnico Raymond Domenech.
Após a derrota de 2 a 1 para a África do Sul, Domenech recusou um aperto
de mão do técnico sul-africano, Carlos Alberto Parreiras. Ele negou o
cumprimento, alegando que Parreira teria dito que França não merecia
participar do mundial, por conta do toque de mão de Henry, que culminou
no gol que a classificou. Parreira disse não se lembrar de tal
declaração. Mas, será que Domenech acha que a França merecia mesmo
participar? Fato é que o ato
deselegante fechou da pior maneira possível a participação francesa na
Copa 2010. Domenech que, dizem, costuma consultar os astros para escalar
o seu time, parece viver o seu inferno astral. Brigas internas, despacho
de jogador durante a Copa e toda má sorte de incidentes, desacertos,
recheados com derrotas e um futebol a nível de segunda divisão
brasileira. Os irlandeses devem estar comemorando a vingança
horóscopo-kármica dos franceses. Nem mesmo Zidane ficou de fora das
polêmicas, acusado que foi de promover “levante” de jogadores contra o
técnico francês. Foi uma participação para se esquecer para sempre, onde
o melhor resultado foi um mísero empate com Uruguai, seguido por
derrotas para o México e os donos da casa. Enfim, a saída "a francesa"
talvez fosse mesmo a melhor estratégia após esta vergonhosa
participação. Que sirva de lição: a
desonestidade não compensa! Domenech, necas, necas...
Maradona dá ‘mãozinha’, mas Messi não
é Messias
A Argentina chegou às oitavas com seu aproveitamento
máximo, ao conquistar três vitórias consecutivas na primeira fase. Se
Maradona diz que é melhor que Pelé dentro de campo, certamente, fora de
campo deverá se impor sobre Zagalo. Comparações à parte, dentro de campo
Messi não consegue marcar um gol sequer. Faz lembrar o Ronaldinho Gaúcho
na última Copa: eleito o melhor do mundo, na Copa, passou apagado e
pouco fez de efetivo. Messi parece amaldiçoado, nem mesmo com a
“mãozinha” de Maradona que o manteve entre os reservas na vitória de 2 a
0 sobre a Grécia conseguiu marcar. Apesar do grande excrete montado, a
julgar pelo andar da carruagem, Messi poderá perder a insígnia de
“melhor do mundo” até o final da Copa. E ao contrário, quem sabe,
Maradona poderá se achar, também, o melhor do mundo fora de campo?
* * *
Brasileiros navalharam a Jabulani
Por
Enrico P. Nuñez*
De
Brasília-DF
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Via Fanzine

Munidos de navalhas
na língua, jogadores brasileiros "esquartejaram" a Jabulani.
FOTO: FIFA
Bem antes de começar a Copa diversos jogadores saíram a
campo, se protestando contra a bola oficial do Mundial de Futebol de
2010, a Jabulani. A bola fabricada pela empresa Adidas foi reprovada por
vários jogadores, sobretudo, goleiros, em especial, Júlio César da
Seleção Brasileira. Numa entrevista coletiva, o goleiro afirmou que a
bola é “horrível”. Mas as críticas não ficaram só com os defensores, os
atacantes também foram ao ataque contra a Jabulani. Da outra ponta do
gramado, o atacante Luiz Fabiano também reprovou a bola. Já para ele, a
Jabulani é “paranormal”. Com horrores e paranormalidades à parte, os
brasileiros esperam que a Seleção de Dunga traga o tão sonhado hexa e que a
bola não seja a culpada pelo futebol apresentado.
Os atropelos de Maradona
El Dio “Digueto” marcou presença logo em sua chegada na
África Sul. Ele atropelou literalmente, ao passar em cima do pé de um
jornalista com seu veículo. Apesar de sentir imensa dor com o peso da
fama de Maradona sobre o peito do pé, o rapaz foi hospitalizado, mas
felizmente não deverá guardar sequelas, senão mentais. Outros atropelos
de Maradona poderão ocorrer nos jogos da Copa. O primeiro deles, já veio
na magra vitória de 1 a 0 sobre a Nigéria, em que o “melhor do mundo”,
Messi, ficou devendo. A partida foi um verdadeiro treino para los
hermanos de los brasileños embalar de vez nessa primeira fase. Durante o
jogo, Maradona foi o centro das atenções fora das quatro linhas, com
suas reações, gestos, trejeitos e caras. Arrrrrrrriba, Argentina!
Neto, um gentleman ao avesso
No Brasil, a Rede Globo e a Rede Bandeirantes transmitem os
jogos da Copa 2010 na África do Sul. A Bandeirantes, infelizmente,
apresenta o “craque” Neto como um de seus comentaristas. Este ex-craque
tem se revelado como um dos mais inconvenientes comentaristas do futebol
brasileiro. Com um vocabulário cheio de gírias e erros de concordância,
Neto, sem o menor preparo com as palavras, faz críticas aos gritos e
remonta ao melhor estilo, as piores discussões dos botecos “copo sujo”
do interior paulista. Como comentarista, o ex-atleta que ficou famoso no
Corinthians, Neto, é um gentleman ao avesso. Ele se encontra em um nível
muito inferior aos demais integrantes do Staff Band, incluindo, o
próprio Edmundo, outrora “Animal”, e que (ao contrário de Neto) tem se
revelado ponderado e sensato comentarista. Particularmente, gosto de
assistir às duas emissoras abertas. Estas têm profissionais de valor em
seus quadros jornalísticos e esportivos. Entretanto, com Neto comentando
uma partida, fica impossível assistir à Band e submeter a minha educação
à dele.
Funcionários sul-africanos querem receber
Outra navalhada na bola, fora das quatro linhas, acontece
no palco da Copa 2010. Em pleno andamento do evento, funcionários
sul-africanos da segurança se manifestam contra os organizadores
da Copa. Eles querem receber uma diferença de salário que ficou a
certada, mas não foi paga. Procurando abafar o escândalo para o resto do
mundo, a organização informou a eles que irá pagar o que fora prometido.
Outra coisa, na África do Sul, a finalização das instalações da Copa na África do Sul foram feitas “a
toque de caixa”. Seria bom que os brasileiros não seguissem este exemplo
na próxima Copa de 2014.
Brasileiro detido nas Arábias
No dia 14 de abril, o brasileiro Marcelo Santos, tradutor
do técnico Luiz Felipe Scolari, distribuiu socos e chutes ao término da
partida entre o Bunyodkor, time da primeira divisão do Uzbequistão então
dirigido por Felipão, e o saudita Al Ittihad, pela Copa dos Campeões da
Ásia. O problema para Santos foi que o jogo era na Arábia Saudita, onde
agressões como essas são consideradas crimes extremamente graves. O
tradutor foi imediatamente detido e amargou dois dias no xilindró. Só
conseguiu deixar a prisão por intervenção do poderoso empresário Khalil
Bin Laden, cônsul honorário do Brasil naquele país e meio-irmão do
terrorista Osama Bin Laden. Desde então, Santos está impedido de sair do
país. “Para mim, é como se eu estivesse preso aqui. Não posso voltar
para casa”, diz ele, que foi abrigado por Khalil num chalé à beira-mar
enquanto aguarda a instauração do processo judicial. O tradutor alega
que o juiz o chamou de “macaco” durante o jogo, e que ele agrediu o
policial sem saber que se tratava de autoridade. Para tentar resolver o
imbróglio, o Itamaraty teve de entrar em campo. O chanceler Celso Amorim
enviou carta a seu homólogo saudita, o príncipe Saud Al Faisal, pedindo
a libertação imediata de Santos, que foi multado em US$ 20 mil e
suspenso do futebol no país por cinco anos. “Tomo a liberdade de
solicitar, uma vez mais, que Vossa Alteza interceda, em benefício do
afeto que une nossos povos”, escreveu Amorim. “A gente explica que
chutar um policial numa partida de futebol é algo totalmente corriqueiro
para nós no Brasil. Mas aqui é um crime gravíssimo”, acrescenta o
ministro-conselheiro David Lucena, número 2 da embaixada brasileira em
Riad. As informações são de Claudio Dantas Sequeira para a revista
IstoÉ.
* * *
Lances feios, fora e dentro de campo
Por
Enrico P. Nuñez*
De
Brasília-DF
Para
Via Fanzine

Em treino para a Copa
em seu continente, abelhas africanas derrotaram dois times em apenas
um lance!
Abelhas entram em campo e derrotam dois times
Todos assistiam a uma partida de futebol, quando, aos 25
minutos, os jogadores foram caindo um a um no gramado. Não se tratava de
uma coreografia surrealista, mas de um ataque de indisciplinadas abelhas
africanas. Elas não
vestiram a camisa, mas deram show no gramado. O fato inusitado aconteceu
no Panamá, durante a partida disputada pelo Atlético Chiriqui que estava
perdendo para o Tauro de 1 a 0. Foi necessária a intervenção do Corpo de
Bombeiros para evitar um mal maior. Após o ataque, a partida teve prosseguimento, terminando no empate de 1 a 1
entre as equipes. Já as abelhas, artilheiras que são, não deixam o jogo acabar
num chato empate.
Imperador da Confusão em mais um lance horrendo
O jogador Adriano protagonizou outros lances feios fora de
campo. Dessa vez, foi armado um barraco com sua namorada em uma favela
carioca. O entrevero teve também a participação de outros jogadores do
Flamengo, que tiveram seus carros levemente danificados pela nervosa
namorada do Imperador. Vários deles saíram em defesa de Adriano e o
goleiro Bruno (que também adora uma confusão), famoso por agredir uma
prostituta em Belo Horizonte no ano de 2008, saiu com essa: “Quem nunca
meteu a mão numa mulher, xará?”. O mulherio "adorou" as declarações do
psicólogo flamenguista, no mais, porque foram proferidas na véspera do
Dia Internacional da Mulher...
Comentarista corintiano 'bate' em goleiro palmeirense
O deselegante comentarista esportivo da Band, o corintiano
roxo Neto, também é outro que adora arrumar uma confusão. Quando jogava, era dentro de campo
que ele batia, cuspia em árbitros e geralmente era expulso. Mas desta vez,
aposentado, ele bate nos adversários de outras maneiras. Num programa da
Bandeirantes ele criticou o comportamento do goleiro palmeirense Marcos,
que não gostou e retrucou. Com um palavreado que não deveria usado nem em comentário de futebol de várzea, o indisciplinado (agora fora de campo) Neto disse estar “de saco
cheio” com o goleiro palmeirense, pois toda vez que ele falha, diz que
vai abandonar o futebol. Em resposta, Marcos disse que "mau caráter não
entra" em sua casa, sobretudo, quem "cospe em cara de juiz". Marcos disse
estar chateado com Neto e que não aguenta mais sua mania de ficar
comparando-o com o goleiro Rogério Ceni, "seu amigo pessoal". O assunto foi abafado pela
emissora, mas gerou milhares de comentários contra o grosseiro Neto no site You
Tube.
Finalmente, Brasil não tem um Ronaldo na Copa
Se ter um Ronaldo na seleção fizer ganhar Copa, ninguém vai
segurar Portugal! Parece mentira, mas será a primeira vez que o Brasil
não terá um Ronaldo, Ronaldão ou Ronaldinho numa Copa, desde as últimas
quatro versões do evento. Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo (R9) já foram
descartados por Dunga e somente um “milagre” poderia levá-los à Copa de
2010,
daqui a três meses. Ronaldinho queimou a mínima chance de convocação que
tinha, após participar de uma badalada festa antes de uma partida do
Milan na Itália. Enquanto isso, Ronaldo, que já foi conhecido como
"Fenômeno" e levou milhões de patrocinadores do
“Timão”, continua acima do peso. Como se não bastasse, ele também não tem mostrado futebol que
justifique sua convocação. Daí eu pergunto: e o Adriano? Ele também é
gordo e festeiro! Será que o critério usado pelo técnico da seleção para
cortar os Ronaldos será
o mesmo para o Imperador?
Atlético-MG vai entrar com nove em campo
O Atlético Mineiro terá que jogar 25 minutos contra o
América de Teófilo Otoni, pelo campeonato mineiro. A partida que estava
em 2 a 2 foi interrompida por causa de uma forte chuva que inviabilizou
o gramado. Acontece que o Atlético teve dois jogadores contundidos e
como já havia feito substituições, terá que voltar a campo apenas com
nove atletas para disputar os 25 minutos finais. Apesar dos protestos do
presidente Kalil e do técnico Luxemburgo junto à FMF, a decisão foi
mantida pelo presidente Paulo Schettino e dessa vez o “Galo” vai ter que
usar esporas extras para tirar o atraso.
* Profissional
liberal e cronista
esportivo para Via Fanzine.
* * *
Estreia:
Navalha na bola
é...
As furadas do
futebol, com humor e genialidade.
Por
Enrico P. Nuñez*
De
Brasília-DF
Para
Via Fanzine

Elizabeth Lambert atua em uma equipe universitária a jogadora Elizabeth Lambert, da Universidade
do
Novo México, em Albuquerque (EUA), ficou conhecida por suas navalhadas:
agressões em campo.
Apesar de ter
nascido em Buenos Aires, Argentina, me considero um dos primeiros
“nativos” (ou candangos), de Brasília, esta cidade, cujo futebol é de
segunda e de terceira, mas onde abunda dinheiro, mulheres e poderes - ao
contrário de outros lugares do Brasil, onde há-bunda em quase tudo.
Mas, o papo aqui
será exclusivamente futebol e não serão permitidas outras bobagens, por
mais privilegiadas que sejam.
Embora eu não
torça por time nenhum e nem mesmo pela seleção brasileira (muito menos
pela Argentina ou times aqui do DF), reconheço o futebol como uma arte
dos pés, uma espécie de “balé de marmanjos”, onde os acertos estão nos
erros dos adversários.
De fato, há belos
gols, passes inteligentes e jogadas ímpares (?!), mas o que admiro mesmo
são as furadas do futebol: os gols contras, frangos, caneladas,
tropicões, gols de mão, além dos pênaltis perdidos, claro. Sim, eu adoro
esse lado do futebol, o feio.
Valorizo a
destreza dos pernas-de-pau, dos juízes disfarçados, da bola na trave, do
gol súbito e das gafes de cartolas, narradores e atletas.
Para mim, a
quintessência do futebol não é a alegria do gol (esta é apenas o
resultado buscado), senão os momentos divertidos como alguns que
ganharam vida em 2009. Isto é navalha na bola!
Aliás, 2009 foi o
ano da “navalhada” no futebol mundial. Sem falar de futuras navalhadas
literais que alguns turistas poderão receber na Copa de 2014.
Cortantes foram as
reclamações da arbitragem no Brasileirão 2009 que, logicamente,
privilegiou alguns, em detrimento de outros...
Mas, navalha na
bola é também bofetada dentro de campo, como aquela série deflagrada por
uma implacável jogadora do futebol universitário dos Estados Unidos, que
mais parecia um touro fulminante perdido numa arena medieval.
Arredar a trave ou
urinar em campo foi navalhada de goleiro europeu em 2009. Bem como a
validação de um gol com duas bolas em campo, com a interferência da
segunda. Esta cortou até a alma de borracha da bola!
Mas a navalha
cortou a carne, digo a coxa, foi no Couto Pereira, em Curitiba. É que, a
torcida do Coritiba, num misto de delírio, falta de esportiva e
irresponsabilidade, quebrou o pau, literalmente, após o rebaixamento
para a Segundona em 2010. Resultado: o Coritiba vai ser “navalhado” com
uma pesada punição de mando de campo pela CBF.
A julgar por 2009,
a navalha deve correr solta em 2010 e este argentum-candango que não
torce por times ou seleções, mas que ama o futebol como arte dos pés,
estará por aqui a reportar as futuras sangrias da bola, num ano de Copa
do Mundo.
Que este corajoso
(e põe corajoso nisso...) jornal
Via Fanzine
continue existindo, pelo menos até depois da Copa, pois eu pretendo
voltar pra cortar a carne de vocês.
* Profissional
liberal e cronista
esportivo para Via Fanzine.
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