UFOVIA - ANO 5 

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 Fenômeno OVNI

 

 

Observações:

Aspectos inusitados na fenomenologia OVNI

O fator tecnologia tem importância na avaliação do fenômeno, porque é uma dimensão claramente perceptível. A tecnologia, em última instância, é técnica, e envolve conceitos de materialidade.

 

 Por Luiz G. de Alvarenga*

de Goiânia-GO

Para UFOVIA

14/12/2018

 

Parece que os OVNIs, de algum modo, são capazes de manipular a realidade, criando um campo de realidade distorcida, virtual ou mesmo múltipla.

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À maneira da dualidade corpúsculo-onda da física, os OVNIs parecem possuir uma dualidade material-imaterial, dualidade esta que não se ressente da contradição de seus conceitos. Apesar da inequívoca materialidade dos objetos (peso, consistência, massa, opacidade à luz e ao radar), outras características de seu comportamento os enquadram como imateriais (quando se fundem dois ou mais em um só; quando aparentam ser não apenas máquinas, mas seres vivos ¾ e aqui apresenta-se outra contradição conceitual insanável).

 

Além disso, parece que os OVNIs, de algum modo, são capazes de manipular a realidade, criando um campo de realidade distorcida, virtual ou mesmo múltipla (que talvez nem sempre corresponda às lembranças posteriores do abduzido).

 

“(...) o fenômeno dos OVNIs funciona como um transformador da realidade (ou, na definição de Bertrand Meheust, modificador da realidade), provocando nas testemunhas uma série de situações simbólicas que se tornam indistinguíveis da realidade. Estas situações, que frequentemente se iniciam por uma série atordoante de luzes coloridas piscando ou de extraordinária intensidade, induzem a um estado de profunda confusão nos envolvidos, que se tornam vulneráveis à inserção de novos pensamentos e experiências visuais inéditas. A resposta dos ufologistas à confusão dos sequestrados tem sido desastrosa. Ao aceitar literalmente as manifestações simbólicas, e ao hipnotizar as testemunhas em um esforço para solucionar a confusão, muitos pesquisadores bem intencionados acabaram, na verdade, por reforçar a realidade alternativa induzida pela visão do OVNI, desta maneira exacerbando o que pode muito bem ser apenas um efeito colateral, perdendo de vista a experiência principal[1]”.

 

O escritor e pesquisador Jim Keith deu uma entrevista acerca da natureza dos OVNIs em novembro de 1995, que aqui será reproduzida em alguns de seus trechos mais importantes.

 

“O que pretendo explorar hoje são alguns de meus pensamentos e opiniões sobre a natureza dos OVNIs, alienígenas e realidade, baseados em interesses que tenho desde 1957. Focarei em algum material que sugere que os OVNIs e os ETs caminham em uma fina linha entre a realidade e o pensamento (ou consciência). Isto não sugere, contudo, que isto seja uma experiência ilusória. Eu não acredito que a experiência OVNI seja ilusória. Eu quero explorar o que pode ser chamado de fronteira da manifestação do fenômeno OVNI”.

 

“Não estou sugerindo que os OVNIs e os alienígenas são imaginários, nem garantirei que eles sejam completamente, materialmente, solidamente “reais”. Realmente, penso que a sua existência desafia as definições de realidade e imaginação, e situa suas limitações. A mim parece que os OVNIs atravessam algumas vezes estas linhas de demarcação e desafiam as definições. O modo como o fazem dá-nos alguns indícios que apontam para algo mais, para a natureza da realidade, para o que é realmente real e o que é possível, em termos de compreensão e expansão da consciência.

Realidade é um conceito amorfo. Minha experiência sugere que há um entre-reino neste universo ou omniverso onde pensamento e matéria se encontram (...)”.

 

“(...) A consciência, tanto quanto posso conceber de minha própria experiência, não possui qualquer tipo de limitação. É potencialmente criadora, e pode criar liberdade e limitação. Ela, de um modo bastante interessante, cria a própria concepção de si mesma (...)”.

 

“A consciência cria pensamentos e crenças, e penso que é a criadora da matéria sólida (...). Eu creio que você cria a totalidade de sua referência física (...). Você pode re-estruturar toda a sua experiência, mudar sua identidade inteiramente, e experimentar o que quer que deseje[2].

 

O fator tecnologia tem importância na avaliação do fenômeno, porque é uma dimensão claramente perceptível. A tecnologia, em última instância, é técnica, e envolve conceitos de materialidade, tais como metalurgia, resistência dos materiais, estruturas dissipativas, etc, pelo menos no que se refere ao aspecto físico e estrutural do objeto. Os conceitos de engenharia podem abarcar (por comparação com a ciência terrestre): dinâmica de vôo, inércia, aceleração aerodinâmica, navegação, orientação espacial, comunicação, etc. Tópicos avançados deverão incluir: antigravidade, invisibilidade, transparência ao radar, fontes avançadas de energia, supervelocidade, interação multi-dimensional, etc. Supondo que seja uma nave militar, incluem-se ainda conceitos tais como armamento, blindagem, camuflagem, táticas de combate (ataque, defesa, interceptação, evasão, etc.). E se é uma nave estelar, deve ter suprimentos, calefação/pressurização, suporte de vida, etc.

 

Mas há mais: sabe-se que a técnica não depende da ciência, ao contrário da tecnologia. Conforme afirmam os escritores franceses Louis Pauwells e Jacques Bergier,

 

“Nossa cultura clássica, organizada e configurada por filósofos, espíritos literários e pedagogos, tende a nos convencer de que a técnica é um subproduto da ciência. O sábio descobre os princípios e o técnico deles se utiliza para suas realizações práticas. De acordo com este esquema convencional, na origem do progresso estariam generalistas como Euclides, Descartes, Newton, Fresnel, Maxwell, Planck e Einstein. E o papel de espíritos como os de Arquimedes, Roger Bacon, Galileu, Marconi e Edison ficaria adstrito ao campo das deduções extraídas do conhecimento fundamental das leis do universo. Partir-se-ia da compreensão, continuada pela ação. Porém, um esquema desta ordem, sobre o qual repousa toda a reflexão contemporânea e, por conseguinte, toda a nossa maneira de considerar o passado, não corresponde à realidade. De um modo geral, a maioria das grandes construções do gênio científico não culminou em qualquer transformação do ambiente material em que vivemos, nem contribuiu para qualquer progresso da civilização material ou para facilitar o domínio do homem sobre a natureza. Em compensação, a maioria das etapas do progresso técnico que levaram ao nosso grau atual de domínio dos fenômenos naturais, foi conseqüência de intervenções sem o menor alcance filosófico e, as mais das vezes, realizadas por indivíduos desprovidos de uma verdadeira cultura científica e cujos grandes feitos decorreram não do fato de serem sábios mas justamente do fato de o não serem suficientemente para se darem conta de que os mesmos eram impossíveis. O cientificismo aristocrático que preside ao esquema convencional não corresponde de modo algum à realidade dinâmica[3]”.

 

Mas ambas dependem de uma estrutura sócio-político-econômica (falando de uma maneira antropomórfica e terráquea) capaz de sustentá-las. Por exemplo, a conquista da Lua pelo homem só poderia acontecer na nossa época histórica, de ampla riqueza e de consumo em larga escala.[4] A tecnologia alienígena, entretanto, parece não se enquadrar neste esquema. Tudo indica que os alienígenas não parecem estar interessados em trocas comerciais, nem em adquirir ou vender tecnologia. O estudo interminável que fazem de nosso planeta não demonstra existir um objetivo a longo prazo (ou seja, não parece que estão fazendo um levantamento de nossas riquezas e recursos naturais). Na verdade, parece que estão atrás de alguma coisa mais impalpável, própria de sua cultura (e de suas necessidades), mas que nos escapa completamente e à qual não damos o devido valor.

    

Ainda com relação à técnica e à tecnologia, sabe-se que o homem somente conseguiu produzi-las em virtude de uma adaptação anatômica resultante de uma longa evolução: uma mão com polegar preênsil.[5] Foi esta característica humana que permitiu a formação de uma civilização baseada na técnica, inicialmente, e na tecnologia depois, após um longo progresso da ciência.

 

A natureza, a realidade, o ser e o universo não podem ser abrangidos por teorias simplistas e reducionistas, elaboradas para se adaptarem a preconceitos e paradigmas personalistas.[6] Já em 1932 (ou em 1930) o físico inglês Paul Dirac apresentou uma teoria sofisticada, de base matemática extremamente complexa, segundo a qual o mundo observável é tão somente uma tênue camada sobre a superfície da verdadeira realidade, a qual se constituiria de um denso oceano de partículas (na verdade, anti-partículas, ou pósitrons) elementares e imperceptíveis. Para Dirac, tais partículas devem encontrar-se em um estado energético inferior a zero, ou seja, seriam negativas. Esta hipótese recebeu confirmação experimental, revelando que o universo deve ter uma estrutura simétrica, de matéria e anti-matéria.[7]

  

Embora com base em outras premissas, também o físico David Bohm teorizou a este respeito. Para ele, a realidade tangível é uma espécie de ilusão, sendo que a realidade fundamental está a um nível mais profundo. Bohm compara o mundo a uma projeção holográfica, sendo que a parte visível é o nível mais superficial, que ele chama de “ordem exposta” ou “ordem revelada”, e a parte invisível, subjacente, é o nível mais profundo, ao qual ele chama “ordem envolvida” ou “ordem velada.” Neste nível, não existe o aqui-agora, ou dimensão espaço-tempo; existe apenas o que ele chama de “não-localidade” (que foi previsto no famoso paradoxo Einstein-Rosen-Podolsky).

       

A teoria de Bohm foi compartilhada pelo neurofisiologista Karl Pribam. Conforme diz Michael Talbot,

 

“Consideradas juntas, as teorias de Pribam e Talbot fornecem um modo novo e profundo de ver o mundo: nosso cérebro constrói matematicamente a realidade objetiva ao interpretar freqüências que são, na verdade, projeções provenientes de uma outra dimensão, de uma ordem mais profunda de existência que está além, tanto do tempo quanto do espaço. O cérebro é um holograma envolvido num universo holográfico.

 

Para Pribam, esta síntese fez compreender que o mundo objetivo não existe, pelo menos não do jeito que estamos acostumados a acreditar. O que está “lá fora” é um vasto oceano de ondas e freqüências, e a realidade parece concreta a nós, só porque o nosso cérebro é capaz de perceber o borrão holográfico e convertê-lo em paus e pedras e outros objetos familiares que compõem o nosso mundo[8]”.

 

Esta concepção avançada está prevista na inacabada Teoria do Campo Unificado, de Einstein. Bohm diz que Einstein propôs que o conceito de partícula não deveria ser tomado como básico, e que, ao invés, a realidade total fosse vista como constituída de campos (expressos por equações não-lineares) consistentes com a teoria da relatividade. As equações poderiam ter soluções na forma de pulsos localizados, ou regiões de campo intenso que poderia se mover pelo espaço como um todo estável (similar a uma partícula), mas com intensidade decrescente. “Em última instância, o universo inteiro (com todas as suas ‘partículas’, incluindo aquelas que constituem os seres humanos, seus laboratórios, instrumentos de observação, etc), tem de ser entendido como um único todo indiviso, no qual a análise em partes existentes separada e independentemente não possui qualquer status fundamental”.

 

A manipulação das estruturas do real, onde a mente é afetada e distorcida, substituindo os quadros do cotidiano por eventos de natureza fantástica, pode ser realmente uma manipulação mágica, aos moldes ou à feição daquela magia descrita nas obras de Carlos Castañeda.[9]

 

Carlos Castañeda, estudante de antropologia na UCLA, conhecera no México um feiticeiro, a quem ele chamou de Dom Juan. Após vários anos de convívio intermitente com este feiticeiro, Castañeda percebeu que ele não era um velho excêntrico ou mesmo um feiticeiro comum, e sim, que ele era (o que ele, Dom Juan, afirmava ser) um herdeiro das antigas tradições feiticeiras toltecas.

 

O que importa, aqui, no entanto, é o relato de um episódio ocorrido em abril de 1962 com Castañeda, o qual ele descreve em seu livro Viagem a Ixtlán.

 

Um dia, quando perambulavam pelo deserto, encontraram três índios que se diziam aprendizes de feiticeiro. Eles acamparam em um lugar próximo a uma pedra gigante. Em determinado momento, Dom Juan disse que iria mostrar uma coisa, e foi para trás da pedra. Após alguns instantes, ele reapareceu. Conforme relata Castañeda, ele teve um “momento de perplexidade”:

 

Don Juan havia colocado um esquisito chapéu preto. O objeto tinha bico dos lados, junto das orelhas, e era redondo em cima. Ocorreu-me que, na verdade, era um chapéu de pirata. Ele vestia um casaco comprido, preto, de abas como fraque, preso por um único botão metálico reluzente, e tinha uma perna de pau.

 

Castañeda diz que depois que Dom Juan voltou para trás da pedra ele se pôs a conversar com os aprendizes, e, após descrever as roupas de Dom Juan, perguntou-lhes se aquilo tinha algum significado para eles (para ele mesmo, aquilo tudo parecia apenas uma comédia burlesca). Conforme Castañeda,

 

“O rapaz olhou para mim com uma expressão vazia e esquisita. Parecia estar confuso. Repeti minha pergunta e o outro rapaz ao lado dele olhou bem para mim, tentando ouvir.

 

Eles se olharam, aparentemente na maior confusão. Falei que, a meu ver, o chapéu, a perna de pau e o fraque faziam dele um pirata.

 

A essa altura os quatro rapazes tinham-se juntado em volta de mim. Riram baixinho e se remexeram, nervoso. Davam a impressão de não encontrar palavras. Por fim, o mais ousado deles falou comigo. Disse que Dom Juan não estava de chapéu, nem de casaco comprido e, certamente, não usava perna de pau, e sim portava um capucho ou xale preto na cabeça e uma túnica preta retinta, como a de um frade, que lhe ia até os pés.

 

– Não! – exclamou baixinho um dos rapazes. – Ele não tinha capucho.

 

– Isso mesmo – disseram os outros.

 

O rapaz que tinha falado primeiro olhou para mim com uma expressão de incredulidade total.

 

Afirmei que tínhamos que passar em revista o que havia acontecido, com muito cuidado e calma, e que tinha certeza de que Dom Juan queria que o fizéssemos, e por isso nos deixara a sós.

 

O rapaz à minha extrema direita disse que Dom Juan estava de andrajos. Tinha vestido um poncho todo rasgado, ou algum tipo de casaco de índio e um sombrero muito surrado. Segurava uma cesta cheia de coisas, mas ele não tinha certeza de que objetos eram. Acrescentou que Dom Juan não estava propriamente vestido de mendigo, e sim como um homem voltando de uma viagem interminável, carregado de coisas estranhas.

 

O rapaz que vira Dom Juan com um capucho preto disse que ele não tinha nada nas mãos, mas que seus cabelos estavam compridos e revoltos, como se ele fosse um louco que acabasse de matar um frade e tivesse vestido as roupas dele, porém sem conseguir esconder sua loucura.

 

O rapaz à minha esquerda deu uma risadinha e comentou como era tudo tão estranho. Disse que Dom Juan estava vestido como um homem importante que acabava de desmontar do cavalo. Tinha pederneiras de como para montaria, grandes esporas, um chicote que batia em sua palma esquerda, um chapéu chihuahua de copa cônica e duas pistolas automáticas, calibre .45. Afirmou que Dom Juan era a imagem de um ranchero abastado.

O rapaz à minha extrema esquerda riu, encabulado, e não se ofereceu para revelar o que vira. Pedi que o fizesse, mas os outros não se mostraram interessados. Ele parecia muito encabulado para falar[10]”.

 

É evidente que não se está a sugerir que os alienígenas sejam feiticeiros do Cosmos, ou que, à maneira de Dom Juan, estejam usando magia para manipular a realidade. Pode haver, entretanto, uma semelhança estrutural e funcional no conhecimento mágico deste e daqueles, ou talvez, a estrutura operatória comum a ambos tenha a mesma origem.[11]

 

Todos estes fatos, entretanto, servem para demonstrar que a realidade não é tão simples como se acredita. A percepção do mundo exterior, realizada através dos cinco sentidos, está ligada à estrutura dos lóbulos cerebrais e aos processos mentais associados (o hipnotismo modifica temporariamente estes processos, abrindo portas normalmente cerradas). Os sentidos humanos são extremamente restritos, para que uma percepção fiel do mundo ou da realidade seja possível. Os sentidos mais desenvolvidos são a visão e a audição; a luz visível, no entanto, é uma ínfima janela de percepção no amplíssimo espectro eletromagnético, e a faixa acústica (de audição) é uma das mais pobres do reino animal.

 

Certos aspectos invisíveis da realidade podem ser detectados através de equipamento eletrônico especializado. A maioria dos operadores de radar já teve oportunidade de captar certos objetos invisíveis na atmosfera, que eles denominam “anjos”. A meteorologia procura explicar estes objetos dizendo que eles são produto de inversões térmicas ou outros fenômenos conhecidos.

       

Algumas evidências científicas levam à conclusão que a realidade parece ser uma construção da mente, não somente quanto a dimensão perceptiva, mas também quanto a dimensão operatória. Em seu livro The Seth Material (uma apresentação das idéias avançadíssimas de um ser espiritual) Jane Roberts diz (citando Seth): “A idéia básica é que os sentidos são desenvolvidos, não para permitir tomar consciência de um mundo material já existente, mas para criá-lo...”.

 

“Considerem uma rede de fios, um labirinto de fios interminavelmente interconectados de modo que olhando através deles, eles pareceriam não ter início nem fim. O plano de vocês poderia ser comparado a uma pequena posição entre quatro fios bem delgados, e o meu plano poderia ser comparado a uma pequena posição nos fios vizinhos, do outro lado. Não somente estamos em diferentes lados dos mesmos fios, mas estamos ao mesmo tempo abaixo ou acima, de acordo com o seu ponto-de-vista. E se considerarem os fios como se formassem cubos (...) então os cubos podem se encaixar uns dentro dos outros, sem perturbar uma vírgula os habitantes de cada um. E estes cubos estão eles mesmo dentro de cubos, e estou falando agora somente da pequena partícula de espaço tomada pelo plano de vocês e o meu.

 

Pensem de novo em termos de seu plano, limitado pelos seus pequenos e estreitos conjuntos de fios, e meu plano do outro lado. Estes, como tenho dito, são solidários e possuem ilimitada profundidade, ainda que para um lado, pois para o outro é transparente. Vocês não conseguem ver, mas os dois planos movem-se um através do outro constantemente. Espero que vocês entendam o que estou fazendo. Estou colocando a idéia de movimento, porque a verdadeira transparência não é a habilidade de ver através, mas mover-se através.

 

Isto é o que eu quero dizer por quinta dimensão. Agora, removam a estrutura dos fios e dos cubos. As coisas comportam-se como se os fios e os cubos existissem, mas eles servem somente para construí-las, mesmo para aquelas no meu plano...  Nós construímos imagens adequadas aos sentidos que esperamos ter. Nós simplesmente construímos linhas imaginárias para andarmos por elas[12]”.

 

Alguns aspectos realmente estranhos e inacreditáveis relatados por testemunhas[13] parecem provir dessa manipulação da realidade, ou seja: aquilo que a testemunha vê (ou acredita estar vendo) não parece corresponder à “realidade” cotidiana, aquilo com o que ela está acostumada.[14] Ou então a testemunha acredita que o que está vendo é bastante “natural”, não obstante o seu aspecto bizarro.

 

Conforme relata o pesquisador ufológico R. Thompson.

 

“Em 1980, uma semana antes do Dia de Ação de Graças, um casal dirigia ao norte de Denver. O homem, um artista comercial, relatou ter visto uma “luz azul-celeste”, após o que o casal passou por uma hora de perda de tempo.[15] A regressão hipnótica foi realizada em 5 de julho de 1984 por Richard Sigismund, um sociólogo de Boulder, Colorado. Sob hipnose, a mulher disse que eles foram içados em um carro por um feixe luminoso e transportados para uma nave próxima dali, pousada sobre esteios. Um “homem” alto e calvo num manto azul os chamou por hipnose.

 

Em sua descrição desta cena, o homem reagiu ao aparente absurdo do traje do ser:

 

Ele está olhando para nós, dizendo-nos para entrar. Ele é o líder. O líder vestido num manto azul. Que estupidez! Isto não tem lógica. Este manto é ilógico. Ele não precisa de um manto. Não um manto desses. (...) Ele não fala com a boca. Ele fala com a mente[16].

 

(...)

 

Existem outros relatos apresentando entidades vestidas em trajes estranhos.[17] Um exemplo disto é o contato amistoso da Sra. Cynthia Appleton com belos e altos seres vestidos em roupas de plástico com golas ‘elisabetanas’[18]’”.

 

Um caso ocorrido com um cubano que emigrou para os EUA reúne, igualmente, todos os elementos do simbolismo e da realidade manipulada e/ou transformada (até quase se pode dizer, mistificada).

 

Em 3 de janeiro de 1979, Filiberto Cardenas, um imigrante cubano, andava de carro junto com a esposa, a filha de 13 anos e um amigo, pela região de Hialeah. Em certo momento perceberam que o carro parou de funcionar, e saíram para olhar o motor. Nesse momento, começaram a perceber luzes vermelhas e violáceas e um som semelhante ao voo de abelhas. Fernando, o amigo que estava debaixo do carro, saiu a tempo de ver o amigo ser levantado pelo ar, e um objeto enorme que ascendeu e afastou-se.

 

A próxima coisa que Filiberto se lembrou foi de ter acordado em meio à rodovia, cerca de 16 km distante de onde estava. Posteriormente, quando foi hipnotizado, Filiberto se recusou a dizer o que tinha acontecido, falando que “eles me disseram para não falar nada”. Algum tempo depois, concordou em contar o que presenciara. Segundo ele, havia uma espécie de robô e dois homenzinhos com vestes bem justas. Um deles tentou se comunicar em vários idiomas e ia ajustando um dial em seu peito, cada vez que mudava de idioma. Filiberto diz que lhe fizeram 108 marcas no corpo.[19] Depois, o teriam conduzido frente a um indivíduo sentado em um trono elevado, que vestia um manto e tinha uma corrente da qual pendia uma pedra triangular.[20]

 

Quando as testemunhas vêem coisas estranhas, vestuários exóticos, isto talvez possa estar sendo retirado de propósito de seu próprio repertório interior de imagens. Talvez, na impossibilidade de a testemunha entender o fenômeno “em si”, a coisa real, a sua mente seja manipulada de forma que ela possa poder interpretar essa “realidade” de acordo com modelos familiares, que não chocam o bom-senso.

 

Certos fenômenos, embora pouco conhecidos, nem por isto deixam de ser reais. A um nível prosaico, embora espetacular, é possível manipular a realidade através do hipnotismo, fazendo o hipnotizado ver coisas ou pessoas que não estão à sua frente, ou deixar de ver pessoas fisicamente presentes. O mais surpreendente é que se pode fazer com que o hipnotizado mantenha diálogos com pessoas ausentes, como se estas estivessem à sua frente, e descobrir coisas a respeito delas que ele não sabia.

 

Uma experiência realizada pelo cientista russo Vasiliev (da extinta União Soviética), em 1921, causou extrema perplexidade pelo seu alto grau de estranheza. Vasiliev descobriu que aproximando um imã em ferradura da nuca de uma pessoa hipnotizada, de modo que o polo norte do imã fique a cinco centímetros da região temporal direita, e sem que a experiência seja do conhecimento do hipnotizado, imagens ópticas que lhe sejam sugeridas (imagens sem existência real) se deslocam ou distorcem, em função da aproximação do imã.

 

Mas a hipnose, que pode ser uma técnica investigativa muito proveitosa, infelizmente tornou-se uma obsessão fanática dos pesquisadores norte-americanos da atualidade. Neste processo, pesquisadores sem treinamento em hipnose clínica chegam a criar falsas lembranças nas testemunhas, na sua busca de respostas fundamentais precedida pelo fornecimento de pistas sutis. A explicação para os fatos citados talvez possa estar na telepatia, na clarividência ou até mesmo na retro ou pré-cognição, mas qualquer conclusão a respeito seria apressada.

 

Com relação aos contatados (verdadeiros), verificou-se que é muito fácil o hipnotizador contaminar o hipnotizado com as suas crenças básicas, e com isto invalidar a experiência. Esta contaminação se daria através de perguntas indutoras, que já apontam em seu conteúdo as respostas desejadas inconscientemente pelo interrogador.

 

O processo hipnótico, muitas vezes, não consegue vencer barreiras de sugestões anteriores. Como se tem constatado em vários casos, o abduzido não se lembra de partes do que aconteceu, ou simplesmente se recusa a falar a respeito, mesmo hipnotizado. O hipnotismo clássico, de todo modo, não é um instrumento de pesquisa definitivo, porque envolve variáveis que a maioria dos pesquisadores não consegue dominar. Freud, por exemplo, deixou de utilizá-lo na psicanálise, por não poder controlar os seus resultados. Entretanto, sabe-se que processos de hipnotismo desenvolvidos em agências secretas (sub-produtos de pesquisas militares)[21] são extremamente eficientes para criar bloqueios hipnóticos.

 

Ainda durante a Segunda Guerra Mundial foram criados métodos extremamente avançados de hipnotismo pelos norte-americanos, como conta o Dr.George H. Estabrooks, antigo diretor do Departamento de Psicologia da Universidade Colgate. Durante a guerra, ele hipnotizou um Capitão do Serviço de Intendência do Exército Americano, sem o conhecimento deste. O Capitão recebeu uma informação codificada, a qual deveria ser repetida a um agente em outro continente, quando este pronunciasse uma palavra-chave, palavra esta capaz de colocar o Capitão em transe profundo imediatatamente. Em seguida seria dada uma resposta também em código, que seria trazida de volta e repetida, tudo isto sem o conhecimento (e a anuência) consciente do militar. Além disso, ele recebia uma sugestão hipnótica tão profunda que somente reagiria às sugestões hipnóticas que viessem de um dos dois agentes. Qualquer outro que tentasse hipnotizá-lo encontraria uma barreria instransponível.

 

Estes métodos de hipnotismo, também conhecidos por russos e chineses, foram desenvolvidos por estes últimos de tal forma que permitiam fazer autênticas “lavagens cerebrais” em prisioneiros e fazê-los mudar de crença política ou mesmo servir de inconscientes agentes de uma “quinta-coluna”. Este processo de lavagem cerebral teve a sua eficiência comprovada quando os EUA receberam de volta prisioneiros norte-americanos que tinham estado por meses nas mãos dos norte-coreanos, na Guerra da Coréia. Todos eles vieram a se mostrar agentes indesejáveis de propaganda comunista em solo americano.[22]

   

Jacques Vallée afirma que “Os pesquisadores dos seqüestros fazem uma objeção válida ao conceito de que todas as lembranças [que podem ser recuperadas pelo hipnotismo] são fantasias. Não só os elementos hipnotizados recordam certos padrões, como testemunhas que lembram conscientemente de todo o episódio (...) descrevem padrões similares. Entretanto, as pesquisas recentes sobre a memória, e especialmente a pesquisa de crimes por testemunhas nos tribunais, indicam que devemos proceder com muita cautela nesta questão.”

 

Em determinadas experiências levadas a cabo nos EUA, pessoas hipnotizadas foram levadas a crer que tinham sofrido um processo de abdução por OVNIs (experiência esta não acontecida de verdade). Para surpresa dos pesquisadores, em alguns casos elas passaram a descrever os aspectos da abdução com a mesma riqueza de detalhes dos abduzidos reais, inclusive com os pormenores usuais. Este fato pode ter várias explicações: conhecimento prévio, pelo hipnotizado, (através da leitura de jornais, livros e revistas) da casuística ufológica; possível contaminação através de perguntas indutoras; acesso da mente a um inconsciente coletivo, tal como descrito por Jung; descoberta acidental de um abduzido que não conhecia a sua condição.

 

Keith Thompson diz que “Atualmente, nos reinos da ciência, discute-se acaloradamente sobre a conveniência de se continuar a falar da realidade como algo absoluto e eternamente independente das nossas observações e dos nossos pensamentos. Contrariando a idéia tradicional e tranqüilizadora de que a ciência aproxima-se cada vez mais do conhecimento e do mapeamento da natureza exata de um universo supostamente auto-suficiente, novas descobertas na ciência do conhecimento indicam que o papel ativo do observador deve ser incluído – e explicitamente levado em conta – na explicação científica.”

    

A experimentação científica, como qualquer cientista sabe, é uma relação sujeito-objeto, onde o sujeito (observador) pode alterar o objeto (realidade) no ato da experimentação (observação). A impossibilidade de descobrir o que seja o objeto, pela experimentação, existe tanto a nível microfísico (teoria da indeterminação de Heisenberg e indeterminação quântica) quanto a nível macrofísico (teoria da relatividade de Einstein).[23] Pela teoria quântica, a “realidade” é uma “função de onda” probabilística que “colapsa” em uma determinada forma assim que se faz uma observação. Enquanto não se realiza a observação, existem infinitas “formas de ser”.

 

Assim, o conhecimento do real é um conhecimento deduzido de interferências (e de inferências) sobre o objeto, conhecimento este que só pode ser expresso através de equações matemáticas. Mas isto tão somente em relação ao universo “observável” ou perceptível pelos sentidos; o universo não percebido sequer é considerado pela ciência, exceto aquele deduzido nas considerações altamente abstrusas da matemática superior.

 

Talvez a realidade não seja única, e sim múltipla, com dimensões paralelas e/ou superpostas (algumas modernas teorias da física preconizam a existência de dez ou mais dimensões, no universo). Talvez os OVNIs estejam em interação com aspectos ou entidades ocultas que permeiam ou convivam com os humanos, sem que estes os percebam (para o pesquisador Leonard Stringfield, existe uma região nos EUA, que abrange porções dos estados de Ohio, Kentucky e Indiana, com centro aproximado em Cincinnati, que parece exercer uma estranha atração sobre os OVNIs, deles merecendo uma atenção ou uma aparente vigilância especial e inexplicável).

 

De acordo com o diplomata inglês e pesquisador de Ufologia, Gordon Creighton.

 

“Uma das mais curiosas características dos seguidores das várias religiões é que, sendo tão dogmaticamente seguros em sua própria e particular fé, eles presumem possuir a inteira Verdade sobre todas as coisas no Céu e na Terra, e quase nunca ocorre a nenhum deles olhar em outra parte e descobrir o que os seguidores de outras religiões podem saber ou mesmo ter descoberto.

Isto certamente é uma pena, porque o estudo das grandes religiões - e notadamente o Islamismo - daria valiosos indícios para a verdadeira natureza do assim chamado "Fenômeno UFO", e rapidamente eliminaria muito da insensata "Mitologia da Idade Espacial", que tanto tem proliferado nas últimas três décadas. O Islamismo sabe, de fato, da existência de três espécies inteiramente separadas e distintas de seres inteligentes no universo, e até mesmo pode fornecer detalhes surpreendentemente precisos a respeito de sua natureza, de sua atividade e do que representam”.

 

Para Creighton, a primeira categoria é a dos Anjos ou Mensageiros (do grego: angelos; hebreu: malach; árabe: malak). Estes são elevados seres formados de Luz. A segunda categoria é formada pelos seres que são classificados coletivamente em árabe como Al-Jinn. A terceira categoria é formada pelos homens, ou pela humanidade. Ele continua:

 

“Onde quer que pensemos estarem localizados os JINAS, de um modo altamente verossímil, parece que a origem de muitos deles, em qualquer direção, não estará muito distante de nós, e alguns eruditos muçulmanos que tem se informado acerca da atual pesquisa ocidental sobre o assim chamado "Fenômeno UFO", e tem refletido um pouco sobre isto tem concluído - e penso que corretamente - que pode ser a melhor maneira para começarmos a visualizar estas matérias é pensando nos JINAS como estando realmente muito próximo a nós, e ainda, ao mesmo tempo, de certa maneira, muito distante de nós. Em outras palavras, em alguma outra dimensão, ou em alguma outra estrutura espaço/tempo, "bem aqui", ou pode ser em um mundo de anti-matéria bem aqui, ou ocupando como se fosse algum outro universo que está aqui, por trás do espelho de Alice: "um universo-espelho, no outro lado do contínuo espaço/tempo", como isto tem sido nitidamente colocado por alguns investigadores[24]”.

 

Toda esta digressão foi feita a propósito da relação entre a intenção por trás do fenômeno UFO e a possibilidade de que possam perceber realidades intangíveis que o homem não consegue perceber. Se os OVNIs (os alienígenas) podem perceber uma realidade oculta, é possível que esta realidade seja a face de um plano ou esquema gigantesco, no qual o homem seja somente a cobaia de um experimento, e tão merecedor de atenção e piedade quanto um rato de laboratório. Isto aparentemente atenta contra a dignidade humana, mas qualquer consideração neste sentido é viciada pelos padrões de pensamento usuais. Em nome de uma moral que não pratica, o homem costuma verberar contra toda injustiça, desde que esta não seja oriunda de seus próprios atos. Talvez, enfim, o homem esteja sob a tutela destes estranhos seres, tutela esta que queiramos ou não, se regerá pelos seus exclusivos critérios.

 

* Luiz Gonzaga de Alvarenga é professor aposentado da UNIFAN (Faculdade Alfredo Nasser) em Goiânia. O principal hobby é a leitura. Entre variados interesses atuais, constam a Ufologia e o estudo de fenômenos anômalos. Tem alguns livros publicados e é colaborador de Via Fanzine e UFOVIA.

 

- Foto: Arquivo VF/fotomontagem.

 

- NOTAS: 

               

[1] VALEÉE, 1990, p. 173.

 

[2] A entrevista se transformou em um artigo que foi publicado na revista eletrônica Paranóia. O artigo completo, UFOs at the Edge of Reality, pode ser visto aqui: http://www.paranoiamagazine.com/edge.html.

 

[3] (PAUWELS & BERGIER, 1971, pp. 200-201).

 

[4] E que só poderia ter sido realizada pelas duas potências da época, URSS e EUA.

 

[5] O que coloca uma curiosa questão: de acordo com os desenhos fornecidos por testemunhas, algumas espécies alienígenas somente possuiriam três dedos, o que lhes inviabilizaria uma sociedade tecnológica aos moldes humanos. Outra questão curiosa: os discos-voadores são fabricados industrialmente?

 

[6] A verdade é que a realidade (o real) não pode ser colocada em equações, e quando se tenta observá-la, ela se desvanece como névoa, não se submetendo a regras, leis ou princípios definitivos. As teorias da ciência, muito embora as fantásticas conquistas tecnológicas conseguidas, apenas arranham a superfície, não penetrando a tessitura interna dos fenômenos. Além disso, os especialistas sabem, a partir das pesquisas modernas sobre física quântica e lógica matemática, que não há nenhuma disciplina científica, inclusive a matemática, que possua fundamentos sólidos, reais e definitivos.

 

[8] TALBOT, 1991, p. 179. Aliás, esse entendimento começou com o filósofo Kant. Para este, a percepção e a representação de qualquer objeto na mente é sempre feita no tempo e no espaço. Entretanto, Kant considera tempo e espaço não como abstrações ou algo que exista fora da mente: são formas da sensibilidade, ou seja, são ferramentas humanas inatas e necessárias, as quais permitem ao homem construir toda a sua experiência do mundo. Essas formas de sensibilidade são um tipo de filtro que define a forma como se pode perceber a realidade. Para Kant, aquilo que aparece para nós já filtrado pelas formas da sensibilidade – o fenômeno – é chamado “coisa para nós”; o que ele chama de “a coisa em si” – o númeno – não pode ser percebida pela razão humana porque ultrapassa toda experiência possível. Também a literatura esotérica afirma que o Homem não tem (ainda) “olhos” para ver a Realidade, tal como ela é!

 

[9] Esta magia (descrita principalmente nas obras O Presente da Águia, O Fogo Interior, O Poder do Silêncio) refere-se às conseqüências da mudança de posição de um ponto, denominado “ponto de aglutinação”, que é, presumidamente, um vórtice de energia alojado no ovóide luminoso que envolveria o ser humano. Tal ponto de aglutinação, quando convenientemente manipulado, permitiria a distorção da realidade, ou até mesmo deslocamentos dimensionais.

 

[10] CASTAÑEDA, 1972, pp. 194-196.

 

[11] O comportamento mágico está excessivamente disseminado em todas as culturas do mundo para que possa ser simplesmente descartado como superstição ou mito. O racionalismo científico, cético e materialista, é uma exceção exclusiva da cultura ocidental, herdeira da tradição grega (mas somente após Aristóteles; a tradição pré-socrática é eivada de magia); em todas as outras culturas, o pensamento mágico prepondera na determinação das estruturas da realidade. O pensamento mágico não caracteriza a fase infantil de uma sociedade; ele possui a sua própria lógica interna e uma coerência intrínseca que regula e normatiza o comportamento dos seus membros, revelando uma complexa estrutura inerente a esta sociedade.

 

[12] The Seth Material (tradução do autor).

 

[13] A maioria dos ufólogos parece ter optado por rejeitar este aspecto bizarro do fenômeno, devido ao seu absurdo intrínseco.

 

[14] “O que é, portanto, mais provável: que estamos sofrendo uma invasão maciça, mas em geral imperceptível, de alienígenas que cometem abusos sexuais, ou que as pessoas estão experimentando um estado mental que desconhecem e não compreendem?” (SAGAN, 1996, p.189).

 

[15] Tempo perdido.

 

[16] THOMPSON, 2002, p. 395.

 

[17] Strieber também faz menção a trajes exóticos, vestidos pelos alienígenas.

 

[18] O próprio comportamento da testemunha parece ser constantemente previsto e manipulado. No livro A Quinta Coluna do Espaço, J. J. Benítez fala a respeito de um objeto aéreo luminoso avistado à noite por um guarda rodoviário, objeto este que sumiu repentinamente. Em seguida, como que vindo do nada, surgiu um carro negro na estrada, com algumas pessoas estranhas e misteriosas em seu interior.

 

[19] Esta é uma referência simbólica muito significativa: “O japamala é um colar de contas budistas utilizado para a meditação. Ele possui exatamente 108 contas, que é o número de vezes que a sabedoria budista ensina a entoar os seus mantras. Ao completar uma volta completa pelo terço japamala, acredita-se que equivale a fazer uma jornada até o sol, que é a fonte de vida da Terra. As 108 contas deste terço sagrado da meditação é como se fossem 108 degraus, que nos levam de volta ao Absoluto, de volta para casa, de volta para o nosso próprio centro. O número 108 está em toda a sabedoria indiana, tanto budista quanto hinduísta. Separamos alguns pontos notáveis abaixo, mas esses são apenas uma parte muito pequena deles: 108 são os tipos de meditação do budismo; 108 são as tentações terrenas para o budismo; 108 são os caminhos para alcançar a Deus; 108 são os nomes das divindades do hinduísmo; 108 são as serventes que rodeiam o Deus Krishna , chamadas de Gopis; 108 são os pontos de pressão no corpo de acordo com Marma Adi e Ayurveda; 108 são as saudações ao sol no Yoga; 108 são as linhas de energia que emanam do coração (hrudaya chakra); 108 são chakras ou “pontos de energia” no corpo humano; 108 são as danças tradicionais indianas; 108 são os livros nos escritos sagrados do Tibet.” (http://www.wemystic.com.br/artigos/numerologia-o-japamala-e-o-poder-mistico-do-numero-108/).

 

[20] Todo o relato é permeado de situações e imagens simbólicas que se situam na fronteira da realidade e dos estados oníricos e simbólicos, e que podem ter sido extraídos seja do inconsciente do abduzido, seja do denominado Inconsciente Coletivo.

 

[21] São métodos aos quais os civis geralmente não possuem acesso, ou sequer tem conhecimento a respeito.

 

[22] Ou seja, a lavagem cerebral foi tão eficiente que eles foram cooptados. Aliás, talvez tenha sido este o motivo pelo qual o Exército dos EUA fez pouco empenho em resgatar prisioneiros que tinham ficado muito tempo em mãos dos norte-vietnamitas. Sobre métodos de lavagem cerebral e manipulação da mente, veja-se: DELGADO, 1969; LÖBSACK, 1972; BROWN, 1963; PACKARD, 1965.

 

[23] Por exemplo, a impossibilidade da “simultaneidade”. Como a “informação” viaja na maior velocidade possível (a da luz), que é limitada, não seria possível saber se dois fenômenos, ocorridos a grande distância entre si, foram simultâneos ou não.

 

[24] CREIGHTON, Gordon. A Brief Account of the True Nature of the UFO Entities (http://www.sacred-texts.com/ufo/jinns.htm).

 

 

 

 

 

  UFOVIA - ANO 5 

   Via Fanzine   

 

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