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Casos de Minas
Centro-oeste mineiro: A Luz da Chapada em Minas Gerais Histórias que atravessam diversas gerações e tentam justificar as atividades de luzes desconhecidas que vagam no sertão mineiro.
Por Alberto F. do Carmo* De Brasília-DF Para UFOVIA REVISADO&ATUALIZADO EM 18/05/2018
Por cruzamento de dados, verificou-se que tais fenômenos são muito antigos na região, bem mais antigos do que o surgimento da expressão "disco voador" na mídia global. Leia também: Últimos destaques em Via Fanzine
A Luz da Chapada era e é um fenômeno muito conhecido na região Centro-oeste do Estado de Minas Gerais. Principalmente na região de Moema, Santo Antônio do Monte, Lagoa da Prata, Divinópolis, Itaúna e Bom Despacho. Por coincidência, há até uma cidade da região que tem o nome de Luz.
O fato é que ouço histórias desde pequeno sobre o fenômeno e tenho 74 anos. Na infância, ouvi menções a pessoas que sofreram queimaduras, como no caso de um sujeito, que teria ficado com meio bigode queimado.
Uma procissão noturna teria sido dispersada também, segundo ouvi contar, pela aparição da luz. Isto deve ter sido em torno das décadas de 1930 ou 1940, pois quando ouvi isto, devia ter uns sete, oito anos e as histórias eram de coisa bem mais antiga.
Um primo meu, médico, não acreditava nisto. Talvez pensasse que fosse coisa de gente supersticiosa e ignorante. Só que, numa noite, voltando de sua fazenda, rumo a Santo Antônio do Monte, viu a luz. Coisa pequena, como um farol de bicicleta. Mudou de idéia, mas não gosta de falar do assunto.
Ouvi também menção a uma lenda. Segunda a mesma, a tal luz seria a alma penada de uma filha-de-Maria que morrera e fora enterrada sem a fita que as moças pertencentes à ordem usam e costumam ser enterradas com ela.
Muitos anos depois, já na condição de ufólogo, fazendo parte de equipes que pesquisaram surtos de aparições de OVNIs no Estado, vi, junto com meus companheiros, que o fenômeno era mais extenso. Na região do Vale do Rio das Velhas, o fenômeno era confundido com a "Mãe-do-ouro" ou o fogo fátuo.
O fogo fátuo para quem não sabe, é a combustão espontânea do fósforo dos ossos de animais. Isto é interpretado supersticiosamente como sendo evidência de jazida de ouro no local. Entretanto, as aparições eram muito mais longas, com casos de perseguição a pessoas, rasantes em carros e outras coisas mais. O fogo fátuo dura apenas alguns instantes e não desenvolve movimentos inteligentes.
Para tais luzes, havia também a denominação de "carro-fantasma". Razão: a pessoa vinha de carro pela estrada e via algo como um farol forte adiante. Baixava o farol, às vezes esperava, às vezes continuava em marcha lenta. Só que o carro não aparecia mais...
O Centro de Investigação Civil dos Objetos Aéreos Não Identificados (CICOANI) de Belo Horizonte-MG guarda centenas de relatos sobre tal tipo de casos. Seu fundador, o falecido professor Húlvio Brant Aleixo, durante décadas, recolheu e gravou tais casos. Por tal cruzamento de dados, verificou-se que tais fenômenos são muito antigos na região, bem mais antigos do que o surgimento da expressão "disco voador" na mídia global.
Há casos semelhantes na França, Europa e nos próprios Estados Unidos. Recentemente, o pesquisador Ted Philips nos relatou que teve uma câmara de vídeo desarmada, cuja fita foi ejetada, ante a presença de uma dessas luzes. Há fortes possibilidades de que tais objetos sejam sondas alienígenas, não tripuladas, que são mandadas em missão de espia ao nosso meio.
Temos por exemplo um caso de 1971, desta vez, ocorrido na cidade de Amarantina-MG perto de Ouro Preto. Uma senhora levantou-se no meio da noite para tomar um copo de água na cozinha, quando sentiu algo passar rápido perto de suas pernas. Pensou que era um morcego ou pássaro. Ao acender a luz deparou-se com algo como um planeta Saturno em miniatura, voando pelo aposento. O objeto subiu rápido e passou por um orifício de ventilação da parede da cozinha. Era uma daquelas aberturas com tijolo falhado, em forma de cruz. Possivelmente a coisa entrou e saiu pelo mesmo buraco, numa manobra de grande precisão, diga-se de passagem.
Outro caso, que nunca conseguimos documentar, teria se dado na região de Dores do Indaiá-MG. Uma senhora que lavava roupa, fora de sua casa, teve sua atenção despertada por uma briga dos filhos. Ela ouviu quando eles diziam, "não, é meu, eu vi primeiro". Chegando-se a eles, perguntou-lhes sobre o que estaria acontecendo. E falaram que tinham achado uma bolinha prateada. "Deixe-me ver", disse a mãe. O menino abriu a mão... E a bolinha saiu voando!
Num outro caso, em Caconde, Sul de Minas - pesquisado pelo ilustre e falecido ufólogo Dr. Walter Bühler - um cilindro foi achado por um senhor, no campo. Tinha um mostrador e coisas como números e um ponteiro. Levou-o para casa e colocou-o sobre a geladeira. Foi trabalhar, pois trabalhava à noite. Quando voltou, viu que havia algum tipo de confusão na sua casa. Havia vizinhos e sua mulher (ainda de camisola) estava com os filhos no meio da rua, todos assustados. Resumo: haviam se deitado, quando o "trem" começou a emitir um tique-tique. De repente, houve uma emissão de luz forte e a coisa disparou para cima, arrebentando as telhas por onde passou. A casa era sem forro.
Mas há muitos outros casos em Minas.
* Alberto Francisco do Carmo é licenciado em Física, co-fundador do CICOANI (BH) e pesquisador ufológico desde os anos de 1950 e colaborador de Via Fanzine e UFOVIA.
- Este texto foi publicado originalmente pelo site www.estronho.com.br e revisado por UFOVIA, em 2009. Esta atual versão foi revisada e atualizada em 18/05/2018.
- Ilustração: Foto e montagem de Pepe Chaves.
- Produção: Pepe Chaves. © Copyright 2004-2018, Pepe Arte Viva Ltda.
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