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 Deep Impact

 

 

Espaço Sideral:

Impactador se choca contra cometa

Segundo a NASA o impacto profundo foi um sucesso.

 

Conforme planejado pela NASA o projétil Impacto Profundo (Deep Impact) se chocou contra o cometa Tempel 1. Segundo informações do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), o choque se deu a uma velocidade de 37 mil quilômetros por hora, informou. A missão custou US$ 330 milhões.  Conforme informações das agências de notícias, o choque a 134 milhões de quilômetros de distância da Terra liberou um jato de material abaixo da superfície do cometa. Esse material foi formado há bilhões de anos, durante a criação do Sistema Solar. É a primeira vez que uma sonda entra em contato com o núcleo de um cometa.

 Momento do impacto

"Acertamos exatamente no lugar em que tínhamos planejado. Isto é espetacular. Agora esperamos receber mais imagens do que ocorreu", disse um porta-voz da missão em entrevista à imprensa. Segundo as informações, o projétil, chamado Impactador, continuou transmitindo fotografias do núcleo até os últimos segundos antes da colisão, apesar de começar a receber impactos de materiais na órbita do cometa. As imagens feitas mostram o núcleo do cometa com um detalhamento inédito. Várias crateras circulares aparecem. Ainda não se conhece o tamanho do buraco aberto pelo impactador, que era revestido com cobre. Pode ter a área de um casarão ou até de um estádio de futebol.

 

A sonda Impacto Profundo, considerada nave-mãe do impactador, gravou a operação a apenas 500 quilômetros e ficou ilesa à colisão, segundo os cientistas, já o projétil se desintegrou com a colisão. Uma imagem da colisão, feita pela nave-mãe, mostrou uma erupção brilhante saindo da parte de baixo do cometa. O projétil foi liberado pela sonda Impacto Profundo 24 horas antes da colisão.

 

Segundo Mike A'Hearn, cientista-chefe da missão, levará meses para que todos os dados coletados pela sonda sejam analisados. Três horas após o impacto, apenas 10% dos dados haviam chegado à Terra. "Basicamente estamos começando o nosso trabalho agora", disse ele a jornalistas durante a madrugada.

 

Os cometas são feitos de gás, poeira e gelo das regiões mais remotas do Sistema Solar. Eles às vezes têm surtos de atividades, quando sua superfície racha e libera o material que cria caudas de poeira. Os cientistas acham que o choque de um ou mais cometas introduziu a água na Terra.

 

* Fonte: Editado de notícias da NASA/JPL e agências internacionais.

* Foto: NASA/JPL.

 

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Exploração Espacial:

Impacto profundo contra um cometa

Sonda da NASA vai se chocar contra cometa para colher dados sobre origem do Universo.


Por Mariana Viayra RAMÍREZ*

Com adaptação de Pepe Chaves

 

A NASA fez lançamento no dia 12 de janeiro da sonda Deep Impact (Impacto Profundo), que se despedaçará contra o cometa Tempel-1 no dia 04 de julho de 2005 para estudar sua composição.


O astrônomo mexicano José de la Herrán explicou que os cometas contêm o material original com a que se formou o Universo e a investigação destes objetos “celestes” é muito importante para revelar a origem da vida.

 

Por isso, o cientista considera que é “muito importante” enviar até ele a nave automática Deep Impact com o intuito de se produzir uma colisão e o desprendimento de material geológico para estudos inéditos de sua composição.

 

Segundo a NASA, o Deep Impact abrirá uma cratera com cerca de 6km de diâmetro no objeto celeste, cujo impacto poderá ser visto a olho nu da Terra “como se fossem fogos de artifício, produzidos pela primeira vez no Universo, através de uma ação humana”.

O Deep Impact tem apenas 1 metro


A astrônoma mexicana Julieta Fierro, afirmou que a Agência Espacial Americana consegue destruir o asteróide e, inclusive, desviá-lo de sua órbita, “isso pode nos dar muita tranqüilidade”, pois ultimamente têm se especulado sobre possíveis colisões destes objetos contra o planeta.

 

'A sonda de apenas um metro de diâmetro

e 372 kg é recoberta de cobre e se desintegrará

sobre a superfície do cometa'


Fierro afirmou que o fato de o projétil impactar-se contra o cometa precisamente no dia 04 de julho, que se comemora a independência dos Estados Unidos, se dá porque o governo de George Bush quer “dar a entender que defenderá à humanidade em caso de algum impacto contra a Terra”.

 

“Os norte-americanos têm toda a razão do mundo em estarem orgulhosos de sua capacidade espacial”, disse de la Herran, e por isso, planejam o impacto com o asteróide no dia da Independência de seu país. “É uma atitude muito patriótica e natural”, acrescentou.

 
Quando o projétil Deep Impact estiver a 500 quilômetros de distância, captará as características geológicas do asteróide mediante a tomada de fotografias e leituras eletrônicas. Para isso, utilizará as câmaras fotográficas mais potentes e jamais aplicadas à investigação espacial, que transmitirão ao vivo as imagens do astro errante. Ainda assim, a colisão cósmica será observada pelos três telescópios que a NASA mantém na órbita terrestre: Spitzer, Hubble e Chandra.


Julieta Fierro disse que do ponto de vista astronômico é um evento muito importante, porque ajudará a explicar a origem dos asteróides e com isso a do Universo, pois os cometas
estão circulando desde que o cosmos se formou.


A sonda de apenas um metro de diâmetro e 372kg é recoberta de cobre e se desintegrará sobre a superfície do cometa. Um dos cientistas do projeto, Tom Morgan, assinalou que a Missão Impacto Profundo será a primeira que “pela superfície exterior de um cometa o penetrará até seu núcleo. Será uma missão emocionante. Todos presenciaremos o momento em que o Deep Impact, produzirá fagulhas no cometa, como fogos de artifícios, criados pela primeira no Universo pelo homem”.

 
Espera-se que a explosão venha permitir uma maior exploração do interior do cometa, porém, alguns cientistas assinalam que o impacto poderia limitar-se apenas à sua capa externa.

 

Sob condições ótimas, a câmara poderia captar imagens da superfície do cometa com uma resolução de até 20cm por pixel. Não se espera que a colisão, que poderá ser observada a olho nu da Terra, desvie a trajetória do Tempel 1.

 

* Para “A Crônica” (México).

- Colaborou:

Grupo de Investigacion del Fenomeno Ovni y Extraterrestre (G.I.F.O.E.).

Club Del Misterio - México (Yahoo Grupos).

- Foto: http://www.nasa.gov/missions .

- Tradução e Produção: Pepe Chaves.

 

 

*  *  *

 

Impactando o ego:

Quando a vida imita a arte

Impacto extraterrestre para comemorar o dia da pátria.

 

Por Pepe CHAVES*

 

A sonda "kamikase" Impact Deep que se chocará com o cometa Tempel-1 no dia 04 de julho, comemorado nos EUA como o dia de sua independência, deverá gerar um grande mérito global em prol da Agência Espacial Americana (NASA) e seus últimos feitos na exploração espacial.

 

Antes de mais nada, será um grande espetáculo piro-high-tech, sobretudo, para o sempre ascendente patriotismo norte-americano que não perde a chance de se exacerbar para se sobrepor aos demais países que também investem na exploração espacial.

 

'não será apenas o povo norte-americano

que ficará à espera do espetáculo do próximo

04 de julho para assistir o show de Bush'

RECONSTITUIÇÃO: A sonda vai até o cometa.

O impacto profundo de uma sonda norte-americana contra um cometa foi altamente inspirado num dos clássicos hollywoodianos mais assistidos em todo o mundo, o longa metragem “Impacto Profundo” (Deep Impact, homônimo da sonda), onde (também patrioticamente), uma equipe da NASA dentro de um ônibus espacial Columbia (antes do fatídico acidente), desce até a superfície do cometa e tentam dinamitá-lo, fragmentando-o para assim, se evitar o choque com a Terra. No final dessa aventura extraterrestre, a equipe que dinamitou parcialmente o asteróide morre toda, mas a moral da história é que, heroicamente, os EUA salvam, não somente "a pátria", mas todo o planeta!

 

Além de ser uma jogada de marketing para superar a recente explosão dos ônibus espaciais Columbia e Challenger – aniquilando-se ambas as tripulações – a NASA parece mais querer propagandear e auto-afirmar a sua capacidade de proteger a Terra perante ataques “externos”.

 

O belo espetáculo, proporcionado pela maior potência do globo e que poderá ser visto a olho nu de várias partes da Terra, torna-se a mais recente mostra da “Supremacia Bush”, que se preocupa mais em gastar milhões de dólares com este tipo de show fora do planeta, do que em investir contra a miséria e a fome que avança em todo o mundo, inclusive, em seu próprio país.

 

Seja como for, pelo menos uma coisa conseguiram com o high poderio "marke-tech": não será apenas o povo norte-americano que ficará à espera do próximo 04 de julho para assistir o show de Bush.

 

- Foto: http://www.nasa.gov/missions.

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine e UFOVIA.

 

Para ler mais Astronomia acesse:

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