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Possibilidade: Nossa realidade e a Matrix Neste jogo todos seriam observáveis pelos jogadores, que estariam a partir de uma outra dimensão e quanto aos quais, por sua grandeza e capacidade, jamais teríamos condições biológicas sequer para compreendê-los, muito menos para saber interpretar se este jogo do qual fazemos parte é apenas uma diversão ou o que mais.
Pepe Chaves* De Belo Horizonte-MG Para Via Fanzine 20/07/2016
Pode ser que tudo isso faça parte do jogo, as guerras, os governos, o Estado Islâmico, a CIA, os talibãs, Israel, a Palestina... Os heróis e os bandidos, os absurdos das sociedades, as covardias e as boas ações. Leia também: Últimos destaques de Via Fanzine
Outro dia estava pensando: será mesmo que a nossa vida, ou seja, a nossa realidade aparente não faz parte de um jogo? Desta forma, na verdade (não na realidade total) viveríamos uma Matrix, coabitando numa suposta dimensão como se nada mais fôssemos que partes integrantes de jogos de computador.
Se for assim, por mais que você pense que é dono de suas ações, que é livre, que é inteligente ao criar soluções e sanar situações urgentes, trabalhador, capaz, pagador de imposto e bom cidadão; por mais que você vivencie sua vida dentro do que você pensa que decide e escolhe; você estará sendo comandado por “alguém” e não pelo seu eu, como pensa. Não seria então "dono de suas vontades", mas teria em si vontades incutidas por outrem.
Neste jogo todos os seres vivos seriam observáveis pelos jogadores, que estariam localizados a partir de uma outra dimensão e quanto aos quais, por sua grandeza e capacidade, jamais teríamos condições biológicas sequer para compreendê-los, muito menos para saber interpretar se este jogo do qual fazemos parte seria apenas uma diversão ou o que mais. Da mesma forma que uma formiga, uma espécie inferior, não nos compreenderia como seres vivos. De fato, não podemos nem mesmo imaginar o que seria uma espécie superior à nossa, algo sem parâmetro.
Desta maneira, nosso mundo seria um “big brother” para criaturas supremas e incomparáveis a nós, até mesmo por terem sido os nossos reais criadores. Assim, o nosso universo, os sistemas solares, as galáxias e tudo o que existe - até onde podemos compreender – também faria parte desse jogo, como uma espécie de cenário de fundo, onde tais personagens reais – ou marionetes eletrônicas... – jamais conseguiriam penetrar, até que façam por onde.
Saber que não temos condições biológicas para compreender determinados pontos de grandeza ou pontos interdimensionais, que atuam e independem dessa dimensão a que estamos convencionados, já seria alguma coisa. Tudo pode ser muito mais. Num universo à base de carbono que vai se desabrochando em inúmeros materiais e substâncias, nasceram as sementes cósmicas, globos de luz que giram e criaram seus próprios sistemas em suas órbitas. E buscar compreender o que está lá fora seria o mesmo que resolver problemas que revolvem o peito do homem, qual não o deixa enxergar a si como deveria e dar as mãos para solucionar todos os seus problemas nesta superfície planetária.
Pode ser que tudo isso faça parte do jogo, as guerras, os governos, o Estado Islâmico, a CIA, os talibãs, Israel, a Palestina... Os heróis e os bandidos, os absurdos das sociedades, as covardias e as boas ações.
Se o homem está amadurecendo já que parte a ciência começa a apostar nessa ideia de uma Matrix, ninguém pode assegurar com certeza, mas lançar novos olhares sobre a vida real, seus dogmas e paradigmas pode ser um bom exercício para descobrir as possíveis verdades que foram programadas para se esconder de nós.
Agora, voltemos à real. E como diz um grande amigo, “o jogo continua”...
* Pepe Chaves é editor de Via Fanzine e da Zinesfera.
- Imagem: Divulgação.
- Produção: Pepe Chaves.
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