Executivo Federal:
A presidente é uma miragem
A sucessora, mesmo sendo monitorada pelo chefe Lula
conjugou sua incompetência
ao que foi legado por ele e por ela mesma como ministra
nas gestões anteriores.
Por Maria Lúcia Victor Barbosa*
De Londrina-PR
07/04/2014
Dilma Rousseff foi chamada por Lula da Silva de
Mãe do PAC e sua imagem passada ao povo como a de uma competente
administradora. O povo acreditou em que pese não se ter notícia de
grandes feitos de Rousseff como ministra de Minas e Energia e depois
como ministra da Casa Civil ao longo dos oito anos do governo Lula. Na
verdade, a “gerentona” não conseguiu em tempos passados sequer manter
uma lojinha daquelas de R$ 1,90. Com relação aos dois cargos
desempenhados no governo petista do Rio Grande do Sul Rousseff esteve
léguas de distância de qualquer eficiência.
Lula da Silva, é claro, estava ciente do
curriculum da afilhada, mas, para ser justa, ele não foi o único
político brasileiro a cometer o engano de se cercar dos piores. Isso é
costume entre aqueles que detêm o poder, pois temem que assessores os
suplantem, coisa insuportável para egos descomunais. E, assim sendo,
Lula da Silva escolheu os piores em termos de caráter e conduta, a
começar pelo mentor do mensalão agora recolhido á Papuda, José Dirceu.
Este, coisa de pasmar, seria o próximo presidente da República se
Roberto Jefferson não o tivesse defenestrado.
Dirceu, baseado na crença de que os petistas
pairam acima da lei e possivelmente fiado no apoio do poderoso chefão,
tanto corrompeu que foi parar atrás das grades, mas não foi só. Junto
com ele, condenados no mesmo julgamento do mensalão, importantes
companheiros de seu partido e de outras agremiações denominadas bases de
apoio seguiram para a cadeia. Algo inédito no Brasil e que aconteceu
graças ao notável desempenho do ministro Joaquim Barbosa. Outros
ministros do STF seguiram Barbosa, como o brilhante ministro Luiz Fux,
além dos ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio de Mello. Demais
ministros, lamentavelmente, procederam como advogados do PT. De todo
modo, Lula da Silva ficou sem quadros para dar seguimento ao projeto de
poder do PT, segundo o qual o partido deve permanecer eternamente no
comando na nação. Então, inventou Dilma Rousseff.
A sucessora, mesmo sendo monitorada pelo chefe
Lula conjugou sua incompetência ao que foi legado por ele e por ela
mesma como ministra nas gestões anteriores. E de tal modo é arrasadora a
herança maldita que Rousseff está legando ao Brasil que bem poderia
ganhar outros cognomes, tais como: Furacão Rousseff, Mãe da Hecatombe da
Petrobras, Rainha dos Apagões, Dirigente do Custo do Modelo Elétrico,
Recordista de Impostos e Juros Altos, Campeã de Inflação, Padroeira da
inadimplência, Vencedora do Prêmio Pibinho, Líder das Promessas não
Cumpridas, Excelsa Chefe de Programas Inacabados, Grande Matriarca do
Plano Afunda Brasil.
Muitos outros títulos podem ser dados à
governanta Rousseff para ilustrar seu governo. A lista é grande e não
cabe em um pequeno artigo, mas vale citar trecho de uma matéria do O
Estado de S. Paulo (25 de março de 2014 – Economia – B3) para se ter
ideia do descalabro, que por sinal só vai aumentando:
“A decisão da Standart & Poor’s (S&P) de
rebaixar a nota de crédito do Brasil está baseada em uma crítica
generalizada da política econômica do governo Dilma Rousseff, inaugurada
em 2011”. “A S&P critica a condução da política fiscal, o baixo ritmo de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o uso de bancos públicos
para sustentar programas federais, o abatimento das desonerações na meta
fiscal, o chamado superávit primário e a saída encontrada para bancar o
setor elétrico”.
Detalhes variados estão na imprensa como
trambiques, fraudes, negociatas do partido mais corrupto que já governou
o Brasil, além de noticias da queda da indústria, da venda de
automóveis, o começo das demissões, o descalabro da Educação e da Saúde
e tudo mais que infelicita a vida dos brasileiros. Qualquer outro
presidente já teria sofrido o impeachment.
Há um ponto, porém, que é crucial. Dilma
Rousseff é uma miragem, um avatar mal feito, uma realidade virtual que
não consegue sequer falar de modo coerente. O grande e real responsável
pelo que está acontecendo se chama Lula da Silva, o presidente de fato
que governa do seu gabinete das sombras. Por ele corrompeu-se,
mentiu-se, fraudou-se, arrebentou-se a Petrobras. Tudo foi feito a seu
favor. Ele não sabia? Impossível. Por que suas desculpas esfarrapadas
são piores que as do seu seguidor André Vargas e todo mundo acredita?
Por que ninguém o denuncia e o chama para depor no Congresso? Porque ele
é intocável? Estão todos envolvidos em suas maracutaias? Temem sua
popularidade? De todo modo, se a oposição não tirar a coroa da cabeça do
rei o corpanzil petista se fortalecerá ainda mais. Afinal, sem Lula da
Silva ou o Barba, como o chamou Romeu Tuma Junior, o PT não existe.
Falta algum corajoso entender e mostrar isso.
* Maria Lucia Barbosa é socióloga, seu site é
www.maluvibar.blogspot.com.br.
* * *
Reflexões:
Qualificar e motivar pessoas
O problema não é o problema, mas a
atitude que temos diante dele.
Por Gilclér Regina*
De Belo
Horizonte-MG
Para Via
Fanzine
29/10/2013
Gilclér Regina
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Existe um provérbio chinês que diz o seguinte: “Se você
quer um ano de prosperidade, cultive trigo. Se você quer dez anos de
prosperidade, cultive árvores. Se você quer cem anos de prosperidade,
cultive pessoas”.
Quando um beija-flor entra em uma floresta, ele procura
pequenas flores crescem em lugares estranhos, sobre as pedras e no chão.
Ainda assim o beija-flor as procura. Ele busca o que há de
melhor na floresta, procura flores, as melhores flores. Acredite, são
cerca de duas mil flores por dia! E um abutre, ao entrar na mesma
floresta, o que ele procura? Procura o que há de pior nela... Restos
mortais.
Vamos refletir: A floresta são as pessoas. E nós, o que
temos sido na vida, beija-flor ou abutre? Porque assim como toda
floresta possui flores e restos mortais, da mesma forma, todo ser humano
possui qualidades e defeitos. Estamos qualificando ou desqualificando as
pessoas?
A crítica quando construtiva é boa, mas muitas vezes é
fútil, isto é, na maioria dos casos desqualifica, fere o orgulho e traz
ressentimento. A crítica é encarada como ataque e coloca as pessoas na
defensiva.
Para ilustrar, aqui vai um pequeno registro da história
narrada no meu livro Sua vida Não é uma Questão de Sorte (Editora
Ideia): O primeiro-ministro britânico Winston Churchill discursava na
câmara, quando a deputada Nancy Astor, sua adversária política ferrenha
e que não gostava mesmo dele, levantou-se e interrompeu o discurso,
furiosa: “Ministro, se você fosse meu marido, eu colocaria veneno no seu
café!”. E o Ministro nem pestanejou e respondeu de imediato: “Senhora,
se eu fosse seu marido, eu tomaria o café!”.
Prezados amigos, não pode haver amizade onde há
desconfiança ou deslealdade ou ainda injustiça. Os maus, quando se
reúnem, não são amigos, são cúmplices. O entusiasmo é a segunda coisa
que mais contagia o ser humano. A primeira, infelizmente, é a falta
dele. Parece que o passatempo nacional nas rodinhas de fim de tarde é
falar de coisas negativas, da crise, do governo, da manchete manchada do
momento e por aí vai...
Prezado amigo! Não é preciso fugir dos problemas. A
reflexão é: O problema não é o problema, mas a atitude que temos diante
dele. Para resolvê-los é preciso determinação, qualificação de pessoas e
muita motivação. Não será o abutre que irá resolver a situação porque
quando voa, fica olhando para baixo, esperando o primeiro que morrer
para dar o bote.
A solução vem daquele que, mesmo sendo pequenino no
tamanho, ou seja, o beija-flor voa alto, em direção ao horizonte,
procurando alguma coisa melhor para fazer.
E você? Está qualificando ou desqualificando pessoas?
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!
* Gilclér Regina, palestrante de sucesso,
escritor com vários livros, CDs e DVDs motivacionais que já venderam
mais de cinco milhões de exemplares. Clientes como General Motors, Basf,
Bayer, SEBRAE, Caixa, Banco do Brasil compram suas palestras. Mais de
2000 palestras realizadas no país e exterior.
- Foto: Divulgação.
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* * *
Igreja Católica:
Um
conclave tergiverso
Ainda há quem se iluda com o caráter
puramente espiritual na escolha de um
Sumo Pontífice e nas ações e decisões de
seu papado. A própria História derruba esse mito.
Por Helder
Caldeira*
De
São Paulo-SP
Para
Via
Fanzine
28/02/2013
Resguardadas as unções divinas, o
sucessor de Bento XVI e a “política” a ser adotada,
ao contrário do que muitos imaginam, não
será revelada pelo perfil geográfico da escolha.
Quando o
recém-eleito Joseph Ratzinger escolheu ser chamado de Bento XVI,
justificou ao colégio cardinalício ter buscado inspiração no pontificado
do Bento anterior, o XV: curto, doloroso e profícuo, especialmente
dedicado à reforma administrativa da Igreja Católica ante o borbulhar de
um novo século. Interessante coincidência (será mesmo?!), o alemão
Ratzinger e o italiano Giacomo Della Chiesa tiveram papados de modestos
oito anos, infrutíferos em seus objetivos primordiais, de dolorosa
pressão interna e mergulhados em abstrata intelectualidade teológica.
Bento XV morreu e
suas diversas tentativas frustradas de negociar a paz durante a Primeira
Guerra Mundial (1914-1918), além de sua gestão administrativa e
espiritual (entre 1914 e 1922), foram esquecidas pela História. Sagaz e
extremamente inteligente, Bento XVI reconheceu, desde sua entronização,
que poderia ter mesmo fim: o esquecimento. De forma cirúrgica,
confrontou seu maior inimigo e sacodiu o mundo com o anúncio de sua
renúncia na segunda-feira de Carnaval, algo que não acontecia há seis
séculos. Outrora sisudo e pouco simpático, Bento XVI ganhou imensa
popularidade com seu ato final e escreveu, em definitivo, seu nome e seu
pontificado na História do mundo contemporâneo.
Ainda há quem se
iluda com o caráter puramente espiritual na escolha de um Sumo Pontífice
e nas ações e decisões de seu papado. A própria História derruba esse
mito. Chefiar a Igreja Católica e seus bilhões de fieis espalhados pelos
quatro cantos do planeta é, certamente, uma tarefa árdua, mas que imbui
um ser humano de imensurável poder. Ademais, não podemos esquecer que,
antes de qualquer coisa, o Papa é um ser humano e, portanto, sensível e
vulnerável às tentações do poderio, para bem ou para mal, pecador ou
não.
Justo por isso, o
próximo conclave merece especial destaque e observação e não apenas dos
católicos. Em tempos de explosão horizontal da informação a da exposição
sombria das piores entranhas humanas, políticas e financeiras da Igreja
Católica e todas as mazelas e dogmas anacrônicos que pulverizam suas
bases, a eleição do novo Papa irá apontar a proposta de norte ao maior
poder instituído e em vigor há mais de dois milênios sob a face da
Terra.
Resguardadas as
unções divinas, o sucessor de Bento XVI e a “política” a ser
adotada, ao contrário do que muitos imaginam, não será revelada pelo
perfil geográfico da escolha. Muito provavelmente a chefia da Igreja, 34
anos depois, voltará às mãos de um italiano. Ouso mais: parece-me cada
dia mais evidente que o próximo Papa, a despeito de seus 85 anos de
idade, será Angelo Sodano, decano do colégio cardinalício. Salvo engano,
teremos outro Papa de Transição. Um pontificado curto o
suficiente para dar tempo de respiração ao Vaticano, abalado por
recentes escândalos de toda ordem e sacudido com a renúncia de Joseph
Ratzinger.
Dessa forma, o
nome adotado pelo próximo Papa será determinante. Fica a dica:
observemos à miúde os pontificados de Clemente XIV, o rigoroso; Leão
XIII e suas encíclicas sociais; Pio XII, tão injustamente criticado por
seu silêncio durante a Segunda Guerra Mundial e que também foi
secretário de Estado, como Angelo Sodano; Paulo VI, o polêmico mariano;
João XXIII, chamado de “Papa da Bondade”; e João Paulo II, um
extraordinário comunicador e peregrino. O sucessor de Bento XVI deve
adotar, por observação histórica, um desses nomes: Clemente XV, Leão
XIV, Pio XIII, João XXIV, Paulo VII ou João Paulo III. Arrisco-me a
dizer que, caso Angelo Sodano seja eleito, seu nome será Papa João XXIV
ou Paulo VII.
Essa nomenclatura,
quase às raias da heráldica, definirá os caminhos. Mas vale ressaltar: a
transcendência e a força da contrição são dignas de verdadeira emoção. A
fé, sob muitos aspectos, é tocante. O problema é como e por que fazemos
uso dela.
Eis que, antes do
fim, o helicóptero conduzindo pela última vez Joseph Ratzinger no papel
de Sua Santidade, o Papa Bento XVI, realizou um voo panorâmico sobre o
Vaticano e a Basílica de São Pedro e fez, propositalmente, dois
rasantes: um sobre o Coliseu de Roma e outro, em baixíssima altitude e
quase tocando o solo, sobre o Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci.
Melhores mensagens subliminares seriam impossíveis. O recado foi dado e
o conclave promete ser absolutamente tergiverso, ainda que sem
surpresas. Quem diria, não foi o popular e moderno João Paulo II e sim o
conservador Bento XVI quem trouxe a Igreja Católica para o Século XXI.
* Helder Caldeira é
escritor, jornalista e apresentador de TV. Autor de “A 1ª PRESIDENTA”
(Editora Faces, 2011, 240 páginas), Jornalista e Comentarista Político
da REDE RECORD, onde apresenta o “iPOLÍTICA”. Acaba de lançar seu
primeiro romance de ficção: “ÁGUAS TURVAS” (Editora Faces, 2012, 278
páginas), que já é considerado pela crítica especializada e pelos
leitores como “o best seller de 2013”, “o livro do ano”. Seu site é
www.ipolitica.com.br.
- Imagem: La Repubblica (Itália).
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