Caracas:
Venezuela acusa EUA de negarem voo
presidencial
Estados Unidos garantem que autorização
para voo de Maduro foi concedida.*
Governo venezuelano
acusou os Estados Unidos de negarem permissão
para o avião de Maduro
sobrevoar Porto Rico, território norte-americano.
A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano,
Marie Harf, informou hoje (20) que o governo do país concedeu permissão
ao governo da Venezuela para utilização do espaço aéreo dos Estados
Unidos pelo avião do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Marie Harf
disse que a autorização foi demorada porque a solicitação não foi
entregue de maneira adequada.
Ontem (19), o governo venezuelano acusou os Estados Unidos
de negarem permissão para o avião de Maduro sobrevoar Porto Rico,
território norte-americano. Maduro vai à China e teria que passar por
esse espaço aéreo. O venezuelano declarou que a viagem presidencial à
China seria mantida, mesmo tendo que optar por uma rota mais longa.
“Os Estados Unidos deram permissão às autoridades
venezuelanas para ingressar no espaço aéreo norte-americano. O atraso na
resposta por parte das autoridades ocorreu porque a solicitação não foi
entregue adequadamente. Nós entregamos a autorização em poucas horas,
depois que o pedido foi entregue de maneira correta”, alegou Marie Harf.
A denúncia de que o governo norte-americano havia negado
autorização para o sobrevoo do avião presidencial foi apresentada ontem
pelo chanceler da Venezuela, Elías Jaua. O objetivo do sobrevoo, segundo
o governo venezuelano, era “estudar o melhor trajeto” para a viagem de
Maduro, prevista para hoje e amanhã, à China.
A suposta negativa de sobrevoo provocou reações na região.
O presidente da Bolívia, Evo Morales anunciou que vai propor aos países
que fazem parte da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América
(Alba) que não participem da Assembleia Geral da Organização das Nações
Unidas (ONU).
O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, também criticou os
Estados Unidos. "Repudiamos a negativa de permissão de sobrevoo por
Porto Rico, ao avião do presidente Maduro", escreveu em sua conta no
microblog Twitter. Ele disse que o governo equatoriano era solidário a
Nicolás Maduro e lembrou o incidente ocorrido em julho com o presidente
Evo Morales, que teve seu avião impedido de usar o espaço aéreo da
Espanha, França, Itália e Portugal durante uma viagem em que regressava
da Rússia.
"Primeiro foi com Bolívia, agora com a Venezuela? O que
pretendem? Colocar em risco a amizade entre os povos e a paz no mundo?",
questionou Patiño, em sua conta no Twitter.
*
Informações de Leandra Felipe Agência Brasil/EBC, com TV Multiestatal
Telesur.
20/09/2013
- Foto: Divulgação. |