NSA monitora
Brasil:
Dilma diz que já tomou providências sobre
espionagem*
A presidente fez
questão de dizer que o Brasil não concorda "de maneira alguma"
com "interferências
dessa ordem, não só no Brasil, como em qualquer outro país".
Dilma destacou que o governo federal pretende dar uma revisada no
projeto de lei que
estabelece o marco civil da internet, que atualmente está tramitando na
Câmara dos Deputados.
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policial à Justiça
A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que o
governo federal tomou providências para solicitar investigação à Polícia
Federal e à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para
investigar as denúncias de que telefonemas e transmissões de dados de
empresas e pessoas brasileiras tenham sido alvo de espionagem por parte
do governo dos Estados Unidos.
"A primeira (medida tomada pelo governo) foi justamente
encaminhar ao nosso embaixador nos Estados Unidos um pedido de
explicações. Em segundo lugar, fizemos a mesma coisa aqui no Brasil em
relação ao embaixador americano. Uma outra questão muito importante é
que nós, a partir daí, decidimos apresentar também uma discussão na
União Internacional de Telecomunicações, com sede em Genebra, pedindo
justamente que se assegure segurança cibernética tanto para
telecomunicações como para todas as outras formas de comunicação que
usem redes, que usem internet", disse Dilma, após cerimônia de
lançamento do programa Mais Médicos no Palácio do Planalto.
"Ao mesmo tempo tomamos as providências para solicitar à
Policia Federal e à Anatel a investigação para saber das condições que
dizem respeito a essa informação veiculada pela imprensa que uma empresa
ou empresas de telecomunicação brasileiras participaram desse tipo de
espionagem de dados absolutamente privados de pessoas e de empresas
privadas brasileiras."
Dilma destacou que o governo federal pretende dar uma
revisada no projeto de lei que estabelece o marco civil da internet, que
atualmente está tramitando na Câmara dos Deputados.
"Nós vamos dar uma revisada no marco civil da internet
porque achamos também que uma das questões que nós devemos observar é a
questão de onde se armazenam os dados, porque muitas vezes os dados são
armazenados fora do Brasil. Queremos prever a obrigatoriedade de
armazenagem de dados de brasileiros no Brasil", disse Dilma. Para a
presidente, será importante a interlocução com a sociedade nesse
processo.
"Acho importante nessa hora que se tenha a tranquilidade de
dialogar e de investigar para ver o que tudo isso tem de verídico. Acho
que sobretudo o Brasil tem de dar garantias e tem de construir uma
legislação que dê a seguinte segurança: primeiro aos direitos humanos,
ao direito de privacidade de cada pessoa e cada cidadão, em segundo, mas
não nesta ordem, é simultâneo, a garantia de soberania do Brasil",
afirmou a presidente.
Cautelosa, a presidente afirmou que é preciso acompanhar o
caso "sem precipitação" nem "prejulgamento". "Temos de dialogar",
ressaltou.
Mesmo assim, a presidente fez questão de dizer que o Brasil
não concorda "de maneira alguma" com "interferências dessa ordem, não só
no Brasil, como em qualquer outro país".
Anatel abre
fiscalização sobre suspeita de espionagem e quebra de sigilos**
A Agência Nacional de Telecomunicações instaurou um
procedimento de fiscalização para apurar se as empresas de
telecomunicações sediadas no Brasil violaram o sigilo de dados ou de
comunicações de clientes.
A medida decorre após denúncia publicada no domingo pelo
jornal O Globo, segundo a qual a Agência Nacional de Segurança(NSA, em
inglês), dos Estados Unidos, teria espionado comunicações eletrônicas e
telefônicas de brasileiros.
"(A Anatel) trabalhará em cooperação com a Polícia Federal
e demais órgãos do governo federal nas investigações referentes ao
assunto, no âmbito de suas atribuições", disse a agência reguladora, em
nota à imprensa nesta segunda-feira.
*
Informações de Tânia Monteiro/Hoje em Dia.
**
Informações de Reuters.
08/07/2013
-
Foto: Divulgação.
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* * *
CNJ:
Presidente do STF diz para repórter
'chafurdar no lixo'*
O ministro
irritou-se ao ser abordado nesta terça-feira,
na saída da sessão
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim
Barbosa, chamou de “palhaço” e mandou “chafurdar no lixo” o repórter do
jornal O Estado de S. Paulo. O ministro irritou-se ao ser abordado nesta
terça-feira, na saída da sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Os jornalistas esperavam ao final da sessão para ouvi-lo
sobre as críticas que recebeu das associações de classe da magistratura
em nota divulgada no final de semana. Antes que a primeira pergunta
fosse feita, Barbosa atacou.
O repórter apenas iniciou a pergunta: “Presidente, como o
senhor está vendo…”. Barbosa o interrompeu e não deixou que terminasse a
pergunta: “Não estou vendo nada”. O repórter tentou fazer nova pergunta,
mas novamente foi impedido. “Me deixa em paz, rapaz. Vá chafurdar no
lixo como você faz sempre”.
O jornalista tentou questionar a razão do comportamento do
ministro. “Que é isso ministro, o que houve?”. Ainda exaltado, Joaquim
Barbosa prosseguiu. “Estou pedindo, me deixe em paz. Já disse várias
vezes ao senhor”, disse. O repórter disse que apenas lhe fazia uma
pergunta, o que é parte de seu trabalho.
No mesmo tom, Barbosa afirmou que não responderia as
perguntas. “Eu não tenho nada a lhe dizer, não quero nem saber do que o
senhor está tratando”, afirmou.
O assessor de imprensa do ministro tentou tirá-lo do lugar,
pedindo para que o ministro seguisse em frente. E quando estava à porta
do elevador, na frente dos jornalistas, chamou o repórter de “palhaço”.
Desculpas
O STF emitiu uma nota oficial na qual pede desculpas, em
nome do presidente do STF, Joaquim Barbosa, aos profissionais de
imprensa pelo episódio ocorrido nesta terça. A nota diz ainda que "após
uma longa sessão do Conselho Nacional de Justiça, o presidente, tomado
pelo cansaço e por fortes dores, respondeu de forma ríspida à abordagem
feita por um repórter. Trata-se de episódio isolado que não condiz com o
histórico de relacionamento do Ministro com a imprensa".
Segundo a nota, o ministro reafirmou também "sua crença no
importante papel desempenhado pela imprensa em uma democracia. Seu apego
à liberdade de opinião está expresso em seu permanente diálogo com
profissionais dos mais diversos veículos".
*
Informações de Estadão Conteúdo.
05/03/2013
* * *
Senado Federal:
Petição quer Renan fora de comando do
Senado*
A última vez que
Renan Calheiros foi Presidente do Senado, em 2007, ele teve que
renunciar
após sérias
denúncias de que um lobista pagava suas despesas pessoais, paralisando o
Senado por meses.
Senador Renan Calheiros
A articulação para a volta de Renan Calheiros à presidência
do Senado é um tapa na cara da sociedade brasileira e mais um passo das
lideranças políticas que hoje controlam o Congresso Nacional para a
desmoralização do Parlamento. Graves denúncias pesam sobre a vida
política de Renan e é inaceitável que ele retome um dos mais altos
postos da República antes que tudo seja esclarecido.
O Senado não pode continuar sendo dirigido por
representantes de oligarquias políticas atrasadas e cruéis, que se
apropriam em benefício próprio da riqueza do país e do fruto do trabalho
do povo. A sociedade não tolera mais a corrupção e o descaso com a
saúde, a educação, a segurança, o transporte e demais serviços públicos,
que martirizam a vida das pessoas mais pobres.
São muito elevadas as responsabilidades do Senado e muito
amplos os poderes do seu presidente. Fazemos um apelo aos Senhores
Senadores para que escolham um presidente ficha-limpa, comprometido com
o desenvolvimento social e que seja capaz de dirigir o Senado com
independência e dignidade
Renan no comando
do Senado
O Senador Renan Calheiros, que acaba de ser denunciado
criminalmente ao STF pelo Procurador-Geral da República, é o favorito
para ser o próximo presidente do Senado. Somente uma mobilização
gigantesca pode impedir esta vergonha.
A última vez que Renan Calheiros foi Presidente do Senado,
em 2007, ele teve que renunciar após sérias denúncias de que um lobista
pagava suas despesas pessoais, paralisando o Senado por meses. A
denúncia agora é que para se defender daquelas acusações ele apresentou
notas falsas. Após a aprovação da lei da Ficha Limpa e do julgamento do
Mensalão o país precisa deixar claro que não aceita mais que a
moralidade pública fique em segundo plano.
Antes da denúncia ao STF, Renan era franco favorito, mas
agora está surgindo uma forte articulação entre os Senadores contra sua
candidatura e uma mobilização popular gigantesca nas próximas 48 horas
-- antes da eleição na sexta-feira -- pode enterrar de vez os Planos de
Renan.
Não podemos assistir de braços cruzados um Senador que
acaba de ser denunciado criminalmente ser eleito Presidente de um dos
Poderes da República, que tem o poder de decidir quais os projetos devem
ser ou não votados e é o terceiro na linha sucessória da Presidenta da
República.
A acusação mais recente contra o Senador é que ele
apresentou notas falsas para se defender das acusações anteriores. Além
dos danos à imagem de nossas instituições causados por essa eleição,
está claro que Renan passará sua gestão se defendendo de acusações ao
invés de conduzir votações importantes no Senado. Um país que se orgulha
de ter uma lei como a Ficha Limpa deve se mobilizar contra isso.
Nossos informantes em Brasília afirmam que apenas uma
enorme mobilização popular pode fazer os Senadores perceberem que suas
reputações estarão em risco caso insistam em conduzir Renan Calheiros
para a Presidência do Senado. Por isso, é fundamental espalhar essa
petição por todos os cantos para chegarmos a 100.000 assinaturas e
podermos ter nossas vozes amplificadas no plenário do Senado durante a
votação.
Nos últimos anos a comunidade da Avaaz tem se fortalecido e
lutado contra a corrupção no Brasil. Juntos ajudamos a aprovar a Lei da
Ficha Limpa, proteger comunidades indígenas e os direitos dos
trabalhadores. Vamos nos unir mais uma vez pela eleição de um presidente
Ficha Limpa para o Senado, uma conquista de todos nós.
Uma petição, que foi criada pela ONG Rio de Paz, e ao
atingirmos 100.000 assinaturas ela será lida no plenário do Senado por
Senadores que se opõem a Renan, para acessá-la,
clique aqui.
*
Informações da Equipe Avaaz.
31/01/2013
- Foto: Divulgação.
* * *
Mensalão mineiro:
Joaquim Barbosa dá prazo para mensalão do
PSDB*
O valerioduto tucano foi um suposto
esquema de desvio de recursos públicos e financiamento
irregular da campanha eleitoral do então
governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Eduardo Azeredo, ex-governador mineiro.
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O ministro Joaquim Barbosa, do STF (Supremo Tribunal
Federal), fixou nesta semana o prazo de 40 dias para que testemunhas do
mensalão mineiro, que envolve políticos do PSDB, sejam ouvidas pela
Justiça.
O valerioduto tucano foi um suposto esquema de desvio de
recursos públicos e financiamento irregular da campanha eleitoral do
então governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que tentava a reeleição em
1998 e perdeu.
Entre os intimados estão o presidente nacional do PSDB,
Sérgio Guerra (PSDB-PE), e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PSB-CE),
que até 1997 integrou a legenda.
É a última medida de Barbosa na ação penal que investiga o
mensalão do PSDB.
Ele assume na quinta-feira a presidência do STF. Como o
processo não está finalizado, deixará o caso, que passará a ser
conduzido pelo magistrado que assumir seu gabinete.
"Coercitivamente"
O despacho foi assinado na segunda-feira, 19. Nele, Barbosa
autoriza os juízes que devem tomar os depoimentos a "conduzirem
coercitivamente as testemunhas" que faltarem às audiências.
O ministro decidiu também incluir perguntas formuladas por
ele aos depoentes.
Barbosa questiona, por exemplo, se as testemunhas tinham
conhecimento de que o empresário Marcos Valério pagava despesas de
campanha de Eduardo Azeredo.
Na pergunta, cita "indícios" de que houve desvio de
dinheiro público no caso. A suspeita é que o dinheiro teria saído de
estatais mineiras para a SMPB, empresa controlada pelo empresário, "sob
a justificativa formal de patrocínio a três eventos esportivos".
Valério é pivô de outro mensalão, o do PT, e já foi
condenado pelo Supremo a mais de 40 anos de prisão.
Dívida
No despacho, Barbosa cita outros personagens que aparecem
tanto no mensalão petista quanto no do PSDB: Ramon Hollerbach e
Cristiano Paz, sócios de Valério, a DNA Propaganda, controlada pelos
três, e o Banco Rural.
O ministro questiona se as testemunhas "conhecem ou tiveram
contato" com os publicitários "tendo em vista que esses três corréus
contraíram dívidas no montante de R$ 13,9 milhões através da DNA
Propaganda mediante empréstimo no Banco Rural".
O dinheiro, segundo depoimento dos publicitários,
"destinou-se ao financiamento" da campanha de Azeredo e de seu vice,
Clésio Andrade ao governo mineiro.
Mais tarde, segundo o processo, o Banco Rural "aceitou dar
quitação" dos R$ 13 milhões por R$ 2 milhões "através de transação
judicial".
Prescrição
O mensalão mineiro ocorreu em 1998, mas a acusação só foi
apresentada pelo procurador-geral da República ao STF em 2007. Em 2009,
o Supremo aceitou a denúncia.
Diferentemente do caso petista, o processo tucano foi
desmembrado e apenas Azeredo, que é deputado, e o senador Clésio Andrade
(PMDB-MG), que têm foro privilegiado, permanecem no STF.
Outros 12 réus são processados em primeira instância.
Um dos acusados, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia,
presidente do PSB-MG, deverá ser o primeiro envolvido a se beneficiar da
lentidão da Justiça.
Ao completar 70 anos no próximo sábado, 24, ele poderá
requerer a prescrição dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro,
pelos quais foi denunciado.
Mares Guia era vice-governador à época e coordenava a
campanha de Azeredo.
*
Informações da Folha.com, via JusBrasil.
21/11/2012
- Foto: Divulgação.
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* * *
CPI do Cachoeira:
Acordo entre líderes da base enterra CPI
do Cachoeira*
Prevista para acabar neste domingo, a CPI
vai se estender
oficialmente até o início do recesso
parlamentar, no dia 22 de dezembro.
Acordo entre os líderes da base governista enterrou de vez
nesta quarta-feira os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) do Cachoeira, que serão concluídos até o fim deste ano. A
estratégia dos aliados do Planalto é evitar novas investigações das
ramificações do esquema do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira, com a empreiteira Delta. A oposição acusa os governistas de
promoverem uma "vergonhosa pizza" e uma "farsa" com o fim da CPI.
Prevista para acabar neste domingo, a CPI vai se estender
oficialmente até o início do recesso parlamentar, no dia 22 de dezembro.
Mas estes 48 dias de prorrogação servirão apenas para que o deputado
Odair Cunha (PT-MG) apresente o relatório final com as conclusões das
investigações, que se arrastam desde maio. "Quero apresentar o meu
relatório no dia 20 de novembro", disse Cunha.
Até o início da noite de quarta-feira, 223 deputados e 34
senadores haviam assinado o pedido para prorrogação da CPI até dezembro.
O pedido foi protocolado hoje na Mesa Diretora do Senado. Não deverá
ocorrer mais nenhuma reunião da CPI daqui até a data de apresentação do
relatório.
A oposição defendeu a continuidade dos trabalhos da
comissão por mais seis meses (180 dias). Mas não conseguiu apoio
suficiente _ são necessárias, no mínimo, as assinaturas de 171 deputados
e 27 senadores. "Não temos como chegar a esse montante de assinaturas.
No máximo, vamos conseguir entre 125 e 130 assinaturas de deputados",
admitiu o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
Para sepultar de vez a CPI, os integrantes da Comissão
aprovaram nesta quarta o adiamento da votação de mais de 500
requerimentos de quebras de sigilo bancário, telefônico e fiscal. Esses
requerimentos eram essenciais para que a CPI avançasse nas ligações da
Delta com empresas fantasmas, que abasteceram o esquema comandado por
Cachoeira. Foram 17 votos favoráveis ao adiamento proposto por Odair
Cunha e apenas nove contrários. A suspeita é de que pelo menos 13
empresas, que não tiveram o sigilo quebrado e fizeram negócios com a
Delta, façam parte do esquema de Cachoeira.
"As investigações indicam que o Cachoeira é parte da
organização criminosa e o cabeça do esquema é a empreiteira Delta",
afirmou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). "O que está sendo feito
agora é o tratoraço regimental", reclamou Lorenzoni, diante da decisão
de, na prática, engavetar todos os requerimentos de quebra de sigilo.
"Estamos jogando o lixo para debaixo do tapete e o lixo está fedendo",
emendou o senador Pedro Taques (PDT-MT).
Os oposicionistas também voltaram a insistir hoje na
convocação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, do PMDB. O
pedido de convocação do governador fluminense, que é amigo de Fernando
Cavendish, principal acionista da Delta, já foi rejeitado anteriormente.
"Quando foi negada a convocação do governador Sérgio Cabral, para mim
ele passou a ser o principal suspeito da construtora Delta. O Cabral foi
blindado", acusou o líder do PPS, deputado Rubens (PR).
Imediatamente, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) saiu
em defesa do governador, considerando a fala de Bueno uma "leviandade",
e iniciando um bate-boca com o líder do PPS. "O governador não foi
convocado porque nas milhares de interceptações telefônicas não há
nenhuma citação ao nome dele. O que existe é uma relação pessoal do
governador com o Fernando Cavendish", disse Picciani, com o dedo em
riste para Bueno. "O Picciani é do grupo que blinda a Delta", rebateu o
líder do PPS. "Quero lamentar profundamente o desrespeito do deputado
Onyx. Não nos prestamos a blindar quem quer que seja", retrucou o
peemedebista.
A CPI do Cachoeira está paralisada há dois meses sob o
argumento de que o período eleitoral poderia contaminar as sessões e as
investigações da comissão. Nesse período, a CPI ouviu apenas o
depoimento do deputado Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO) sem avançar nas
apurações.
*
Informações de Eugênia Lopes | Estadão Conteúdo.
31/10/2012
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