Ronaldinho Gaúcho -
o fim do perdão:
Campanha carioca de
desmoralização
É evidente que, não
somente o Flamengo perdeu com a saída de Ronaldinho
do Ninho do Urubu,
mas o estado e a cidade do Rio e, obviamente, a Rede Globo.
Por Pepe Chaves*
De Belo
Horizonte-MG
Para
Via
Fanzine
06/06/2012
![](../../../002imag/06_12/ronaldinho_tv_galo.jpg)
Ronaldinho: o novo
Cristo Redentor
É lamentável o comportamento da imprensa carioca,
capitaneada pela Rede Globo, no sentido de desmoralizar o jogador
Ronaldinho Gaúcho, após sua saída do Flamengo, alegando falta de
pagamento a salários e encargos. Tudo isso se torna muito suspeito
agora, sobretudo, por parte de uma emissora onde o narrador esportivo
principal e alguns diretores são declaradamente flamenguistas.
As imagens do atleta - enquanto contratado pelo Flamengo –
que, dizem, esperava uma mulher durante a concentração, soaram além de
apelativas. Mas, tais imagens poderiam ter sido um “furo” se a emissora
rubronegra, apoiada pela “presidenta” do clube tivessem coragem de
trazê-las à baila quando ocorreu o suposto fato. Mas, na época,
preferiram abafar um registro documentado para nos deixar o mistério do
porquê somente agora difundirem essa notícia de um passado recente.
Curiosamente, após segurar um furo debaixo da manga, a maior emissora
carioca veicula fartamente a imagem que julga depor exclusivamente
contra a moral do atleta, então flamenguista. Seguidos pelo líder em
“audiência” alguns outros veículos menores da imprensa carioca, sempre
replicando os interesses daquele que dita o clichê local, também
alardearam a atrasada notícia.
É evidente que, não somente o Flamengo perdeu com a saída
de Ronaldinho Gaúcho do Ninho do Urubu, mas o estado e a cidade do Rio
e, obviamente, a Rede Globo. Portanto, tal comportamento não se trata
somente de despeito ou bairrismo, pois, à parte sua “forma física”, o
simples fato de Ronaldinho não mais atuar no Rio representa também a
retirada de muitos milhões de reais, dos mais variados segmentos do
estado - especialmente, o esportivo.
O fato de reconhecer publicamente, somente agora, os
incontestes deslizes de Ronaldo enquanto atleta do Flamengo revela ao
bom senso um péssimo caráter informativo, irmanado à uma manobra de
desespero de uma gestão incapaz de honrar acordo firmado com aquele que
foi o seu principal atleta.
Essa forma rasteira de desmoralizar uma pessoa se faz mais
uma tentativa de alguns maus cariocas de "chorar o leite derramado".
Esse comportamento baixo que busca comover a opinião pública lembra os
berros em vão das mesmas Organizações Globo, em suas campanhas movidas
contra Juscelino Kubitschek quando este propôs a retirada da capital
federal da cidade do Rio de Janeiro e sua edificação no Planalto
Central. Depois de muita luta e difamação sofrida, o então presidente
Kubitschek
conseguiu que a capital da República deixasse o Rio de
Janeiro, mas, por incrível que pareça, após tal retirada, desde então,
somente um órgão
federal
continua sediado naquela cidade, justamente, a Confederação
Brasileira de Futebol (CBF), antiga Confederação Brasileira de Desportos
(CBD). Esta é uma outra história.
Atualmente, enquanto o Rio perde um ícone do futebol, em
Belo Horizonte, o inoxidável Ronaldinho, assim como o metal contra as
nuvens, se vê ainda mais comprometido a mostrar um bom desempenho dentro
de campo.
Embora, fora de campo, somente a presença desse atleta em um centro de treinamento
do país, já soma muito a qualquer clube.
Ele não é somente um jogador brasileiro que vestiu a camisa
da seleção, mas quase uma lenda viva do futebol mundial, cuja carreira
fala por si. E sua passagem pelo Clube Atlético Mineiro já está sendo
muito benéfica aos atletas do elenco principal, como também, às
categorias de base desse clube. Isso, alguns outros poucos clubes também
sabem, dolorosamente, os que não conseguiram mantê-lo em seu 'staff'.
Este é o fato. O resto é fofoca.
* Pepe Chaves é editor
do diário digital
Via
Fanzine e da
Rede VF.
- Imagem: TV Galo / C.A.M. (BH).
* * *
Tribunal Superior
Eleitoral:
Cármen Lúcia:
promessas de superação e progresso
Num tempo onde a
Ficha Limpa acena como uma bandeira em prol da honestidade,
da transparência e
lógica à conduta pública, eis que uma austera,
mas simpática
figura feminina se destaca no nosso panteão eleitoral.
Por Pepe Chaves*
De Belo
Horizonte-MG
Para
Via
Fanzine
19/04/2012
A ministra Cármen Lúcia concedeu uma verdadeira aula de
Cidadania, Direito e Magistratura, no seu discurso de posse no Tribunal
Superior Eleitoral. Se por vezes criticamos, ou abrimos espaço nesse
desprendido e despretensioso minifúndio virtual para críticas às
atuações – evidentemente, públicas - do magistrado brasileiro, torna-se
necessário também, ressaltar valorosas iniciativas e intervenções em
prol de toda a sociedade.
Cármen Lúcia já se tornou conhecida por muitos em nosso
país, devido ao seu pulso certeiro em questões enfaticamente retratadas
pela imprensa. Ao se tornar a primeira figura feminina a assumir o mais
alto posto da Justiça Eleitoral brasileira, se mostra madura,
consciente, preparada e atualizada a enfrentar a dura missão que tem
pela frente.
Poderia destacar aqui inúmeros pontos positivos de seu
pronunciamento, tal como promessas a serem cumpridas num futuro breve,
mais transparente, com relação às nebulosas nuvens da desonestidade que,
historicamente, pairam me nosso setor político e, consequentemente,
eleitoral.
Não é fácil dirimir questões em que interesses particulares
milionários (e ilícitos) se misturam ou tentam se camuflar nos preceitos
da atividade política. Sobretudo, após tais intrincadas questões terem
seguido, anteriormente, pela extensa e, geralmente, duradoura “via
sacra” dos tribunais inferiores.
Num tempo onde a Ficha Limpa acena como uma bandeira em
prol da honestidade, da transparência e lógica à conduta pública, eis
que uma austera, mas simpática figura feminina se destaca no nosso
panteão eleitoral.
Esta nortemineira - que não torce nem para o Atlético ou
para o Cruzeiro - filha das águas do São Francisco, bem citou esse rio
de vital importância ao país, ao fundo de suas palavras, “Só você
cidadão é o autor da sua história. O amanhã se planta hoje. Você escreve
o seu presente e o seu futuro. O voto não é apenas um nome. É um país em
construção. Juntos escolhemos o nosso rumo, aproveitando o vento,
fazendo nossa própria rota”.
É isso!
* Pepe Chaves é editor
do diário digital
Via
Fanzine e da
Rede VF.
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Ministra Cármen Lúcia é a nova presidente do TSE
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