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 VANTs

 

 

Taranis:

Um VANT britânico em resposta aos EUA

Novo veículo aéreo não tripulado do Reino Unido desperta preocupações

em especialistas, por causa de seus altos graus de autonomia e automação.

Por Pepe Chaves*

de Contagem-MG

Para Via Fanzine

 

O Taranis é um drone britânico de última geração e alta tecnologia, altamente autônomo.

 

Em julho de 2010, o Reino Unido revelou o seu primeiro drone, ou Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT). Chamado de Taranis, o veículo se trata de um jato equipado com tecnologia stealth, tem formato de cunha e pesa oito toneladas.

 

O VANT foi apresentado em um aeródromo, em Warton, Lancashire, na Inglaterra. Ele será capaz de voar regularmente em missões para regiões de conflito - mas também será capaz de procurar e destruir aviões inimigos em batalhas aéreas. No entanto, o elevado grau de autonomia prometida pelos fabricantes leva ao temor de que tais aeronaves passem a decidir por si próprias e até agirem de maneira equivocada, quanto ao que se constitui em seu alvo.

 

O Taranis é uma resposta do governo britânico ao domínio americano da tecnologia para VANTs no mercado, onde se impõe o reinado supremo do popular drone Predator, utilizado em operações no Afeganistão. O Taranis nasceu de uma decisão do Ministério da Defesa em 2006, visando desenvolver um veículo aéreo não tripulado, com sistemas superiores àqueles utilizados pelos Estados Unidos.

 

Um dos seus diferenciais é a utilização de um personalizado motor Rolls Royce a jato, em vez de uma hélice, como os demais. O resultado se traduz em maior rapidez, tornando o jato não tripulado altamente manobrável.

 

O Ministério da Defesa britânico informou que para produzir o veículo, se baseou na tecnologia militar da companhia  BAE Systems, e divulgou os frutos do alto desenvolvimento de uma tecnologia de alta segurança aplicada em seu VANT. No entanto, depois de acessar as informações de pré-lançamento, um perito levantou preocupações sobre tal tecnologia.

 

Para Noel Sharkey, engenheiro especializado em robótica para sistemas militares autônomos da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, afirmou que, "O Taranis estuda o jogo para colocar o Reino Unido na dianteira dos VANTs”.

 

Mas, para ele, os sinais de alerta se acendem, quando se afirma que o Taranis seria "um sistema totalmente autônomo e inteligente a ser utilizado em missões profundas, com uma alta capacidade de ataque ao seu destino".

 

Sharkey diz que o termo militar “missão profunda" se refere ao alcance “além daquele feito pelo controle de um piloto remoto". De acordo com o engenheiro, "Nós precisamos saber se isso significa que tais aviões-robôs escolheriam os seus objetivos para destruí-los - porque eles, certamente, não são dotados de inteligência para distinguir entre civis e combatentes".

 

Taranis, um 'disco voador' britânico.

 

A instituição Landmine Action, com sede em Londres, já manifestou a sua preocupação de que a autonomia dessa tecnologia militar proporciona a criação de robôs aéreos capazes de decidir por si próprios, o que se constitui em um alvo, tornando-os assim, tão furtivos quanto uma mina terrestre.

 

Segundo Gerald Howarth, ministro britânico para a Estratégia de Segurança Internacional, o Taranis terá uma intervenção humana mínima, mas poderá ser pilotado remotamente a qualquer momento.

 

Quando perguntado se o Taranis e outros futuros VANTs que venham utilizar tal tecnologia nunca iriam tomar as suas próprias decisões, o Marechal do Ar Bryant Simon, da Força Aérea britânica, disse: "Esta é uma área muito sensível, a qual estamos prestando muita atenção."

 

Ele acredita que preocupações, como as expressas por Sharkey, são infundadas. "Nós precisamos entender que a autonomia será limitada no futuro. Mas, para efeito estratégico, será necessário ter sempre um homem no comando - não podemos nos dar ao luxo de fazer o contrário", afirmou Simon.

 

Os VANTs vem se popularizando de maneira acentuadamente rápida em todo o mundo, inclusive, no Brasil. Diversos departamentos de defesa nacionais já desenvolvem estes veículos, seja com tecnologias próprias, seja em parceria com cientistas e instituições internacionais.

 

Geralmente confundidos por leigos com OVNIs ou discos voadores, supostamente pilotados por alienígenas, muito em breve, será tão natural se avistar um VANT no céu, quando hoje é comum se avistar veículos aéreos convencionais.

 

* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine e dos portais UFOVIA, AEROVIA e ASTROVIA.

  - Com informações da New Scientist, com tradução do autor.

  - Fotos: New Scientist/Flugrevue

   - Colaborou: Luis Gago (BA).

 

- Leia também:

 Veículos aéreos secretos e projetos negros - Pepe Chaves, para Via Fanzine.

  Yes, nós temos drones - Por Fábio Bettinassi, para UFOVIA.

  FAB regulamenta notificações de OVNIs e fala com VF - AEROVIA

  'Fantástico' diz que 'desvendou discos voadores' - editorial UFOVIA.

 

  - Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2010, Pepe Arte Viva Ltda.  

 

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