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Internacional

 

Casa Branca:

Trump diz que atuará para incluir Brasil na OCDE*

As negociações se estendem à área militar e ao comércio bilateral. Trump e Bolsonaro trocam camisas das seleções de futebol.

 

Após a reunião reservada de cerca de 20 minutos na Casa Branca, Bolsonaro e Trump e as comitivas do Brasil e dos Estados Unidos terão um encontro ampliado.

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Em encontro na Casa Branca com o presidente Jair Bolsonaro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje (19) que apoia os esforços do Brasil para integrar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Também afirmou que as negociações entre os dois países devem avançar nas áreas de segurança militar e do comércio.

 

“Estamos trabalhando com várias questões militares e questões dos vistos para funcionar melhor, o Brasil produz ótimos produtos e nós também. Acredito que o comércio vai aumentar substancialmente entre os dois países”, ressaltou Trump, presenteado por Bolsonaro com uma camisa da seleção brasileira de futebol.

 

O presidente norte-americano afirmou que Estados Unidos e Brasil vivem um momento único na relação bilateral. “O relacionamento que temos agora com o Brasil nunca foi melhor. Não temos hostilidade alguma com o Brasil. Vamos ver Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Temos uma grande aliança com o Brasil, como jamais tivemos.”

 

Para Trump, a campanha de Bolsonaro à Presidência da República foi emblemática. “[Bolsonaro] liderou uma das campanhas mais impressionantes dos últimos tempos, lembrou também a minha”, disse. “O Brasil e os Estados Unidos nunca tiveram tão próximos quanto estão agora.”

 

Questionado sobre a questão da Venezuela, Trump disse que a crise no país sul-americano seria tema da conversa com Bolsonaro. Ele indicou que "todas as opções" estão sobre a mesa, inclusive a intervenção militar na região. O governo brasileiro já sinalizou ser contrário à intervenção.

 

Expectativas

 

Durante o encontro, Bolsonaro mencionou sua satisfação por se reunir com Trump. “É uma satisfação estar nos Estados Unidos, depois de algumas décadas de alguns presidentes antiamericanos, o Brasil mudou a partir de 2019.”

 

Bolsonaro disse que a reunião com Trump é significativa para brasileiros e norte-americanos. Segundo ele, ambos têm muito em comum.

 

“Temos muito a conversar e muita coisa a oferecer para os bem dos nossos povos. Tenho muita coisa em comum com o senhor Trump. Isso é para mim motivo de orgulho e satisfação. Ele quer uma América grande e eu quero um Brasil grande. A partir deste momento o Brasil estará mais do que nunca engajado com os nossos Estados Unidos.”

 

Questionado se em algum momento imaginou que se reuniria com Trump, Bolsonaro respondeu: “É um milagre estar vivo”.

 

O presidente dos EUA, Donald Trump, recebe o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na Casa Branca, em Washington (EUA).

 

Trump e Bolsonaro trocam camisas das seleções de futebol.

 

Os presidentes trocaram hoje (19) presentes. Um entregou ao outro camisas oficiais das seleções de futebol. Segundo o norte-americano, o presente era uma homenagem ao Brasil, que é uma potência no futebol.

 

Trump presenteou Bolsonaro com a camisa de número 19 – em alusão ao ano de 2019. “O Brasil é um grande país. A grande potência do futebol. Tem grandes jogadores, posso lembrar de Pelé e tantos outros”, disse.

 

De presente, Trump ganhou uma camisa de número 10 – igual à que Pelé usou quando estava na ativa. Bolsonaro disse que a escolha do número 10 foi por causa das muitas alegrias que Pelé deu ao Brasil. “A camisa que simboliza o maior jogador de todos os tempos”, disse.

 

Após a reunião reservada de cerca de 20 minutos na Casa Branca, Bolsonaro e Trump e as comitivas do Brasil e dos Estados Unidos terão um encontro ampliado.

 

A viagem aos Estados Unidos é a primeira em caráter bilateral do presidente Bolsonaro.

 

* Informações da Agência Brasil.

   19/03/2019

 

- Fotos: Reuters/Carlos Barria/Direitos Reservados.

 

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Economia:

Perspectivas sinistras

Ministros do G20 alertam para riscos de tensões comerciais e políticas*.

 

Governos reconhecem a “necessidade de intensificar o dialogo e as ações” para fortalecer a confiança, em meio a uma guerra de tarifas entre as grandes potências.

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Os ministros da Fazenda e os presidentes do Banco Central do G20 (que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia) manifestaram hoje (22) a preocupação com o aumento os “riscos de curto e médio prazo” ao crescimento da economia global – entre eles, as “crescentes vulnerabilidades financeiras e o aumento das tensões comerciais e geopolíticas”.

 

Em documento divulgado após dois dias de reuniões na capital argentina, Buenos Aires, os governos reconhecem a “necessidade de intensificar o dialogo e as ações” para fortalecer a confiança, em meio a uma guerra de tarifas entre as grandes potências.

 

O documento alerta que, apesar de as economias emergentes estarem “mais bem adaptadas” para enfrentarem um contexto internacional mais adverso, “ainda enfrentam desafios como a volatilidade dos mercados e a reversão dos fluxos de capital”. A Argentina, pais que exerce a presidência do G20 este ano e que sediou o encontro, teve que recorrer a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) pela primeira vez em 13 anos, para fazer frente a uma crise cambial que levou à disparada do dólar e ao aumento da inflação.

 

O ministro da Fazenda brasileiro, Eduardo Guardia, disse que a “situação externa” brasileira é robusta, mas disse que quase todas as economias emergentes, inclusive o Brasil, sofreram a desvalorização de suas moedas. Diante da impossibilidade de intervir numa guerra comercial entre potências como Estados Unidos, China e União Europeia, a saída para o Brasil, segundo Guardia, é avançar nas reformas fiscais que permitam ao país fazer frente a um cenário possivelmente mais adverso.

 

Guerra comercial

 

Esse foi o terceiro encontro dos responsáveis pelas áreas econômica e financeira do G20, durante a presidência argentina do grupo, que termina no fim do ano. Mas foi a primeira reunião desde que os Estados Unidos passaram a aplicar tarifas às importações da China e de outros países. O governo norte-americano aplicou uma taxa de 25% a produtos chineses no valor de US$ 34 bilhões. A China retaliou em igual medida, e os EUA prometeram taxar em 10% uma lista adicional de mercadorias chinesas no total de US$ 200 bilhões.

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também comprou uma briga com aliados da União Europeia (UE) ao aplicar tarifas de 25% sobre aço e 10% sobre alumínio. Os europeus retrucaram, com tarifas as exportações norte-americanas de motocicletas Harley-Davidson e de uísque. Os Estados Unidos agora ameaçam cobrar um imposto de 25% sobre a importação de automóveis, que prejudicaria o Japão, além da UE.

 

No comunicado, os países reafirmaram o compromisso de não promoverem politicas cambiais (desvalorizar as próprias moedas) com o propósito de tornar suas exportações mais competitivas. Essa tem sido uma das queixas dos Estados Unidos em relação à desvalorização do yuan chinês.

 

O documento, aprovado por consenso, não faz referência de forma direta à guerra comercial. Apesar de insistir na necessidade de dialogo para reestabelecer a confiança nas regras do comércio e das finanças internacionais, não houve um encontro bilateral entre as autoridades norte-americanas e chinesas.

 

* Informações de Monica Yanakiew/EBC.

   23/07/2018

 

- Foto: Divulgação.

 

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