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Negociação suspeita:

A suposta compra de um jornal por Íris Léia

Quem é o dono (ou dona) do jornal ItaúnAcontece e por que este jornal circulou somente antes

do período eleitoral e que faturou milhares de reais em publicidades da Prefeitura de Itaúna?

 

Por Pepe Chaves

De Itaúna-MG

Para Via Fanzine

20/12/2012

 

Jornal parou de circular, mas desde setembro passado, o seu site continua expondo foto e charge, com notícia desfavorável à dona do jornal Spasso e da agência de publicidade que servia o governo do prefeito afastado.

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Negociação sob suspeita

 

No final de julho de 2011, Via Fanzine publicou a primeira matéria informando sobre a suposta venda do jornal ItaúnAcontece. Segundo a nossa fonte de informação, o jornalista Sérgio Cunha, proprietário do ItaúnAcontece teria vendido esse órgão de comunicação à então chefe de Gabinete da Prefeitura de Itaúna e pretensa candidata ao Executivo local, Íris Léia.

 

Acontece que, Íris Léia, como servidora pública, não poderia manter um veículo de comunicação que faturasse para a Prefeitura que a empregava - como foi o caso do ItaúnAcontece. Ao sabermos sobre a venda, entramos em contato com Íris que negou a compra. Alguns dias depois, também contatamos o antigo proprietário do jornal, Sérgio Cunha, que negou negociação com Íris, mas confirmou a venda do veículo e, não sabemos por que, se negou terminantemente a mencionar quem seria o novo dono (ou dona) do dito jornal.

 

Faturando alto com a Prefeitura de Itaúna

 

Fato é que o jornal foi comprado por alguém, mesmo estando totalmente desativo por cerca de dois anos antes. Contudo, logo depois da negociação, o informativo voltou a circular semanalmente em versão impressa e com site na internet. A partir de seu retorno, todas as edições impressas traziam um anúncio semanal de meia página da Prefeitura de Itaúna. Este anúncio tinha o custo por edição semanal de R$ 1.640,00, portanto o “dono misterioso” do ItaúnAcontece, recebia do poder público local, somente com esta meia página (fora outras publicações publicitárias), exatos R$ 6.650,00 por mês. Detalhe: sabia-se que o antigo dono Sérgio Cunha continuou dirigindo o jornal, mas o expediente do mesmo omitia quem era o responsável ou proprietário daquele veículo de comunicação que negociava publicidades com a Prefeitura de Itaúna, conforme denunciou VF com exclusividade à época e constatou o MP.

 

Nós procuramos a Assessoria de Comunicação para esclarecer quem era o prestador de serviço "misterioso" da Prefeitura de Itaúna, mas fomos encaminhados pela titular ao senhor Sérgio Cunha, que antes negou nos informar sobre a nova propriedade do jornal.

 

No período em que a agência Fazenda, Comunicação e Marketing esteve na gestão das publicidades da Prefeitura de Itaúna, o ItaúnAcontece foi o veículo da mídia impressa que mais faturou com publicidades da Casa. Mesmo estando sem circular por dois anos, ao voltar à ativa, recebeu publicidades até mais caras do que outros veículos da imprensa local que já circulavam ininterruptamente por muitos anos.

 

Curiosamente, as publicidades oficiais foram publicadas pelo jornal alguns meses antes das eleições, cessando somente no período em que a lei não permite publicidades institucionais públicas em período eleitoral.

 

Sérgio Cunha vendeu o jornal ItaúnAcontece a alguém que não

quis revelar e continuou dirigindo-o para esta pessoa.

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Ministério Público investiga denúncia

 

Acontece que na época, após Via Fanzine anunciar com exclusividade sobre a venda do jornal, a Promotoria de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, através de sua representante na Comarca de Itaúna, promotora Sílvia de Lima Soares, informou que iniciara procedimento investigatório para averiguar a situação do jornal ItaúnAcontece.

 

A promotora teria solicitado informações ao jornal, entre outras, sobre o custo do anúncio de meia página, faturado para Prefeitura de Itaúna e, também sobre o custo do anúncio de mesmo tamanho feito pela loja de carnes “Bonut”, de propriedade do então prefeito Eugênio Pinto. Contudo, não soubemos até que ponto a promotora apurou essa denúncia à época e não obtivemos mais informações, até porque, Sílvia de Lima Soares deixou a Comarca logo depois.

 

Fato é que, soubemos extraoficialmente, de fontes que não podem se identificar por razões óbvias, que o jornal ItaúnAcontece, então desativado por cerca de dois anos, foi vendido por R$ 20 mil a Íris Léia, que pretendia “ressuscitá-lo” para anunciar sua então sonhada candidatura ao Executivo local e ainda receber (então como proprietária “secreta” do veículo) com as publicidades faturadas junto à Prefeitura de Itaúna, criando uma espécie de fundo para sua sonhada campanha política.

 

Ex-dono continuou dirigindo jornal

 

Naquela mesma época, após Via Fanzine ter sido o único veículo da imprensa a comentar publicamente sobre a venda “nebulosa” do referido jornal, o editor de VF foi retaliado em charge pela direção do ItaúnAcontece que, evidentemente, parece não ter gostado da nossa denúncia, uma vez que esse editor jamais fez por onde ser notícia de jornal, muito menos em charge.

 

É bom frisar que, mesmo se desfazendo do jornal, quem permaneceu no seu comando sob a nova e “misteriosa direção” foi o mesmo Sérgio Cunha que, inclusive, afirmou depois por telefone a este editor, ter sido o responsável pela charge “vingativa” (mas até infantil...) contra o editor, enquanto permanecia no comando daquele jornal.

 

Pagamento a mais ao vendedor, após denúncia de VF

 

Da mesma maneira extraoficial, mas de fonte que consideramos confiável e não deseja se identificar, nós soubemos que, quando Via Fanzine publicou as notas informando sobre a venda do jornal, na qual o comprador foi omitido pelo vendedor, este, aproveitando-se da nossa denúncia, teria cobrado uma quantia a mais de Íris Léia.

 

A cifra a mais, paga posteriormente pela compradora, seria a pretexto de o vendedor se manter em silêncio e não informar às autoridades ou imprensa que a venda do jornal teria sido para a servidora da prefeitura. Pois, se a negociação fosse revelada, esta poderia comprometer não somente a pretensa candidatura de Íris ao Executivo, mas até a sua permanência como servidora comissionada da Prefeitura de Itaúna – a lei não permite que servidores públicos mantenham vínculos com firmas que prestem serviços pagos pelo Executivo local.

 

E assim, segundo as informações que apuramos, além dos R$ 20 mil iniciais pagos por Íris Léia ao comprar o jornal, ela teria pagado, posteriormente, outros R$ 50 mil ao vendedor, para que este permanecesse em silêncio e não revelasse que a venda teria sido feita a ela. O valor do acréscimo pago teria sido "estipulado" pelo próprio vendedor, ao que a pretensa candidata teria aceitado. Inclusive, naquela ocasião, coincidência ou não, a redação de VF recebeu ligações anônimas de aparelhos celulares sem número fixo, denunciando que o ex-dono do jornal acabara de comprar um carro "top de linha", mas não nos foi possível checar esta informação, tampouco associá-la ao ocorrido - não somos autoridades!

 

Certo é que órgão de comunicação não tem que fazer papel de polícia ou de detetive, acreditamos que fomos até longe demais, investigando esta transação e colaborando com a difusão de informações inéditas acerca dos "murmurinhos" da máquina pública, acreditando que a verdade dos fatos pertence a todo o povo itaunense. Cabem agora às respectivas autoridades locais que busquem mais informações com os envolvidos nessa negociação, no mínimo suspeita e se esclareça para onde foi todo este dinheiro público arrecadado por este jornal em tão curto período de tempo, já que este foi novamente desativado, antes mesmo das últimas eleições.

 

Em outras palavras, torna-se evidente que este jornal, novamente, deixou de existir quando entrou o período eleitoral e também quando passou tal período. Está claro que o jornal circulou somente antes do período eleitoral, quando arrecadou da Prefeitura de Itaúna, pelo menos, R$ 6,5 mil mensais, durante alguns meses.

 

Charge do ItaúnAcontece sugere Luciene Alves chorando o voo de um cheque de R$ 10 mil.

 

Jornal desativado, mas com site no ar

 

Entretanto, os “fatos estranhos” nessa negociação ainda não param por aí. Para tornar a situação ainda mais suspeita e confusa, eis que o dito jornal ItaúnAcontece parou de circular em setembro passado, coincidentemente, no mesmo período em que cessaram as publicidades da Prefeitura de Itaúna e na entrada do período eleitoral.

 

Até o momento em que publicamos esta nota, o site do ItaúnAcontece ainda continua no ar, porém, pode-se verificar que suas últimas postagens são antigas.

 

No site do jornal encontra-se em destaque uma fotografia da publicitária Luciene Alves (jornal Spasso e "Original" P&P), numa nota informamdo que esta foi condenada a pagar R$ 10 mil por danos morais a um político de Juatuba-MG. Ao lado da foto da publicitária, há uma charge onde esta mesma figura aparece ajoelhada, chorando e olhando para um cheque de R$ 10 mil que está voando.

 

Essa nota publicada em destaque no site do ItaúnAcontece é da época em que o a Luciene do Spasso já havia se desvencilhado da Administração Pinto (conforme já informamos com exclusividade), após manter, como se sabe, um estreito relacionamento com Eugênio Pinto e Íris Léia e ter prestado serviços publicitários sem licitação, contrariando as exigências legais para a contratação desse serviço. Depois que cessou os serviços prestados ao casal Pinto & Léia, notoriamente, a publicitária lançou ataques diários e desmedidos contra ambos, através de seu veículo de comunicação impresso e na internet.

 

Naquela época, a troca de farpas entre Luciene Alves e Íris Léia se acirrou, tornando um verdadeiro “ringue” as edições dos jornais Spasso e ItaúnAcontece que, respectivamente, dedicavam sempre a matéria mais chamativa à exposição de pontos negativos do seu desafeto.

 

Também é bom lembrar que, nos dias desta última publicação pelo ItaúnAcontece, o jornal Spasso da Luciene Alves fazia graves denúncias, não mais da figura pública de Íris Léia, mas de cunho estritamente pessoal (e até sexual) contra a suposta compradora do ItaúnAcontece.

 

Exposta de forma negativa na página principal do site ItaúnAcontece nos últimos meses, conforme já informou VF, Luciene Alves extrapolou recentemente e publicou nessa semana uma trucagem fotográfica no site do Spasso, que sugere Íris Léia atrás das grades de uma prisão. Parece que a montagem fotográfica foi retirada do site do Spasso, após divulgarmos uma nota denunciando possíveis excessos.

 

Duelos de ego à parte, mistérios permanecem e perguntas ficam no ar. Só duas aqui: por que Luciene e Íris que eram tão amigas e foram até colegas, se tornaram inimigas odiáveis? E, quem é o verdadeiro dono (ou dona) do jornal ItaúnAcontece e por que este jornal circulou somente antes do período eleitoral, faturando milhares de reais em publicidades da Prefeitura de Itaúna?

 

E assim, Itaúna acontece no seu pequeno espaço.

 

- Fotos: ItaúnAcontece/Reprodução.

 

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- Produção: Pepe Chaves.

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