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Fotos e vídeos: Co-editor de UFOVIA avista e filma OVNI Um objeto voador brilhante foi presenciado por Fábio Bettinassi e sua esposa em Araxá. Ele conseguiu filmar o OVNI e comunicou às autoridades aéreas. Para ele, a estrutura aérea registrada seria de origem terrestre.
Por Pepe Chaves* De Belo Horizonte-MG Para ASTROvia
O brilhante objeto filmado ao fundo do voo de um urubu. No alto, detalhes das ampliações.
Mais OVNI em Araxá
O editor do portal UFOVIA e consultor para a Rede VF, o publicitário e pesquisador Fábio Bettinassi nos informou que na tarde do sábado, 23/04, avistou e filmou um objeto voador não identificado (OVNI) na cidade de Araxá, no Triângulo Mineiro, onde reside.
Logo após o ocorrido, Bettinassi divulgou a ocorrência aos grupos de ufologia e fenômenos aeroespaciais do portal UFOVIA, informando que já havia notificado às autoridades aéreas sobre o avistamento. Na mensagem em que informa sobre o avistamento, Bettinassi fornece também um primeiro link de acesso ao vídeo que fez da desconhecida estrutura aérea.
Em seu comunicado, Bettinassi declara que, “Às 18h57 liguei para o Cindacta [Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo] em Brasília e fui informado que deveria ligar para o Centro de Controle do Comdabra [Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro]. O telefone foi fornecido, eu liguei e um oficial de nome [preservado] me atendeu e ouviu atentamente o meu relato. Depois me fez muitas perguntas. Eu o ouvi falar com outro sujeito, que disse no fundo ‘peça pra ele enviar as fotos no e-mail privado’. Por fim, ele me disse que iria fazer um relatório e informar ao Alto Comando da Aeronáutica, porém disseram não ter visto nada na tela do radar”.
Autoridades aéreas foram comunicadas
Minutos depois, por volta das 19h, Bettinassi encaminhou a seguinte mensagem ao Comdabra, juntamente com o link (acima) do vídeo: “Eram cerca de 16h40, estava eu e minha esposa no quintal de casa lendo livros. O céu estava lindo, perfeitamente claro e sem nuvens. Quando olhei para cima, na direção do oeste notei um forte brilho a grande altitude. O brilho estava parado, mas podia-se destacar que era um objeto tridimensional e bem grande. Concluí isso, porque comparei com o tamanho dos Boeing 737 e Airbus A319/20, que trafegam sobre a cidade numa rota comercial em grande altitude, se apresentando no céu duas vezes maior que as aeronaves quando passando por aquele ponto”.
Tendo acumulado certo conhecimento acerca de fenômenos e estruturas aeroespaciais nos últimos anos, Bettinassi explicou com detalhe às autoridades aéreas brasileiras sobre o OVNI que avistou e registrou, “Era de aparência sólida e emitia luz prateada intensa, como solda elétrica. Em alguns momentos, ele reduziu a intensidade do brilho e mostrou-se ser uma aeronave [de formato] triangular feita de vidro (pelo menos se parecia assim)”, afirmou.
Ao se surpreender com aquilo, ainda mais sendo um pesquisador da área, disse aos militares, “Na hora saí correndo desesperado para pegar minha câmera fotográfica. Quanto voltei ao quintal (uns 20 segundos depois) notei que o objeto estava em navegação linear, sentido sul. Comecei a fotografá-lo usando o zoom. Corri de volta para casa e busquei o tripé onde pude estabilizar a câmera e tirei 15 fotos no total e fiz três filmes de aproximadamente um minuto e meio [cada], onde podemos ver bem o formato, rota e comportamento do objeto”.
Já o segundo vídeo tomado por Bettinassi, foi enviado com exclusividade a Via Fanzine e, diferentemente do primeiro, foi feito com a câmera fixa (sem tremer). Nele, são mostrados com mais precisão, detalhes dos movimentos e o formato da estrutura, semelhante a delta ou arraia – como mencionou Bettinassi. Ademais, devemos lembrar que a interpretação do formato se refere ao brilho emanado, não podendo ser considerado este, absolutamente, como sendo o formato da estrutura em si, senão de apenas um detalhe dela refletido pelo Sol.
Ainda na mensagem enviada ao Comdabra, relatou Bettinassi, “O que mais me chamou a atenção foi que alguns urubus-rei estavam voando em círculo na direção do objeto e pareciam acompanhá-lo. Os urubus não estavam tão altos quanto o objeto, mas deu para ver que eles pareciam estar curiosos também. Minutos depois, o objeto rapidamente se distanciou e simplesmente apagou, mais rápido que o flash de uma câmera”.
Ele também acrescentou que, dois minutos depois, observou que um pequeno avião do aeroclube do aeroporto Romeu Zema, de Araxá, decolou e seguiu mesma na direção do OVNI. “Acredito que eles também viram o OVNI e decolaram atrás dele”, arriscou.
Esta não foi a primeira vez que Bettinassi avistou e registrou um OVNI em Araxá, cidade da qual ele coleciona uma infinidade de narrativas envolvendo objetos voadores não identificados. Em 2008, Bettinassi também avistou e conseguiu fotografar dois objetos voadores não identificados de cor escura que sobrevoaram a cidade.
Ainda relatando às autoridades aéreas, Bettinassi declarou, “Tudo foi incrível e maravilhoso, difícil de ilustrar usando palavras. Tenho conhecimento de aviação militar de alta tecnologia, inclusive, existem matérias de minha autoria sobre VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados) e astrofísica publicados em 14 países e posso assegurar que nunca vi nada parecido. Não acredito ser nada de ET, acho que isso é coisa da Terra mesmo, porque existem projetos avançados secretos utilizando uma física muito anos à frente, que hoje não somos sequer capazes de imaginar”, afirmou ao Comdabra.
Finalizando seu relato aos militares brasileiros, o co-editor de UFOVIA também discorre sobre sua convicção pessoal sobre dita estrutura aérea, “Coloco a possibilidade de ser algum aparato muito avançado em termos de aeronave de espionagem e reconhecimento, visto que, para tal conclusão, alguns fatos são interessantes: o objeto voava sobre a empresa CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) que explora e processa o mineral Nióbio (elemento 41) muito raro e, cuja aplicação principal é a indústria militar de alta tecnologia (...). Na CBMM eles produzem e vendem materiais complexos como o tântalo-nióbio, o cromo-nióbio e o ferro-nióbio e foi ela [a empresa] citada recentemente pelo Wikileaks como um dos locais mais estratégicos da indústria militar dos EUA. A CBMM fica há somente uns três quilômetros da minha casa. Além disso, muita gente observa estranhas luzes naquela região. Fica aqui o meu relato e espero que tenha contribuído para alguma coisa”.
No dia seguinte (domingo, 24/04), o mesmo oficial que atendeu Bettinassi, retornou a ele por e-mail, informando que, caso o fato ocorra novamente, para comunicar as autoridades através de dois telefones disponíveis para tratar de assuntos de avistamentos em Brasília. De acordo com o oficial, “(...) lá, eles possuem um relatório de preenchimento em caso de OVNI onde será preenchido com todas as suas informações”.
Nessa imagem, o brilhante objeto filmado emana um forte brilho, tomando um formato diferenciado.
Seria um OVNI terrestre?
Fábio Bettinassi disponibilizou às autoridades aéreas do país e ao público em geral, dois dos três vídeos e algumas das 15 fotografais que tomou do brilhante objeto [veja esse material nessa página].
Ao nos comunicar, pensamos a princípio se tratar da Estação Espacial Internacional (ISS), muitas vezes visível da Terra, especialmente, duas horas antes do nascer ou depois do por do sol, ocasiões estas em que os raios solares incidem na região da mesma (acima de 300 km de altitude). Se a estação estiver em rota por cima da localidade em que em que nos encontramos, ela se tornará visível – eu já a vi por diversas vezes, tanto ao entardecer, quanto ao amanhecer.
No entanto, as imagens não mostram algo similar à Estação Espacial, tanto no formato, na dimensão (aqui superior) ou quanto ao brilho emanado. Evidentemente, antes de pensar que seja algo, de fato, de origem extraterrestre ou de “outro mundo”, o pesquisador responsável (que busca à verdade e não provas de suas crenças e convicções a si e aos outros) deve buscar todas as possibilidades terrestres.
Também não parece se tratar de algum tipo de satélite conhecido, sobretudo, pela baixa altitude evidenciada na filmagem, bem como pelo comportamento, bastante distinto de um satélite não estacionário.
E assim, pensamos, enfim, se tratar da vela solar NanoSail-D, produzida pela empresa Spaceweather.com em parceria com a NASA que, inclusive, estão a promover um concurso de fotografia dessa primeira vela solar a navegar na órbita baixa da Terra.
De acordo com a promoção [clique aqui para ler mais em ASTROvia], observadores do céu em geral, astrônomos amadores e profissionais ou até mesmo fotógrafos casuais em todo mundo podem participar do concurso. A vela solar está sobrevoando vários continentes, pelo menos, até o final do mês de abril.
Pensei em se tratar da vela solar por alguns motivos: o brilho acentuado que foi se atenuando, apesar de Bettinassi acreditar, a princípio, se tratar de brilho próprio da estrutura, poderia bem ser o brilho solar emanado pela vela (que foi projetada para brilhar) incidindo diretamente na região em que ele observava.
Além disso, o movimento do objeto – sobretudo na filmagem com a câmera fixa – se mostra bastante descompromissado. Ou seja, não se compara aos movimentos de objetos teleguiados inteligentemente já registrados, como sondas, aeromodelos ou balões. Mais parecia com algo do tipo balão ou de uma pipa solta, cuja linha arrebentara. Isso também poderia indiciar que se tratasse da vela solar NanoSail-D ou um aparato similar.
Em verdade, o vídeo mostra uma estrutura “ao sabor dos ventos” e revirando-se sobre si mesma, bem como confirma Bettinassi, ao nos afirmar que a mesma seguia “em rota irregular”. Além disso, na conversa exclusiva que mantivemos (abaixo), ele também nos descreve esse tipo de movimento ao afirmar que a estrutura “parava e depois acelerava” – como que tocada e carregada pelas correntes de vento.
Na conversa reproduzida a seguir, ele também informa que, a princípio, a luz do objeto brilhava muito, mas foi atenuando na medida em que ele foi filmando. Depois, ele diz que a luminosidade se “apagou” por completo e de maneira brusca. Este processo pode evidenciar a incisão do Sol sobre a estrutura avistada. Dessa maneira, a princípio, o brilho teria sido refletido intensamente àquela região em que se encontrava o observador e, na medida em que a estrutura foi se movimentando, o brilho foi se atenuando, até que desaparecesse por completo. Pode ter sido no brusco desaparecimento da luminosidade, o momento em que o Sol foi encoberto (naquele horário àquela altitude pois ele já estava encoberto na superfície) ou ainda, que a vela tenha mudado sua posição, deixando de refletir a luz solar àquele local de observação e tornando assim, a estrutura não mais visível ao observador.
Contudo, se era mesmo a vela solar NanoSail-D ou outro aparato do gênero, ainda não saímos das conjecturas nesse momento, mas há fortes indícios para que seja algo de natureza similar. Estamos buscando mais informações concisas e poderemos em breve, confirmar ou não sobre tal possibilidade - que Fábio Bettinassi também não descarta.
Aqui o objeto já aparece em um outro formato, aparentando-se a uma pipa deitada.
Bettinassi fala conosco
Ele falou conosco logo após o ocorrido, colocando outros detalhes e respondendo algumas perguntas. Parte desse diálogo, nós reproduzimos a seguir.
Pepe Chaves: Precisamos checar onde a ISS (Estação Espacial) estava no momento do seu avistamento. Pelo horário, pode ser possível que você a tenha avistado. Fábio Bettinassi: Considero como plausíveis todas as possibilidades, porém, acho que não era a ISS, porque ela é muito pequena e sem chance de ser capturada por uma câmera como a minha da forma em que o objeto foi capturado. Pelos meus cálculos, considerando uma altitude similar, o OVNI deveria ter o tamanho de três aeronaves Boeing 737, porque já tentei fotografá-las e aparecem bem menor que este que filmei. E, este estava mais alto do que a rota dos jatos comerciais que passam por aqui a 25 mil pés.
PC: O objeto seguia em rota retilínea? FB: Assim que passou o avistamento, peguei uma bússola e calculei a posição. Ele estava inicialmente a 260 graus oeste, seguindo para o sul. A princípio estava em linha reta, mas parava e acelerava, repetindo esse movimento por várias vezes. E, às vezes, subia e depois descia, mas sempre parando e acelerando. Às vezes, lento e às vezes, rápido.
PC: Mas, seguia numa rota predeterminada ou mudava de direção? FB: Rota irregular. O incrível é que, às vezes ele girava sobre seu próprio eixo, fazendo rotação de 180 graus, como se voasse também de ré. Depois voltava para a ‘proa’ e girava 360 graus...
PC: Como você viu o formato dele a olho nu? FB: A princípio, quando vi, parecia ser esférico, depois que aumentou visualmente de tamanho deu pra ver que tinha o formato parecido com de arraia. Quando girava, parecia um triângulo e, às vezes, um bumerangue, mas o formato básico era de arraia. O mais curioso é que ele emanava luz e não parecia refletir a luz do Sol, como acontece com os aviões que a refletem. No começo, no “auge da força luminosa”, parecia um eletrodo de solda elétrica, depois reduziu um pouco a luminosidade, mas continuou emanando, em certo momento, mais para o final ele clareou e deu pra ver que parecia ser feito de vidro ou cristal, era tipo ‘translúcido’.
PC: Me pareceu ter um formato de delta, porém, num ângulo bem mais fechado, ou semelhante a uma porta de templo gótica. Porém, este formato pode ser somente um detalhe do reflexo e em nada ter a ver com o real formado da estrutura. FB: Tinha mesmo formato de arraia. Me pareceu pequenas asas em delta, com espécies de ‘winglets’ viradas pra cima nas pontas das asas. Isso me fez pensar que poderia se tratar realmente de um objeto de origem terrestre.
* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine e dos portais UFOVIA e ASTROVIA. - Com informações de Fábio Bettinassi e Comdabra.
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- Produção: Pepe Chaves © Copyright 2004-2011, Pepe Arte Viva Ltda.
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