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 Large Hadron Collider - LHC

 

 

Em busca do princípio primordial:

Experimento do LHC é retomado

Cientistas do CERN voltam a acionar o Grande Colisor de Partículas (LHC).

 

Por Pepe Chaves*

Para ASTROvia

 

Mega colisor do CERN volta à ativa.

 

Depois de um ano de interrupção, o maior experimento da Física será retomando na Europa. Cientistas do CERN (European Organization for Nuclear Research), entidade científica fundada em 1954, retomam o experimento que vai simular a explosão que teria dado origem ao Universo como o conhecemos fisicamente, a qual ficou conhecida como “Big Bang”.

 

Alguns dos maiores físicos europeus estão engajados nesse mega projeto da física contemporânea que foi interrompido por problemas técnicos ocorridos nove dias depois de sua ativação inicial, em 10 de setembro de 2008. Um dano foi causado pelo vazamento do hélio usado para manter os supercondutores em temperaturas criogênicas. Quando o hélio atingiu o vácuo existente no interior dos criostatos, uma gigantesca pressão foi liberada instantaneamente, movendo os criostatos por mais de um metro. Até mesmo os seus suportes, fixados no concreto, foram arrancados.

 

O Grande Colisor de Partículas (Large Hadron Collider ou LHC) está situado na fronteira entre a Suíça e a França e consiste numa estrutura quilométrica e tubular, cuidadosamente instalada em regiões subterrâneas desses dois países. Dentro do grande colisor, será simulado em níveis atômicos, o que, acredita-se, seria o princípio da criação do Universo.

 

O anúncio do CERN sobre a reprodução de um “mini buraco-negro” chegou a alarmar pessoas leigas e até cientistas em diversos países. Temia-se que o buraco-negro criado pelo colisor fugisse ao controle dos cientistas e começasse a tragar para dentro de si, tudo o que estivesse pela frente, inclusive, a própria Terra e demais astros do sistema solar.

 

Esta teoria absurda e alarmante foi prontamente rebatida pelos cientistas do CERN. Além deles, grandes nomes da Física como Stephen Hawking e Lisa Randall, entre vários outros físicos e engenheiros, descartaram tais possibilidades, afirmando que as experiências foram meticulosamente estudadas e revistas, estando tudo sob controle.

 

Na colisão, os quarks e glúons se espalham para fora da direção do feixe, e rapidamente formam várias novas partículas: mésons pi em sua maioria, mas também muitos kaons e neutrinos. O produto da reação será visualizado e medido pelos detectores do CERN.

 

Durante uma das fases da simulação, dois dos aceleradores, o CMS e o Atlas, competem entre si para detectar o “Santo Graal” da física: o bóson de Higgs, uma partícula descoberta por dedução, em 1964, cuja existência ainda não foi demonstrada. O ALICE é um detector dedicado a exploração de interações núcleo-núcleo a altíssimas energias e pesa 7000 toneladas.

 

A energia criada nas colisões irá chegar a 1150 TeV. Esse valor equivale a mais informação do que todas as que circulam atualmente no mundo. Seu objetivo é o estudo da física da interação extremamente forte da matéria, com alta densidade de energia, em que é esperada a formação de uma nova fase da matéria: o plasma quark-gluon.

 

Supõe-se que o início do Universo esteja ligado diretamente a esta transição de fase. A existência dessa fase e as suas propriedades são questões-chave na Cromodinâmica Quântica (QCD), para a compreensão do confinamento e restauração da simetria quiral (chiral).

 

Com a retomada dos trabalhos, acreditam os cientistas que o experimento esteja completamente operante em janeiro de 2010, quando os raios de luz das partículas entrarem em colisão a altos níveis de energia. Enquanto isso, segundo o CERN, o experimento estará funcionando parcialmente e realizando colisões movidas a baixa energia.

 

* Com informações do CERN e do físico José Ildefonso Pinto de Souza.

- Imagens: CERN.

- O experimento pode ser acompanhado pelo site http://twitter.com/cern.

 

- Leia mais sobre o LHC:

O Universo é feito de que?

Participação brasileira no LHC é assegurada

 

- Produção: Pepe Chaves.

©Copyright,2009, Pepe Arte Viva Ltda. Brasil.

 

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EUA:

Astrônomo amador Coreano localiza cometa

Novo cometa nos céus: Yi-SWAN.*

 

 

Astrônomos amadores italianos, em 06 de abril, capturaram o cometa Yi-SWAN via telescópio

refletor de 10 polegadas operado por Global-Rent-A-Scope em Mayhill, Novo México.

Essa imagem é uma composição com 10 exposições de 60 segundos cada.

 

Em 26 de março de 2009 o astrônomo amador coreano DAE-am Yi descobriu um novo cometa através de fotografias. No entanto, sua descoberta não foi anunciada oficialmente até que uma confirmação independente fosse realizada. Isso foi feito através das imagens SWAN do SOHO, obtidas pelo astrônomo profissional Rob Matson em 04 de abril.

 

Os astrônomos do CBAT (Central Bureau for Astronomical Telegrams), centro responsável pela catalogação de cometas, conferiram e confirmaram que as duas observações se relacionavam ao mesmo objeto e oficialmente nomearam o novo cometa como Yi-SWAN (C/2009 F6).

 

Essa demora de duas semanas em anunciar o novo comenta não é surpreendente? Justamente para não disseminar prematuramente informações incorretas ou falsas descobertas para a comunidade científica e ao público interessado.

 

Onde está esse cometa? Em Cassiopéia, mas ainda não está visível via olho nu, grandes binóculos ou pequenos telescópios.

 

Em 09 de abril de 2009, o novo cometa estava viajando em uma órbita parabólica altamente inclinada na constelação de Cassiopéia em direção da constelação de  Perseus. Por enquanto o cometa Yi-SWAN ainda tem apenas alguns minutos de arco de tamanho e magnitude visual de 8,5. Ele será difícil de observar devido à intensidade da luz da Lua cheia.

 

Sugerimos tentar vê-lo em 11 de abril, quando o Yi-SWAN estará localizado 0,4º ao Sul de Alpha Cassiopéia. Se as nuvens atrapalharem, tente novamente na quinta-feira, 23-24 de abril quando ele estará atravessando 1,2º ao sul do duplo aglomerado estelar NGC 884 + NGC 869 (“Double Cluster”) em Perseus.

 

* Informações do portal Eternos Aprendizes -

http://eternosaprendizes.com/2009/04/09/atencao-novo-cometa-nos-ceus-yi-swan/

 

- Créditos da imagem: Ernesto Guido, Giovanni Sostero e Paul Camilleri.

 

- Fontes e referências:

Sky & Telescope: New Circumpolar Comet Yi-SWAN por Roger W. Sinnott

Universe Today: New Comet Yi-SWAN por Tammy Plotner

APOD: NGC 869 & NGC 884: A Double Open Cluster - Crédito©: Andy Steere

 

- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza.

 

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