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 Foguetes

 

 

Aeronáutica:

Alunos da Univap vão produzir micro-motor de foguete

Cooperação Técnico-Científica em Tecnologia Aeroespacial FVE/Univap

e Inotech – Inovação & Tecnologia para a produção de micro-motores de foguetes.*

        

A equipe de alunos e professores.

 

A Fundação Valeparaibana de Ensino (FVE), mantenedora da Univap assinou há dois anos um convênio de natureza técnico-científica e educacional com a empresa Inotech – Inovação & Tecnologia, uma organização de sociedade civil de interesse público (Oscip).

 

O convênio foi celebrado para desenvolver e construir micro-motores de foguetes, propelidos a biocombustível e oxigênio, bem como seus respectivos equipamentos auxiliares. O motor foguete a combustível líquido utiliza propelentes líquidos injetados sob pressão em uma câmara de combustão. Os propelentes são, geralmente, um oxidante e um combustível, líquidos.

 

Uma grande quantidade de componentes, coordenados entre si, por meio de sistemas complexos, é necessária para o funcionamento do motor-foguete e todos eles devem funcionar em harmonia para garantir o sucesso da operação. A Inotech, idealizadora do projeto, por intermédio do Engenheiro Mecânico Aeronáutico Rene Nardi, que realiza trabalho voluntário nesse convênio, ficou responsável de orientar uma equipe de alunos do curso de Engenharia Aeronáutica e Espaço da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo (FEAU), como uma atividade de extensão, para o desenvolvimento dos produtos.

 

Vista, em cortes, do motor RE-50.

 

Rene Nardi é formado em engenharia mecânica-aeronáutica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mestre em Ciências pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e Master in Business Administration pela Hult University (ADL), em Cambridge. Trabalhou na Embraer e na Parker Aerospace.

 

Atualmente, atua na Inotech no desenvolvimento de componentes para sistemas de propulsão, e também como responsável pelo programa voluntário. De acordo com o engenheiro, a fase artesanal relacionada ao projeto e de construção de motores-foguetes a propelentes líquidos aconteceu durante os anos 30, principalmente na Europa. As décadas de 40 e 50 trouxeram a consolidação das informações e a consequente transformação da arte em ciência.

 

“Os atuais foguetes são, portanto, fruto de pelo menos 80 anos de evolução, e com segurança podemos dizer que atualmente a tecnologia está devidamente dominada e em estágio avançado de amadurecimento. Aqui no Brasil, as iniciativas de projeto e construção de motores-foguetes a propelentes líquidos estão começando a dar bons frutos, com trabalhos resultantes pela Agência Espacial Brasileira (AEB), em parceria com o IAE, o INPE e a indústria nacional”, enfatiza.

 

A peça construída na empresa UTEC em São José dos Campos.

 

Para ele, os estudantes da Univap aceitaram o desafio de aplicar na prática a teoria que aprenderam na sala de aula e já possuem dois projetos concluídos. Um dos motores foi projetado com o intuito de produzir 50 kgf de empuxo. A sua construção foi feita nas oficinas da Universidade, no Campus Urbanova. Este motor está no momento em fase de preparação para testes no solo. Já o segundo, cujo sistema é bem mais complexo e potente, está na fase de construção. Devido ao alto grau de complexidade dos sistemas, a construção foi feita pela UTEC, uma empresa de São José dos Campos, especializada em usinagem aeroespacial. A equipe deve iniciar nos próximos meses, os testes do motor, esperando obter 200 Kgf de empuxo.

 

Para o Pró-Reitor de Integração Universidade-Socidade, Prof. Dr. Antonio de Souza Teixeira Júnior, responsável pela elaboração e aceitação de parcerias e convênios na Instituição, “estuda-se a possibilidade de futuramente construir bancadas de testes de solo para a injetora de propelentes e para o motor completo”.

 

Fazem parte da equipe, os estudantes, Atalita, Anacleto Zonzini, Victor Alves Barros Galvã (9º período semestral/5º ano), Luth Silva Ramos, (7º período Semestral/4º ano), Marco Aurélio Barros Fortes (7º período semestral/5º ano), Alex Gabriel Siqueira (9º período semestral/5º ano e Éder Monteoliva (10º período semestral/5º ano).

 

Os trabalhos desenvolvidos neste projeto são supervisionados pelo coordenador do curso de Engenharia Aeronáutica e Espaço (FEAU), Prof. MSc. Moacir Sousa Prado.

 

* Informações de Diálogo/Univap.

 

- Iimagens: Luiz Madureira.

 

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