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 Cometas

 

 

Pasadena/Califórnia:

Missão espacial fotografa cometa de perto

Missão da NASA voa  rente ao Cometa Hartley 2 e envia históricas imagens à Terra.

 

Da Redação*

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Imagem da NASA mostra detalhes em alta resolução do cometa Hartley 2.

Clique aqui para acessar galeria de imagens do Hartley 2.

 

Cientistas eufóricos

 

A missão EPOXI da NASA obteve sucesso ao voar junto ao cometa Hartley 2, na manhã da quinta-feira (04/11), quando a nave não tripulada começou a enviar imagens do bólido errante. O Hartley 2 é o quinto cometa que teve o seu núcleo visitado por uma sonda espacial.

 

As imagens geradas pela missão EPOXI revelam o cometa Hartley 2 com uma resolução 100 vezes superior a que mostrou o cometa Tempel 1, o primeiro alvo da Deep Impact, em 2005. As imagens mostram um o cometa Hartley 2 como um objeto bólido, com extremidades porosas e interligadas por uma extensão lisa.

 

Os cientistas e os controladores da missão puderam apreciar imagens nunca antes avistadas, mostrando o Hartley 2 na tela do computador. Os cientistas acreditam que as imagens iniciais do sobrevoo possam fornecer novas informações sobre o volume do cometa e o material expelido de sua superfície.

 

"A equipe da missão e os cientistas trabalharam duro para este dia", disse Tim Larson, gerente de projeto da EPOXI no Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA em Pasadena, Califórnia. "É muito bom ver Hartley 2 de perto", declarou.

 

Para o investigador principal da EPOXI, Michael A'Hearn da Universidade de Maryland, College Park, "Pela primeira vez fomos capazes de nos conectar à atividade e às características individuais do núcleo de um cometa. Certamente, estamos com as mãos cheias. As imagens estão repletas de importantes dados sobre cometas e era isso o que nós esperávamos".

 

Ed Weiler, administrador associado da NASA para Science Mission Directorate, na sede da agência, em Washington, observou que, "A nave espacial tem proporcionado as observações mais extensas já realizadas de um cometa na história".

 

Imagem destaca a parte central e lisa do cometa.

 

Encontro histórico

 

Navegadores da missão estão trabalhando para determinar a distância de maior aproximação atingida pela nave. Estimativas preliminares apontam à previsão de que a nave realizou uma aproximação de 700 km (435 milhas).

 

Oito minutos depois da maior aproximação, a antena de alto ganho da nave foi apontada para a Terra e começou a enviar seus sinais vitais e outros dados armazenados durante o encontro.

 

Após 20 minutos e depois de percorridos 37 milhões de quilômetros (23 milhões de milhas), chegaram à Terra as primeiras imagens desse histórico encontro sideral.

 

"Estamos todos prendendo a respiração para ver o que as descobertas nos guardam das observações de maior aproximação", disse Michael A'Hearn.

 

A EPOXI é uma missão estendida, que utiliza a nave espacial Deep Impact (que se encontra em voo) para explorar, oportunamente, diferentes alvos celestiais. O nome EPOXI é uma combinação dos dois componentes da missão estendida: as observações planetárias extrasolares, chamada de Extrasolar Planet Observations and Characterization (EPOCh) e o sobrevoo do cometa Hartley 2, o chamado Deep Impact Extended Investigation (DIXI). A nave espacial tem mantido o seu nome de Dept Impact ou "Impacto Profundo".

 

O JPL gerencia a missão EPOXI para a NASA's Science Mission Directorate, em Washington e a Universidade de Maryland é o lar de Michael A'Hearn, o principal investigador da missão. sede da missão.

 

Drake Deming, do Goddard Space Flight Center em Greenbelt, em Maryland, é o cientista encarregado para as observações da missão planetária extrasolar. A nave foi construída para a NASA pela Ball Aerospace & Technologies Corp, sediada em Boulder, no Estado do Colorado, EUA.

 

* Com informações da NASA (http://www.jpl.nasa.gov).

- Tradução e adaptação: Pepe Chaves (MG).

- Fotos: NASA/JPL (EUA).

- Colaboraram: Márcio R. Mendes e J. Ildefonso P. de Souza (SP).

 

- Leia também:

  Tempel 1 - a primeira missão do Deep Impact (2005).

 

- Para mais informações sobre EPOXI:

  http://www.nasa.gov/epoxi e http://epoxi.umd.edu/.

 

- Galeria de fotos e uma animação do Hartley 2 (NASA):

http://epoxi.umd.edu/3gallery/ENCOUNTER/

 

- Produção: Pepe Chaves

©Copyright, 2004-2010, Pepe Arte Viva Ltda. Brasil.

 

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Observação:

Cometa pode oferecer espetáculo celeste nos próximos dias

Um inesperado cometa é detectado visualmente por astrônomo norte-americano.

Da Redação

Via Fanzine

 

Telescópio de 18" do Observatório Don Machholz,

que descobriu o cometa C/2010 F4 (Machholz).

 

Conforme informações do site The Comet Hunter (http://thecomethunter.com), o C/2010 F4 foi descoberto na manhã do dia 23 de março. Após 607 horas de observação desde a sua última descoberta, o astrônomo observador Don Machholz conseguiu visualizar o cometa C/2010 F4 (agora chamado também de Cometa Machholz).

 

Don Machholz afirmou que o “vagabundo errante” era brilhante o suficiente que pôde encontrá-lo por duas vezes. A descoberta foi feita por volta de 5h40, do ObservatoryI Machholz, situado em seu quintal olhei para o relógio. Machholz contou que somente o meu cão, um labrador amarelo, deitado no Observatório, estava com ele no momento da descoberta.

 

Machholz é o caçador visual de cometa nº 1 nos Estados Unidos, tendo descoberto visualmente onze cometas que levam seu nome. Sua posição no mundo só é superada por William Bradfield, da Austrália, que catalogou 18 cometas.

 

A mais recente descoberta de Machholz ocorreu 607 horas desde a sua última descoberta, o cometa C/2004 Q2 (Machholz), em 27 de agosto de 2004. Em sua busca de cometas, que ele executou 7.654,25 horas de observação sistemática de cometas, desde que se iniciou, em 1º de janeiro de 1975.

 

Você pode obter detalhes sobre o posicionamento de cometas a cessando o site IAU Minor Planet Center.

 

* Com informações e e imagem de The Comet Hunter (EUA).

- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).

 

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Sonda Stardust e o cometa Wild 2:

Nasa descobre ‘assinatura da vida’ em cometa*

Através da sonda Stardust cientistas da Nasa descobriram a presença de

glicina - substância fundamental para a vida - em amostras do cometa Wild 2.

 

Concepção artística da sonda espacial Stardust iniciando a sua fuga através de gás e poeira

em torno do cometa Wild 2. A área branca representa o cometa. A grelha que capturou

o material aparece em formato de uma raquete de tênis, na parte de trás da sonda espacial.

 

"Glicina é um aminoácido utilizado pelos organismos vivos para fazer proteínas, e esta é a primeira vez que um aminoácido foi encontrado em um cometa", disse o Dr. Jamie Elsila da Nasa. "Nossa descoberta apoia a teoria de que alguns dos ingredientes formadores da vida no espaço foram entregues à Terra há muito tempo por meteoritos e cometas".

 

Elsila é o principal autor de um documentário sobre esta investigação que foi aceito para publicação nas revistas Meteoritics e Planetary Science. A pesquisa foi apresentada no dia 16/08, durante a reunião da American Chemical Society, no Marriott Metro Center, em Washington.

 

"A descoberta da glicina num cometa apoia a ideia de que os blocos fundamentais da vida são prevalecentes do espaço e reforça o argumento de que a vida no Universo pode ser comum e não rara", disse o Dr. Carl Pilcher, diretor do Instituto de Astrobiologia da Nasa, que co-financiou a investigação.

 

As proteínas são os motores das moléculas da vida, utilizadas em tudo, a partir de estruturas como enzimas, catalisadores que aceleram ou regulam as reações químicas. Assim como as 26 letras do alfabeto são dispostas em combinações ilimitadas para a construção de palavras, a vida usa 20 diferentes aminoácidos em uma enorme variedade de arranjos para construir milhares de proteínas diferentes.

 

A sonda Stardust atravessou densas nuvens de gás e poeira em torno do núcleo gelado do cometa "Wild-2", em 02 de janeiro de 2004. Enquanto a sonda espacial voava através deste material, uma grelha especial com aerogel capturou suaves amostras do gás e da poeira do cometa. A grelha foi alojada em uma cápsula que se destaca da sonda espacial e posteriormente desceu de paraquedas à Terra em 15 de janeiro de 2006. Desde então, cientistas de todo o mundo têm analisado as amostras para aprender os segredos do cometa que podem revelar a constituição e a história do nosso sistema solar.

 

Concepção artística de partículas presas no aerogel. As áreas verdes representam

o aerogel e as partículas são representadas por pequenos pontos esbranquiçados.

 

"Nós analisamos os dados de uma folha de alumínio instalada em uma das pequenas câmaras com o aerogel recolhido", disse Elsila. "Através do gás, moléculas atravessaram o aerogel e algumas permaneceram presas à película. Passamos dois anos estudando e desenvolvendo o nosso equipamento para torná-lo preciso e suficientemente sensível para analisar tais amostras, incrivelmente minúsculas".

 

Anteriormente, na análise preliminar dos laboratórios Goddard, a glicina foi detectada tanto na folha, quanto em uma amostra de aerogel. Contudo, uma vez que a glicina é utilizada pela vida terrestre, a princípio, a equipe não foi capaz de excluir a possibilidade de contaminação por fontes da Terra. "Seria possível que a glicina que encontramos tivesse origem na manipulação ou fabricação pela própria sonda espacial Stardust", disse Elsila. No entanto, a nova investigação utilizando análise isotópica das folhas afastou essa possibilidade.

 

Isótopos são versões de um elemento com diferentes pesos ou massas, por exemplo, o mais comum: átomo de carbono. O Carbono 12 tem seis prótons e seis nêutrons em seu centro (núcleo), enquanto os isótopos de Carbono 13 são mais pesados, porque têm um nêutron extra no seu núcleo. Uma molécula de glicina vinda do espaço tende a ter mais de 13 átomos de carbono, ela seria mais pesada do que a mesma glicina da Terra. E foi isso o que a equipe encontrou. "Descobrimos que a Stardust nos devolveu glicina com uma assinatura extraterrestre isotópica de carbono, indicando que ela surgiu no cometa", disse Elsila.

 

A equipe inclui o Dr. Daniel Glavin e Dr. Jason Dworkin do Goddard da NASA. "Com base nas folhas e nos resultados do aerogel é altamente provável que a totalidade do cometa seja revestida com glicina formada no espaço", acrescenta Glavin.

 

"A descoberta de aminoácidos na amostra que regressou de um cometa é muito emocionante e profundo", disse o principal investigador, professor Donald E. Brownlee, da Universidade de Washington (Seattle). "É também um notável triunfo que destaca o avanço das capacidades dos estudos laboratoriais para a análise dos materiais primitivos extraterrestres".

 

A pesquisa foi financiada pelo Programa Stardust para Análise de Amostra (Nasa) e pelo Laboratório de Astrobiologia da Nasa. Com o apoio do Jet Propulsion Laboratory (JPL) da Nasa, em Pasadena, Califórnia, técnicos e diretores da missão científica Stardust, da Nasa, em Washington. Lockheed Martin Space Systems, Denver, foram sistemas desenvolvidos e utilizados na sonda espacial.

 

* Informações da Nasa.

- Tradução: Pepe Chaves, para ASTROvia.

- Imagens: Nasa/JPL.

 - Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza.

 

- Para saber mais sobre a missão Stardust, visite: http://stardustnext.jpl.nasa.gov/

 

- Para obter mais informações sobre a NASA Goddard Astrobiology equipe, visite:

 http://astrobiology.gsfc.nasa.gov/analytical.

 

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EUA:

Astrônomo amador Coreano localiza cometa

Novo cometa nos céus: Yi-SWAN.*

 

 

Astrônomos amadores italianos, em 06 de abril, capturaram o cometa Yi-SWAN via telescópio

refletor de 10 polegadas operado por Global-Rent-A-Scope em Mayhill, Novo México.

Essa imagem é uma composição com 10 exposições de 60 segundos cada.

 

Em 26 de março de 2009 o astrônomo amador coreano DAE-am Yi descobriu um novo cometa através de fotografias. No entanto, sua descoberta não foi anunciada oficialmente até que uma confirmação independente fosse realizada. Isso foi feito através das imagens SWAN do SOHO, obtidas pelo astrônomo profissional Rob Matson em 04 de abril.

 

Os astrônomos do CBAT (Central Bureau for Astronomical Telegrams), centro responsável pela catalogação de cometas, conferiram e confirmaram que as duas observações se relacionavam ao mesmo objeto e oficialmente nomearam o novo cometa como Yi-SWAN (C/2009 F6).

 

Essa demora de duas semanas em anunciar o novo comenta não é surpreendente? Justamente para não disseminar prematuramente informações incorretas ou falsas descobertas para a comunidade científica e ao público interessado.

 

Onde está esse cometa? Em Cassiopéia, mas ainda não está visível via olho nu, grandes binóculos ou pequenos telescópios.

 

Em 09 de abril de 2009, o novo cometa estava viajando em uma órbita parabólica altamente inclinada na constelação de Cassiopéia em direção da constelação de  Perseus. Por enquanto o cometa Yi-SWAN ainda tem apenas alguns minutos de arco de tamanho e magnitude visual de 8,5. Ele será difícil de observar devido à intensidade da luz da Lua cheia.

 

Sugerimos tentar vê-lo em 11 de abril, quando o Yi-SWAN estará localizado 0,4º ao Sul de Alpha Cassiopéia. Se as nuvens atrapalharem, tente novamente na quinta-feira, 23-24 de abril quando ele estará atravessando 1,2º ao sul do duplo aglomerado estelar NGC 884 + NGC 869 (“Double Cluster”) em Perseus.

 

* Informações do portal Eternos Aprendizes -

http://eternosaprendizes.com/2009/04/09/atencao-novo-cometa-nos-ceus-yi-swan/

 

- Créditos da imagem: Ernesto Guido, Giovanni Sostero e Paul Camilleri.

 

- Fontes e referências:

Sky & Telescope: New Circumpolar Comet Yi-SWAN por Roger W. Sinnott

Universe Today: New Comet Yi-SWAN por Tammy Plotner

APOD: NGC 869 & NGC 884: A Double Open Cluster - Crédito©: Andy Steere

 

- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza.

 

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www.viafanzine.jor.br/astrovia.htm ©Copyright, Pepe Arte Viva Ltda. Brasil.

 

 

 

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