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 SINAIS NO ESPAÇO

 

Inteligência artificial:

Sistema busca alienígenas usando IA*

De uma varredura com mais de 20 mil sinais, o sistema foi capaz de escolher oito candidatos “suspeitos” a sinais de rádio artificiais que poderiam ser tentativas de nos comunicar há tempos atrás.

 

 

O estudo, publicado na revista Nature Astronomy, destaca o papel que as tecnologias de inteligência artificial desempenharão na busca por vida e inteligência extraterrestre.

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A inteligência artificial (IA) despertou milhares de aplicativos até então impensáveis. Com o surgimento do ChatGPT e o súbito interesse da Microsoft por essa tecnologia, o Google viu seus alicerces tremerem, a ponto de provocar uma guerra entre as duas empresas pela inclusão da IA ​​em seus ecossistemas. Mas a inteligência artificial pode ir muito além, já que um novo estudo propõe seu uso para ajudar a identificar sinais de rádio extraterrestres.

 

Peter Ma, um estudante da Universidade de Toronto, no Canadá, desenvolveu um novo algoritmo de aprendizado de máquina para filtrar os sinais de rádio do espaço sideral para identificar aqueles que provavelmente têm origens alienígenas. O mais curioso é que Ma conseguiu descobrir que "oito sinais pareciam muito suspeitos", segundo o blog da Nvidia.

 

O estudo, publicado na revista Nature Astronomy, destaca o papel que as tecnologias de inteligência artificial desempenharão na busca por vida e inteligência extraterrestre, o que pode nos levar a um futuro hipotético em que poderemos encontrar sinais artificiais de rádio no espaço.

 

IA para buscar ETs

 

Pela ideia que temos do que significam os sinais de rádio, é fácil pensar que estes são como aqueles que os humanos emitem através de sinais de radiofrequência. No entanto, o universo não é de forma alguma um lugar silencioso. Numerosos eventos astrofísicos naturais, como estrelas, buracos negros, magnetares ou supernovas, geram sinais de rádio e muitos outros.

 

Soma-se a isso a interferência sofrida por nossa própria tecnologia, que dificulta a detecção de sinais de rádio genuinamente artificiais. E, dada a vastidão do universo, a possibilidade de vida semelhante à da Terra é incrivelmente pequena. Tanto Ma quanto sua própria ideia estão incluídos na Breakthrough Listen (Audição Revelada), um esforço internacional que procura sinais de civilizações extraterrestres. Nesse caso, para encontrar sinais genuinamente artificiais.

 

O sistema se encarrega de filtrar os candidatos tecnológicos mais promissores. É produzido em um processo de duas etapas. A primeira usa um codificador automático para identificar características salientes nos dados. Um sistema alimentado pela API TensorFlow e acelerado por quatro placas gráficas Nvidia TITAN X na UC Berkeley. A segunda etapa alimenta esses recursos em um sistema chamado "classificador de floresta aleatório", que decide se o sinal é perceptível ou apenas interferência.

 

Uma vez que esses sinais são coletados, os pesquisadores retornam ao telescópio para observar os sistemas dos quais os oito sinais se originaram. Sinais que não puderam ser observados novamente em pelo menos vários anos. O sistema foi alimentado com um enorme conjunto de dados, com mais de 150 terabytes de dados coletados do radiotelescópio Green Bank, um dos maiores do mundo, em West Virginia.

 

"Sinais Suspeitos"

 

“Dos oito sinais que pareciam muito suspeitos, depois de dar outra olhada nos alvos com nossos telescópios, não os vimos novamente. Já se passaram quase cinco ou seis anos desde que coletamos esses dados, mas ainda não vimos o sinal novamente”, detalhou Ma.

 

Esses oito sinais foram filtrados de mais de 20 mil sinais de interesse, mostrando características reveladoras que os cientistas chamam de 'assinaturas tecnológicas', que não poderiam ser interferências. Os próprios desenvolvedores do sistema admitem que, por terem treinado em sinais simulados, é provável que o sistema possa aprender com sinais que não existem. Um dos coautores do artigo, Cherry NG, diz que o sistema é capaz de “gerar sinais que os alienígenas podem ou não ter enviado”.

 

Tanto Ma quanto Cherry esperam que este estudo sirva para revelar o potencial da IA ​​na investigação de sinais de vida extraterrestre e a importância de analisar grandes quantidades de dados. "Esperamos estender essa capacidade de pesquisa e algoritmo para outros tipos de configurações de telescópios", disse Ma.

 

* Informações de El Espanol, com tradução de Pepe Chaves para Via Fanzine.

 

- Imagem: Divulgação.

  

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