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Pesquisas: Viagens além da velocidade da luz* Cientistas do Texas Johnson Space Center (NASA) pesquisam a construção de um motor que possa gerar velocidades mais rápidas que a luz.
O físico mexicano Miguel Alcubierre vai além de Einstein em sua teoria: propõe a deformação do tempo e espaço para se atingir velocidades superiores a da luz. Leia também: Ficção e realidade: Um mundo e dois sóis NASA presta informações sobre ‘descoberta’ em Marte Viagem espacial é oferecida por operadora Nasa: Ártico encolhe e Antártida se expande Sondas Voyager estão deixando a Heliosfera MCPV, o substituto do ônibus espacial Cápsula Dragon cumpre missão oficial
Pesquisadores do Texas Johnson Space Center (NASA) tentam provar que é possível viajar mais rápido que a velocidade da luz e esperam um dia construir um motor que se assemelhe ao da nave fictícia Starship Enterprise, da antiga série televisiva Jornada nas Estrelas (Star Trek).
O físico e engenheiro da NASA, Harold G. White, de 43 anos, acredita que é possível dobrar as regras de tempo e espaço propostas por Albert Einstein quando este postulou sobre a possibilidade de ultrapassar a velocidade da luz.
A pesquisa de White é baseada nas teorias do físico mexicano Miguel Alcubierre, cuja teoria, em 1994, propôs que seria possível exceder o limite de velocidade sugerido por Einstein, se os cientistas descobrissem uma maneira de aproveitar a expansão e a contração do espaço. E agora, Harold White e sua equipe estão tentando fazer exatamente isso.
Para se criar uma "bolha de dobra" seria necessária a expansão do espaço em um dos lados de uma nave espacial e mantê-la normal do outro e, assim, "a nave seria empurrada para longe da Terra e puxada pelo próprio espaço-tempo em direção a uma estrela distante", afirma o cientista mexicano Alcubierre em sua hipótese.
Agora, White tenta distorcer a trajetória de um fóton para ver se, assim, ele pode impulsionar sua viagem a uma velocidade superior a da luz. Seu laboratório flutua sobre um sistema pneumático e foi construído de forma a estar livre de abalos sísmicos. Isso, porque os avançados dispositivos de medição de sua equipe podem captar as menores vibrações, mesmo aquelas criadas a partir de pessoas que estão andando nas proximidades, informou White ao jornal New York Times.
Na ficção, a astronave USS Enterprise foi projetada para viajar fora da atmosfera em altíssimas velocidades.
Uma vez que na natureza são constatadas as velocidades de dobra, há uma chance de que os seres humanos também possam descobrir os seus segredos e assim utilizá-las. "O espaço vem se expandindo desde o Big Bang, ocorrido faz 13,7 bilhões de anos. Quando olhamos para alguns modelos de cosmologia, observamos que houve períodos iniciais do universo onde não havia inflação explosiva, onde dois pontos estariam recuando para longe um do outro, em velocidades muito mais rápidas", afirmou White disse ao NYT.
Embora White acredite que o potencial de construção de uma nave espacial, como a USS Enterprise esteja no futuro distante, um projeto como este poderia abrir as portas para as viagens espaciais de longo alcance. Desenvolver uma forma de deformar o tempo e o espaço permitiria a NASA reduzir drasticamente a duração das viagens para outros sistemas estelares, que normalmente demorariam dezenas de milhares de anos, meses ou semanas para atingi-los. Com essa tecnologia, os astronautas poderiam fazer viagens rápidas para explorar outros sistemas solares.
Edwin F. Taylor, ex-editor do The American Journal of Physics e cientista sênior de pesquisa do MIT, afirmou ao NIT que, "a ideia ainda é louca por enquanto. Mas verifique pra mim dentro de cem anos". Ele afirmou que até lá, a construção de tal espaçonave poderia estar no reino das possibilidades reais.
Richard Obousy, físico e presidente da Icarus Interstellar, disse que a ideia "não é uma fada no ar, mas está confusa no céu. Tendemos a superestimar o que podemos fazer em escalas de tempo curto, mas eu acho que nós, maciçamente, subestimamos o que podemos fazer em escalas de tempo mais longas", disse ele sobre o trabalho do Dr. White.
Mas, o Dr. Alcubierre, que nunca se encontrou com Dr. White, disse que o maior obstáculo é o fato de que, estando a nave dentro de uma bolha de dobra "nenhum sinal poderá ser emitido de dentro da nave" e este processo não pode ser ligado ou desligado quando se deseja.
Apesar das probabilidades, Dr. White e sua equipe continuam suas pesquisas, acreditando que em breve grandes velocidades serão trazidas para o reino do possível.
* Informações e imagens de http://www.thecollectiveint.com - Com tradução de Pepe Chaves para Via Fanzine em 26/07/2013.
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