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BepiColombo:

Europeus e japoneses rumo a Mercúrio

Missão conjunta das agências espaciais europeia e japonesa (ESA e JAXA) enviará duas espaçonaves sondas para a órbita do planeta Mercúrio.

 

Da Redação*

Via Fanzine

12/07/2018

 

Concepção artística de uma nave da missão BepiColombo nas proximidades de Mercúrio.

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Como se sabe, várias sondas teleguiadas já foram lançadas por agências espaciais federais para pesquisar planetas determinados em nosso Sistema Solar e algumas dessas sondas estão a trabalhar neste momento. Determinados projetos de exploração espacial utilizando espaçonaves teleguiadas ocorreram através de parcerias internacionais, viabilizando  assim, interesses comuns e tornando possível, ou com mais rapidez, ousadas empreitadas tecnológicas que muitas nações demorariam muito para concluir se fossem executá-las separadamente.

 

Parcerias da Agência Espacial Europeia e suas afiliadas com outras agências internacionais tornam-se cada vez mais comuns na exploração espacial. Um exemplo disso é a missão conjunta das agências espaciais europeia e japonesa (ESA e JAXA) para a criação de duas espaçonaves sondas, a European Mercury Planetary Orbiter e a Japan's Mercury Magnetospheric Orbiter Mercury, que serão enviadas para as cercanias de Mercúrio, o planeta mais interno do Sistema Solar.

 

As naves com destino a Mercúrio serão transportadas até lá pelo módulo espacial Mercury Transfer Module. Ambas as naves estão equipadas com painéis solares e antenas que estarão enviando seus sinais até sua chegada a Mercúrio, sete anos após o seu lançamento.

 

Para evolução de seu desempenho durante a viagem, o módulo transportador Mercury Transport Module usará uma combinação de propulsão elétrica e múltiplas assistências gravitacionais dos planetas, Terra, Vênus e Mercúrio para completar sua jornada de 7,2 anos até o misterioso e mais interno planeta do Sistema Solar.

 

Equipamentos que integram as duas espaçonaves foram montados no Centro Técnico da ESA, na Holanda e enviados para lançamento na base espacial da Guiana Francesa, na América do Sul.

 

Em Mercúrio

 

Ao se aproximar de Mercúrio, o módulo de transferência irá se separar e os duas naves orbitadoras, ainda juntas, serão capturadas pela gravidade e entrarão em órbita ao redor do planeta. A altitude será ajustada até que a órbita desejada para a Orbiter Magnetospheric seja alcançada. A seguir, o Orbitador Planetário irá se separar e descerá para sua órbita inferior, quando as duas naves darão início à exploração científica de Mercúrio e seu ambiente.

 

Uma vez em Mercúrio, os orbitadores estarão aptos a realizar suas medições complementares acerca do interior, superfície, exosfera e magnetosfera de Mercúrio. As informações levantadas poderão nos revelar muito sobre a origem e a evolução de um planeta tão próximo a sua estrela-mãe, fornecendo, de modo geral, uma melhor compreensão acerca da evolução geral do nosso próprio Sistema Solar.

 

Visando se preparar para as duras condições do clima espacial nas proximidades do Sol, as naves espaciais (equipadas com precisos escudos contra o demasiado calor das ondas solares) passam por testes extensivos, tanto como unidades separadas, quanto na configuração conjunta de lançamento.

 

Uma série de testes realizados no início deste ano no centro técnico da ESA nos Países Baixos centrou-se na implementação das asas solares e nos mecanismos que bloqueiam cada painel. Durante o transporte espacial, o conjunto de 7,5m de comprimento do Mercury Planetary Orbite e os dois conjuntos de 12m de comprimento do Mercury Transport Module serão dobrados para acoplamento dentro do foguete Ariane 5.

 

Na órbita de Mercúrio, a missão BepiColombo colherá dados diversos que deverão ampliar os conhecimentos humanos sobre a formação e a evolução deste planeta e do nosso Sistema Solar.

 

BepiColombo: da Holanda para outro mundo

 

Essa missão conjunta entre a ESA e a JAXA, compreende o lançamento de três módulos de naves espaciais e um escudo solar, que seguirão rumo ao planeta Mercúrio. O equipamento foi transportado a partir da sua base de origem, onde foi preparado, no coração técnico da ESA, nos Países Baixos, na Holanda.

 

Todo esse equipamento que será enviado ao espaço foi inicialmente transportado por estradas até o Aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, na Holanda. De lá, o material foi levado de avião para Kourou, na Guiana Francesa, na América do Sul. O transporte transoceânico foi feito através de uma série de quatro voos com aviões de carga Antonov.

 

As remessas de equipamentos também incluíram itens pessoais dos membros da equipe, pois parte deles passará os próximos seis meses fora de casa, engajados a preparar o lançamento da missão.

 

Nas semanas finais de trabalho, a nave espacial deverá estar completamente acoplada ao foguete Ariane 5, pronto para explodir e iniciar a missão, que inclui uma jornada de sete anos pelo Sistema Solar, até alcançar a órbita de Mercúrio e começar a sondar seus mistérios.

 

A próxima janela de lançamento se abre em 5 de outubro e se fecha em 29 de novembro de 2018. Se tudo correr conforme o esperado pelos cientistas e construtores, a missão BepiColombo terá lançamento na base espacial da Guiana Francesa durante este período.

 

* Com informações de ESA/JAXA e tradução de Pepe Chaves para Via Fanzine.

 

- Imagens: ESA/divulgação.

  

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