Antártida
Base Antártica McMurdo (EUA): Super-TIGRE quebra recorde de balão científico na Antártida O aparato superou o recorde anterior de 42 dias estabelecido por Creme I, outro experimento de raios cósmicos que voou durante o inverno de 2004-2005.
Por Pepe Chaves* De Belo Horizonte-MG Para Via Fanzine 23/01/2013
Membros da equipe Super-TIGRE comemoram recorde de balão na Antártida. Leia também: Caso Dyátlov: Mistério no gelo do Ural do Norte (Rússia) Argentina abriu as asas aos céus polares NASA: Ártico encolhe e Antártida se expande Marinha faz resgate e impede acidente ambiental Xuelong, a China a caminho da Antártida Polo Sul: uma noite de seis meses O uso de etanol é viável na Antártida? Entrevista com o meteorologista Rubens Junqueira Villela Grupo que estava em estação na Antártida volta ao Brasil
Cientistas norteamericanos na Antártida comemoram um recente recorde que passa para a história do continente branco. Antes de sair para a Antártida em novembro, Robert W. Binns, investigador para a equipe Super-TIGRE da Estação McMurdo (EUA) na Antártida, disse que estaria delirantemente feliz se o balão carregando com o detector de raios cósmicos permanecesse até por 30 dias.
Mas, a realidade foi além da boa expectativa, pois, o balão lançado por sua equipe navegou por 45 dias, flutuando serenamente no vórtice polar e registrando com sucesso os raios cósmicos. No fim da última semana, o aparato superou o recorde anterior de 42 dias estabelecido por Creme I, outro experimento de raios cósmicos que voou durante o inverno de 2004-2005.
A equipe comemorou agradecendo a todos os envolvidos em uma longa série de tweets - incluindo para o fabricante do balão, Raven Aerostar e a Columbia Scientific Balloon Facility, seção da NASA, que monitora e controla o balão.
Troféu oficial da NASA entregue à equipe pelo mais longo voo de balão científico.
O registro do Super-TIGRE vai ser difícil de ser quebrado. O experimento foi iniciado a partir da Plataforma de Gelo Ross, em 9 de dezembro de 2012 e circulou o Pólo Sul duas vezes e meia, a uma altitude aproximada de 130 mil pés, três ou quatro vezes superior a dos aviões de cruzeiros.
Quando o balão cruzou as montanhas transantárticas sobrevoou territórios “inéditos”, os quais o Google ainda não disponibiliza imagens de satélite, de acordo com Michele Limon, membro da equipe.
Quando foi lançado, o balão foi pego por um redemoinho sobre as montanhas antárticas no final de seu segundo circuito. Na ocasião, os cientistas se debateram se iriam derrubá-lo naquele local inacessível. Felizmente, nenhuma decisão foi tomada e o balão se soltou para contornar o continente gelado.
A Antártida é um lugar quase perfeito para balonismo. Não só pelo vórtice polar que, levam e trazem os balões de volta ao local onde eles foram lançados. Durante o verão antártico o sol nunca se põe no continente branco.
A equipe aguarda para completar o circuito entre 8 a 10 dias e espera que o balão utilizado possa ser recuperado.
Detalhe da Estação Antártica McMurdo, pertencente ao governo dos Estados Unidos.
Estação McMurdo – Estados Unidos da América
A Estação McMurdo é uma base científica localizada na Antártica que pertence aos Estados Unidos. É a maior base científica do continente antártico, sendo também o principal ponto de partida e de chegada para a Estação Polo Sul Amundsen-Scott, localizada no Pólo Sul geográfico da Terra.
A Estação McMurdo é capaz de abrigar mais de mil cientistas, visitantes e turistas. Entre os pesquisadores, incluem-se biólogos, geólogos, oceanógrafos, físicos, astrônomos, glaciólogos, e meteorologistas. Geólogos estudam em geral as placas tectônicas na região Antártica, meteoritos do espaço e vestígios do período da divisão da Gondwana.
Glaciólogos ocupam-se com o estudo da história e da dinâmica do gelo flutuante, da neve, das geleiras, e das capas de gelo. Já os biólogos, além de estudar os animais selvagens, estão interessados em como as baixas temperaturas e a presença dos seres humanos afetam a sobrevivência de uma grande variedade de espécies. Na Estação McMurdo está localizado o único porto da Antártida.
* Com informações de Estação McMurdo (EUA)/Wikipedia e tradução do autor.
- Imagens: Estação McMurdo/Wikipedia.
- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).
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- Produção: Pepe Chaves
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