Vigilância aérea:
FAB
fala com VF sobre nova Portaria
Portaria da Aeronáutica orienta sobre
catalogação de registros ufológicos no Brasil.
Por Pepe Chaves*
de Contagem-MG
para
Via Fanzine
O diário digital Via
Fanzine entrou em contato com o Centro de Comunicação Social da
Aeronáutica
(CECOMSAER), questionando sobre a Portaria 551/GC3, publicada no
Diário Oficial da União nº 152, de 10 de agosto, que estabelece o
Comando de Defesa Aeroespacial Brasileira (COMDABRA), sediado em
Brasília, como o órgão responsável pelo recebimento e catalogação dos
documentos referentes a fenômenos aéreos não identificados ocorridos no
país.
Através de e-mail, o Centro de Comunicação Social da
Aeronáutica nos informou que o acesso às informações será aberto ao
público e, de acordo com a Portaria, “Após a devida catalogação, tais
registros devem ser enviados ao Centro de Documentação e Histórico da
Aeronáutica (CENDOC) que, por sua vez, encaminhará os originais ao
acervo do Arquivo Nacional, oferecendo à sociedade acesso a esta
documentação”.
Segundo o
CECOMSAER, no momento, não é realizada nenhuma perícia ou
procedimento científico, no sentido de se investigar as ocorrências que
envolvem avistamentos de objetos aéreos não identificados em espaço
nacional.
O procedimento ditado pela Portaria para tais casos se
restringe somente aos fins de registros e arquivamento dos casos,
conforme destacou o
CECOMSAER, “O Comando da Aeronáutica não dispõe de uma estrutura
especializada para realizar investigações científicas a respeito desses
fenômenos aéreos, restringindo-se ao registro de ocorrências e ao seu
trâmite para o Arquivo Nacional”.
OVNIs em relatos e registros
Não há dúvidas que o fenômeno OVNI seja uma realidade, não
apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Contudo, vale ressaltar que quase
a totalidade de casos do gênero pode ser explicada por fenômenos
naturais ou atmosféricos, aeronaves convencionais, astros celestiais ou
errantes e ainda, muita confusão na interpretação das ocorrências.
No entanto, resta uma pequena fração de casos que é
verdadeiramente intrigante. Ainda assim, pode ser justificada por
aparatos voadores de origem terrestre (desconhecidos ou não), tais como,
balões atmosféricos (ou outros), balões-sonda teleguiados, drones (ou
VANT), aeromodelos etc. Existe também a possibilidade de que alguns
aparatos voadores desconhecidos sejam usados para fins de espionagem,
sondagem ou até mesmo para prospecção de mananciais minerais. A estes
últimos, podemos dizer que a ufologia tem servido de guarita faz muitos
anos.
Sem dúvida, torna-se necessária a verificação das diversas
possibilidades antes de se acreditar que alguma anomalia aérea possa ser
verdadeiramente atribuída às ações de natureza extraterrestre, como
muitos defendem de maneira desmedida e incomprovada.
A seguir, íntegra da Portaria nº 551/GC3, de 09/08/2010.
REPRODUÇÃO DIÁRIO OFICIAL
DA UNIÃO.
* Pepe Chaves é editor
do diário digital Via Fanzine.
- Com informações do
CECOMSAER (FAB).
- Leia também:
FAB regulamenta notificações de OVNIs
* * *
Projeto F-X2:
Esclarecimentos do Comando da Aeronáutica*
Informações expedidas em 11/09/2009 -
15h07.
O Comando da Aeronáutica informou aos fabricantes
finalistas do Projeto F-X2 (Boeing, Dassault e SAAB), nesta semana
(8/9), que será possível apresentar propostas de melhoria dos quesitos
que fazem parte do processo de seleção dos novos aviões de caça para a
defesa do país.
Em nota divulgada nesta semana, o Ministério da Defesa
informou que a negociação com os três finalistas prossegue com a
possibilidade de aprofundamento e redefinição das propostas
apresentadas.
Na etapa seguinte, a Comissão Gerencial do Projeto F-X2
completará a fase de avaliação técnica final e elaboração do relatório,
o qual será apresentado ao Alto Comando da Aeronáutica e,
posteriormente, ao Ministério da Defesa.
“Nós faremos a análise técnica. O governo irá analisar a
parte política e estratégica”, disse o Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti
Saito, Comandante da Aeronáutica.
O governo francês já assumiu o compromisso de fazer ofertar
caças Rafale (Dassault) a preços competitivos, razoáveis e comparáveis
aos pagos pelas Forças Armadas da França, além de transferência de
tecnologia, entre outros pontos. Nesta semana, os outros dois
concorrentes também divulgaram o interesse de aprofundar as ofertas.
Segundo o Major-Brigadeiro-do-Ar Dirceu Nôro, presidente da
Comissão Gerencial do Projeto F-X2, os participantes estão sendo
avaliados em cinco áreas prioritárias: transferência de tecnologia,
domínio do sistema de armas [pelo Brasil], acordos de compensação e
participação da indústria nacional (offset), técnico-operacional e
comercial.
Os participantes do Projeto F-X2 serão avaliados por um
critério de pontuação, conforme os quesitos elaborados, como exemplo, o
nível de transferência tecnológica oferecido. A metodologia desse
trabalho vem sendo aperfeiçoada e aplicada pela Aeronáutica desde o
início dos anos 80, quando o país participou do desenvolvimento de um
caça com a Itália (Projeto AMX).
O resultado da parceria com os italianos, além do
desenvolvimento de um caça tático de ataque estratégico, empregado
inclusive em combate (Kosovo), foi a capacitação da indústria
brasileira. A linha de jatos 145 e 190 da EMBRAER decorre da tecnologia
absorvida nesse período.
Para entender os quesitos, vale observar que o domínio do
sistema de armas, por exemplo, garantirá ao Brasil utilizar armamentos
próprios, os já existentes e outros a serem desenvolvidos, sem nenhum
tipo de restrição.
Até o momento, o processo de seleção reúne mais de 26 mil
páginas de documentos, entre ofertas e contra-ofertas, documentos que
servirão como base para elaboração e gerenciamento do contrato a ser
firmado. O Comando da Aeronáutica planeja concluir a etapa técnica do
processo até outubro.
O Projeto FX-2 difere do primeiro processo de seleção, que
previa a compra de 12 caças para um esquadrão de defesa aérea. No
processo atual, o modelo a ser escolhido será a plataforma a substituir,
gradativamente, a frota de caças da FAB (F-2000, F-5 e A-1). Será um
investimento para as próximas três décadas.
Entenda o processo
Maio - 2008
O Comando da Aeronáutica, atento às necessidades
operacionais para as próximas décadas e obedecendo ao cronograma de
desativação de aeronaves de combate da Força Aérea Brasileira, instituiu
(15 de maio) a Comissão Gerencial do Projeto F-X2, com o objetivo de
conduzir os processos de aquisição de aeronaves de caça a serem
incorporadas ao acervo da Força.
O intuito é dotar a FAB de uma frota padronizada de
aeronaves de caça de múltiplo emprego, com o início das operações no
Brasil previsto para o ano de 2015 e para serem utilizadas por
aproximadamente 30 anos. O planejamento prevê a substituição gradual das
frotas de Mirage-2000, F-5M e A-1M.
Para tanto, seis empresas foram pré-selecionadas e
receberam solicitação para apresentarem informações (request for
information – RFI): as norte-americanas Boeing (F/A-18 E/F Super Hornet)
e Lockheed Martin (F-35 Lightning II), a francesa Dassault (Rafale), a
russa Rosoboronexport (Sukhoi SU-35), a sueca Saab (Gripen) e o
consórcio europeu Eurofighter (Typhoon).
O processo de escolha da aeronave vencedora leva em conta,
principalmente, o atendimento aos requisitos operacionais estipulados
pela FAB. Outros critérios utilizados na avaliação dizem respeito à
logística, aos custos, às condições das ofertas de compensação comercial
e o grau de transferência de tecnologia para a indústria aeronáutica
brasileira.
Junho a Novembro - 2008
- O Comando da Aeronáutica completou mais uma etapa do
processo de seleção dos novos caças multi-emprego a ser incorporados ao
seu acervo.
A Comissão Gerencial do Projeto F-X2 (CGPF-X2) conduziu os
estudos de avaliação das aeronaves pré-selecionadas (Boeing F-18E/F
Super Hornet, Dassault Rafale, Eurofighter Typhoon, Lockheed Martin F-16
Adv, Saab Gripen NG e Sukhoi SU-35), de forma a elaborar uma lista
reduzida (short list).
A concretização da short list visou garantir o atendimento
aos requisitos operacionais para aeronave de caça e permitir o
aprofundamento das avaliações dos sistemas de armas candidatos que foram
selecionados.
Os estudos tiveram por base as informações fornecidas pelas
empresas em resposta aos pedidos de informações (do inglês Request For
Information - RFI), emitidos em Junho de 2008. Os dados provenientes das
empresas participantes foram avaliados de forma sistêmica, considerando
aspectos referentes às áreas operacional, logística, técnica,
Compensação Comercial (offset) e transferência de tecnologia para a
indústria nacional de defesa.
Com isso, as avaliações foram concentradas nas seguintes
aeronaves finalistas: BOEING (F-18 E/F SUPER HORNET), DASSAULT (RAFALE)
e SAAB (GRIPEN NG).
As 36 aeronaves, que integrarão o 1º lote, deverão ser
entregues a partir de 2014, com expectativa de vida útil de, no mínimo,
30 anos. Assim, ao longo dos próximos anos, haverá a substituição,
gradativamente, dos atuais caças Mirage 2000, F-5M e A-1M. O conjunto de
conhecimentos e capacitação tecnológica adquiridos nesta aquisição irá
contribuir para que o Brasil tenha condições de produzir ou participar
da produção de caças de 5ª geração em um futuro de médio e longo prazo.
- A Comissão do Projeto F-X2 procedeu à entrega (30 de
outubro) do Pedido de Oferta às empresas participantes selecionadas na
short list: BOEING (F-18 E/F SUPERHORNET), DASSAULT (RAFALE) e SAAB
(GRIPEN NG).
A partir do recebimento do pedido de oferta (Request For
Proposal – RFP, em inglês), as empresas tiveram até 2 de fevereiro para
apresentar propostas com detalhamento nos aspectos comerciais, técnicos,
operacionais, logísticos, industriais, de compensação comercial (Off
set) e de transferência de tecnologia.
Fevereiro - 2009
O Comando da Aeronáutica recebeu em 2 de fevereiro as
propostas das empresas participantes selecionadas na short list: BOEING
(F-18 E/F SUPER HORNET), DASSAULT (RAFALE) e SAAB (GRIPEN NG).
A partir disso, a Comissão do Projeto F-X2 iniciou os
trabalhos de análise técnica dos aspectos comerciais, técnicos,
operacionais, logísticos, de compensação comercial, industrial e
tecnológica (Offset), e de transferência de tecnologia, informados pelos
participantes em resposta ao RFP.
Março - 2009
- O Comando da Aeronáutica iniciou as reuniões de
esclarecimentos com as empresas participantes do Projeto F-X2, com o
objetivo de obter um maior detalhamento das ofertas apresentadas pelas
empresas BOEING (F-18 E/F SUPER HORNET), DASSAULT (RAFALE) e SAAB
(GRIPEN NG).
A Comissão do Projeto F-X2, por meio da sua equipe técnica,
realizou uma completa análise, de acordo com metodologia apropriada,
mantendo o foco nos aspectos comerciais, técnicos, operacionais,
logísticos, de compensação comercial, industrial e tecnológica (Offset),
e de transferência de tecnologia.
Em 30 de março, a Comissão deu início às visitas técnicas
às empresas ofertantes e aos voos de avaliação das respectivas aeronaves
concorrentes do Projeto F-X2, para verificar aspectos técnicos,
operacionais, logísticos e industriais das propostas. Nesse período,
foram avaliadas e visitadas as instalações industriais e logísticas, as
oficinas de manutenção, os laboratórios de desenvolvimento de sistemas e
esquadrões operacionais.
Maio - 2009
Mantendo a política de transparência do processo de seleção
das novas aeronaves de caça, o Comando da Aeronáutica recebeu (4 de
maio) das empresas participantes as ofertas revisadas para análise pelos
integrantes da Comissão do Projeto F-X2.
Junho - 2009
O Comando da Aeronáutica encerrou a primeira bateria de
coleta de informações das empresas participantes do processo.
Julho – Setembro - 2009
A Comissão realiza análise e coleta de informações
adicionais das propostas dos concorrentes finalistas.
* Informações do CECOMSAER/FAB.
- Clique aqui
para ler mais sobre o projeto
F-X2.
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