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Desastre

 

Germanwings:

Acidente aéreo espanta a comunidade mundial

O áudio da caixa preta revela que durante o tempo em que o co-piloto

se trancou na cabine de comando, travou eletronicamente a abertura

da porta e consequentemente, a entrada do comandante à cabine.

 Da Redação*

Via Fanzine

BH-27/03/2015

 

Os dados levantados apontam que houve uma possível “intenção suicida” por parte

do co-piloto Andreas Lubitz, levando consigo, duas centenas de pessoas.

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Ação deliberada de tripulante

 

A tragédia ocorrida com um Airbus A-320 da empresa alemã Germanwings (da Lufthansa) em espaço aéreo francês no dia 25/03 chocou a comunidade mundial. Ao serem revelados, os registros da aeronave sugerem uma possível “intenção suicida” por parte do co-piloto, Andreas Lubitz, levando consigo, duas centenas de pessoas. Soube-se também que o aeronauta possui histórico de depressão, mas era visto como uma pessoa normal por colegas e vizinhos.

  

Os dados levantados apontam que houve uma possível “intenção suicida” por parte do co-piloto Andreas Lubitz, levando consigo, duas centenas de pessoas. Soube-se também que o aeronauta possui histórico de depressão, mas era visto como uma pessoa normal por colegas e vizinhos.

  

como agente principal da ação que derrubou a aeronave com 200 pessoas a bordo nos Alpes franceses.

 

Segundo os registros de áudio, o piloto comandante teria saído da cabine por alguns minutos, permanecendo somente o co-piloto. Mas, ao retorno do comandante ao seu posto de trabalho, o co-piloto se negou a abrir a porta, fazendo o avião despencar contra as brancas montanhas nevadas. A queda - que pode ter sido bastante perpendicular - transformou o gigante aéreo da Airbus em um “monte de confetes”, como descreveu o primeiro jornalista que chegou ao local do desastre.

 

Soube-se também, que o aeronauta possuia histórico de depressão, mas era visto como uma pessoa normal por colegas e vizinhos.

 

Pânico e pavor

 

O áudio da caixa preta revela que durante o tempo em que o co-piloto se trancou na cabine de comando, travando eletronicamente a abertura da porta e consequentemente, a entrada do comandante à cabine, este chegou a esmurrar a porta por várias vezes, até o áudio desaparecer com o choque na montanha.

 

Em meio a este verdadeiro drama, ouve-se também ao fundo do áudio, vozes e gritos dos passageiros perplexos e desesperados, assistindo a toda ação ocorrida. Durante seis minutos, a aeronave desceu drasticamente de 8 mil para apenas 3 mil metros de altitude, até se chocar contra os alpes franceses.

 

Comandada por promotores de Justiça na Alemanha, uma profunda investigação foi realizada na cidade onde vivia o co-piloto, sobretudo, em sua residência, com apreensão de objetos pessoais e pessoas que supostamente possam esclarecer sobre as razões dessa ação deliberada que vitimou duas centenas de pessoas. A princípio, os promotores informaram que descartam qualquer hipótese de a tragédia ter ocorrido por motivações terroristas.

 

Helicóptero de resgate sobrevoa os detritos do Airbus A300 da Germanwings.

 

Promotor crê em queda planejada

 

Falando com a imprensa, o promotor francês Brice Robin Andreas disse acreditar que o co-piloto Lubitz colocou o avião em queda, após a saída do comandante da cabine de comando. O promotor disse que o gravador de voz da cabine forneceu informações a partir dos primeiros 30 minutos de voo.

 

Para os primeiros 20 minutos os dois pilotos se falaram de uma forma normal e foram tão corteses como dois pilotos normais seriam. Em seguida, o comandante é ouvido, pedindo ao co-piloto para assumir e surge o som de uma cadeira sendo empurrado para trás e o de uma porta ser fechada.

 

Questionado por um repórter sobre a etnia do Sr. Lubitz, o promotor Robin afirmou, "Ele era um cidadão alemão e eu não sei o seu origem étnica. E ele não está listado como terrorista, se é isso que você está insinuando".

 

A Germanwings lamentou o corrido e cancelou diversos voos em vários países logo após o desastre.

 

Acidente nos Alpes muda acesso à cabine dos aviões comerciais**

 

Várias companhias aéreas anunciaram hoje (26) que mudarão as regras de acesso ao cockpit (cabine de pilotagem) de seus aviões, tornando obrigatória a presença de duas pessoas na cabine durante todo o voo.

 

A Norwegian Air Shuttle, terceira maior empresa aérea de baixo custo da Europa, foi a primeira a anunciar a mudança, que entrará em vigor amanhã. A britânica EasyJet também fará valer novas regras a partir desta sexta-feira. “A segurança dos passageiros e da tripulação é prioridade máxima para a companhia”, afirmou a EasyJet em nota.

 

Outras empresas que anunciaram medida idêntica na tarde de hoje foram as canadenses Air Transat e Air Canada, e a islandesa Icelandair. A finlandesa Finnair já aplicava a regra que prevê que se um piloto se ausentar outro membro da tripulação tem obrigatoriamente que entrar na cabine.

 

As regras da aviação civil europeia não exigem a presença permanente de duas pessoas na cabine de comando quando um de seus ocupantes, o piloto ou o copiloto, tenha de se ausentar por qualquer razão. Mas especialistas acreditam que mudanças serão implementadas pela Agência de Aviação Europeia.

 

De acordo com o especialista alemão, Harald Stocker, a aviação civil vai mudar de forma significativa após o desastre aéreo com o avião da Germanwings. “Até então acreditávamos que pilotos não tinham intenções suicidas, que eles conduziam as aeronaves com responsabilidade”, disse ele.

 

O especialista acredita que não só as regras sobre a presença no cockpit serão alteradas, mas também os cuidados em relação ao estado psicológico dos pilotos. “É preciso checar as condições psicológicas dos pilotos em exames anuais, se eles estão enfrentando crises, preocupações, se estão sobre pressão externa. Os pilotos terão que ser treinados para observar seus colegas e perguntá-los sobre suas condições”, enfatizou.

 

Stocker explicou que as portas da cabine de comando podem ser abertas do lado de fora com um código, mas que, no caso da Germanwings, é provável que o código tenha sido invalidado por digitação incorreta ou tenha sido alterado de dentro da cabine, pelo copiloto. “A razão pela qual a porta da cabine é trancada por dentro, sem acesso para quem está de fora, é para prevenir terroristas de entrar no avião. Esse procedimento não deve ser alterado”, informou.

 

Copiloto escondeu atestado médico de dispensa de trabalho, diz promotoria***

 

O copiloto da Germanwings, que supostamente jogou de forma proposital o Airbus A320 nos Alpes franceses, esteve seis meses sob tratamento psiquiátrico antes de completar sua formação, afirmou nesta sexta-feira o jornal alemão "Bild" e teria escondido que estava de licença devido a uma doença no dia da tragédia, anunciou a procuradoria de Dusseldorf, segundo a agência AFP.

 

A procuradoria de Düsseldorf informou nesta sexta-feira que o copiloto tinha recebido um atestado médico de dispensa por doença, vigente para o dia da catástrofe, que não respeitou e ocultou da companhia. Na Alemanha, o fornecimento de atestados do tipo são comuns.

 

O porta-voz da procuradoria disse num comunicado escrito que um atestado médico rasgado com data do dia do acidente 'apontam na mesma direção das suspeitas iniciais de que o copiloto escondeu sua condição médica de seu empregador e colegas'.

 

Fontes da promotoria negaram, por outro lado, que nas revistas realizadas em suas casas tenha sido encontrada uma carta de despedida, "nem indícios que apontem para um cenário político ou religioso".

 

Os investigadores encontraram na residência de Andreas Lubitz atestados de licença médica detalhados, que o copiloto teria rasgado e que correspondiam ao dia dos fatos, terça-feira passada, informou a procuradoria em um comunicado, sem revelar a doença da qual ele recebia tratamento.

 

De acordo com o jornal, que cita como fontes "círculos da Lufthansa", as razões pelas quais Lubitz, de 27 anos, interrompeu sua formação, em 2009, se deveram a uma grave depressão diagnosticada nesta época. O 'Bild' também informa que Lubitz teria terminado uma relação com sua noiva semanas antes do acidente e que passava uma situação emocional delicada.

 

A edição digital da revista "Der Spiegel" afirma, além disso, que nas operações realizadas ontem durante horas nas duas casas do copiloto - a de seus pais e a própria, em Düsseldorf - foram apreendidos materiais que respaldam a tese dos transtornos psíquicos.

 

A revista não apresenta, no entanto, mais detalhes sobre os materiais apreendidos.

O "grave episódio depressivo" a que se refere o "Bild" ficou constatado, segundo o jornal, na ata sobre o copiloto do departamento de tráfego aéreo alemão sob o código "SIC", que se refere à necessidade de que sujeito em questão se submeta a "revisões médicas regulares".

 

Vizinhos, contudo, descrevem o copiloto como algué, "extremamente saudável"

"Ele não fumava e se cuidava muito. Sempre corria e acho até que participava de maratonas", disse Johannes Rossmann, uma vizinha sua em Montabaur, cidade próxima a Koblenz, na Alemanha.

 

A mídia alemã tem descrito Lubitz como um homem depressivo, que estava sob tratamento psiquiátrico, mas a procuradoria se recusa a dar mais informações citando confidencialidade médica.

 

O fato de que o copiloto que causou a catástrofe aérea tenha interrompido durante um período relativamente longo sua formação na escola aérea da Lufthansa foi reconhecido ontem pelo presidente da companhia, Carsten Spohr.

 

Lubitz começou sua aprendizagem aos 14 anos em um clube de aviação local e ingressou na escola de Brêmen da Lufthansa em 2007. Ele tinha uma licença de terceira classe expedida pelas autoridades americanas para voar. Tal autorização é concedida somente a pilottos comprovadamente livres de problemas psiquiátricos como psicose, bipolaridade e distúrbios de personalidade.

 

Em 2009 interrompeu por alguns meses essa formação, que retomou posteriormente até ingressar na Germanwings, filial de baixo custo da Lufthansa, em 2013.

 

Spohr reforçou ontem que, tanto ao ingressar na escola como ao retomar e completar sua instrução, Lubitz passou pelos mais rigorosos exames, tanto físicos como mentais.

 

* Com informações das agências internacionais.

 

** Informações de Giselle Garcia – Correspondente da Agência Brasil/EBC.

 

*** Informações de YahooBrasil, com agências.

 

 - Imagens: Paris Match/Reuters.

 

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